Archive for 10 Maio, 2004
EURO 2004 (XXXI) – 1988
Finalmente, a famosa .Laranja Mecânica. . que ficara às portas da “glória mundial” em 1974 e 1978 e, depois de eliminada na fase de qualificação do anterior Campeonato da Europa pelos famosos (e não isentos de polémica) 12-1 do Espanha-Malta ., ancorada numa .constelação de estrelas., em que brilhava com mais intensidade Marco van Basten (bem acompanhado por Gullit, Rijkaard e pelos irmãos Ronald e Erwin Koeman), sagrava-se Campeã da Europa, na VIII edição da prova, cuja fase final foi disputada em 1988 na Alemanha.
Para tal, a Holanda teria de bater, na final, a URSS (com golos das principais figuras, Gullit e Van Basten), país com que perdera já na fase de Grupos, situação que se verificou pela primeira vez na história dos Europeus (acontecera em 1954 no Mundial, quando a Alemanha, depois de perder 3-8 com a Hungria, venceria na Final por 3-2).
Na fase de qualificação, coube desta vez ao Campeão da Europa (França), numa pobre campanha, alcançar apenas 1 vitória em 8 jogos (num grupo ganho pela URSS).
Já na Fase Final, as grandes decepções seriam a Inglaterra e a Dinamarca, apenas com derrotas.
As ½ finais reuniram 4 colossos do futebol europeu: RFA-Holanda (com a Holanda a .vingar. a derrota na Final do Campeonato do Mundo de 1974) e Itália-URSS (com a URSS . com uma selecção de grande nível, comandada por Dassaev e Belanov . a voltar .aos seus bons velhos tempos.).
Portugal, com um grupo difícil . e, na sequência do .Caso Saltillo. (Mundial do México, em 1986), com a indisponibilidade da quase totalidade dos jogadores que haviam participado nessa prova e sob o comando .sui generis. de um seleccionador sem ligação ao mundo do futebol . ficaria mais uma vez pela fase de qualificação, em 3º lugar, num grupo ganho pela Itália, a que se seguiu a Suécia. Portugal apenas obteria 2 vitórias (uma delas na Suécia), conseguindo a .proeza. de empatar 2-2 em casa com Malta (a mesma selecção que, 4 anos antes, perdera 12-1 com a Espanha…).
Desta vez, as goleadas foram menos e de menor amplitude, com uma excepção relevante, o 8-0 do Inglaterra-Turquia (selecção que apenas a partir dessa data começaria a sua caminhada ascensional no panorama do futebol europeu); os outros resultados mais volumosos foram: Islândia-RDA, 0-6; Luxemburgo-Bélgica, 0-6; Espanha-Albânia, 5-0; Malta-Suécia, 0-5; Itália-Malta, 5-0.
P. S. Novos agradecimentos ao Muro sem vergonha e ao Dói-me.
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"RECORDAR É VIVER" (II)
E que tal o “Ontem, Hoje e Amanhã“, de José Cid!?
Ou as rivais Simone de Oliveira (Desfolhada) e Madalena Iglésias (Ele e Ela)… (ver letra em “entrada estendida”).
Amanhã, vamos “correr mundo”, começando a recordar alguns êxitos internacionais do passado…
P. S. São atribuídos hoje os Prémios Laureus de Desporto; conheça os nomeados aqui.
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(mais…)
"RECORDAR É VIVER" (I)
Num “blogue” que tem vindo a apelar à memória (em duas vertentes: “memorizando” o presente para “memória futura” e, a par e passo, quando oportuno, recordando o passado), e “pegando” numa das primeiras entradas da “Vertigem”, no tema livre desta semana vamos recordar e (re)viver algumas das canções que fizeram história, nos anos 60, e, principalmente, nas décadas de 70 e 80 – também uma perspectiva histórica, em que a evolução das tendências e dos “gostos musicais” ficará bem patente.
E, claro, a começar, o Recordar é Viver, de Vitor Espadinha:
“Foi em Setembro que te conheci
Trazias nos olhos a luz de Maio
Nas mãos o calor de Agosto
E um sorriso
Um sorriso tão grande que não cabia no tempo
Ouve, vamos ver o mar
Foste a trinta de Fevereiro de um ano por inventar
Falámos, falámos coisas tão loucas que acabámos em silêncio
Por unir as nossas bocas
E eu aprendi a amar
REFRÃO: Sim eu sei que tudo são recordações
Sim eu sei é triste viver de ilusões
Mas tu foste a mais linda história de amor
Que um dia me aconteceu
E recordar é viver, só tu e eu
Foi em Novembro que partiste
Levavas nos olhos as chuvas de Março
E nas mãos o mês frio de Janeiro
Lembro-me que me disseste que o meu corpo tremia
E eu, eu queria ser forte, respondi que tinha frio
Falei-te do vento norte
Não, não me digas adeus
Quem sabe, talvez um dia… como eu tremia, meu Deus
Amei como nunca amei
Fui louco, não sei, talvez
Mas por pouco, por muito pouco eu voltaria a ser louco
Amar-te-ia outra vez”
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JOAQUIM AGOSTINHO
Há 20 anos, partia o grande campeão Joaquim Francisco Agostinho, o maior ciclista português de sempre.
Joaquim Agostinho nasceu em Brejenjas, freguesia de Silveira, concelho de Torres Vedras, a 7 de Abril de 1943. Foi quase por acaso que se iniciou no ciclismo, graças ao vizinho de Casalinhos de Alfaiata, João Roque (também ele um campeão), que o levou a treinar no Sporting.
Em 1968, consegue a sua primeira grande proeza, ao terminar a Volta a Portugal no 2º lugar, prova que venceria em 1970, 1971 (ano em foi eleito o melhor desportista português) e 1972.
Começando a sua gloriosa carreira internacional, ganha a primeira etapa no “Tour de France ” em 1969, terminando no 8º lugar da classificação geral. Nas presenças seguintes na maior prova velocipédica do mundo – onde venceria 5 etapas, entre elas a do “mítico” Alpe d’Huez -, seria 14° em 1970; 5° em 1971; 8° em 1972 e 1973; 6° em 1974; 15° em 1975; 13° em 1977; 3° em 1978 e 1979 (no auge da carreira, completando o pódio com os campeões Bernard Hinault e Joop Zoetemelk); 5° em 1980; e, já com 40 anos, 11° em 1983 (a escassos segundos do 10º lugar que lhe daria a glória nos Champs Elysées).
Na “Vuelta” à Espanha, foi também 2º em 1974, 6º em 1973, 7º em 1976 e 15º em 1977.
No início de Maio de 1984, na Volta ao Algarve, teria a sua última queda, provocada por um cão que se lhe atravessou à frente da bicicleta, ao cortar a meta em Quarteira. Aos 41 anos, Joaquim Agostinho vestia a camisola amarela de líder da prova. Foi com ela vestida que terminou a carreira e a vida.
Ainda foi para o hotel, mas as queixas fizeram suspeitar que a queda teria sido grave; devido à indisponibilidade de meios aéreos, foi transportado de ambulância para Lisboa. Ao fim de dez dias em coma, a 10 de Maio de 1984, o campeão entrava na imortalidade.
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