MUNDIAL 2006 (CVI) – 1994
17 Abril, 2006 at 6:46 pm Deixe um comentário
Pela primeira vez na história dos Mundiais de Futebol o Campeão do Mundo foi decidido com base no desempate pela marcação de pontapés da marca de grande penalidade, depois de um nulo no marcador, ao fim de 120 minutos, entre o Brasil e a Itália.
Uma prova repleta de peripécias, com o “astro” Diego Maradona a ser expulso por teste positivo no controlo anti-doping, o camaronês Roger Milla a ser o jogador mais velho de sempre a marcar um golo num Mundial (aos 42 anos, frente à Rússia… numa derrota por 1-6; numa partida em que – com ambas as selecções já sem hipóteses de apuramento -, o russo Oleg Salenko fixaria um record difícil de superar, sendo autor de 5 golos!)… e com o colombiano Andrés Escobar a ser assassinado pouco depois do regresso ao país, após uma decepcionante carreira da selecção da Colômbia.
Este Mundial marcaria a estreia de um novo sistema de pontuação, com a vitória a passar a valer 3 pontos (em lugar de 2, como até então), procurando privilegiar a competição pela vitória em detrimento da preservação do empate (continuando a valer 1 ponto).
Os EUA, não obstante o investimento, e pese embora não praticarem um futebol de má qualidade, tiveram dificuldades em garantir o apuramento para os 1/8 Final (apenas 3º lugar no seu Grupo de apuramento, após a Roménia e a Suíça), fase da prova em que seriam eliminados pelo Brasil.
Grande surpresa na primeira fase seria o comportamento da selecção da Arábia Saudita, terminando o Grupo em 2º lugar, com 6 pontos (2 vitórias frente a Marrocos e à Bélgica), empatada com a Holanda e a Bélgica, de Michel Preud’homme.
No Grupo E, todas as 4 selecções terminariam a primeira fase com uma vitória, um empate e uma derrota (4 pontos), sendo o escalonamento estabelecido em função das diferenças de golos: México (vitória frente à Irlanda), Irlanda (vencedora da Itália) e Itália (que venceu a Noruega) a ocuparem os 3 primeiros lugares e a garantirem o apuramento para os 1/8 Final e a Noruega (surpresa na fase de qualificação na zona Europeia, aqui a conseguir vencer apenas o jogo frente ao México) a ficar com a “fava” do 4º lugar.
Nos 1/8 Final, a Espanha teria uma clara vitória frente à Suíça (3-0); a Alemanha a vencer com dificuldade a Bélgica (3-2); com a Roménia a afastar a Argentina por igual resultado, enquanto a Itália virava a eliminatória frente à poderosa Nigéria, acabando por vencer por 2-1. Os outros apurados seriam: Brasil, Holanda, Suécia e Bulgária.
Não obstante o predomínio quase absoluto da Europa nos ¼ final (7 países em 8)… apenas abrindo espaço ao Brasil, que, apesar das dificuldades impostas pela Holanda (no melhor jogo da prova, com vitória dos brasileiros por 3-2), se viria a sagrar Campeão do Mundo, alcançando o ambicionado “tetra”.
Para tal – e depois de ter afastado nas ½ Finais a Suécia, com um “magro” 1-0 -, teria de passar pelo “crivo” das grandes penalidades, frente à Itália (também já Tri-Campeã do Mundo…), que estivera à beira da eliminação frente à Nigéria (vencedora do seu Grupo, à frente da Bulgária… e da Argentina), apenas empatando a partida no último minuto, salva por Roberto Baggio (que, por “ironia” do destino, viria a falhar o seu “penalty” na Final).
A Itália eliminara ainda a Espanha, antes de afastar nas ½ finais a surpreendente Bulgária (que, não tendo conseguido alcançar nunca, nos 16 jogos disputados nas suas participações anteriores, uma vitória em Fases Finais de Mundiais, chegaria desta vez ao 4º lugar, depois de eliminar o Campeão do Mundo, a Alemanha).
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