Archive for Novembro, 2021
O Pulsar do Campeonato – 10ª Jornada
(“O Templário”, 25.11.2021)
Qual montanha-russa de emoções, a 95.ª edição do maior clássico do futebol distrital, entre União de Tomar e Torres Novas, entra para a história: pela primeira vez – em praticamente 2.300 jogos oficiais disputados até à data – o centenário União ganhou um desafio por 5-4!
Mas, muito para além da “frieza dos números” e da estrita competição, esta ronda fica também assinalada por novo gesto de grande nobreza, por parte de Rafael Faustino: o antigo jogador unionista tinha já, há cerca de dois anos e meio, em Amiais de Baixo, saído de campo para, numa emergência, socorrer uma adepta do clube adversário; no passado Domingo, agora em representação do Ferreira do Zêzere, voltou a destacar-se, recebendo novo “cartão branco”, pela exemplar acção, prestando rápido auxílio, após aparatosa queda de jogador da Glória do Ribatejo.
Destaques – O primeiro realce da jornada, em termos de resultados, vai, pois, para o U. Tomar-Torres Novas, um clássico entusiasmante, traduzindo-se numa festa do futebol, com sucessivas reviravoltas no marcador, com os torrejanos a oferecer muito boa réplica, perante um adversário de superiores argumentos, discutindo o desfecho deste encontro quase até ao seu final.
Os tomarenses entraram em campo “a todo o gás”, criando, desde logo, algumas situações de perigo, acabando por vir a inaugurar o marcador à passagem dos vinte minutos. Mas, de pronto, o Torres Novas ripostaria, repondo o empate, na conversão de uma grande penalidade. E não demoraria muito mais até que, num lance de transição rápida, os visitantes surpreendessem ainda mais, colocando-se em vantagem. Sendo, desta feita, os nabantinos a ter imediata reacção, chegando-se ao intervalo com a igualdade a duas bolas.
Na segunda parte a toada não se alteraria, com o União sempre mais afoito, a desperdiçar algumas ocasiões de golo, em contraponto a um muito eficaz Torres Novas, a recolocar-se em vantagem. Não se deixando afectar pela contrariedade, os locais, dando prova de grande personalidade, iriam desde o 2-3 até ao 5-3, materializando assim a superioridade evidenciada dentro de campo. Nos derradeiros segundos do período de compensação, os torrejanos reduziram ainda para a diferença tangencial, um prémio para a forma aguerrida como se apresentaram, mesmo que tal não se tenha traduzido em pontos, mas que não deixará de ter implicações positivas a nível motivacional.
No final do desafio, o União prestou singela homenagem ao seu jogador Luís Alves, que, por motivo de saúde, se viu forçado, de forma prematura, a interromper a sua carreira de futebolista.
Em destaque esteve também o Abrantes e Benfica, que arrancou um importante triunfo, mercê de um solitário golo, nas Fazendas de Almeirim, ante um candidato que se começa a atrasar bastante. O Fazendense dominou durante a maior parte do tempo, empurrou o adversário para a sua zona defensiva, mas – ao contrário do que tem feito amiúde (é ainda a equipa mais concretizadora da prova, agora a par do U. Tomar e do Rio Maior) – foi, desta vez, incapaz de chegar ao golo.
Outro candidato igualmente já bastante afastado da liderança (empatado em pontos com o Fazendense, ambos a onze pontos do U. Tomar) é o Cartaxo, derrotado em Alcanena, por um conjunto jovem, com elementos de qualidade, que, gradualmente, vai procurando “levar a água ao seu moinho” (tendo ascendido, com os doze pontos que soma agora, ao 10.º posto).
É também de assinalar o primeiro triunfo da formação da Glória do Ribatejo, impondo-se por categórica marca de 3-0, na recepção ao Ferreira do Zêzere, um desfecho a suscitar fortes interrogações sobre a possibilidade de os ferreirenses conseguirem vir a alcançar a manutenção.
Surpresa – Depois de dois jogos com pesados desaires sofridos, o Salvaterrense voltou a “surpreender” pela positiva, indo empatar a Ourém, ante o At. Ouriense, a uma bola. O grupo de Salvaterra integra, cumprido o primeiro terço do campeonato, o quarteto que reparte a 6.ª posição.
Confirmações – Reforçando o seu estatuto, como um dos mais sérios candidatos, o Mação venceu, ainda que por margem tangencial (2-1), o Benavente, dando um salto na tabela, subindo do 8.º ao 4.º lugar – que poderá vir a ser 3.º (a seis pontos do guia) caso vença o jogo em atraso.
