Archive for Abril, 2006

TOMAR – INVENTÁRIO DO PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO (VI)

Edifício dos Paços do Concelho

CMTomar.jpeg“Edifício de planta rectangular; volume simples com cobertura em telhado de 4 águas. 3 pisos delimitados por molduras; no alçado E. e O., 3 panos separados por pilastras; o pano central, de maiores dimensões é rasgado por 3 grandes arcadas, no 1º e 2º pisos da fachada principal, por 7 arcos a meio ponto em cada um dos 3 registos da fachada contrária; no último andar da fachada principal rasgam-se janelas de sacada, rematadas por frontão liso saliente, nos 3 corpos da fachada principal, janelas de peitoril nos alçados laterais. As 3 grandes arcadas da fachada principal dão acesso a um átrio, coberto por abóbada de cruzaria de ogivas, alternando com abóbadas a berço, de onde sai a escadaria, que depois de um primeiro patamar se subdivide em 2 lanços divergentes, conduzindo ao andar nobre. Neste destaca-se o grande salão nobre com tecto em masseira, abrindo-se por janelas de sacada para a praça.

Cronologia: Séc. 16, inícios – No reinado de D. Manuel são construídas “as Casas da Câmara e da Audiência, das Sisas e dos Contos”, os actuais Paços do Concelho; na descrição feita no séc. 17 (ROSA, 1982) o edifício apresentava a mesma estrutura de alçados: 3 blocos, correspondentes às 3 casas, em 3 pisos; 1740 – nesta data a divisão funcional das casas divergia: são referidas a Casa da Audiência, a Casa do Senado com o Cartório, a Casa do Açougue; nas obras realizadas uniformiza-se o alçado principal e o acesso às várias casas, rasgam-se as janelas do 3º registo, constroem-se águas-furtadas; 1955 – proposta de alteração da estrutura do telhado de 4 para 12 águas, segundo a primitiva traça, da escadaria e das janelas do r/c. não chega a realizar-se; 1958 – até esta data funcionaram no edifício o Tribunal Judicial e a cadeia; 1971 – proposta para reparar a cobertura; construção de uma cinta de betão armado para travamento das paredes, a nível da cimalha; tectos em masseira na casa da escada e secretaria, idênticos aos já existentes; fornecimento de guarnições e aros em madeira.”

(via página da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais)

10 Abril, 2006 at 8:39 am Deixe um comentário

CONCELHO DE TOMAR – FREGUESIAS

FREGUESIAS
Nome Endereço Habitantes Área(ha)
Alviobeira Rua da Escola Nº 6 Alviobeira – 2305-061 ALVIOBEIRA 635 857
Asseiceira Santa Cita – 2300 ASSEICEIRA TMR 3 201 2 899
Beselga – 2300 BESELGA TMR 880 1 373
Carregueiros – 2300 CARREGUEIROS 1 255 1 235
Casais – 2300 CASAIS TMR 2 471 2 744
Junceira Serra – 2300 JUNCEIRA 833 1 302
Madalena – 2300 MADALENA TMR 3 466 3 056
Olalhas Montes – 2300 OLALHAS 1 581 3 459
Paialvo – 2300 PAIALVO 2 850 2 226
Pedreira – 2300 PEDREIRA TMR 563 1 201
Tomar (Sta.Mª dos Olivais) Voluntário República 121 – 2300 TOMAR 12 801 1 723
Tomar (São João Baptista) R de S João 86 – 2300 TOMAR 6 103 1 305
São Pedro de Tomar – 2300 SAO PEDRO DE TOMAR 3 069 3 649
Sabacheira – 2300 SABACHEIRA 1 115 3 435
Serra SERRA – 2300 SERRA 1 299 3 352
Além da Ribeira – 2300 ALEM DA RIBEIRA 885 1 232

(Quadro extraído da página da ANMP – Associação Nacional de Municípios Portugueses)

Ver também caracterização das freguesias, pelo Governo Civil de Santarém.

