Archive for Julho, 2018
Mundial 2018 – 1/4 de final – Suécia – Inglaterra
0-2
Robin Olsen, Emil Krafth (85m – Pontus Jansson), Victor Lindelöf, Andreas Granqvist, Ludwig Augustinsson, Viktor Claesson, Sebastian Larsson, Albin Ekdal, Emil Forsberg (65m – Martin Olsson), Marcus Berg e Ola Toivonen (65m – John Guidetti)
Jordan Pickford, Kyle Walker, John Stones, Harry Maguire, Kieran Trippier, Dele Alli (77m – Fabian Delph), Jordan Henderson (85m – Eric Dier), Jesse Lingard, Ashley Young, Raheem Sterling (90m – Marcus Rashford) e Harry Kane
0-1 – Harry Maguire – 30m
0-2 – Dele Alli – 59m
Cartões amarelos – John Guidetti (88m) e Sebastian Larsson (90m); Harry Maguire (87m)
Árbitro – Björn Kuipers (Holanda)
Samara Arena – Samara (15h00)
Com uma exibição muito rigorosa na missão defensiva – com o importante contributo de um atento Jordan Pickford, com um par de boas intervenções – e concentrada nos lances ofensivos, a Inglaterra foi a justa vencedora de uma partida em que acabou por se superiorizar, precisamente, onde a Suécia tinha vindo a revelar ser mais forte.
Perante uma defesa sueca que vinha sendo praticamente intransponível, os ingleses tiveram a capacidade de “desmontar” a organização contrária, impondo-se mercê de dois golos obtidos de cabeça.
Vendo-se em desvantagem, a Suécia – que, até agora, adoptara como estratégia primordial a de ficar na “expectativa”, aproveitando o erro dos adversários – necessitava recorrer a um “plano B”, que, de facto, não dispunha.
Após se terem visto em desvantagem de dois golos, os suecos procurariam ainda reagir, conseguindo importunar o guardião contrário, que respondeu à altura, mas, efectivamente, o triunfo inglês nunca chegou a estar em causa.
Beneficiando de um sorteio favorável, com triunfos sobre a Tunísia, Panamá e Suécia (para além do empate frente à Colômbia), a Inglaterra regressa às meias-finais de um Mundial 28 anos depois.
Mundial 2018 – 1/4 de final – Brasil – Bélgica
1-2
Alisson, Fagner, Thiago Silva, Miranda, Marcelo, Willian (45m – Roberto Firmino), Paulinho (73m – Renato Augusto), Philippe Coutinho, Fernandinho, Neymar e Gabriel Jesus (58m – Douglas Costa)
Thibaut Courtois, Toby Alderweireld, Vincent Kompany, Jan Vertonghen, Thomas Meunier, Marouane Fellaini, Axel Witsel, Nacer Chadli (83m – Thomas Vermaelen), Kevin De Bruyne, Eden Hazard e Romelu Lukaku (87m – Youri Tielemans)
0-1 – Fernandinho (p.b.) – 13m
0-2 – Kevin De Bruyne – 31m
1-2 – Renato Augusto – 76m
Cartões amarelos – Fernandinho (85m) e Fagner (90m); Toby Alderweireld (47m) e Thomas Meunier (71m)
Árbitro – Milorad Mažić (Sérvia)
Kazan Arena – Kazan (19h00)
Fiel ao seu estilo de jogo, de ataque, baseado em rupturas que combinam a técnica de Eden Hazard – em grande plano neste jogo – e a força e velocidade de Lukaku, ancorada na solidez que lhe conferem Kevin De Bruine, a pautar o jogo, e Axel Witsel, em apoio à defesa, a Bélgica começou logo por ter uma tão imprevista como útil “ajuda”, quando Fernandinho, involuntariamente, impeliu a bola (que ressaltara do cabeceamento de um outro defesa brasileiro, procurando aliviar a bola) para dentro da sua própria baliza, na sequência de um pontapé de canto, apontado de forma sesgada, junto à baliza e ao primeiro poste.