Prosseguindo a sua intrépida perseguição ao comandante – há seis jornadas que regista resultados análogos aos dos tomarenses – o Rio Maior recebeu e goleou (5-1) o U. Almeirim, em mais uma cabal demonstração do seu poderio. Para além da forte capacidade concretizadora (24 golos marcados), notabiliza-se, igualmente, pela robustez da sua defesa, a qual consentiu apenas quatro tentos nos dez jogos realizados, prolongando o seu já notável ciclo de invencibilidade.
O empate (1-1) registado no Samora Correia-Amiense afigura-se bastante lógico, tendo presente a campanha que os dois clubes vêm realizando: os samorenses continuam a partilhar o 11.º lugar com o At. Ouriense, enquanto o Amiense resiste num excelente 4.º posto, a par do Mação.
II Divisão Distrital – Dois dos anteriores líderes – que contam com o pleno de vitórias nos cinco jogos disputados –, Forense e Moçarriense, folgaram na 6.ª jornada.
Tal possibilitou ao Águias de Alpiarça, vencedor por 4-1 ante o Benfica do Ribatejo, alcandorar-se ao 1.º lugar da série A, com um ponto mais que a turma de Foros de Salvaterra. Por seu lado, também o Espinheirense (goleando, por 5-0, a equipa da Ortiga), igualou o Moçarriense na liderança da série C, contando igualmente por triunfos os (cinco) jogos realizados.
Na série B o Entroncamento (ganhando por 3-0 nas Caxarias) consolidou a sua posição de guia, beneficiando do desaire (com imprevista expressão, 5-1), do Vasco da Gama na Atalaia. Em evidência esteve também o Fátima, a impor uma pesada derrota (7-0) à equipa “B” do U. Tomar.
Antevisão – A 11.ª ronda da I Divisão Distrital promete, com vários encontros a suscitar grande expectativa, perante a incerteza do respectivo desfecho: o “jogo-grande” será o Cartaxo-Rio Maior, de crucial importância para os cartaxeiros; mas o U. Tomar não esperará também facilidades na deslocação a Salvaterra de Magos – os dois primeiros classificados procurarão estabelecer novo “record” de vitórias consecutivas neste campeonato, até agora fixado em três triunfos sucessivos (séries que, quer tomarenses, quer riomaiorense, registaram já por duas vezes).
Também de cariz determinante, neste caso para o Fazendense, será a visita ao sempre difícil reduto de Amiais de Baixo. Assim como é de especial interesse a saída do Mação até à Glória do Ribatejo, onde encontrará uma revitalizada equipa em termos anímicos. Por fim, como “cereja” no topo do bolo, teremos ainda o “derby” Benavente-Samora Correia.
O escalão secundário terá uma pausa no fim-de-semana, aguardando pela eliminatória da Taça do Ribatejo, agendada para 1 de Dezembro. Na Liga 3, o “lanterna vermelha”, U. Santarém, visita o líder, U. Leiria. Por seu lado, no Campeonato de Portugal, o Coruchense recebe o Sacavenense.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 25 de Novembro de 2021)
Palmeiras Bi-Campeão da “Copa Libertadores”
Numa final, outra vez, 100% brasileira (tal como a da temporada precedente), na qual se defrontaram os dois últimos vencedores do troféu, o Palmeiras bisou a conquista do título, ao ganhar ao Flamengo por 2-1 (golos de Raphael Veiga e Deyverson), após prolongamento, em partida hoje realizada no Uruguai, no “Estádio Centenário”, em Montevideu.
Trata-se, portanto, da terceira edição consecutiva conquistada por treinadores portugueses: depois de Jorge Jesus (pelo Flamengo) em 2019, Abel Ferreira bisa também o título de Campeão Sul-Americano (edições de 2020 – cuja final foi disputada já no final de Janeiro do corrente ano – e de 2021).
Antes destes três títulos, apenas um treinador europeu tinha alcançado tal proeza, o croata Mirko Jozić (em 1991, pelo Colo-Colo).