9 Abril, 2006 at 10:45 am Deixe um comentário

MUNDIAL 2006 (CI) – 1990

Itália - 1990
O capitão alemão, Lotthar Matthaeus, consagrado como melhor jogador europeu, erguendo o troféu de Campeão do Mundo

7 Abril, 2006 at 6:08 pm Deixe um comentário

TOMAR – INVENTÁRIO DO PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO (V)

Convento de Cristo / Mosteiro de Cristo

ConventoCristo“Complexo monacal de planta composta, irregular. Volumes articulados, horizontalista e Charola de massa verticalista. Coberturas exteriores diferenciadas em telhados, terraços e coruchéus.

A Charola, poligonal, é o centro do conjunto de edificações, dominando-as visualmente. A N. e E. Sacristia, Claustros do Cemitério e da Lavagem, ruínas dos Paços, Enfermarias, rematando na Sala dos Cavaleiros e na Botica. A O. Igreja, Claustros e dependências conventuais, acompanhando a planta cruciforme dos braços N.-S. e E.-O. dos Dormitórios, no prolongamento da Igreja e do Claustro de Santa Bárbara. A NE. Claustro da Hospedaria, a NO. o da Micha, a SE. o de D. João III, a SO. o dos Corvos. Fachada E.: Botica, no seguimento da muralha, e Sala dos Cavaleiros, no ângulo NE., com fachada dupla sobre embasamento em talude, rasgada por janelas de sacada e encimada por frontões contracurvados. A N. Portaria Real, entre o corpo das Enfermarias e o da Hospedaria, a que se segue a fachada dos Dormitórios, rematada por frontão triangular, e o corpo da Micha, rasgado pela antiga Portaria.

A O. é cercado por muro alto, por trás do qual avulta a cobertura tripartida do Noviciado e a massa prismática das Necessárias. Fachada S. realçada pela arcaria do aqueduto dos Pegões, apoiada em plataforma rusticada, corresponde ao corpo do Claustro dos Corvos, Dormitórios e Claustro de D. João III, este encostado à Casa do Capítulo, assente em embasamento em talude.

IGREJA: Planta composta por 2 corpos diferentes: Charola, actual cabeceia, poligonal, de 16 faces com contrafortes nos ângulos, frestas em panos alternados, cachorrada sob murete rematado por merlões e torre sineira a SE.; e, adossado a O., corpo da nave (coro) rectangular, adaptando-se ao desnível do terreno para O., onde possui 3 registos assentes num forte embasamento e marcados por frisos decorativos envolventes; contrafortes salientes e moldurados, mais robustos nos cunhais das fachadas NO. e SO., revestidos por pujante decoração naturalista e emblemática manuelina, também presente nas molduras das janelas que rasgam a caixa murária, por vezes em associação com elementos platerescos. Portal a S. preenchido com decoração naturalista, grutescos, emblemática manuelina e estatuária de vulto.

INTERIOR: Charola centrada por corpo octogonal vazado de 8 arcos peraltados sobre pilares, com meias colunas adossadas às faces laterais, que recebem a descarga da abóbada anular que cobre o deambulatório; na espessura dos muros rasgam-se capelas; preenchem-na esculturas, painéis e pinturas murais; abre para a nave por grande arco quebrado, sendo esta coberta por abóbada polinervada de combados, com 3 tramos, apoiada em mísulas vegetalistas, emblemáticas e antropomórficas; abarcando 2 tramos o coro-alto, com balaustrada em pedraria sobre parede com porta de acesso a um sub-coro de pé-direito reduzido, (actual Sala do Capítulo), coberta com abóbada abatida, artesoada.

CLAUSTRO DA LAVAGEM: quadrangular, de 2 pisos, o inferior com 5 tramos por ala com arcos quebrados assentes em grossos pilares chanfrados sobre murete: o superior com 6 tramos de arcos quebrados sobre colunas grupadas transversalmente, com capitéis de dupla fiada de colchetes de folhagem; cobertura em tecto de madeira.

