Archive for Dezembro, 2004

"BLOGOSFERA" EM 2004 (XV)

A 11 de Maio, a blogosfera volta a passar por uma fase de grande turbulência, na sequência de artigo na edição electrónica do “Expresso”:

“Alegando tendência para difamação
Autoridade quer acabar “blogs”

A Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) pretende acabar com a existência dos chamados «blogs», páginas de opinião muito em voga na Internet, alegando que estes sítios são frequentemente utlizados para difamação, afirmou ao EXPRESSO Online Pedro Amorim, especialista em direito para as novas tecnologias da informação.

O jurista falava à saída do seminário «Ciberlaw’2004», organizado pelo Centro Atlântico, que decorreu na terça-feira no Centro Cultural de Belém.

«Os blogs estão cada vez mais a ter uma relação com o jornalismo, e prevê-se uma grande tendência para a difamação. O objectivo da ANACOM é acabar com a criação de “blogs” e espero que seja cumprido», disse Pedro Amorim.

Quando questionado acerca dos problemas que marcam a sociedade de informação, Pedro Amorim aponta os direitos de autor como um dos mais preocupantes – «será sempre um dos problemas do mundo digital. Mas isto leva também à tendência da segurança ‘versus’ liberdade de expressão, que vai ainda pôr em causa este último princípio».

A protecção dos consumidores é outra das preocupações, uma vez que eles «são os mais lesados, por exemplo, numa venda on-line. O consumidor é sempre a parte fraca».

«Devia haver apenas uma entidade para a defesa dos consumidores, contrariamente às “n” que existem», salientou. Pedro Amorim esteve presente no Seminário «Ciberlaw’2004», organizado pelo Centro Atlântico, que decorreu no Centro Cultural de Belém.”

Afinal, tudo não terá passado de uma “gaffe” de uma estagiária do Expresso… (ver aqui, aqui e aqui).

Há 1 ano no Memória Virtual – Novos membros da União Europeia – Letónia

[1913]

15 Dezembro, 2004 at 8:24 am

ÁLVARO DE CAMPOS – TABACARIA

“Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
Àparte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossìvelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos sêres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e êste lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz de propósito nenhum, talvez tudo fôsse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos,
Más lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?
Que seu eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim…
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas –
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fêz.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo.
Tenho feito filosofias em segrêdo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma
parede sem porta,
E cantou a cantiga de Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num pôço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sôbre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrêlas,
Conquistámos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordámos e êle é opaco,
levantámo-nos e êle é alheio,
Saímos de casa e êle é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões tôdas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de fôlha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida dêstes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprêso sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, sem rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.
(Tu, que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fôsse viva,
Ou patrícia romana, impossìvelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocotte célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno – não concebo bem o quê -,
Tudo isso, seja o que fôr, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degrêdo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)
Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para àquem do lagarto remexidamente.
Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-te como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbedo tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com desconfôrto da cabeça mal voltada
E com o desconfôrto da alma mal-entendendo.
Êle morrerá e eu morrerei.
Êle deixará a tabuleta, eu deixarei versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, e os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta gigante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas
como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da
superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
Mas um homem entra na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever êstes versos em que digo o contrário.
Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como a uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de tôdas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal
disposto.
Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fôsse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo trôco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o: é o Esteves sem metafísica. (O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria
sorriu.”

15 – 01 – 1928

[1912]

14 Dezembro, 2004 at 6:20 pm 2 comentários

ABRUPTO

Há pouco mais de ano e meio, pela mão de José Pacheco Pereira, nascia o Abrupto, provocando uma “revolução na blogosfera” portuguesa, dando-lhe um impulso decisivo à sua afirmação.

Hoje, o Abrupto atinge a extraordinária marca de 1 milhão de visitantes, sendo portanto de elementar justiça transmitir-lhe um voto de Parabéns, que traduz também um obrigado pelo excelente trabalho desenvolvido.

[1911]

14 Dezembro, 2004 at 4:55 pm

USO DA INTERNET PELOS JORNALISTAS

A ler: “Os jornalistas portugueses e a Internet”, por João Messias Canavilhas, docente da Universidade da Beira Interior – apresentando alguns resultados de estudo sobre o uso da Internet pelos jornalistas portugueses.

(via Ponto Media).

[1910]

14 Dezembro, 2004 at 12:35 pm

"BLOGOSFERA" EM 2004 (XIV)

A 4 de Maio, o “Jornal de Notícias” fazia eco de um almoço da blogosfera, reunindo um conjunto de algumas dezenas de bloguistas, em 1 de Maio (em Vila Nova de Gaia): “Descobrir o humano por detrás do link foi tarefa agradável para os cerca de 50 bloguistas que abandonaram o ciberespaço e desceram à terra para ver, tocar, cheirar amigos e confidentes com quem nunca tinham estado” (ver o balanço feito no Indústrias Culturais).

