Archive for Agosto, 2004
JOGOS OLÍMPICOS – 1972 – MUNIQUE

O record de participantes ia sendo sucessivamente batido, de Olimpíada para Olimpíada: em 1972, nos Jogos da XX Olimpíada, realizados de 26 de Agosto a 11 de Setembro, 7 134 atletas, de 121 países, disputaram 195 provas.
A tradição pacificadora dos Jogos Olímpicos seria abrupta e tragicamente interrompida em 1972, a 5 de Setembro, quando terroristas palestinos da organização “Setembro Negro” invadiram os aposentos da delegação de Israel, saldando-se o ataque com a morte de 11 atletas e dos 5 terroristas, abatidos pela polícia alemã. Os Jogos seriam suspensos por 34 horas, até à deliberação do Presidente do Comité Olímpico Internacional de que “The Games must go on”, embora com as bandeiras de todos os países participantes a meia-haste.
Depois de 36 anos de ausência, a Alemanha voltava (tal como em 1936) a integrar o Andebol como modalidade olímpica.
Os Jogos de 1972 foram os primeiros a ter uma mascote oficial.
A “mascote” não oficial seria contudo a ginasta russa Olga Korbut, vencendo a prova por equipas, falhando na prova individual, mas acabando por vencer as provas por aparelhos.
O grande herói desta Olimpíada seria o nadador americano Mark Spitz, somando 7 medalhas de ouro às duas que conquistara já na Cidade do México.
O finlandês Lasse Viren, apesar de ter caído a meio da final dos 10 000 metros, conseguiria, ainda assim, estabelecer um novo record mundial, conquistando a primeira das suas 4 medalhas de ouro (duas em 1972 e duas em 1976, nos 5 000 m e 10 000 m).
A nadadora australiana Shane Gould alcançaria três medalhas de ouro, estabelecendo 3 records mundiais; conquistaria ainda mais uma medalha de prata e outra de bronze.
Portugal participaria com uma delegação de 29 atletas, não registando resultados de realce; na sua primeira participação olímpica, o futuro Campeão Olímpico Carlos Lopes não teria sucesso.
Os países que conquistaram mais medalhas foram os seguintes:
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…9 DIAS – MÓNACO

Um mero rochedo no extremo leste da Provença, com uma cidade escarpada sobre o Mediterrâneo, que se tornaria num território de inevitável sedução, num “reino” / “principado de sonho”, um país quase “irreal”!
Um pequeno país, com um fenomenal desenvolvimento turístico, impulsionado pela dinastia Grimaldi (no trono há 700 anos), com base na Société des Bains de Mer e no Casino, exponenciado com o “glamour” da família real e com o Grande Prémio do Mónaco de Fórmula 1.

A região foi ocupada pelos Romanos no final do século II A.C., época em que prosperavam os marinheiros fenícios e cartagineses.
Com a queda do Império Romano no século V, o território sofreria sucessivos ataques de povos bárbaros. Só a partir do século X, após a expulsão dos Sarracenos pelo Conde da Provença, a actual “Côte d’Azur” começaria a ser repovoada.
A verdadeira história do Mónaco inicia-se a partir do século XIII, com o nascimento do futuro Principado a 10 de Junho de 1215, altura em que o território entrou na posse dos genoveses, com os Grimaldi a construir a Fortaleza que constitui actualmente o Palácio do Príncipe.
Fulco del Castello obteria então, do Imperador Henri VI, a soberania do conjunto das terras em torno do rochedo do Mónaco, atraindo população com uma política de concessão de terras e isenção de impostos.
Em 1269, os Guelfos e seus aliados (os Grimaldi) seriam expulsos de Génova, refugiando-se na Provença. Em 1297, François Grimaldi penetrava na Fortaleza do Mónaco, marcando a data de início da dinastia Grimaldi, na sequência da tomada de posse do território pela família.