Depois, prosseguindo a sua actuação personalizada, à passagem da meia hora, De Bruyne, com um potente e colocado remate à entrada da área, ampliou a vantagem belga, colocando os brasileiros à beira de um “ataque de nervos”.
Ao intervalo, o marcador espelhava bem o que fora o desempenho de ambas as equipas. Porém, no segundo tempo, a Bélgica adoptaria uma toada mais conservadora, em paralelo com o “tudo por tudo” do Brasil, que, no quarto de hora inicial – como, mais tarde, na fase final da partida -, praticamente sufocou o adversário, empurrando-o para a sua zona defensiva.
Logo nos minutos iniciais da metade complementar, a selecção brasileira reclamou uma grande penalidade, a qual, contudo, não seria sancionada pelo árbitro. O tempo corria contra as aspirações do Brasil, que, ainda assim, conseguiria, enfim, chegar ao golo, pelo recém-entrado Renato Augusto, reduzindo para diferença tangencial, o que lhe deu novo ânimo.
Em função da insistência com que atacou, em busca do tento do empate, a selecção “canarinha” acabaria por ser infeliz, dado ter feito por justificar o prolongamento, superiormente negado, ao 94.º minuto, por uma soberba defesa de Thibaut Courtois!
Valera aos belgas a eficácia demonstrada na primeira metade do encontro, assim como, na sua fase final, a forma como Eden Hazard foi conseguindo reter a bola, permitindo à sua equipa “ir respirando”.
O Mundial deixa de ter equipas de fora do continente europeu, sendo as últimas seis selecções ainda em prova, todas, da Europa…
Mundial 2018 – 1/4 de final – Uruguai – França
0-2
Fernando Muslera, Martín Cáceres, José María Giménez, Diego Godín, Diego Laxalt, Nahitan Nández (73m – Jonathan Urretaviscaya), Lucas Torreira, Matías Vecino, Rodrigo Betancur (59m – Cristian Rodríguez), Luis Suárez e Cristhian Stuani (59m – Maximiliano Gómez)
Hugo Lloris, Benjamin Pavard, Raphaël Varane, Samuel Umtiti, Lucas Hernández, Kylian Mbappé (88m – Ousmane Dembélé), Paul Pogba, N’Golo Kanté, Corentin Tolisso (80m – Steven Nzonzi), Antoine Griezmann (90m – Nabil Fekir) e Olivier Giroud
0-1 – Raphaël Varane – 40m
0-2 – Antoine Griezmann – 61m
Cartões amarelos – Rodrigo Betancur (39m) e Cristian Rodríguez (69m); Lucas Hernández (33m) e Kylian Mbappé (69m)
Árbitro – Nestor Pitana (Argentina)
Nizhny Novgorod Stadium – Nizhny Novgorod (15h00)
Tal como sucedera frente à Argentina, também hoje a superioridade da França foi notória, pese embora o tento inaugural tenha surgido apenas próximo do termo da primeira metade, num livre apontado por Griezmann, com um centro “milimétrico” para a cabeça de Varane, a antecipar-se a toda a defesa contrária, para, com um toque subtil, desviar a bola do alcance do guarda-redes, anichando-se no fundo da baliza.
Curiosamente, a melhor ocasião de perigo do Uruguai surgiria pouco depois, sendo então a vez de Lloris brilhar, com uma excelente intervenção.
Sem poder dispor de Cavani, lesionado no jogo frente a Portugal, a equipa sul-americana acabaria por ficar sempre “muito curta”, incapaz de chegar à zona de finalização.
Da parte da França, não pretendendo arriscar a que se pudesse repetir o susto que passou perante os argentinos, a prioridade foi o controlo do jogo, gerindo a vantagem e o tempo. Até porque, apenas com cerca de um quarto de hora decorrido no segundo período, outra vez Griezmann, a desferir um remate em que a bola sairia com uma trajectória caprichosa, traindo Muslera, que a viu escapar-se entre as mãos.
