Archive for 25 Fevereiro, 2004
BENFICA – CENTENÁRIO (XXV)
1916
O Benfica vence novamente, nas 4 categorias, os Campeonatos Regionais de Lisboa em futebol (5ª vitória na categoria principal).
Efectua o primeiro jogo de Pólo Aquático, participando também na primeira prova de Natação.
Passa a ter Sede na Av. Gomes Pereira e a dispor de um campo de futebol, na Quinta de Marrocos.
1917
Nos terrenos existentes nas traseiras da sede, na Av. Gomes Pereira, o Benfica inaugurou um campo de futebol, depois também utilizado nos jogos de Râguebi e de Hóquei em Campo.
Realiza-se o primeiro jogo de Hóquei em Patins.
É novamente Campeão de Lisboa (6º título).
1918
O Benfica vence o Campeonato de Futebol de Lisboa, batendo o Sporting e o Império, sagrando-se campeão pela 7ª vez em 12 campeonatos.
1919
O Benfica inaugura diversas filiais em Portugal e nas colónias portuguesas em África.
Vence os primeiros títulos de Luta Greco-Romana, através do futebolista Cândido de Oliveira.
É novamente vice-campeão de Lisboa, atrás do Sporting, que conquista o seu 2º campeonato.
[1030]
ACTUALIDADE
Nos últimos dias tem havido alguns acontecimentos de que podíamos falar…
Mas, infelizmente, pouco de positivo haveria a dizer:
– Da libertação e imediata “recaptura” de Vale e Azevedo;
– Da “excelente performance” alcançada em relação ao défice orçamental (com honras de comunicação solene) – talvez explicando como se chegou aos famosos 2,8 %…
– Da “novela” acerca da entrevista de Santana Lopes ao Expresso;
– Do Dr. Luís Villas-Boas e das suas ideias sobre a adopção em casais homossexuais;
– Da Dra. Mariana Cascais e da sua concepção de educação sexual;
– Da “não-posição” do principal partido do Governo sobre o aborto;
– Do conflito israelo-palestiniano;
– …
Há muito tempo atrás, contaram-me uma história cuja moral era: antes de falar sobre uma coisa, deveria ser ponderado (i) se o que vamos dizer é verídico; (ii) se é relevante e (iii) se é “benevolente” (no sentido contrário ao de “mal-dizente”).
Assim sendo, passemos à frente… Outras oportunidades virão.
P. S. Espero que o Carlos Vaz Marques possa “voltar atrás” na sua decisão de terminar o Outro, Eu. Tenho a certeza que, como eu, muitos leitores gostariam de poder continuar a “visitá-lo” regularmente.
[1029]
EÇA DE QUEIRÓS – A CIDADE E AS SERRAS (III)
“Depois, em frente ao Arco do Triunfo, moveu a cabeça, murmurou:
– É muito grave, deixar a Europa!
Enfim, partimos! Sob a doçura do crepúsculo que se enublara, deixámos o 202. O Grilo e o Anatole seguiam num fiacre atulhado de livros, de estojos, de paletós, de impermeáveis, de travesseiras, de águas minerais, de sacos de couro, de rolos de mantas: e mais atrás um ónibus rangia sob a carga de vinte e três malas. Na estação, Jacinto ainda comprou todos os jornais, todas as ilustrações, horários, mais livros, e um saca-rolhas de forma complicada e hostil. Guiados pelo chefe do tráfico, pelo secretário da Companhia, ocupámos copiosamente o nosso salão. Eu pus o meu boné de seda, calcei as minhas chinelas. Um silvo varou a noite. Paris lampejou, fulgiu num derradeiro clarão de janelas. Para o sorver, Jacinto ainda se arremessou à portinhola. Mas rolávamos já na treva da província. O meu príncipe então recaiu nas almofadas:
– Que aventura, Zé Fernandes!
Até Chartres, em silêncio, folheámos as ilustrações. Em Orleães, o guarda veio arranjar respeitosamente as nossas camas. Derreado com aqueles catorze meses de civilização, adormeci . e só acordei em Bordéus quando O Grilo, zeloso, nos trouxe o nosso chocolate. Fora, uma chuva miudinha pingava molemente de um espesso céu de algodão sujo. Jacinto não se deitara, desconfiado da aspereza e da humidade dos lençóis. E, metido num roupão de flanela branco, com a face arrepiada e estremunhada, ensopando um bolo no chocolate, rosnava sombriamente:
– Este horror!… E agora com chuva!
Em Biarritz, ambos observámos com uma certeza indolente:
– É Biarritz.
…
Sobre a ponte do Bidassoa, antevendo o termo da vida fácil, os abrolhos da incivilização, Jacinto suspirou com desalento:
– Agora adeus, começa a Espanha!….
[1028]
[1000]
Esta “entrada” é numerada com o nº 1 000, o que dá pretexto a um pequeno balanço, praticamente ao fim de 8 meses de “blogue”; em média, foram cerca de 125 “entradas”por mês; quatro por dia.
Foi já entretanto ultrapassado o número de 15 000 visitantes; mais de 35 000 visitas! Numa altura em que a “blogosfera” portuguesa parece atravessar a sua primeira “crise de crescimento”, o número de visitantes tem vindo a ser gradualmente “consolidado”, com a seguinte evolução mensal, desde Julho a Janeiro: 956 / 1 558 / 1 822 / 2 112 / 1 681 / 2 397 / 3 089.
Serão números modestos, correspondendo, não obstante, a uma média diária de visitantes que subiu dos 30 em Julho; aos 50 em Agosto; 60 em Setembro; 70 em Outubro; 80 em Dezembro e, com carácter excepcional, cerca de 100 em Janeiro. Já aqui o escrevi, e repito, números que nunca imaginei alcançar.
Um grande obrigado a todos!
Porém, mais importante do que a “frieza” dos números (que não deixam, obviamente, de ter um significado), é o prazer de ter conhecido um alargado conjunto de “amigos virtuais”, já aqui, por mais de uma vez, referidos, mas a quem tenho de agradecer, uma vez mais, pelo incentivo em que se têm constituído – numa altura em que o tempo escasseia, com o inevitável abaixamento do ritmo e eventual “interesse” do “Memória Virtual”, tendência que espero poder reverter daqui a algum tempo (o primeiro trimestre do ano é particularmente exigente em termos profissionais) .
Aceitando correr o risco de me “esquecer” de alguns desses amigos, gostaria de, por extensão dos que indico de seguida, a todos dizer um .Bem hajam!.; tem sido um grande prazer visitá-los (e receber as vossas visitas) e convosco “dialogar” diariamente: obrigado Catarina, Rui, Martin, César, Mário, Innersmile, Cláudia, João, ANS, Nuno e João (por onde andas?… fazes-nos falta!).
A finalizar, o meu agradecimento também pela simpatia que sempre tenho recebido da parte de alguns profissionais dessa nobre arte que é a .comunicação. (alguns deles que me prestigiam também com as suas habituais visitas) e que rapidamente souberam compreender a importância deste .fenómeno. da blogosgera: António Granado, Carla Hilário de Almeida, Carlos Vaz Marques, Fernando Alves, João Morgado Fernandes, João Paulo Meneses, Luís Ene, Paula Moura Pinheiro, Paulo Gorjão, Paulo Querido e Pedro Fonseca.
[1000]
[1027]