Na sequência de deliberação aprovada na Assembleia da República, já em Julho de 2003, criando uma “zona reservada à página pessoal ou “weblog” de cada deputado para difusão electrónica de informação relativa ao exercício do seu mandato na Assembleia da República e respectivo círculo e mais fácil interacção com os eleitores, cuja gestão será da sua exclusiva responsabilidade em articulação com os serviços”, o deputado José Magalhães criava, em 6 de Maio, o “primeiro blogue parlamentar”: o República Digital. Seguir-se-ia, poucos dias depois (a 17 de Maio), Guilherme d’Oliveira Martins, com o Casa dos Comuns.

Entretanto, a 7 de Maio, era criado o “blogue” de Manuel Monteiro, integrado na página do Partido da Nova Democracia (“O Blogue do DigaoManel“), o qual se esgotaria aquando da realização das eleições para o Parlamento Europeu, a 13 de Junho: “Nasce hoje um novo blogue na página digaomanel.com. O seu objectivo é a discussão aberta dos temas de campanha das Eleições para o Parlamento Europeu do próximo dia 13 de Junho. Falaremos da Europa e de Portugal. Mas sempre a partir de Portugal para a Europa. Contamos com as vossas colaborações.”

No mesmo dia, o Diário do Alentejo publica um artigo sobre os “blogues de Beja” (com referência particular ao Praça da República, Ao Sul, Caves do Comandante e Tem Avondo), também com referência a outros “blogues alentejanos” – ver artigo completo em “entrada estendida”.

[1909]
(mais…)

14 Dezembro, 2004 at 8:28 am

ÁLVARO DE CAMPOS

Álvaro de Campos nasceu em Tavira em 1890, sendo um homem bastante viajado. Também discípulo de Alberto Caeiro, em derivação oposta de Ricardo Reis.

Depois de frequentar o liceu, formou-se em engenharia mecânica e naval em Glasgow, na Escócia, tendo, nas férias, feito uma viagem pelo Oriente, com base na qual escreveria, no Canal do Suez, o poema “Opiário”, dedicado a Mário de Sá-Carneiro (escrito antes da “influência do mestre Alberto Caeiro”).

Viveria depois em Lisboa, não exercendo, por opção própria, qualquer profissão, dedicando-se à literatura, participando também em polémicas políticas, sendo o autor do “Ultimatum”, um manifesto contra os literatos instalados. Mantinha inclusivamente polémica com o próprio Pessoa.

Fisicamente, era “entre branco e moreno, tipo vagamente de judeu português, cabelo, porém, liso e normalmente apartado ao lado, monóculo”. Era alto e magro, com tendência a curvar-se.

Numa visita ao Ribatejo, conheceria Alberto Caeiro, de quem se tornou discípulo, mas do qual se viria a afastar, privilegiando a sua vertente modernista e futurista, celebrando o ritmo frenético das máquinas e a velocidade, de que resulta também a escrita da “Ode Triunfal”.

É o heterónimo que mais se aproxima do seu criador, quer fisicamente, quer no pensamento. Terminaria em angústia, entediado, desencantado e cansado da vida.

[1908]

13 Dezembro, 2004 at 6:19 pm

"BLOGOSFERA" EM 2004 (XIII)

A 28 de Abril, o “DiáriOnline do Algarve” (edição electrónica do jornal “Região Sul”) publica um artigo sobre a “blogosfera algarvia”:

“www.blogosfera-algarvia.com

Fenómeno de sucesso em 2003 também chegou ao Algarve

“Um dos maiores fenómenos do último ano chama-se blogue. Nasceu há alguns anos, mas só em 2003 conheceu o sucesso a nível nacional, fomentado pela presença de algumas figuras ilustres. No Algarve, existe igualmente uma comunidade de “bloggers” extensa e de qualidade. O Região Sul/DiáriOnline do Algarve foi conhecer este “novo mundo”.

E o que é um “blog”? A pergunta pode parecer descabida, mas a realidade é que aquele ainda é um universo desconhecido para muitos que não simpatizam com as novas tecnologias. O nome é uma abreviatura do termo “weblog” (“web”, de rede, e “log”, de diário de bordo).

