TOMAR – INVENTÁRIO DO PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO (VI)
10 Abril, 2006 at 8:39 am Deixe um comentário
Edifício dos Paços do Concelho
“Edifício de planta rectangular; volume simples com cobertura em telhado de 4 águas. 3 pisos delimitados por molduras; no alçado E. e O., 3 panos separados por pilastras; o pano central, de maiores dimensões é rasgado por 3 grandes arcadas, no 1º e 2º pisos da fachada principal, por 7 arcos a meio ponto em cada um dos 3 registos da fachada contrária; no último andar da fachada principal rasgam-se janelas de sacada, rematadas por frontão liso saliente, nos 3 corpos da fachada principal, janelas de peitoril nos alçados laterais. As 3 grandes arcadas da fachada principal dão acesso a um átrio, coberto por abóbada de cruzaria de ogivas, alternando com abóbadas a berço, de onde sai a escadaria, que depois de um primeiro patamar se subdivide em 2 lanços divergentes, conduzindo ao andar nobre. Neste destaca-se o grande salão nobre com tecto em masseira, abrindo-se por janelas de sacada para a praça.
Cronologia: Séc. 16, inícios – No reinado de D. Manuel são construídas “as Casas da Câmara e da Audiência, das Sisas e dos Contos”, os actuais Paços do Concelho; na descrição feita no séc. 17 (ROSA, 1982) o edifício apresentava a mesma estrutura de alçados: 3 blocos, correspondentes às 3 casas, em 3 pisos; 1740 – nesta data a divisão funcional das casas divergia: são referidas a Casa da Audiência, a Casa do Senado com o Cartório, a Casa do Açougue; nas obras realizadas uniformiza-se o alçado principal e o acesso às várias casas, rasgam-se as janelas do 3º registo, constroem-se águas-furtadas; 1955 – proposta de alteração da estrutura do telhado de 4 para 12 águas, segundo a primitiva traça, da escadaria e das janelas do r/c. não chega a realizar-se; 1958 – até esta data funcionaram no edifício o Tribunal Judicial e a cadeia; 1971 – proposta para reparar a cobertura; construção de uma cinta de betão armado para travamento das paredes, a nível da cimalha; tectos em masseira na casa da escada e secretaria, idênticos aos já existentes; fornecimento de guarnições e aros em madeira.”
(via página da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais)
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