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Campeonato da Europa de Hóquei em Patins – 2021 – 5ª jornada
19.11.21 – Itália – Alemanha – 4-1
19.11.21 – França – Espanha – 1-3
19.11.21 – Portugal – Andorra – 12-1
Jg V E D G Pt 1º Espanha 5 3 1 1 38 - 17 10 2º França 5 3 1 1 24 - 18 10 3º Portugal 5 3 1 1 39 - 19 10 4º Itália 5 2 2 1 27 - 18 8 5º Alemanha 5 1 - 4 10 - 31 3 6º Andorra 5 - 1 4 8 - 43 1
Os jogos de apuramento da classificação final, a disputar amanhã, terão o seguinte alinhamento:
Final – Espanha – França
3º / 4º – Portugal – Itália
5º / 6º – Alemanha – Andorra
Na sequência do resultado do embate de ontem, entre Portugal e Espanha, e não obstante ter arrancado uma vitória “épica”, Portugal não evitou ficar dependente de terceiros, encontrando-se numa posição bastante ambígua: em função das regras de desempate (com base nos resultados do confronto directo entre as equipas empatadas em pontos) seria apurado para a final do campeonato caso a França não perdesse com a Espanha (nesse cenário, em detrimento de “nuestros hermanos”), ou, alternativamente, se os espanhóis vencessem, apenas desde que o fizessem por mais de dois golos de diferença (eliminando assim a França).
Rapidamente se perceberia que a contenda acabaria por cair para o lado espanhol, com a Espanha a chegar a vantagem de 2-0 à passagem dos 15 minutos, marcador que se registava ao intervalo. Só que começariam, então, a suceder coisas algo estranhas: primeiro, um livre directo disparatado da Espanha, com a bola a sair desastradamente ao lado da baliza, o que levaria o árbitro a sancionar o jogador espanhol com um cartão azul (entendendo ter sido deliberado o falhanço!), e consequente livre directo, do qual resultou o 1-2, a 13 minutos do final.
A Espanha prontamente reporia a diferença de dois golos, a 11 minutos e meio do termo do encontro. Portugal via-se, então, num completo “limbo”: para se apurar, antes, necessitava de um golo mais para a França… a partir daí, ansiava por mais um golo para a Espanha.
Mas a verdade é que, como sucede não raras vezes, perante um resultado que servia as aspirações das duas equipas, o tempo foi rolando, sem que qualquer dos contendores pretendesse assumir riscos – pese embora a arbitragem tivesse intervindo de novo, sancionando um jogador de cada formação com cartão azul, por jogo passivo… mas demasiado tarde, faltando jogar apenas dois minutos.
E o afastamento de Portugal da final acabaria mesmo por se consumar. Não se podendo falar de “resultado combinado”, de facto a Espanha não tinha qualquer “incentivo” em arriscar na procura de ampliar a vantagem que angariara e que lhe garantia já o objectivo. A equipa portuguesa não se poderá queixar do que se passou neste jogo, devendo antes “queixar-se” de si própria: começou por falhar na partida com a França (foi a 2.ª derrota ante este adversário nos últimos 50 jogos entre ambos!); falhou de novo com a Itália; e, ontem, num jogo épico, poderia ter definitivamente resolvido as coisas a seu favor… se tivesse vencido por dois golos de diferença.
Por seu lado, a França alcançava – 90 anos depois – a qualificação para a final de uma grande competição internacional de Hóquei em Patins, um justo prémio para o desempenho evidenciado ao longo desta fase de grupos (aliás, não fora o incrível deslize ante Andorra teria já garantido de antemão tal apuramento ).