A soberania do território seria reconhecida pelo Rei de França, Charles VIII, em 1489, enquanto que Louis XII, viria a reconhecer, 23 anos depois, a independência do Mónaco.
Não obstante, em 1793, o Mónaco seria reunido à França, sob o nome de “Fort Hercule”. Apenas em 1814, o primeiro Tratado de Paris atribuiria o Principado ao Príncipe.
Apesar de ter perdido cerca de 80 % do seu território, o Mónaco viria finalmente a reconquistar a sua independência em 1861. Dois anos depois, seria concedido o monopólio do jogo à Société des Bains de Mer.
Em 1911, o Principado do Mónaco torna-se numa monarquia constitucional; este ano assinala também a organização do primeiro Rali Automóvel de Monte Carlo.
Em 1949, o Príncipe Rainier III sucedia ao seu avô, Louis II, vindo a casar em 1956 com a actriz americana Grace Kelly, de que resultaria a descendência “mais famosa da realeza europeia”: Príncipe Alberto e as Princesas Caroline e Stephanie. O Mónaco iniciava um período de grande prosperidade, sustentado no Casino e no facto de ser também um “paraíso fiscal”.
Há 1 ano no Memória Virtual – A Europa das Línguas
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VAN GOGH (IV)
Depois da morte do pai, em 1885, Vincent realiza a sua primeira grande pintura, a principal obra do período holandês: “Os Comedores de Batatas” (que considerou mesmo o seu quadro mais bem conseguido). Amplia as suas experiências, incluindo uma maior variedade de cores, interessando-se por xilogravuras japonesas.
No ano seguinte, mais uma vez, tenta obter uma educação artística mais formal, na École des Beaux-Artes, mas acaba por rejeitar muitos dos princípios que lhe são ensinados, o que o conduz ao abandono. Submete alguns dos seus trabalhos à Academia de Antuérpia, sendo colocado numa classe de principiantes, mas não se consegue adaptar novamente, regressando a Paris e passando a viver com o irmão Theo.
Inicia estudos no atelier de Cormon (1845-1924), conhecendo outros “estudantes”: John Russell (1858-1931), Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901) e Emile Bernard (1868-1941). Paralelamente, Theo, que trabalha na Boussod & Valadon, que administra uma galeria de arte em Montmartre, apresenta a Vincent os trabalhos dos Impressionistas: Claude Monet, Pierre Renoir, Camille Pissarro, Edgar Degas e Georges Seurat, cujos trabalhos viriam a ter uma influência profunda em Vincent e no seu uso das cores. Torna-se amigo do pintor Paul Gauguin, uma relação turbulenta que viria a ser decisiva na sua vida.
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JOGOS OLÍMPICOS – 1968 – MÉXICO

Em 1968, na Cidade do México, nos Jogos da XIX Olimpíada, um novo record de participantes (5 516 atletas), representando 112 países, disputando 172 provas, num evento que decorreu entre 12 e 27 de Outubro.
Os Jogos Olímpicos de 1968 marcam a estreia da que viria a tornar-se numa nova grande potência desportiva mundial – até ao seu desaparecimento enquanto país independente -, a República Democrática Alemã (RDA).
Nestes Jogos, realizados a 2 260 metros de altitude, o ar rarefeito (menos 30 % do que ao nível do mar), ao mesmo tempo que limita a resistência, potencia o desempenho em provas rápidas, o que permitiu resultados excepcionais, com 88 records (nomeadamente em todas as provas de atletismo de extensão abaixo dos 800 metros), destacando-se os 8,90 m do americano Bob Beamon no Salto em comprimento (record mundial que perduraria durante mais de 20 anos, sendo ainda record olímpico, quase 4 décadas depois), os 9,9 segundos do também americano Jim Hines nos 100 metros e os 17,39 metros do soviético Viktor Saneev no Triplo-Salto.
A ginasta checoslovaca Vera Caslavska conquistaria quatro medalhas de ouro e duas de prata.
O norte-americano Al Oerter venceria a prova de Lançamento do Disco pela quarta vez. O também americano e até então desconhecido Dick Fosbury tornar-se-ia mundialmente famoso ao introduzir uma radical inovação na técnica de transposição da fasquia no salto em altura, o “Fosbury Flop”, em que atacava a fasquia de costas, em vez do tradicional sistema de “rolamento ventral”, que singraria, proporcionando-lhe a vitória olímpica e vindo a ser adoptado de forma generalizada a partir de então (o último campeão a ter êxito com o antigo sistema seria Gerd Wessig, o alemão de leste vencedor dos Jogos Olímpicos de 1980, já então uma excepção no uso dessa técnica de salto, a par da sua compatriota Rose Marie Ackermann).
Portugal, mais uma vez representado com uma pequena delegação, de 20 atletas, não alcançaria qualquer resultado de destaque.
No quadro de medalhas, os países mais medalhados foram os seguintes:
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…10 DIAS – MACHU PICCHU
Machu Picchu, a mais visitada rota da América do Sul, localiza-se no sudoeste do Perú, 112 km a noroeste da cidade de Cusco, centro do Império Inca, que se estendeu desde a Colômbia ao Chile.
Segundo a lenda, Cusco teria sido fundada por Manco Cápac y Mama Ocllo, filhos do deus Sol, que sairam do Lago Titicaca com a missão de fundar a capital de um grande reinado.
Supõe-se que a cidade sagrada de Machu Picchu (“Montanha velha”, em idioma quechua) – Património Cultural e Natural da Humanidade –, situada a 2 400 metros de altitude, tenha sido criada (no século XV, por Pachacutec) para conquistar a floresta ou para proteger o império de eventuais ataques dela provenientes, não tendo nunca, contudo, sido decifrado o mistério da sua origem e finalidade.
Esta enorme riqueza cultural, histórica e natural dos povos andinos – um dos mais importantes monumentos arquitectónicos e arqueológicos do mundo, de surpreendente perfeição e beleza, cujas ruínas mantêm um impressionante grau de conservação –, seria descoberta para o mundo pelo professor americano Hiram Bingham em 1911.
A grande atracção decorre das suas praças, aquedutos e torres de vigilância, observatórios e relógio solar, colocando em evidência a avançada sabedoria dos povos andinos.
A caminho de Machu Picchu, pode ainda navegar-se no Lago Titicaca, que, com os seus 4 200 metros de altitude acima do nível do mar é o Lago mais alto do mundo.
Há 1 ano no Memória Virtual – Textos pré-blogues – DN Jovem
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VAN GOGH (III)
Ainda em 1881, o pintor Anton Mauve (1838-1888) introduz-lhe a técnica da aguarela, começando a pintar as primeiras naturezas-mortas a óleo e aguarela.
No ano seguinte, muda-se para Haia, passando a morar perto de Mauve, que lhe dá aulas de pintura e lhe empresta dinheiro. Conhece Clasina Maria Hoornik (conhecida como Sien), uma prostituta, com uma filha de 5 anos, com as quais passa a morar.
Continua os estudos e pinta com alguns conhecidos pintores (Jan Hendrik Weissenbruch e George Hendrik Breitner), mas o seu estado físico vai-se deteriorando, sendo hospitalizado durante três semanas por causa de uma gonorreia. Quando sai do hospital, Vincent começa a experimentar a técnica de pintura a óleo, pintando muito a natureza. Utiliza-se de Sien e de uma outra criança recém-nascida como modelos.
Depois de mais de um ano juntos, termina a sua relação com Sien, o que o leva a procurar uma vida dedicada exclusivamente ao trabalho. Viaja para Drenthe (Holanda) e pinta as paisagens desertas, assim como os camponeses. Mais tarde, vai para Nuenen, morando com os pais; monta um pequeno estúdio para trabalhar, continuando sempre a contar com o apoio financeiro do irmão Theo.
Em 1884, inicia uma relação com a filha de um vizinho, Margot Begemann, contudo ambas as famílias são contrárias ao casamento, o que leva Margot a tentar envenenar-se.
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JOGOS OLÍMPICOS – 1964 – TÓQUIO