CLAUSTRO DO CEMITÉRIO: quadrangular, 1 piso com 5 tramos por ala, de arcadas e suportes idênticos aos do Claustro da Lavagem, mas com colunas duplas com bases e capitéis distintos; pavimento revestido com tampas sepulcrais lisas, numeradas; abóbadas de berço nas 4 alas e de aresta nos cantos. Arcossólios com arcas tumulares a S. e O.. Abrem para este claustro as capelas de S. Jorge, a S. e dos Portocarreiros, a O.

CLAUSTRO DA MICHA: quadrangular, 4 alas com arcos plenos geminados e em asa de cesto nos topos N. das alas E. e O., separados por fortes contrafortes; abóbada polinervada sobre colunas lisas com capitéis de volutas e em mísulas cónicas. A N. Antiga Portaria, de vão rectangular entre colunas coríntias assentes em altos pedestais. Sobre a galeria edifícios de 2 pisos.

CLAUSTRO DOS CORVOS: quadrangular, 2 galerias de dupla arcada separadas por contrafortes, que sobem até ao 3º registo a S. e O.; coberturas e suportes idênticos aos do Claustro da Micha. Rodeiam a quadra 4 corpos de 3 pisos.

REFEITÓRIO: rectangular, com abóbada de berço com nervuras formando caixotões quadrados; 2 janelas maineladas rematadas por 2 vãos rectangulares rasgam a parede S. e 4 janelões rectangulares a E.

DORMITÓRIO: em cruz, com 2 grandes corredores para os quais se abrem as pequenas celas, cobertos por falsa abóbada de berço forrada a madeira apainelada; 3 janelas maineladas, encimadas por meia luneta, rematam os topos N., S. e O.; na intersecção dos corredores um cruzeiro sob cúpula abrindo para uma capela quadrangular, com abóbada de berço com pequenos caixotões com motivos emblemáticos, vegetalistas e figurativos em relevo.

CLAUSTRO DA HOSPEDARIA: quadrado, 4 alas com arcadas duplas, separadas por contrafortes e galerias cobertas por abóbada semelhante à do Claustro da Micha, no 2º registo varandas com colunas sustentando uma arquitrave corrida, à excepção da ala S., destruída; a O., uma 3ª varanda com colunas jónicas e arquitrave, galerias cobertas com tecto de madeira.

CLAUSTRO DE SANTA BÁRBARA: quadrado, com 4 arcos rebaixados por ala, sobre colunas de fuste liso; cobertura de abóbada rebaixada com nervuras e lintéis no lugar dos arcos torais; 2º piso sem cobertura, possuindo, no entanto, colunas e mísulas.

CASA DO CAPÍTULO: composta por vestíbulo quandrangular e nave de 2 registos, rectangular, com ábside poligonal; forte embasamento do lado S. e meio soterrada do lado E., sem pavimento divisor dos 2 pisos primitivos (Capítulo dos Freires, em baixo, e dos Cavaleiros, em cima) e sem cobertura; abóbada de nervuras sobre o vestíbulo, que comunica com a nave por arco geminado.

CLAUSTRO DE D. JOÃO III: quadrado com chanfros nos ângulos, 2 pisos, cobertura em terraço com balaustrada; as 4 alas, com galerias cobertas de abóbadas de nervuras e caixotões, abrem para a quadra alternadamente por arcos de volta inteira e por vãos rectangulares encimados por janela (1º reg.) ou por óculo (2º reg.) entre colunas de ordem dórica (1º reg.) e jónica (2º reg.) de fuste liso que sustentam entablamentos; os 4 ângulos possuem chanfras rectas no 1º piso e convexas no 2º, rematadas por 4 torreões, com escadas helicoidais a NE. e SO. Do primitivo claustro subsistem várias “engras”, vãos rectangulares, nos cantos, com abóbada polinervada descarregando em pilastras. Ao centro da quadra fonte sobre plataforma octogonal.

