“FATIAS DE CÁ”

24 Abril, 2006 at 9:16 am 37 comentários

Criado em Tomar em 1979, o “Fatias de Cá” inspira o seu nome no doce conventual local “Fatias de Tomar” cuja receita pode ser considerada uma metáfora do acto teatral: batem-se gemas de ovos demoradamente até obterem um aspecto cremoso e uniforme e vão a cozer em banho-maria numa panela especial até ficarem com a consistência do pão. Fatia-se e frita-se em calda de açúcar.

Actualmente composto por cerca de 133 membros (profissionais e amadores), tendo Carlos Carvalheiro como Director Artístico, e usando como lema uma frase atribuída a Galileu: “Não resistir a uma ideia nova nem a um vinho velho”, tem-se expandido numa perspectiva regional, tendo criado 6 centros de produção teatral, em V. N. Barquinha, Chamusca, Constância, Coimbra, Lisboa e Tomar.

Nesta companhia, de grande “humildade teatral”, segundo Carlos Carvalheiro, “todos fazem tudo”. Nem todos os elementos são profissionais, sendo aceites inscrições para colaboração com o grupo (no final de cada peça, é distribuída um inquérito / ficha de inscrição).

A opção estética do Fatias de Cá assume três vertentes:

– o património, quer o construído quer o paisagístico, é assumido como um espaço teatral privilegiado, tendo em conta o cenário que comporta;

– a partilha com o público de um momento de refeição é assumida como uma forma de sociabilização e de concentração no espaço-tempo convocado pelo espectáculo;

– o acto teatral é assumido como um momento que emocione e divirta.

Nos cerca de 27 anos de vida, utilizando de uma forma interactiva o património (nomeadamente o Convento de Cristo e a Mata dos Sete Montes, por exemplo), o “Fatias de Cá” estreou mais de 30 espectáculos, desde Karl Valentim a Choderlos de Laclos, passando por Dario Fo, Frati, Gil Vicente, Yourcenar, Shakespeare, Lorca, Mozart, Plauto e Ackbourn e participou em Festivais de Teatro por todo o mundo, contribuíndo para tornar Tomar numa cidade de referência a nível cultural.

Em particular, refira-se a estreia, em Agosto de 2000, na Mata dos Sete Montes, em Tomar, do espectáculo “Sonho de Uma Noite de Verão”, de William Shakespeare, e “T de Lempicka”, estreado em 1998, reposto em 2000 e, novamente, em 2003 – peça que o Director Artístico considerou como “a maior experiência teatral da sua vida” (implicando nomeadamente um rigoroso planeamento das várias cenas que decorriam em simultâneo, em diversas salas do Convento de Cristo).

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