Pela primeira vez, os Jogos Olímpicos foram disputados na Ásia, envolvendo 5 151 atletas, de 93 países, disputando 163 provas, entre 10 e 24 de Outubro de 1964, premiando o processo de reconstrução do Japão, devastado na sequência da II Guerra Mundial.
Nesta Olimpíada, foram introduzidas as modalidades de Judo e Voleibol (sendo esta a primeira modalidade com equipas femininas).
Um dos grandes heróis seria Bob Hayes, ao vencer a prova de 100 metros, com 10 segundos exactos, um record mundial. O também norte-americano Don Scholander conquistaria 4 medalhas de ouro em natação.
O etíope Abebe Bikila tornou-se no primeiro atleta a sagrar-se bi-Campeão Olímpico da Maratona, repetindo a vitória alcançada em Roma.
A ucraniana Larysa Latynina, conquistando medalhas atrás de medalhas, fixava a sua marca em 18 medalhas, das quais 9 (!) de ouro, um record olímpico.
O remador russo Vyacheslav Ivanov, o norte-americano Al Oerter (Lançamento do Disco) e a nadadora australiana Dawn Fraser tornavam-se tri-Campeões Olímpicos, em sucessivas Olimpíadas (elevando a última o número de medalhas conquistadas para 8, 4 de ouro e 4 de prata).
O húngaro Dezso Gyarmati, jogador de polo aquático, conseguiria conquistar a sua 5ª medalha concecutiva. O também húngaro Imre Polyak (Luta greco-romana), depois de três medalhas de prata nas Olimpíadas anteriores (desde 1952), sagrou-se finalmente Campeão Olímpico.
Portugal fez-se representar por uma pequena comitiva de 20 atletas, destacando-se o 4º lugar alcançado por Manuel Oliveira na prova dos 3 000 metros obstáculos.
No quadro de medalhas, os primeiros países foram:
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…11 DIAS – LHASA – TIBETE
O Tibete, “Tecto do mundo”, protegido pela colossal barreira natural dos Himalaias, com uma ancestral civilização de singular riqueza cultural e religiosa, foi contudo ocupado pela China em 1959.
O 14º (actual) Dalai Lama foi forçado a exilar-se, conquistando não obstante o seu povo para a sua causa.
A cidade sagrada de Lhasa (“O lugar dos Deuses”) – proibida aos estrangeiros até há poucas décadas – foi fundada no século VII, em torno do Templo de Jokhang, a construção mais antiga da região. Nessa época, os vários clãs que habitavam a zona uniram-se, consolidando um vasto império que chegou a incluir o Nepal, Cachemira, Butão e norte da Birmânia, que reinaria até ao século IX.
No século XIII, Gengis Khan dominou o território, convertendo-se o seu filho Kublai Khan, Imperador da China, ao budismo tibetano, entregando o controlo do Tibete aos grandes Lamas.