Cronologia:

1118 – Fundação da Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo;

Séc. 12, final – Construção do primitivo oratório templário, num dos ângulos da muralha;

Séc. 13, 2º quartel – Tomar é doada à Ordem do Templo, tornando-se a sua sede militar nacional;

1357 – Torna-se sede da Ordem de Cristo;

Séc. 15, 1ª met. – Obras henriquinas: adaptação do oratório templário, adossando-se um coro com 6,40m X 5,40m; construção de claustros, capela de São Jorge e Paço;

1492 – D. Manuel, Grão-Mestre da Ordem de Cristo desde 1484, reuniu o Capítulo Geral onde decidiu mandar ampliar o Convento;

1499 – São gastos 3.500 reais em obras: melhoramentos na Casa do Capítulo, retábulo do altar-mor, grades de ferro para os arcos da Charola e pintura da mesma, arranjos no coruchéu e no Coro (henriquino), início da construção de nova Casa do Capítulo;

1503 – Nova reunião do Capítulo tendente à Reforma da Ordem, ordenando o Rei expropriar a antiga Vila de Dentro, intra-muros, e encerrar as portas do Sol e de Almedina;

1510 – Início da construção do novo Coro (nave) por Diogo Arruda, a mando de D. Manuel, no local que hoje ocupa, contudo, as medidas apontadas pelo Rei não coincidem com as actuais;

1519 – Primeiras referências documentais da presença de João de Castilho no Convento, respeitantes à construção dos lagares e dos estaleiros onde se lavrava a pedraria para as obras;

1529 – Reforma da Ordem acometida por D. João III a Frei António de Lisboa, que expulsa antigos freires, impõe a clausura e elabora novos estatutos baseados na Regra de S. Bernardo;

1530 – A Reforma espiritual é acompanhada de uma reforma material, tendo início nova campanha obras de João de Castilho: construção do Claustro de D. João III e dos outros a Oeste da Charola;

1533 – Carta de quitação de D. João III que refere as obras feitas por João de Castilho: Coro, Casa para o Capítulo, arco grande da Igreja, portal principal, casas do Aposento da Rainha e obras miúdas;

1548 – João de Castilho constrói os Estudos dos Colegiais, a Cela do D. Prior, o corredor do eirado sobre a Livraria e a escada do Coro e faz os esboços dos espelhos do Noviciado;

1551 – O mesmo mestre de obras constrói a Cozinha, o eirado do andar dos Dormitórios, a varanda da Enfermaria e a Cisterna;

1557 – Início do derrube do Claustro de D. João III e construção de outro, por Torralva, obra interrompida em 1565;

1591 – Conclusão da construção do Claustro principal e obras de remodelação da Charola, por Filipe Terzi;

1618 – Início da construção da Portaria Real, Casa da Escada e Sala dos Reis, por Diogo Marques Lucas;

1686 / 1690 – Remate da fachada das enfermarias e da frontaria da Sala dos Cavaleiros (João Antunes é o mestre das obras das Ordens Militares);

1789 – Abolida a Reforma de Fr. António de Lisboa;

1811 – As tropas francesas ocupam o convento; destruição do Cadeiral de Olivier de Gand;

1834 – Abandono após extinção da Ordem de Cristo;

1837 – Costa Cabral compra parte do convento;

1852 – D. Fernando manda derrubar o piso superior do Claustro de Santa Bárbara e do Claustro da Hospedaria (ala S.) e corredor dos confessionários que lhe passava por cima, para permitir a melhor visualização da fachada O. da nave;

1934 – O Estado compra o Convento aos herdeiros do conde de Tomar;

1969 – Danos na Sala dos Cavaleiros causados por sismo.”

(via página da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais)

7 Abril, 2006 at 8:46 am 2 comentários

MUNDIAL 2006 (C) – 1990

1/4 Final
Itália – Irlanda – 1-0
Jugoslávia – Argentina – 0-0 (2-3 g.p.)
Inglaterra – Camarões – 3-2
RFA – Checoslováquia – 1-0

1/2 Finais
Itália – Argentina – 1-1 (3-4 g.p.)
RFA – Inglaterra – 1-1 (4-3 g.p.)