Trata-se, segundo Paulo Querido e Luís Ene, autores do livro “Blogs”, editado pela Centro Atlântico, de um diário em “formato electrónico” que qualquer pessoa pode criar na “net”. “Não tem de ser actualizado todos os dias, nem a cada dia corresponde uma única entrada, ‘post’ ou texto”. Uma das características que o diferencia das antigas páginas pessoas é a “interactividade”. Cada um pode fazer daquele espaço o que entender.

A blogosfera lusa começou a mostrar-se no início de 2003. As primeiras referências devem-se às crónicas de António Granado e Isabel Coutinho, no Público, e Paulo Querido, no Expresso. No final de Janeiro, os precursores da expansão “bloguística” portuguesa, a “Coluna Infame” e o “Blog de Esquerda”, representando as “modernas” Direita e Esquerda, respectivamente, pólos de discussão política, social e cultural, são destacados nos principais jornais portugueses. O País começa a tomar o pulso a esta nova “moda”. E adere, em força. As notícias reforçam-se em Abril e Maio, com a criação dos três mais influentes blogues nacionais: o “Abrupto”, do eurodeputado social-democrata José Pacheco Pereira, o “Gato Fedorento” e “O Meu Pipi” (estes que, mais tarde, seriam transpostos para TV e livro).”

(ver continuação do texto em “entrada estendida”).

Há 1 ano no Memória Virtual – O Devir do Tempo…
(mais…)

13 Dezembro, 2004 at 8:34 am

PORTUGAL CAMPEÃO DA EUROPA DE CROSS

A equipa feminina portuguesa de atletismo sagrou-se ontem Campeã da Europa de Cross, em prova disputada na Alemanha, ao colocar 3 atletas nos 15 primeiros lugares (posicionando-se aliás as 6 atletas portuguesas nas 25 primeiras posições da classificação).

[1906]

13 Dezembro, 2004 at 8:08 am

FC PORTO VENCE TAÇA INTERCONTINENTAL

FCPorto.jpegNum jogo praticamente de “sentido único”, de conquista, em que – desde os primeiros minutos – assumiu uma atitude ofensiva (traduzida em 4 bolas na trave e 2 golos mal anulados), o FC Porto acaba de vencer, com inteira justiça, a última edição (25ª) da Taça Intercontinental, prova que opõe o Campeão da Europa ao vencedor da Taça Libertadores da América (“Campeão da América do Sul”), ao bater o Once Caldas, da Colômbia, embora apenas na conversão de pontapés da marca da grande penalidade (8-7, ao fim de 18 tentativas! – depois de 0-0 no final do tempo regulamentar e também após prolongamento).

É mais uma página de ouro no historial do FC Porto – repetindo a conquista de 1987 –, consagrando-se (oficiosamente) como “Campeão do Mundo”, num feito que engrandece também o futebol português, “desempatando” ainda, a favor da Europa, a disputa sobre a América do Sul (13 vitórias a 12).

Sinceros Parabéns!

[1905]

12 Dezembro, 2004 at 1:08 pm 1 comentário

"BLOGOSFERA" EM 2004 (XII)

Ainda em Abril, a blogosfera volta a agitar-se com a história do despedimento de alegados jornalistas do “Primeiro de Janeiro”, pretensamente devido a expressarem, no “blogue” que mantinham (Diário de um jornalista), críticas à gestão interna do jornal.

A propósito, ver este texto no Diário de Notícias, que mereceu a seguinte resposta no referido “blogue”.

A ler também esta “entrada” no “blogue” A [Minha] Jornada (“Blogodespedimento” – 28.04.04).

Por fim, a 19 de Abril, António Granado escrevia no Ponto Media:

“Vai animada a discussão sobre o Diário de um Jornalista, um weblog assinado por algumas pessoas que se dizem jornalistas, mas que estão a executar tarefas que nada têm a ver com jornalismo, como já tive oportunidade de dizer. Pela minha parte, subscrevo o que o Luís Santos tem vindo repetidamente a escrever sobre o tema mas que, infelizmente, os autores do weblog fingem não perceber. Permito-me salientar uma das frases do Luís, que resume a questão: «O que é problemático é que as empresas jornalísticas não identifiquem claramente a situação (com suplementos autónomos, p.e.), que jornalistas com carteira profissional sejam coagidos a fazer esse tipo de trabalho promocional e – mais grave ainda – que jornalistas profissionais tenham tão má imagem de si e do seu trabalho a ponto de pensarem que não haverá grande problema, uma vez que será quase tudo a mesma coisa.»”

Há 1 ano no Memória Virtual – Solidariedade – Voluntariado – Ajuda Humanitária

[1904]

12 Dezembro, 2004 at 10:14 am 2 comentários

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