É o seguinte o palmarés da principal competição de clubes da América do Sul, no decurso das 62 edições já disputadas:
- 7 títulos – Independiente – Argentina (1964, 1965, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984)
- 6 títulos – Boca Juniors – Argentina (1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007)
- 5 títulos – Peñarol – Uruguai (1960, 1961, 1966, 1982 e 1987)
- 4 títulos – Estudiantes de La Plata – Argentina (1968, 1969, 1970 e 2009); e River Plate – Argentina (1986, 1996, 2015 e 2018)
- 3 títulos – Nacional – Uruguai (1971, 1980 e 1988); Olimpia – Paraguai (1979, 1990 e 2002); São Paulo – Brasil (1992, 1993 e 2005); Santos – Brasil (1962, 1963 e 2011); Grémio – Brasil (1983, 1995 e 2017); e Palmeiras – Brasil (1999, 2020 e 2021)
- 2 títulos – Cruzeiro – Brasil (1976 e 1997); Internacional – Brasil (2006 e 2010); Atlético Nacional – Colômbia (1989 e 2016); e Flamengo – Brasil (1981 e 2019)
- 1 título – Racing Avellaneda – Argentina (1967); Argentinos Juniors – Argentina (1985); Colo-Colo – Chile (1991); Vélez Sarsfield – Argentina (1994); Vasco da Gama – Brasil (1998); Once Caldas – Colômbia (2004); Liga de Quito – Equador (2008); Corinthians – Brasil (2012); Atlético Mineiro – Brasil (2013); e San Lorenzo de Almagro – Argentina (2014)
Mundial 2022 – Sorteio do “Play-off” (Zona Europeia)
Realizou-se esta tarde o sorteio dos play-off de qualificação da zona europeia, para preenchimento das três vagas restantes na fase final do Mundial 2022, com o seguinte emparelhamento das 12 selecções, em três “vias” de apuramento:
Semi-final 1 – Escócia – Ucrânia
Semi-final 2 – País de Gales – Áustria
Semi-final 3 – Rússia – Polónia
Semi-final 4 – Suécia – R. Checa
Semi-final 5 – Itália – Macedónia do Norte
Semi-final 6 – Portugal – Turquia
As “finais” serão disputadas nos países vencedores das semi-finais n.º 2, 3 e 6. Assim, caso Portugal vença a Turquia, actuará em casa ante o vencedor do Itália-Macedónia do Norte.
Os jogos destes play-off estão previstos para 24 de Março (“meias-finais”) e 29 de Março de 2022 (“finais”).
Liga Conferência Europa – 5ª Jornada – Resultados e Classificações
Grupo A
HJK Helsinki – Alashkert – 1-0
Maccabi Tel-Aviv – LASK Linz – 0-1
1º LASK Linz, 13; 2º Maccabi Tel-Aviv, 10; 3º HJK Helsinki, 6; 4º Alashkert, 0
Grupo B
Flora Tallinn – Partizan – 1-0
Anorthosis – Gent – 1-0
1º Gent, 10; 2º Partizan, 7; 3.º Flora Tallinn e Anorthosis, 5
Grupo C
Bodø/Glimt – CSKA-Sofia – 2-0
Roma – Zorya Luhansk – 4-0
1º Bodø/Glimt, 11; 2º Roma, 10; 3º Zorya Luhansk, 6; 4º CSKA-Sofia, 1
Grupo D
Randers – CFR Cluj – 2-1
Jablonec – AZ Alkmaar – 1-1
1º AZ Alkmaar, 11; 2º Randers, 7; 3º Jablonec, 6; 4º CFR Cluj, 1
Grupo E
Slavia Praha – Feyenoord – 2-2
Maccabi Haifa – Union Berlin – 0-1
1º Feyenoord, 11; 2º Slavia Praha, 7; 3º Union Berlin, 6; 4º Maccabi Haifa, 4
Grupo F
Lincoln Red Imps – København – 0-4
Slovan Bratislava – PAOK – 0-0
1º København, 12; 2º Slovan Bratislava e PAOK, 8; 4º Lincoln Red Imps, 0
Grupo G
Rennes – Vitesse – 3-3
Mura Murska – Tottenham – 2-1
1º Rennes, 11; 2º Tottenham e Vitesse, 7; 4º Mura Murska, 3
Grupo H
Kairat Almaty – Basel – 2-3
Qarabağ – Omonia – 2-2
1º Basel e Qarabağ, 11; 3º Omonia, 3; Kairat Almaty, 1
A uma ronda do termo da fase de grupos garantiram já o apuramento directo para os 1/8 de final os seguintes clubes, vencedores dos respectivos grupos: LASK Linz, Gent, AZ Alkmaar, Feyenoord, København e Rennes.
Por seu lado, tem já confirmada a participação no “play-off” intercalar (com um dos 3.º classificados da Liga Europa) a equipa do Maccabi Tel-Aviv.
As equipas do Bodø/Glimt, Roma, Basel e Qarabağ têm também já garantida a continuidade na prova, restando apurar em que fase das eliminatórias irão participar.
