Archive for 17 Outubro, 2005
MUNDIAL 2006 (XVII) – 1950
A II Guerra Mundial obrigara a um longo interregno; seriam necessários 12 anos para que se realizasse novo Campeonato do Mundo de Futebol, acolhido em 1950 pelo Brasil, numa altura em que a prova recebeu o nome de Jules Rimet.
Com 34 países inscritos (apenas 17 da Europa, sem qualquer participação dos países do Leste, impedindo a URSS, Checoslováquia e Hungria de confirmarem o seu forte potencial), dos quais apenas 21 viriam a participar efectivamente, foi, ainda assim, necessário apurar os 14 finalistas, que se juntariam ao país organizador (Brasil) e ao Campeão em título (Itália), selecção extremamente abatida pelo fatal acidente aéreo de Superga em 1949.
Da América do Sul vinham 8 inscritos; contudo, a Argentina, Equador e o Peru viriam a abdicar da prova, permitindo ao Uruguai, Bolívia, Chile e Paraguai a qualificação sem ter a necessidade de disputar qualquer jogo de qualificação.
Juntavam-se 3 países da América do Norte e Caraíbas (EUA, México e Cuba) e 6 da Ásia (Birmânia, Indonésia e Filipinas, desistindo em favor da Índia; Israel e Síria – apenas os últimos dois tendo efectivamente participado, na sequência da abdicação da Índia, dada a interdição de os jogadores jogarem descalços…).
Na fase de qualificação, a França perderia o desempate com a Jugoslávia, mas viria a ter a oportunidade de ser repescada, na sequência da desistência da Escócia e Turquia. Portugal – depois de mais uma vez ter sido eliminado pela Espanha – seria convidado para substituir a Turquia, mas viria a refutar.
II ENCONTRO DE WEBLOGS (II)
Rogério Santos (Indústrias Culturais) assumiu a coordenação do grupo de trabalho “Weblogs no ensino”, tendo apresentado as principais conclusões, com referência a exemplos de blogues ligados a esta área, desde logo referindo o blogue de António Granado (Ponto Media), nomeadamente como forma de contacto com os seus alunos de “ciberjornalismo”, passando também pelo Jornalismo Digital, Jornalismo e Comunicação, Aula de Jornalismo, Jornalismo Porto Net.
Referiria ainda o Irreal TV (de Francisco Rui Cádima) e o Net FM (de Paula Cordeiro), fechando com o Geografismos (“cadernos diários electrónicos”, administrados directamente pelos alunos).
Destacou o papel de suporte de apoio não presencial no ensino, assim como as suas potencialidades de interactividade / trabalho colaborativo, em ambos os sentidos (professor – aluno), contribuindo também, de alguma forma, para reduzir as “barreiras hierárquicas”.
Apontaria como conclusão final do grupo de trabalho que os blogues no ensino constituem uma alternativa válida, a nível da gestão de conhecimento em comunidade, consubstanciando-se numa ferramenta para a alfabetização digital.
Jorge Bacelar (Blogue dos Marretas), coordenador do grupo de trabalho “Weblogs e cultura” destacaria também alguns exemplos de blogues da área cultural, começando pelo incontornável Janela Indiscreta, referindo também o Escrever para o boneco, na área da ilustração.
Algumas das questões suscitadas no debate entre o painel de bloguistas integrante do grupo de trabalho prendem-se com a autoria e os “direitos de autor”, realçando a questão ética da citação / referência (nomeadamente por via de links) das fontes.
Foi também referido o aspecto da “censura” / auto-regulação, com o exemplo do caso chinês, com o Estado a monitorizar os conteúdos, mas também com os casos Muito Mentiroso e Do Portugal Profundo, em que, em Portugal, de alguma forma se pretendeu controlar os conteúdos.
Uma das conclusões referidas foi a de que os blogues culturais são pontos de encontro de micro-comunidades que partilham interesses, chegando mesmo a aspectos muito específicos (como, por exemplo, ser fã de uma banda de garagem que mais ninguém conhece!…).
Encerraria a sua intervenção recuperando a questão da necessidade de criação de um arquivo / “memória” – os blogues como um acervo documental que permitisse aos estudiosos do futuro dispor de documentação que permitisse caracterizar os tempos de hoje (criar uma espécie de “Torre do Tombo virtual”).