ELEIÇÕES ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA – 1999
Após quatro anos de “tranquila” governação, sem grandes rasgos, que teve como pontos altos a organização da EXPO’98 e a construção e inauguração da Ponte Vasco da Gama (a maior da Europa), as eleições de 10 de Outubro de 1999 não trariam grandes novidades, mas antes uma quase perfeita “evolução na continuidade”…
O mais inesperado viria a ser a “irónica” (e inédita) situação de empate parlamentar, com o PS a não conseguir alcançar a maioria absoluta, somando exactamente o mesmo número de deputados que o conjunto de todos os partidos da oposição.
O PS acrescia muito ligeiramente o seu peso eleitoral, conquistando o seu melhor resultado de sempre: passava de 43,8 % para 44,1 % dos votos; subindo de 112 para 115 deputados, a 1 da ambicionada maioria absoluta!
Em contraponto, o PSD baixava, também ligeiramente, a sua percentagem, de 34,1 % para 32,3 %, reduzindo a sua representação parlamentar de 88 para 81 deputados.
A CDU (PCP-PEV) conseguia colocar um “travão” na sua tendência decrescente, subindo… também muito ligeiramente, de 8,6 % para praticamente 9 %, aumentando o seu grupo parlamentar de 15 para 17 deputados.
Na lógica dos “vasos comunicantes” (ainda que por via indirecta), o CDS-PP baixava, igualmente de forma muito ligeira, de 9 % para 8,3 %, conseguindo porém conservar os seus 15 deputados.
O único dado verdadeiramente novo seria a promoção do Bloco de Esquerda à categoria de força parlamentar, e logo com 2 deputados, eleitos em Lisboa, ascendendo a sua votação nacional a 2,4 %.
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