Liga Europa – 5ª Jornada – Resultados e Classificações
Grupo A
Rangers – Sparta Praha – 2-0
Brøndby – O. Lyon – 1-3
1º O. Lyon, 15; 2º Rangers, 7; 3º Sparta Praha, 4; 4º Brøndby, 2
Grupo B
PSV – Sturm Graz – 2-0
Monaco – Real Sociedad – 2-1
1º Monaco, 11; 2º PSV, 8; 3º Real Sociedad, 6; 4º Sturm Graz, 1
Grupo C
Spartak Moskva – Napoli – 2-1
Leicester – Legia Warsaw – 3-1
1º Leicester, 8; 2º Spartak Moskva e Napoli, 7; 4º Legia Warsaw, 6
Grupo D
E. Frankfurt – Antwerp – 2-2
Olympiakos – Fenerbahçe – 1-0
1º E. Frankfurt, 11; 2º Olympiakos, 9; 3º Fenerbahçe, 5; 4º Antwerp, 2
Grupo E
Lokomotiv Moskva – Lazio – 0-3
Galatasaray – O. Marseille – 4-2
1º Galatasaray, 11; 2º Lazio, 8; 3º O. Marseille, 4; 4º Lokomotiv Moskva, 2
Grupo F
Midtjylland – Sp. Braga – 3-2
Crvena zvezda – Ludogorets – 1-0
1º Crvena zvezda, 10; 2º Sp. Braga, 9; 3º Midtjylland, 8; 4º Ludogorets, 1
Grupo G
Betis – Ferencváros – 2-0
B. Leverkusen – Celtic – 3-2
1º B. Leverkusen, 13; 2º Betis, 10; 3º Celtic, 6; 4º Ferencváros, 0
Grupo H
Rapid Wien – West Ham – 0-2
D. Zagreb – Genk – 1-1
1º West Ham, 13; 2º D. Zagreb, 7; 3º Genk, 5; 4º Rapid Wien, 3
A uma ronda do termo da fase de grupos garantiram já o apuramento directo para os 1/8 de final os seguintes clubes, vencedores dos respectivos grupos: Lyon, Monaco, Bayer Leverkusen e West Ham.
Por seu lado, têm já confirmada a presença no “play-off” intercalar, a disputar com os 3.º classificados da Liga dos Campeões, as seguintes equipas: Rangers e Betis.
As equipas do E. Frankfurt, Olympiakos, Galatasaray e Lazio têm também já garantida a continuidade na prova, restando apurar em que fase das eliminatórias irão participar.
O Fenerbahçe e o Celtic, enquanto 3.º classificados, transitam para a Liga Conferência Europa, onde disputarão o “play-off” intercalar com um dos 2.º classificados dos vários grupos dessa competição.
Liga dos Campeões – 5ª Jornada – Resultados e Classificações
Grupo A
Manchester City – Paris Saint-Germain – 2-1
Brugge – RB Leipzig – 0-5
1º Manchester City, 12; 2º Paris Saint-Germain, 8; 3º RB Leipzig e Brugge, 4
Grupo B
Liverpool – FC Porto – 2-0
Atlético Madrid – AC Milan – 0-1
1º Liverpool, 15; 2º FC Porto, 5; 3º AC Milan e Atlético Madrid, 4
Grupo C
Beşiktaş – Ajax – 1-2
Sporting – Borussia Dortmund – 3-1
1º Ajax, 15; 2º Sporting, 9; 3º Borussia Dortmund, 6; 4º Beşiktaş, 0
Grupo D
Inter – Shakhtar Donetsk – 2-0
Sheriff Tiraspol – Real Madrid – 0-3
1º Real Madrid, 12; 2º Inter, 10; 3º Sheriff Tiraspol, 6; 4º Shakhtar Donetsk, 1
Grupo E
Barcelona – Benfica – 0-0
Dynamo Kyiv – Bayern München – 1-2
1º Bayern München, 15; 2º Barcelona, 7; 3º Benfica, 5; 4º Dynamo Kyiv, 1
Grupo F
Villarreal – Manchester United – 0-2
Young Boys – Atalanta – 3-3
1º Manchester United, 10; 2º Villarreal, 7; 3º Atalanta, 6; 4º Young Boys, 4
Grupo G
Lille – Salzburg – 1-0
Sevilla – Wolfsburg – 2-0
1º Lille, 8; 2º Salzburg, 7; 3º Sevilla, 6; 4º Wolfsburg, 5
Grupo H
Malmö – Zenit – 1-1
Chelsea – Juventus – 4-0
1º Chelsea e Juventus, 12; 3º Zenit, 4; 4º Malmö, 1
A uma ronda do termo da fase de grupos, garantiram já o apuramento para os 1/8 de final da Liga dos Campeões as seguintes onze equipas: Manchester City, Paris Saint-Germain, Liverpool, Ajax, Sporting – que se qualifica apenas pela 2.ª vez (em nove participações), depois da época de 2008-09 –, Real Madrid, Inter, Bayern München, Manchester United, Chelsea e Juventus.