3º / 4º
Itália – Inglaterra – 2-1

Final
RFA – Argentina – 1-0

Campeão do Mundo – RFA
Vice-Campeão do Mundo – Argentina
Itália
Inglaterra


5º Checoslováquia
6º Camarões
7º Jugoslávia
8º Irlanda


9º Brasil
10º Espanha
11º Bélgica
12º Costa Rica
13º Roménia
14º Colômbia
15º Uruguai
16º Holanda


17º Áustria
17º Escócia
19º URSS
20º Egipto
21º Suécia
22º Coreia do Sul
23º EUA
24º Emiratos Árabes Unidos

6 Abril, 2006 at 6:06 pm Deixe um comentário

TOMAR – INVENTÁRIO DO PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO (IV)

Castelo de Tomar

Castelo.jpg“Planta irregular. Cortina de muralhas ameadas sobre forte talude, com seteiras crucíferas nos merlões, circundada por adarve; irregularmente angulosa, é guarnecida de cubelos semicilíndricos e semiquadrangulares, rematada no ângulo SE. por torre de planta rectangular (Torre da Raínha) e no ângulo SO. por torre circular (Torre da Condessa); a Charola reforçava a cortina O.. Uma porta rasga-se do lado S., numa reentrância do pano, entre cubelos rectangulares, a Porta do Sangue, a outra, a porta do Sol, abre para o terreiro, comunicando com uma porta exterior, a porta de Santiago, por calçada que circunda a Alcáçova. Esta, de planta escudiforme, é reforçada a S. por torreão de planta quadrangular, a E. por pesado contraforte triangular; no canto NO. ergue-se a Torre de Menagem, de planta rectangular, em 3 andares. No pano murário da Alcáçova rasgam-se janelas de sacada; o mesmo sucede na cortina que se estende para N., até à fachada do convento. Na Torre da Raínha rasgam-se janelas maineladas, nas 2 faces viradas para a vila.”

“Cronologia – 1160, 1 de Março – Início construção do castelo, segundo inscrição na Torre de Menagem; 1499 – abandono da população que vivia intramuros, por ordem de D. Manuel; 1533, c. de – os” Paços da Raínha” prolongam-se até à muralha e alcáçova (VITERBO, 1899); adaptações feitas no interior da Torre da Raínha, até então conhecida como “torre do relógio”; 1618 – para se construir a portaria filipina é destruída a torre do ângulo NO. da cortina (JANA, 1991)”

(via página da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais)

6 Abril, 2006 at 8:40 am Deixe um comentário

LIGA DOS CAMPEÕES – 1/4 FINAL

                                1ª mão      2ª mão      Total     
Benfica - Barcelona               0-0         0-2        0-2
Arsenal - Juventus                2-0         0-0        0-0
Inter - Villarreal                2-1         0-1        2-2 
Lyon - AC Milan                   0-0         1-3        1-3

Frente à força e poderio do Barcelona – porventura a melhor equipa mundial na actualidade, fazendo recordar, a espaços, a “laranja mecânica” holandesa da década de 70 – o Benfica não teve a capacidade de superação que era requerida para vencer a eliminatória.

No conjunto dos dois jogos, o Barcelona foi claramente superior, teve mais de uma dezena de oportunidades de golo, contra 3 ou 4 do Benfica.

O que não invalida que se diga que o Benfica prestigiou o futebol português, dignificando o seu nome, neste regresso “em grande” à Liga dos Campeões, com uma excelente campanha, em que deixou pelo caminho o Manchester United e o campeão europeu em título, Liverpool… tendo feito sofrer o Barcelona até ao minuto 178 da eliminatória.

Na partida de hoje, a equipa portuguesa parecia revelar uma entrada em jogo de forma concentrada, com o Barcelona procurando pausadamente o ataque, a ter de recuar para organizar o seu jogo ofensivo, perante a pressão do Benfica.

Porém, logo aos 3 minutos, Petit, tocando a bola com a mão, numa falta escusada, concedia uma grande penalidade, que Moretto, superiormente, sem recear Ronaldinho, defendeu.

