Archive for 16 Fevereiro, 2004
BENFICA – CENTENÁRIO (XVI)
1952
O Benfica vence a Taça de Portugal em futebol (6ª vitória), batendo na final o Sporting por 5-4, na mais emocionante de todas as finais da prova.
Na inauguração do Estádio das Antas, o Benfica vence o FC Porto por 8-2.
1953
Na final da Taça de Portugal, o Benfica conquista o troféu, vencendo o FC Porto por 5-0 (golos de Arsénio, 3, Rogério e José Águas) – terceira final consecutiva a marcar 5 golos! -, conseguindo um feito único e um record que perdurará: quatro vitórias consecutivas na prova (alcançando o seu 7º título).
1954
No ano das suas “Bodas de Ouro”, a 1 de Dezembro, é inaugurado pelo presidente Joaquim Ferreira Bogalho o Estádio da Luz (de “Carnide”); o regresso do Benfica a… Benfica, abandonando o Campo Grande. Tinha na altura 23 000 sócios.
1955
O Benfica coloca termo ao ciclo de ouro dos .Cinco Violinos. do Sporting, reconquistando, quatro anos depois, o título de Campeão Nacional (8º título). Vence também a Taça de Portugal (também pela 8ª vez), derrotando o Sporting por 2-1, conquistando a segunda .dobradinha. (doze anos depois da primeira).
[1004]
"DESINVENÇÃO DA INTERNET"
No Brasil, está em curso uma “revolução”, em protesto contra a plataforma de “blogues” da Globo (blogger.com.br), que estará a bloquear o acesso a partir do estrangeiro aos “blogues” aí residentes, algo de inconcebível e inacreditável.
A propósito, leia-se mais este excelente texto do César Valente, no Carta Aberta (já com um novo endereço):
“Quando uns malucos conseguiram conectar uma rede de computadores à rede da universidade mais próxima e depois outra e mais outra, os sujeitos que inventaram a Internet estavam justamente em busca de uma ferramenta que eliminasse fronteiras e distâncias. Não faz muito tempo. E a ideia, porque era boa, prosperou rapidamente.
Agora, os génios da Globo com a presunção dos idiotas, resolvem ampliar a experiência que fizeram com o kit.net: a desinvenção da Internet. Uma rede local, desconectada da rede mundial.
Nem nos Estados Unidos, aquele lugar estranho onde fazem campeonatos mundiais sem um único participante de outro país, onde a maioria acha que consegue sobreviver só com seu estupendo mercado interno, alguém pensou ou tentou coisa parecida. Não na Internet.
…
Quando, com uma das mãos fizeram uma coisa mais ou menos certa, que é avisar com alguma antecedência que a partir de 1º de Março vão fechar os blogues que estiverem acima de 10 mb, com a outra construíram o muro da Globo, isolando-nos do mundo, na contramão da lógica da Internet.
Mas não há de ser nada. A ditadura militar não conseguiu calar-nos a todos e certamente a Globo também não conseguirá. Por via das dúvidas ontem tirei o pó da velha máquina de escrever e do valente mimeógrafo, reforcei o stock de cartolina, tinta e pincéis. Nunca se sabe. Começam fechando o acesso aos nossos blogs, depois fecham nossos blogs, pode ser que, adiante, proíbam voos internacionais, cortem nossa linha telefónica e suspendam a luz. Precisamos estar preparados para tudo.”
[1003]
PORTUGAL – NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO (I)
Em cada um dos últimos meses, tenho dedicado nesta página (de “Memória”…), uma semana a temas de História.
Nesta semana (e a continuar no próximo mês), farei referência – por via de excertos de uma obra de José Hermano Saraiva – à história do nascimento da nação portuguesa.
“Os mais antigos vestígios de vida humana encontrados no nosso território são os calhaus rolados em que um dos topos foi intencionalmente aguçado para os transformar em instrumentos de luta ou trabalho e que têm aparecido em vários pontos: a Gruta da Furninha, em Peniche (que nos períodos pré-históricos era uma ilha), nas proximidades das Caldas da Rainha, nos arrabaldes de Lisboa, na Arrábida, em Sines.
…
Os homens que as usaram viveram há aproximadamente quatrocentos mil anos e deixaram vestígios numa grande parte da Europa ocidental.
…
Há cerca de dez mil anos, o clima europeu estacionou em condições que não eram basicamente diferentes das actuais. Acabaram os grandes gelos, os mamutes e as renas foram-se deslocando para o norte. Desde então, a marcha da humanidade processou-se com maior rapidez e os vestígios da vida humana tornaram-se muito mais numerosos, porque o homem começou a agir sobre a natureza. Nos vales do Tejo e do Sado têm-se encontrado montes de restos de alimentos, formados especialmente por conchas de mariscos. Esses restos são em tal quantidade que indicam a existência de grupos, no mesmo local, durante centenas ou milhares de anos: é a primeira prova de vida sedentária no nosso território.”
“História concisa de Portugal”, José Hermano Saraiva
[1002]
"PORTUGUESES EXCELENTÍSSIMOS"
Conforme bem me indicou o Rui (a propósito dos textos da Paula Moura Pinheiro na “Grande Reportagem”), na actual fase de “transição” por que passa a TSF, é justamente merecida a referência a esse programa de Fernando Alves, que realça os “feitos” de portugueses “anónimos”:
“Fernando Alves vai ao encontro de portugueses que, sem a ambição dos holofotes, atingem patamares de excelência, na investigação ou na criação artística. São “discretas aventuras” do conhecimento, numa sedutora abordagem e com uma mão cheia de estórias curtas e fortes.”
No “Portugueses Excelentíssimos“, Fernando Alves coloca o seu permanente entusiasmo – que nos faz “vibrar” também, ao ouvi-lo – ao serviço de uma óptima causa, a da divulgação do que de melhor se vai fazendo em Portugal. A ouvir! (Aos Domingos, a seguir às 12 horas).
Para além do “clássico” e incontornável Pessoal… e Transmissível de Carlos Vaz Marques, sempre a merecer um destaque especial, referência também, ainda na TSF, para a agenda cultural (que ouço diariamente, pelas 7h15 da manhã…): “É um Espectáculo“.
P. S. Novos agradecimentos, ao Intimista e Voz de Mim.
[1001]