As restantes cinco vagas serão disputadas entre: FC Porto/AC Milan/At. Madrid; Barcelona/Benfica; Villarreal/Atalanta; e Lille/Salzburg/Sevilla/Wolfsburg (duas vagas).
Por seu lado, Borussia Dortmund, Sheriff Tiraspol e Zenit têm já confirmada a passagem para a Liga Europa, onde disputarão o “play-off” intercalar com um dos 2.º classificados da fase de grupos dessa competição.
Liga dos Campeões – 5ª Jornada – Barcelona – Benfica
Barcelona – Marc-André ter Stegen, Ronald Araújo (86m – Eric García), Gerard Piqué, Clément Lenglet (86m – Sergiño Dest), Jordi Alba, Frenkie de Jong, Sergio Busquets, Nicolás “Nico” González, Yusuf Demir (66m – Ousmane Dembélé), Pablo Gavira “Gavi” e Memphis Depay
Benfica – Odysseas Vlachodimos, André Almeida, Nicolás Otamendi, Jan Vertonghen, Gilberto Moraes, Julian Weigl, João Mário (59m – Adel Taarabt), Alejandro “Álex” Grimaldo (81m – Haris Seferović), Rafael “Rafa” Silva (70m – Valentino Lazaro), Everton Soares (70m – Luís Fernandes “Pizzi”) e Roman Yaremchuk (59m – Darwin Núñez)
Cartões amarelos – Gerard Piqué (49m); Alejandro “Álex” Grimaldo (36m), João Mário (49m), Odysseas Vlachodimos (90m) e Adel Taarabt (90m)
Árbitro – Sergei Karasev (Rússia)
Se nos ativermos à “última” imagem deste jogo – e será difícil, nos próximos tempos, esquecê-la – dir-se-ia que o Benfica perdeu uma flagrante ocasião de ganhar, em Camp Nou, ao Barcelona. Mas, na verdade, pelo que jogou, a equipa portuguesa não justificaria tal vitória; como, por outro lado, não posso (nem quero) enfileirar na espécie de “crucificação” a Seferović por tal inacreditável falhanço.
Fica até a ideia de que poderá ter tido, não uma, mas duas execuções técnicas defeituosas: primeiro, o que pareceu uma tentativa de remate (?) que não tenha saído “bem” (conforme seria pretendido), mas que resultou numa bola “picada” sobre Ter Stegen, a retirá-lo do lance; de imediato, e tendo a bola “escapado” demasiado, foi já algo “em esforço” que o suíço (apertado por um defesa contrário, a procurar fazer a “mancha”) a tentou rematar para a baliza (tocando-a apenas com a ponta da bota), acabando por sair ligeiramente ao lado do poste. Obviamente, ficou muito longe de se tratar de um exímio gesto técnico, mas, visto de fora, pode parecer muito mais fácil do que o que efectivamente teria sido.
A situação foi sobremaneira empolada, sobretudo pelas “infelizes” declarações – uma vez mais – de Jorge Jesus, confessando-se “arrasado” com essa falha (e o que ela significa), mas, ao mesmo tempo, destroçando animicamente o seu jogador, assim como, em paralelo, pelo contexto em que ocorreu (um lance no último minuto do período de compensação, que resultaria num triunfo ante o Barcelona, em Camp Nou, e, muito possivelmente, num passo determinante para o apuramento para os 1/8 de final da “Champions League”).
De facto, para além das palavras de circunstância prévias, o Benfica mostrou muito pouca ambição neste jogo, deixando transparecer, desde início, que o objectivo primordial seria o de evitar a derrota – que, a ter sucedido, o afastaria, imediatamente, da fase seguinte da competição.
Face a um Barcelona renovado, sobretudo pelo ânimo insuflado pela chegada de Xavi ao comando técnico, o Benfica passou a primeira hora a “ver jogar”, sem bola, perante o recuperar do famoso “tiki-taka” catalão, com enorme qualidade nas trocas de bola entre jovens talentos, como Nico González, Gavi ou Yusuf Demir.
Só depois desse período a equipa portuguesa conseguiria começar a libertar-se, ganhando dois cantos que levaram algum perigo à baliza contrária; o segundo deles, concluído por Otamendi, com um bom remate, a anichar a bola nas redes, seria invalidado por, alegadamente, na marcação do pontapé de canto, a bola ter desferido um arco, ultrapassando a linha de fundo, o que ninguém conseguirá atestar indubitavelmente – não tendo o VAR tido intervenção –, anotando-se o tempo decorrido entre o instante dessa suposta infracção e o epílogo da jogada.
