Archive for 11 Novembro, 2021
Irlanda – Portugal (Mundial 2022 – Qualif.)
Aviva Stadium, Dublin
Irlanda – Gavin Bazunu, Matt Doherty, Seamus Coleman, Shane Duffy, John Egan, Enda Stevens (78m – James McClean), Chiedozie Ogbene (90m – William Keane), Josh Cullen, Jeff Hendrick (78m – Conor Hourihane), Jamie McGrath (61m – Adam Idah) e Callum Robinson
Portugal – Rui Patrício, Nélson Semedo, Pepe, Danilo Pereira, Diogo Dalot, João Palhinha, Matheus Nunes (57m – João Moutinho), Bruno Fernandes (75m – Renato Sanches), Cristiano Ronaldo, Gonçalo Guedes (56m – Rafael Leão) (83m – José Fonte) e André Silva (75m – João Félix)
Cartões amarelos – Chiedozie Ogbene (29m), Seamus Coleman (54m) e Matt Doherty (90m); Danilo Pereira (71m) e Pepe (72m)
Cartão vermelho – Pepe (82m)
Árbitro – Jesús Gil Manzano (Espanha)
Para o “bem” (título de Campeão Europeu em 2016) e para o “mal”, Fernando Santos deixou que se lhe colasse a imagem de jogar para o empate – é o próprio que, implicitamente, há muito tempo o reconheceu, com a sua “frase-chave”, de que é difícil a qualquer equipa do mundo ganhar a Portugal…
Ora, faltando disputar dois jogos nesta fase de qualificação, sendo que a selecção portuguesa tinha a garantia de que dois empates nessas partidas lhe garantiriam o apuramento, estava completo o círculo.
Ainda para mais, quando, efectivamente, para tais contas do apuramento, era indiferente ganhar ou empatar esta noite, uma vez que, em qualquer caso, será sempre necessário evitar a derrota frente à Sérvia.
Isto dito, o seleccionador português preocupou-se, em primeira instância, em procurar preservar os jogadores que estavam à beira de poder ser excluídos do decisivo embate de Domingo (entre eles João Cancelo, Rúben Dias e Diogo Jota), por terem visto já cartão amarelo; e, em paralelo, na escolha do “onze” que entrou de início em Dublin, apostando na componente física, para enfrentar uma equipa cujo ponto forte é precisamente esse.
Em função do contexto do jogo e das condicionantes apontadas – acresce ainda a indisponibilidade, por lesão, de Bernardo Silva -, foi muito pobre a exibição do conjunto português, num encontro entediante, que parecia nunca mais acabar. Foram raros os lances articulados que a equipa nacional conseguiu explanar no relvado, praticamente sem criar qualquer efectiva ocasião de golo, expondo-se, por outro lado, ao jogo directo e vertical dos irlandeses.
As substituições operadas, logo a partir de uma fase ainda relativamente prematura do jogo, não surtiriam também efeito. E as coisas conseguiriam piorar quando Pepe – que se tornou, aos 38 anos e 8 meses, no jogador mais velho de sempre a jogar pela selecção – viu, com um intervalo de apenas dez minutos, dois cartões amarelos, deixando a equipa em inferioridade numérica (ao mesmo tempo que ficava arredado do próximo jogo).
Fernando Santos não arriscou, recorrendo, de imediato, a José Fonte – em detrimento de Rafael Leão, que entrou e saiu de jogo, apenas após 27 minutos em campo, sinalizando bem da importância em manter o nulo… que seria preservado, não sem passar por alguns sustos, o último dos quais um lance de “golo” invalidado por contacto de Keane em Rui Patrício, na pequena área.
Foram, verdadeiramente, serviços mínimos. E a necessidade de, rapidamente, “mudar o chip”, para o desafio de Domingo… mesmo que o desfecho necessário seja o mesmo.
GRUPO A Jg V E D G Pt 1º Portugal 7 5 2 - 16 - 4 17 2º Sérvia 7 5 2 - 16 - 8 17 3º Luxemburgo 7 3 - 4 8 -15 9 4º Irlanda 7 1 3 3 8 - 8 6 5º Azerbaijão 8 - 1 7 5 -18 1
9ª jornada
11.11.2021 – Azerbaijão – Luxemburgo – 1-3
11.11.2021 – Irlanda – Portugal – 0-0
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