Archive for Junho, 2005
DN – EXPOSIÇÃO 140 ANOS – 1890-99
1890 – 99
Esta é a década da expansão dos “elevadores” em Lisboa, visando fazer face ao acidentado relevo, facilitando o transporte entre as partes altas e baixas da cidade. Os elevadores da Lavra, Glória e da Bica são actualmente monumentos nacionais.
O ano de 1890 marca a inauguração do Coliseu dos Recreios em Lisboa.
É também o ano do “Ultimato Inglês”, motivado pelo célebre mapa cor-de-rosa, que pretendia unir as colónias portuguesas de Angola e Moçambique; “ou os portugueses se retiravam de toda a zona disputada ou se cortariam as relações diplomáticas”… a Inglaterra conseguiria todos os seus objectivos principais, vindo Portugal a abdicar das regiões do interior (correspondendo aos territórios da Zâmbia e da Rodésia, actual Zimbabwe), por incapacidade de as manter sob controlo.
Em 1895, com base no aperfeiçoamento do cinetoscópio, os irmãos Auguste e Louis Lumière idealizam o cinematógrafo, aparelho movido a manivela, utilizando negativos perfurados, substituindo a acção de várias máquinas fotográficas para registar o movimento, tornando possível a projecção de imagens: nascia o cinema!
Em 1897, Guglielmo Marconi fazia as primeiras experiências com a rádio (Telegrafia Sem Fios).

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DN – EXPOSIÇÃO 140 ANOS – 1880-89
1880 – 89
O ano de 1885 fica duplamente assinalado na história mundial, pela Conferência de Berlim, consagrando a partilha colonial da África negra pelas potências europeias, com as fronteiras traçadas “a régua e esquadro” e, a outro nível, pelo primeiro automóvel motorizado, criação de Karl Benz.
A década de 80 do século XIX regista ainda a introdução em Portugal da luz eléctrica, inaugurada publicamente em 1889 na Avenida da Liberdade, em Lisboa.
1889 é também o ano da inauguração da Torre Eiffel, em Paris, monumento construído por Gustave Eiffel para ser exposto temporariamente na Feira Mundial, realizada naquele ano na capital francesa, celebrando o centenário da Revolução Francesa.

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DN – EXPOSIÇÃO 140 ANOS – 1870-79
1870 – 79
1870 é o ano da inauguração da estátua de D. Pedro IV no Rossio (a qual, segundo algumas fontes, representará efectivamente o Imperador Maximiliano do México – encontrando-se o monumento do rei português no México…).
A nível de transportes, surgem nesta década, em Lisboa, os “americanos“, carruagens deslocando-se sobre carris, mas puxadas por cavalos ou mulas, imortalizados por Eça de Queirós, em “Os Maias”. A Companhia Carris de Ferro de Lisboa fora fundada em 1872; no ano seguinte, era inaugurada a primeira linha de “americanos” entre a Estação de Stª. Apolónia e Santos. Os verdadeiros eléctricos apenas chegariam em 1901; apenas em 1944 surgiriam os primeiros autocarros!
Em 1877, era inaugurada a Ponte D. Maria Pia, a primeira grande obra de Eiffel em Portugal.
A década chegava ao fim com as primeiras experiências de ligações telefónicas, em 1879.

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DN – EXPOSIÇÃO 140 ANOS – 1860-69
1860 – 69
A década de 60 do século XIX começa por ser marcada pela expansão dos caminhos-de-ferro em Portugal.
A primeira figura desta história é a do Duque de Terceira (1792-1860), herói das guerras liberais, com a sua resistência, na ilha Terceira, contra as forças miguelistas, seria, por três vezes, Primeiro-Ministro de Portugal.
A nível internacional, a década fica assinalada pela guerra civil norte-americana (de Abril de 1861 a Abril de 1865).