Do outro lado, Demir rematara à trave, e Vlachodimos vira também já colocados à prova os seus reflexos, enquanto, à sua frente, a comandar todo o sector, o mesmo Otamendi ia fazendo a sua melhor exibição ao serviço do Benfica, limpando toda a zona defensiva, de forma exemplar, sem falhas, numa demonstração de personalidade, própria de quem tem já uma grande “rodagem” a este nível, de altíssima intensidade competitiva em termos internacionais, ao alcance de poucos.
Na segunda metade o Benfica começou por conseguir, de alguma forma, refrear o adversário, repartindo mais o jogo – viria inclusivamente a beneficiar de excelente oportunidade, com um forte remate de cabeça, mas que sairia enquadrado, “à figura”, de um atento Ter Stegen.
Até à entrada de Dembélé, que veio agitar as “águas”, colocando em apuros a asa esquerda da defesa benfiquista, à medida que, em simultâneo, o desgaste se começava a fazer sentir. As saídas de João Mário e, pouco depois de Rafa (mesmo que este tenha estado bastante aquém do que se poderia esperar, mais preocupado em defender do que nas suas habituais explosões em velocidade) vieram agravar ainda mais as dificuldades de contenção das investidas catalãs.
A par da soberba exibição do argentino, também o grego-alemão seria crucial para manter a baliza portuguesa em branco, com defesas à “queima-roupa” – tendo o Barcelona visto também um lance de golo não validado pelo árbitro, por fora de jogo.
Jorge Jesus saiu a chorar a vitória perdida… mas o Barcelona – uma equipa “em construção”, que se mostrou ainda algo “verde”, e distante dos níveis de confiança ideais – também se pode lamentar da sua falta de eficácia. Quando, nos minutos finais, arriscou tudo, abriu efectivamente espaços que um endiabrado Darwin podia ter aproveitado melhor (assistiu bem Seferović na tal falha incrível, mas não definiu da melhor forma noutra situação); o jogo acabaria, aliás, com Taarabt a não dar sequência a mais uma rápida transição ofensiva, preferindo congelar a bola.
No cômputo geral, um resultado que se pode considerar de algum modo ajustado face às efectivas oportunidades de que cada uma das equipas dispôs (ambas registaram três remates à baliza) e que – embora o Benfica fique dependente de terceiros (o Bayern “não pode” perder, em Munique, com o Barcelona) – poderá ter deixado, por paradoxal que pareça, mais perto do apuramento os portugueses (que, em paralelo, e desde já, mesmo no cenário menos favorável, garantiram a continuidade nas competições europeias), no pressuposto de que venham a vencer no último desafio, frente ao D. Kiev.
O Pulsar do Campeonato – 9ª Jornada
(“O Templário”, 18.11.2021)
Num campeonato em que, em termos gerais, o equilíbrio continua a imperar – após nove rondas disputadas somente dois pontos separam o 3.º do 9.º classificado –, os extremos começam a distanciar-se: na frente, União e Rio Maior, agora, respectivamente, com sete e seis pontos de vantagem face à última posição no pódio; na cauda da tabela, Ferreira do Zêzere e Glória do Ribatejo registam já um atraso de sete pontos em relação ao antepenúltimo, Torres Novas.
Destaques – O Rio Maior foi a equipa mais em evidência no passado fim-de-semana, impondo ao Salvaterrense – e, agora, em Salvaterra –, o segundo desaire sucessivo, e, outra vez, com goleada, por 4-0 (repetindo o “placard” também já aplicado pelo vice-líder em Samora Correia). Os riomaiorenses, que, desde há seis jornadas, mantêm apertada perseguição ao guia (sempre um único ponto atrás), apresentam agora o segundo ataque mais concretizador (a par dos tomarenses), o que aliam a uma defesa de enorme solidez, somente com três golos sofridos até à data.
Numa partida empolgante, entre dois dos principais candidatos aos lugares de topo, repleta de cambiantes, Cartaxo e Fazendense neutralizaram-se, empatando a três golos: entrada fulgurante do grupo das Fazendas, a chegar ao 0-2, para, de seguida, os visitados operarem fantástica reviravolta, para 3-2, acabando, todavia, por vir a consentir o tento do empate, com os forasteiros a confirmarem a sua propensão goleadora, totalizando já 24 golos apontados (mas, por outro lado, 18 sofridos). As duas equipas repartem agora a 5.ª posição com o sensacional Benavente.
A mostrar que continua bem “vivo”, o Mação – pese embora tenha ficado reduzido a dez elementos durante quase uma hora – foi ganhar ao sempre difícil reduto de Amiais de Baixo, impondo-se por 2-0, subindo, por agora, ao 8.º posto… mas que até poderá escalar até ao 3.º lugar, caso venha a vencer o desafio que tem em atraso, a disputar, em casa, ante o U. Almeirim. Uma “ameaça” aos lugares da frente, a levar muito em conta, pois.
