MAIORIA ABSOLUTA OU RELATIVA?
Paulo Portas já o referiu de forma expressa e, necessariamente, José Sócrates também estará disso consciente: a obtenção ou não de uma maioria absoluta pelo Partido Socialista dependerá essencialmente – não tanto do alinhamento dos votos do próprio PS e do PSD – do maior ou menor crescimento do CDS.
De facto, colocando praticamente todas as sondagens o PS no limiar da maioria absoluta (com votações estimadas rondando entre os 43 % e os 46 %), há um conjunto relativamente reduzido de círculos eleitorais em que se “joga” essa maioria absoluta e, curiosamente, passando pela votação do CDS e pelo facto de este conseguir ou não crescimentos que lhe permitam assegurar lugares de deputados, que seriam, na generalidade, conquistados ao PS.
Tal poderá acontecer particularmente nos seguintes círculos eleitorais:
– Braga – a possível eleição de um 2º deputado do CDS poderá ser feita à custa do 10º candidato socialista;
– Coimbra – a eventual eleição de Luís Nobre Guedes deverá afastar o 6º candidato socialista;
– Faro – onde Narana Coissoró deverá disputar o lugar de deputado com o 5º candidato socialista;
– Lisboa – onde o CDS deverá lutar por um 5º eleito;
– Porto – onde o CDS procura eleger o seu 4º candidato;
– Santarém – em que o CDS poderá eleger Nuno Fernandes Thomaz, em detrimento do 6º candidato socialista.
A não ser que haja surpresas significativas no dia 20 de Fevereiro, o PS deverá eleger entre 112 a 119 deputados; terá portanto a maioria absoluta dependente de 4 deputados; para além de Lisboa e Porto, os círculos de Coimbra, Faro e Santarém poderão ser decisivos.
Virá a campanha “pela positiva” que Paulo Portas diariamente vai “proclamando” a ter resultados?
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