A intensa actividade espiritual teria como consequência uma estagnação da economia e do progresso num estado primitivo, até meados do século XX, quando metade da população era ainda nómada.
O Palácio de Potala (antiga residência de Inverno do Dalai Dama), construído em 1645, sobreviveu a vários ataques militares, continuando a impor-se em Lhasa.
Também no vale de Lhasa, locais de visita obrigatória são o Palácio de Verão do Dalai Lama, os mosteiros Será e Drepung.
Há 1 ano no Memória Virtual – “O dossier da vida”
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JOGOS OLÍMPICOS – 1960 – ROMA

Os Jogos Olímpicos de 1960 ficaram marcados pela grandiosidade, assinalada com a construção de estádios, ginásios e da “vila olímpica”. Decorreram de 25 de Agosto a 11 de Setembro de 1960, com a participação de 5 338 atletas, representando 83 países, disputando 150 provas.
O hino olímpico composto pelos gregos Spyros Samaras e Kostis Palamas para os I Jogos Olímpicos, tornou-se (64 anos depois) o hino oficial.
Uns Jogos que fizeram uso da monumental cidade de Roma, com as provas de Luta a serem realizadas onde, 2 000 anos antes, decorriam concursos de luta, as provas de Ginástica nos “Banhos de Caracalla” e com o termo da maratona no Arco de Constantino.
Foram os Jogos que projectaram Cassius Clay (posteriormente Muhammad Ali), Campeão Olímpico de Pugilismo.
O dinamarquês Paul Elvstrom venceria a medalha de ouro pela quarta vez consecutiva, na prova de Vela (Classe Finn), enquanto que o esgrimista húngaro Aladar Gerevich conquistava a sexta medalha de ouro na prova de Sabre por equipas, tal como o sueco Gert Fredricksson, também 6 vezes Campeão Olímpico em canoagem.
Depois de derrotada três vezes consecutivas na Final, a Jugoslávia, conquistaria finalmente o título de Campeã Olímpica em Futebol.
O ganês Ike Quartey, finalista na prova de pugilismo, tornou-se no primeiro africano negro a conquistar uma medalha olímpica (prata). Poucos dias depois, despontava Abebe Bikila, o etíope que corria descalço, sagrando-se o primeiro Campeão Olímpico da África negra, vencendo a prova da Maratona.
A jovem norte-americana Wilma Rudolph tornou-se na primeira atleta americana a vencer três medalhas de ouro (100m, 200m e estafeta 4 x 100m).
Portugal, com uma comitiva de 65 atletas, alcançou nova medalha de prata, também na prova de Vela (classe “Star”), por Mário Quina e José Manuel Quina.
O quadro de medalhas regista os seguintes países com mais lugares de honra nesta Olimpíada:
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…12 DIAS – KILIMANJARO

Localizado na África Oriental, no Norte da Tanzânia, próximo da fronteira com o Quénia, cerca de 300 km abaixo do Equador, o Monte Kilimanjaro, envolvendo o Kibo, um vulcão inactivo há cerca de 100 mil anos, eternamente coberto por gigantescos glaciares, com os seus 5 895 metros, é o ponto mais alto de África, erguendo-se subitamente no meio do planalto africano, imponente e majestoso, não integrando qualquer cadeia montanhosa.
Na savana africana que o envolve, pode ver-se uma vasta fauna, composta por zebras, macacos, girafas, gnus, elefantes, leões, antílopes, hipopótamos, búfalos e flamingos.
Na escalada, sem especial complexidade técnica (a mais fácil dos “Sete Cumes”), requerendo não obstante uma boa experiência de marcha, atravessa-se a verdejante e densa floresta tropical.
A subida é feita a uma “velocidade média” de cerca de 200 metros (de altitude) por hora, sendo necessárias algumas pausas para restabelecimento físico e alimentar, dado que os últimos metros de ascensão são feitos respirando metade do oxigénio a que estamos normalmente habituados.
O Kilimanjaro é uma montanha sagrada há milhares de anos para as tribos da região, sendo o seu pico ocidental chamado “Ngàge Ngài” – a Casa de Deus (segundo os “Chaagas”).
Também na Tanzânia, no seu extremo norte, a cidade de Arusha é ponto de partida dos mais famosos safaris, assim como das expedições ao Kilimanjaro, cuja base se centra em Moshi, a 80 km.
Há 1 ano no Memória Virtual – O melhor do rock português 1980-1984
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