Noutra luta, pela “sobrevivência”, o Torres Novas somou três importantes pontos, batendo o At. Ouriense por 2-1, o que lhe proporcionou, para já, a referida “confortável” margem de segurança, de sete pontos, em relação aos dois últimos da pauta classificativa.
Surpresas – O resultado porventura mais imprevisto da jornada ocorreu em Abrantes, onde a turma local não conseguiu melhor do que a igualdade, a uma bola, na recepção ao Samora Correia, tendo deixado escapar o triunfo já nos derradeiros minutos. Com o ponto averbado os abrantinos recuperaram, ainda assim, o 3.º lugar, em igualdade pontual com o Amiense, mas integrando um alargado pelotão, concentrado na tal escassa diferença de dois pontos, atrasando-se em relação aos dois primeiros, mas, claro, muito longe de estarem arredados de maiores aspirações.
Poderá considerar-se também como “semi-surpresa” o desfecho verificado em Almeirim, com outro empate, igualmente a um golo, entre U. Almeirim e Alcanenense, o que, em paralelo, virá confirmar que o objectivo das duas equipas para esta temporada não deverá ser outro que o de procurar assegurar a manutenção, da forma mais “tranquila” que lhes for possível.
Partilhando estes clubes, nesta altura, o 12.º posto, apenas com nove pontos somados, tal tranquilidade dependerá também do desempenho que o Coruchense venha a ter no Campeonato de Portugal, do qual dependerá o número de equipas (duas, ou, no pior cenário, três) a despromover ao escalão secundário do futebol distrital.
Confirmações – Nos restantes dois encontros confirmaram-se as expectativas, com as duas formações da parte mais baixa da classificação a “afundarem-se” ainda mais.
O Benavente bateu por categórica marca de 3-0, o Glória do Ribatejo, muito aquém da fantástica época passada, que somou o nono desaire em dez jogos disputados. Foi já o quarto triunfo dos benaventenses, que não têm vacilado, ganhando todos os jogos que seriam “de ganhar”, acumulando já 14 pontos, intrometendo-se numa disputa que não será a sua, a par do Fazendense e do Cartaxo na classificação, mas, mais importante, afastando-se da zona perigosa.
No “quase derby” de Ferreira do Zêzere, o União de Tomar, mesmo vencendo, e repetindo os números ali obtidos pelo Rio Maior (2-0), teve uma tarde tudo menos tranquila.
De facto, bastante perdulários durante toda a primeira parte, os nabantinos permitiram que o nulo subsistisse durante mais de uma hora. E, na segunda metade, até começaram por ver o adversário, mais ameaçador, com duas ocasiões para poder inaugurar o marcador. Mas o maior poderio dos nabantinos acabaria por vir à tona, ditando o desfecho com dois golos praticamente de rajada.
O U. Tomar passaria ainda por minutos finais de alguma tensão, quando se viu em inferioridade numérica, mas os ferreirenses não conseguiriam desfeitear o atento guardião contrário.
Foi um triunfo especial, dedicado a Luís Alves, o qual, por motivos de saúde (situação de índole cardíaca), poderá ter visto prematuramente interrompida a sua carreira (tendo disputado 137 jogos com a camisola do União e marcado 21 golos, entre eles o que abriu o marcador na Final da Taça do Ribatejo conquistada pelo clube em 2018). Neste período muito difícil em termos pessoais – a requerer grande coragem –, mais importante que o jogador terá de ser, necessariamente, o homem, a partir de agora mais um “adepto”, a sofrer por fora, mas bem junto dos seus companheiros.
II Divisão Distrital – Pese embora ainda numa fase bastante precoce da prova – apenas foram disputadas cinco das 18 rondas previstas – há três emblemas que se começam, desde já, a perfilar como sérios candidatos à subida, um de cada série: Forense (5-0 no terreno do Benfica do Ribatejo) e Moçarriense (3-0 no Tramagal) com o pleno de vitórias; Entroncamento AC (triunfo por 3-1 perante um dos mais fortes concorrentes, Fátima), somente com um ponto cedido.
Mas há também outros firmes pretendentes à qualificação para a fase final, de apuramento de Campeão e de promoção, nomeadamente: Águias de Alpiarça, Vasco da Gama e Espinheirense.
Antevisão – No principal escalão prosseguem os desafios entre aspirantes aos lugares cimeiros, com realce para o embate entre Fazendense e Abrantes e Benfica. O Cartaxo, que visita Alcanena, não esperará certamente uma tarde “descansada”. Por seu lado, Rio Maior e Mação, recebendo, respectivamente, U. Almeirim e Benavente, são favoritos, mas não poderão facilitar.