A 4 de Outubro de 1862, Lincoln proclamava a abolição da escravatura. Em Portugal, a entrada em vigor do Código Civil, a 1 de Julho de 1867, fazia também de Portugal um dos primeiros países a abolir a escravatura.
No ano da fundação do Diário de Notícias, de acordo com o censo de 1864, Portugal tinha 4 188 410 habitantes.

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ÁLVARO CUNHAL E EUGÉNIO DE ANDRADE
Num só dia, são duas grandes figuras da história de Portugal do século XX que partem:
Álvaro Cunhal (91 anos), o histórico líder do Partido Comunista (de 1961 a 1992), também com intervenção cultural nas áreas da literatura e pintura, que passou grande parte da sua vida em prisões, na clandestinidade e no exílio, tendo regressado a Portugal na sequência do 25 de Abril de 1974, sendo Ministro sem pasta nos primeiros governos provisórios.
O poeta Eugénio de Andrade (82 anos), cuja obra é a mais divulgada em todo o mundo de entre os poetas portugueses, logo após a de Fernando Pessoa, vulto maior da literatura contemporânea portuguesa, a par da também recentemente desaparecida Sophia de Mello Breyner.
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DIÁRIO DE NOTÍCIAS – 140 ANOS DE HISTÓRIA
A 29 de Dezembro de 1864 era publicado o primeiro número do que viria a tornar-se num dos principais jornais de referência em Portugal, o Diário de Notícias, com o preço de capa de 10 réis:
“A publicação que hoje emprehendemos, convencidos da sua necessidade e utilidade, visa a um único fim: – interessar a todas as classes, ser accessivel a todas as bolsas, e comprehensivel a todas as intelligencias.
O DIARIO DE NOTICIAS – o seu título o está dizendo – será uma compilação cuidadosa de todas as noticias do dia, de todos os paizes, e de todas as especialidades, um noticiario universal. Em estylo facil, e com a maior concisão informará o leitor de todas as occorrencias interessantes, assim de Portugal como das demais nações, reproduzindo à ultima hora todas as novidades politicas, scientificas, artisticas, litterarias, commerciaes, industriaes, agricolas, criminaes e estatisticas, etc.”.
A “primeira notícia” da história do jornal seria:
“Suas Magestades e Altezas passam sem novidade em suas importantes saudes”.

Até ao próximo dia 19 de Junho, na Cordoaria Nacional, em Lisboa, entre as 14 e as 20 horas, está patente a Exposição dos 140 anos do Diário de Notícias, uma autêntica aula viva de História, a não perder.
A visita começa com uma “máquina do tempo”, que nos transporta ao ano de 1864. Entramos então no “túnel no tempo”, onde, década a década, podemos passear pelos mais importantes acontecimentos da história deste período.
Desde os murais com algumas das primeiras páginas do jornal, aos sons e imagens de época, uma linha cronológica com breves biografias de grandes figuras, culminando com a exposição de objectos verdadeiramente históricos: desde uma bicicleta do século XIX, a capacetes utilizados nas Guerras Mundiais, máquinas de escrever “de outros tempos”, os primeiros computadores pessoais e, “a cereja no topo do bolo”, as taças europeias conquistadas pelo Benfica e Sporting e as medalhas de ouro de Carlos Lopes e Rosa Mota na maratona dos Jogos Olímpicos de 1984 e 1988.
Ao longo da semana, por aqui irão desfilar algumas imagens desta excelente exposição.
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FEIRA DO LIVRO
Apesar de ser necessário vencer o obstáculo das obras do túnel, qual Adamastor a contornar, continua a valer a pena a deslocação à Feira do Livro.
Num ambiente especial de festa, “respira-se cultura”, a variedade e diversificação são enormes, há algumas boas oportunidades de compra e, a coroar tudo isto, a possibilidade de contacto directo com os autores.
Num curto período de tempo, tive o privilégio de, pessoalmente, trocar breves palavras com dois dos meus escritores preferidos: Paul Auster (na sua conversa na Culturgest) e Mia Couto!