Não obstante, apesar da fortuna, esse lance intranquilizaria o Benfica, particularmente Petit, bastante faltoso na fase inicial da partida.

Até à meia hora, o Benfica não conseguiria libertar-se, continuando, durante todo esse período, a sofrer intensa pressão, com Ronaldinho a “abrir o livro”, chegando ao golo logo aos 19 minutos (a “encostar” a bola para a baliza, na sequência de cruzamento de Eto’o, após uma perda de bola de Beto na zona intermediária), para, apenas 3 minutos depois, numa arrancada em velocidade, dar um “nó” em Ricardo Rocha, apenas sendo travado com Luisão a colocar a mão à bola, em cima da linha de grande área.

O árbitro mostrava-se algo permissivo perante o jogo faltoso do Barcelona, quando o Benfica procurava organizar o seu jogo, sacudindo a pressão, entre os 30 e 40 minutos.

Os últimos 5 minutos da primeira parte terminariam novamente em sufoco para o Benfica, com o Barcelona a jogar em grande velocidade, terminando o período inicial do jogo com 4 a 5 oportunidades de golo desperdiçadas.

A equipa portuguesa entrou bem melhor e mais determinada na segunda parte, com Simão a assumir a condução do jogo, ao mesmo tempo que o Barcelona parecia denotar menor disponibilidade física, à medida que o relógio avançava.

Até que, aos 61 minutos, se dá o momento do jogo, pela negativa para o Benfica, quando Simão, isolado por Miccoli, frente a Valdés, tem uma perdida “escandalosa”, rematando ao lado da baliza.

Apesar disso, por volta dos 65 minutos, o Barcelona sentia maiores dificuldades na progressão, com o jogo muito mais repartido, com Miccoli a começar a ameaçar com as suas rápidas “escapadas”; por fim, o Benfica surgia mais desinibido, apostado em chegar ao golo que lhe poderia dar o apuramento, enquanto que os espanhóis ameaçavam abrir brechas na defesa.

O Barcelona, respeitando o Benfica, algo “angustiado” perante a perspectiva de um eventual golo do adversário, acabava o jogo “queimando tempo”, com duas substituições em sequência, aos 84 e 85 minutos, imediatamente antes da segunda grande oportunidade do Benfica, com Karagounis a rematar de meia distância, Valdés a largar para a frente e a bola a ressaltar em Luisão, que não conseguiu dominar para a introduzir na baliza… até que, aos 88 minutos, numa falha de Petit, Eto’o, não perdoando, “fuzilava” a baliza do Benfica e sentenciava a eliminatória.

Numa segunda mão menos desequilibrada que o jogo da Luz, o Benfica caía de pé, tentando ainda o ataque por mais duas vezes já no período de descontos; o Barcelona segue em frente, em busca de um troféu que lhe parece prometido, não obstante a “final antecipada” que terá nas ½ finais, ante o AC Milan.

Barcelona – Valdés; Belletti, Puyol, Oleguer, Van Bronckhorst; Larsson (85’ – Giuly), Van Bommel (84’ – Edmilson), Deco, Iniesta; Ronaldinho e Eto’o

Benfica – Moretto; Ricardo Rocha, Luisão, Anderson, Léo; Giovanni (54’ – Karagounis), Beto (72’ – Robert), Petit, M. Fernandes (82’ – Marcel), Simão; Miccoli

1-0 – Ronaldinho – 19 min.
2-0 – Eto’o – 88 min.

