FERNANDO PESSOA (III)
Em 1924, é lançada a revista “Atena”, dirigida por Fernando Pessoa e Ruy Vaz. No ano seguinte, falecia a mãe. Em 1926, dirige a “Revista de Comércio e Contabilidade”.
Em 1934, concorreu a um prémio da Secretaria de Propaganda Nacional, que conquistou na categoria B, devido à reduzida extensão da obra, “Mensagem”, o seu único livro publicado em vida: uma exaltação portuguesa, com características sebastiânicas, esperando o regresso da glória lusitana.
Ao longo da vida, escreveria mais de 25 mil páginas de poesia, prosa, peças de teatro, filosofia, em português, inglês (nomeadamente com os heterónimos Alexander Search e Charles Robert Anon) e francês (com o heterónimo Jean Seul), espólio conservado na Biblioteca Nacional de Lisboa.
A sua obra apenas seria difundida a partir de 1943, altura em que Luís de Montalvor deu início à edição das obras completas de Fernando Pessoa, integrando os seus poemas, assim como daqueles assinados com os seus heterónimos. Seriam também publicados volumes de Poesias (de Fernando Pessoa), Poemas Dramáticos (de Fernando Pessoa), Poemas (de Alberto Caeiro), Poesias (de Álvaro de Campos), Odes (de Ricardo Reis), Poesias Inéditas (de Fernando Pessoa, dois volumes), Quadras ao Gosto Popular (de Fernando Pessoa), assim como os textos de prosa de Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação, Páginas de Estética e de Teoria e Crítica Literárias, Textos Filosóficos, Sobre Portugal – Introdução ao Problema Nacional, Da República (1910-1935) e Ultimatum e Páginas de Sociologia Política, para além do Livro do Desassossego (do semi-heterónimo Bernardo Soares).
Havia já deixado a vida a 30 de Novembro de 1935, com 47 anos, no Hospital de S. Luís dos Franceses, em Lisboa.
(Vidé também a Fotobiografia de Fernando Pessoa).
[1894]