E, no mesmo dia (na Feira), para além do que é uma das maiores figuras da literatura africana, ainda a posibilidade de comprovar a simpatia bem disposta de José Rodrigues dos Santos, um dos melhores profissionais da comunicação em Portugal, também um escritor de grande talento, assim como a genialidade de Ricardo Araújo Pereira.
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MÚSICA NOS 80’S (VI)
Extinto o projecto Wham, George Michael regressa, a solo, ao primeiro lugar do top, em 1988, com Faith; é também o ano dos INXS (Need You Tonight) e do também regressado George Harrison (Got My Mind Set On You). Mas também Rick Astley sairia do anonimato, com Never Gonna Give You Up, enquanto que a ex – Go Go’s, Belinda Carlisle, atingia o êxito, igualmente a solo, com Heaven Is a Place on Earth.
E George Michael teria também o álbum de maior destaque no ano (Faith), seguido dos Def Leppard (Hysteria), U2 (Rattle and Hum) e Guns ‘n Roses (Appetite for Destruction).
A década fechou com os sucessos dos Chicago (Look Away), Bobby Brown (My Prerogative) e Poison (Every Rose Has Its Thorn). Paula Abdul teve o seu ano de glória, com Straight Up e Cold Hearted.
Os álbuns de maior destaque no ano foram – para além de Forever Your Girl, precisamente de Paula Abdul – os de Milli Vanilli (Girl You Know It’s True), Fine Young Cannibals (The Raw and the Uncooked), Prince (Batman) e Madonna (Like a Prayer).
(Dados com base nesta página).
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MÚSICA NOS 80’S (V)
O ano de 1986 dá novo espaço ao romantismo de Dionne Warwick (That’s What Friends Are For) e Lionel Richie (Say You, Say Me), com o trio do top a ser completado por I Miss You, de Klymaxx. Noutro género, Robert Palmer fazia furor com Addicted to Love.
O álbum do ano pertenceu a Whitney Houston (Whitney), destacando-se ainda Bruce Springsteen (Bruce Springsteein & the E St. Band Live 75-85), Bon Jovi (Slippery When Wet) e True Blue, de Madonna,
Em 1987, é a vez da irreverência de Walk Like an Egyptian, das Bangles, acompanhada pelos Heart (Alone) e Gregory Abbott (Shake You Down). Os Whitesnake voaram também bem alto, com Here I Go Again, tal como Bon Jovi, com Livin’ On a Prayer.
A nível de álbuns, o grande destaque foi a banda sonora de Dirty Dancing, a par de Whitney – prolongando o êxito do ano anterior –, Joshua Tree (dos U2) e ainda Bad (de Michael Jackson).
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MUNDIAL 2006
Após a jornada de ontem da fase de qualificação, são já conhecidos os primeiros países com presença garantida na Fase Final do Campeonato do Mundo de Futebol, a disputar na Alemanha no próximo ano: para além do país organizador (Alemanha), estão já qualificados Arábia Saudita, Coreia do Sul, Irão, Japão e Argentina.
Dos 198 candidatos à partida, foram já eliminados 116; continuam ainda em compita pelo apuramento (para as 26 vagas ainda disponíveis) 76 selecções.
A Europa contava com 52 participantes, apenas a Alemanha estando já qualificada de ofício. Estão ainda por apurar 13 finalistas: os 8 vencedores de Grupos, os 2 melhores segundos classificados, sendo os últimos 3 a apurar em sistema de play-off entre os restantes 6 segundos classificados.
