ONDE É QUE NÓS FALHÁMOS?
A TVI anuncia impante e “orgulhosa” (estará mesmo?!…) que a estreia da sua “Quinta” teve uma audiência de cerca de 4,5 milhões de portugueses, com um “share” de 60 %.
Ainda há três dias, muito se falou do que foi talvez o programa de maior impacto social na televisão portuguesa, o “Zip Zip”. É curioso que tanto se fale tanto de um programa de que as pessoas com menos de 40 anos não terão, na generalidade, qualquer memória (não é do “meu tempo”…) e, em que as pessoas que tiveram o privilégio de a ele assistir, não deixariam de ser (nos finais da década de 60, inícios dos anos 70) uma “minoria”.
Mas já muitos mais tiveram a oportunidade de ver, por exemplo, espectáculos televisivos e culturais como o concurso “A Visita da Cornélia”.
A pergunta é simples (a resposta é que será mais complexa…): “Onde é que nós (todos) falhámos, na nossa evolução social, económica, cultural, para termos feito este percurso, de “nivelamento por baixo”, de primado da “televisão fast-food”, de grande pulsão voyeuristica“?
P. S. Desde domingo até agora, vi (no total) cerca de 15 minutos da “Quinta”; pareceu-me um “one man show” (rodeado por mais um conjunto de “maus actores”), sem qualquer interesse que possa sustentar as anunciadas audiências, no que espero venha a ser mais uma confirmação do esgotamento do modelo “Big Brother”.
Há 1 ano no Memória Virtual – Constituição Europeia
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