5 Abril, 2006 at 10:37 pm 1 comentário

5

5 Abril, 2006 at 6:17 pm 1 comentário

MUNDIAL 2006 (XCIX) – 1990

1/8 Final

Checoslováquia – Costa Rica – 4-1
Camarões – Colômbia – 2-1
RFA – Holanda – 2-1
Brasil – Argentina – 0-1
Itália – Uruguai – 2-0
Irlanda – Roménia – 0-0 (5-4 g.p.)
Inglaterra – Bélgica – 1-0
Espanha – Jugoslávia – 1-2

5 Abril, 2006 at 6:04 pm Deixe um comentário

BENFICA – EMPATES A ZERO EM CASA

                                                 1ª mão 2ª mão Total
1957-58 TCE   1ª elim.  Sevilla - Benfica          3-1    0-0   3-1
1967-68 TCE   1ª elim.  Glentoran - Benfica        1-1    0-0   1-1
1971-72 TCE   1/2 F.    Ajax - Benfica             1-0    0-0   1-0
1972-73 TCE   1/8 F.    Derby County - Benfica     3-0    0-0   3-0
1974-75 TVT   1/8 F.    Carl Zeiss Jena - Benfica  1-1    0-0   1-1
1975-76 TCE   1/4 F.    Benfica - Bayern Munchen   0-0    1-5   1-5
1976-77 TCE   1ª elim.  D. Dresden - Benfica       2-0    0-0   2-0
1977-78 TCE   1ª elim.  Benfica - Torpedo Moscovo  0-0    0-0   0-0
1978-79 UEFA  1ª elim.  Nantes - Benfica           0-2    0-0   0-2
1978-79 UEFA  1/16      Benfica - B. M’Gladbach    0-0    0-2   0-2
1981-82 TCE   1/8 F.    Benfica - Bayern Munchen   0-0    1-4   1-4
1982-83 UEFA  1/2 F.    Benfica - Univ. Craiova    0-0    1-1   1-1
1991-92 TCE   Grupo     Benfica - Barcelona        0-0    1-2   1-2
1994-95 TCE   1/4 F.    AC Milan - Benfica         2-0    0-0   2-0
1997-98 UEFA  1ª elim.  Bastia - Benfica           1-0    0-0   1-0
2003-04 UEFA  1/8 F.    Benfica - Inter            0-0    3-4   3-4

Nas 16 vezes em que o Benfica empatou a zero em casa, conseguiu alcançar o apuramento para a fase seguinte apenas em 5 ocasiões.

Nas 7 oportunidades em que o empate se verificou no jogo da 1ª mão, o Benfica apenas conseguiu eliminar o Torpedo de Moscovo (empate a zero, com Bento a marcar o “penalty” decisivo, no desempate) e o Univ. Craiova (empate a 1-1, dando o acesso à Final da Taça UEFA de 1983).

5 Abril, 2006 at 12:39 pm Deixe um comentário

Older Posts Newer Posts


Autor – Contacto

Destaques


Literatura de Viagens e os Descobrimentos Tomar - História e Actualidade
União de Tomar - Recolha de dados históricosSporting de Tomar - Recolha de dados históricos

Calendário

Abril 2006
S T Q Q S S D
 12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

Arquivos

Pulsar dos Diários Virtuais

O Pulsar dos Diários Virtuais em Portugal

O que é a memória?

Memória - TagCloud

Jogos Olímpicos

Categorias

Notas importantes

1. Este “blogue" tem por objectivo prioritário a divulgação do que de melhor vai acontecendo em Portugal e no mundo, compreendendo nomeadamente a apresentação de algumas imagens, textos, compilações / resumos com origem ou preparados com base em diversas fontes, em particular páginas na Internet e motores de busca, publicações literárias ou de órgãos de comunicação social, que nem sempre será viável citar ou referenciar.

Convicto da compreensão da inexistência de intenção de prejudicar terceiros, não obstante, agradeço antecipadamente a qualquer entidade que se sinta lesada pela apresentação de algum conteúdo o favor de me contactar via e-mail (ver no topo desta coluna), na sequência do que procederei à sua imediata remoção.

2. Os comentários expressos neste "blogue" vinculam exclusivamente os seus autores, não reflectindo necessariamente a opinião nem a concordância face aos mesmos do autor deste "blogue", pelo que publicamente aqui declino qualquer responsabilidade sobre o respectivo conteúdo.

Reservo-me também o direito de eliminar comentários que possa considerar difamatórios, ofensivos, caluniosos ou prejudiciais a terceiros; textos de carácter promocional poderão ser também excluídos.