Há 12 países já eliminados: Macedónia, Arménia, Andorra, Cazaquistão, Liechtenstein, Luxemburgo, I. Norte, P. Gales, Azerbeijão, S. Marino, Islândia e Malta. Outros 8 apenas mantêm meras hipóteses matemáticas: Finlândia, Albânia, Geórgia, Estónia, Chipre, I. Faroé, Moldávia e Bulgária. Em termos efectivos, são 31 os países em disputa de uma das 13 vagas:
– Grupo 1 – Holanda e R. Checa disputam o 1º lugar, e, provavelmente, qualificar-se-ão ambas; a Roménia apenas tem ténues hipóteses de qualificação
– Grupo 2 – Ucrânia praticamente apurada; Turquia, Grécia e Dinamarca deverão disputar o 2º lugar
– Grupo 3 – Portugal (com vantagem… até no calendário, com 3 dos 4 jogos em falta a disputar em casa, com Luxemburgo, Liechtenstein e Letónia), Eslováquia, Rússia e Letónia (em condições mais desfavoráveis) disputam os 2 primeiros lugares
– Grupo 4 – Irlanda, Suíça, Israel e França muito iguais, no Grupo mais equilibrado
– Grupo 5 – Itália (em vantagem), Noruega, Eslovénia, Bielorussia e Escócia ainda em competição pelos dois primeiros lugares
– Grupo 6 – Polónia e Inglaterra disputam o 1º lugar; a Áustria tem ténues possibilidades de qualificação
– Grupo 7 – Sérvia e Montenegro, Espanha, Lituânia, Bélgica e Bósnia Herzegovina (com hipóteses mais reduzidas) disputam um grupo onde tudo está ainda por decidir
– Grupo 8 – Croácia e Suécia disputam o primeiro lugar; a Hungria tem apenas ténues hipóteses de apuramento.
De África eram 51 os participantes iniciais, apurando-se os 5 vencedores de Grupos; há já 33 equipas eliminadas, restando 18 ainda na disputa do apuramento.
– Grupo 1 – Togo, Senegal ou Zâmbia
– Grupo 2 – África do Sul, Congo ou Ghana (com Cabo Verde ainda com ténues possibilidades de apuramento)
– Grupo 3 – Costa do Marfim, Camarões e Egipto (com a Líbia também com ténues hipóteses)
– Grupo 4 – Angola, Nigéria ou Zimbabwe
– Grupo 5 – Marrocos, Guiné-Conacry, Tunísia, Quénia ainda em compita pelo 1º lugar
A Ásia registava à partida 39 participantes; sendo 4 ou 5 apurados: os 2 primeiros de cada grupo; os 3º classificados de cada Grupo disputam entre si o acesso ao play-off com o 4º classificado da América do Norte, Central e Caraíbas. Estão também já eliminadas 33 equipas. A Arábia Saudita, Coreia do Sul, Irão e Japão garantiram já o apuramento. O Bahrein e Kuwait disputam o acesso ao play-off com o 4º classificado da América do Norte.
Da América do Norte, Central e Caraíbas vieram 34 participantes; sendo 3 ou 4 os apurados: os 3 primeiros classificados qualificam-se automaticamente; o 4º classificado disputará o play-off com o 5º classificado da Ásia. Estão já eliminados 28 participantes. México, EUA (ambos dispondo actualmente de uma boa vantagem), Guatemala, Trinidad e Tobago, Costa Rica e Panamá disputam ainda os lugares de apuramento.
A Oceânia agrupava 12 participantes, com apenas 1 apurado… ou nenhum! Estão já eliminadas 10 selecções. A Austrália e as Ilhas Salomão disputam entre si o acesso ao play-off com o 5º classificado da América do Sul.
Por fim, a América do Sul, com os seus 10 participantes, de que sairão 4 ou 5 apurados: os 4 primeiros serão qualificados automaticamente; o 5º classificado disputará o play-off com o vencedor da Oceânia. A Argentina garantiu ontem (já nesta madrugada) o apuramento. Estão ainda “em prova” as restantes equipas: Brasil (também quase apurado), Equador, Paraguai, Colômbia, Chile, Uruguai, Peru, Venezuela e Bolívia (esta já com poucas possibilidades de chegar ao apuramento).
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