Quanto ao U. Tomar, actua igualmente no seu terreno, ante o Torres Novas, no maior clássico do futebol distrital, na 95.ª edição de um confronto de resultado sempre em aberto, como o atesta o grande equilíbrio a nível histórico: 38 vitórias dos tomarenses, face a 37 triunfos dos torrejanos.
Na II Divisão, destaque para as seguintes partidas: Caxarias-Entroncamento AC, Riachense-Goleganense, U. Atalaiense-Vasco da Gama, Fátima-U. Tomar “B” (todos na série B), sendo que os líderes das séries A e C, respectivamente Forense e Moçarriense, terão dia de folga.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 18 de Novembro de 2021)
Campeonato da Europa de Hóquei em Patins – 2021 – Final
Final – Espanha – França – 1-1 (2-1 a.p.)
3º / 4º lugar – Portugal – Itália – Cancelado devido a casos de “COVID-19” na selecção portuguesa.
5º / 6º lugar – Andorra – Alemanha – 5-1
Num desafio, necessariamente, de cariz distinto do da véspera – estando, agora, directamente em jogo o título de Campeão Europeu –, a Espanha voltou a impor-se à França, mas apenas no prolongamento, não tendo, desta feita, conseguido desfazer a igualdade (1-1) no tempo regulamentar.
Justificando o mérito da presença nesta final, seriam inclusivamente os franceses a inaugurar o marcador, aos 8 minutos, por outro dos irmãos di Benedetto, Bruno (jogador do Lleida, de Espanha). E os franceses até podiam ter dilatado a vantagem, aos 11 minutos, num livre directo. Quem não marca sofre e foi o que sucedeu, com a Espanha a repor a igualdade, ao minuto 15. Até final da partida, decorreriam mais 35 minutos de tempo útil, claro, sem que o resultado se voltasse a alterar.
No prolongamento, o sportinguista Toni Pérez marcaria o tento que ditaria a vitória da Espanha, apenas com três minutos decorridos, confirmando assim, não sem ter experimentado grandes dificuldades, a superioridade espanhola – que conquistou o seu 9.º título de Campeã da Europa nas últimas 11 edições da competição, desde o ano 2000 (face a um único título de Portugal, em 2016, e outro da Itália, em 2014).
A partida que deveria ditar o escalonamento do 3.º e 4.º classificados, entre Portugal e Itália, foi cancelada, devido ao facto de dois jogadores portugueses terem testado positivo à “COVID-19”. Perante esta situação, a selecção italiana – alegando a preservação da saúde dos seus elementos – optou por não se apresentar a jogo, nem sequer se tendo prestado à realização de testes aos seus jogadores.
Nas 54 edições do Campeonato da Europa de Hóquei em Patins – que teve a sua estreia em 1926 em Herne Bay (Inglaterra) – Portugal continua a ser o país que mais vezes se sagrou Campeão (21), seguido pela Espanha (18), Inglaterra (12 – nas doze primeiras edições, até 1939) e Itália (3).
Para além dos 21 títulos conquistados (1947, 1948, 1949, 1950, 1952, 1956, 1959, 1961, 1963, 1965, 1967, 1971, 1973, 1975, 1977, 1987, 1992, 1994, 1996, 1998 e 2016), Portugal foi vice-campeão por 14 vezes (1951, 1953, 1954, 1957, 1969, 1979, 1981, 1983, 2000, 2002, 2008, 2010, 2012 e 2018), e 3.º classificado noutras 10 ocasiões (1936, 1937, 1939, 1955, 1985, 1990, 2004, 2006, 2014 e 2021); apenas por duas vezes tendo ficado em 4.º lugar (1932 e 1938).
Nas 49 edições em que participou (falhou as quatro primeiras, de 1926 a 1929 – tendo-se estreado em 1930 –, assim como a 8.ª, em 1934), somente em 1930 e 1931 (6.º classificado nas duas ocasiões) Portugal não alcançou um lugar de honra.
Campeão 2.º 3.º 4.º Total Portugal 21 14 10 2 47 Espanha 18 16 6 2 42 Inglaterra 12 1 - 2 15 Itália 3 12 23 8 46 França - 6 3 6 15 Suíça - 2 4 12 18 Alemanha - 2 4 10 16 Bélgica - 1 1 5 7 Holanda - - 4 6 10
Nota – Por deliberação do organismo que superintende a modalidade (World Skate Europe), foi decidido atribuir o 3.º lugar na edição de 2021 do Campeonato da Europa, “ex aequo”, às selecções de Portugal e da Itália.