Estava sentenciado o desfecho da eliminatória e, até final, esteve sempre mais perto a possibilidade de um terceiro tento gaulês que a hipótese de os uruguaios reduzirem a desvantagem.
Depois de ter afastado o Campeão da Europa em título (Portugal), o Uruguai não conseguiu resistir a uma exibição muito segura dos vice-campeões europeus, que, assim, avançam para as meias-finais, nas quais poderão eventualmente ter de defrontar o Brasil (após terem já eliminado três selecções sul-americanas: Peru, Argentina e Uruguai).
Optimista
Podia fazer aqui uma espécie de “pot-pourri” de temas que mais me interessam: desde a “Memória”, em termos gerais, a Tomar, mais em particular; do presente e futuro do jornalismo às perspectivas sombrias que assolam a Europa; da questão dos refugiados e das migrações às incertezas sobre as saídas profissionais dos nossos filhos (a tal geração mais qualificada de sempre); em termos pessoais, do indelével elo que, desde há cerca de quatro anos, estabeleci com a Bulgária, o país mais pobre da União, onde a extrema-direita racista chegou recentemente ao poder, tendo sob mira as minorias turca e cigana, segregadas e cada vez mais intoleradas.
Enquanto “coleccionador de histórias”, podia também recordar um episódio com contornos caricatos, que, em 1998, vivi em Bissau: o de, durante a semana, ver toda a gente a olhar para a lua, procurando antecipar o início do Ramadão – e consequente dia feriado –, que, tendo chegado precisamente na sexta-feira, me impediu de confirmar o voo de regresso, numa altura em que a ligação aérea Bissau-Lisboa estava completamente lotada e a duração da reserva no hotel tinha entretanto chegado ao fim, tal como o dinheiro de que dispunha para a missão…
Eu, que me vejo, não propriamente pessimista, mas, de forma geral, mais realista, optei, porém, por deixar aqui de lado as magnas preocupações que nos envolvem nestes dias cinzentos – por outros, bastante mais abalizados para versar estes assuntos, amiúde abordadas –, preferindo expressar, por um prisma positivo, uma outra grande paixão, como é a do desporto.
E, sobretudo, o exemplo que nos é apontado por aquele que será, porventura, o maior desportista mundial de todos os tempos, especialmente na medida em que é praticante de uma modalidade individual, em que um encontro pode chegar a durar até três ou mais horas.
Reunindo características únicas de carisma e virtuosidade, talento e versatilidade, combinando estética e técnica, empenho e profissionalismo, humildade e respeito (pelos adversários e pelo público), numa longeva carreira de mais de vinte anos, praticamente sempre ao mais alto nível – cumprem-se agora precisamente 15 anos sobre a primeira das suas vinte vitórias em torneios do “Grand Slam”, em Wimbledon –, Roger Federer conta quase uma centena de competições ganhas, com mais de 300 semanas como n.º 1 do ranking mundial, somando cinco estatuetas dos “Óscares do desporto”, os prémios Laureus, sendo, paralelamente, o atleta que maiores proventos alcançou em toda a história no decurso da sua actividade desportiva.
![5b3a69d82787f99a038b4659-750-500[1].jpg 5b3a69d82787f99a038b4659-750-500[1].jpg](https://c1.quickcachr.fotos.sapo.pt/i/Bb0045440/21090983_rSNoG.jpeg)
Roger Federer: a sua primeira grande vitória ocorreu faz hoje 15 anos
Logo em 2003 criou a “Roger Federer Foundation”, visando apoiar crianças carenciadas e promover o seu acesso à instrução e ao desporto, intervindo fundamentalmente na região da África Austral (África do Sul, Botswana, Malawi, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe), propondo-se agora abranger, num horizonte de curto prazo, um milhão de crianças!
Ora – sendo a publicidade a “força motriz” que faz girar o mundo –, depois de mais de vinte anos como rosto da Nike, prestes a completar 37 anos de idade, o suíço aceitou passar a ser o “embaixador”, a âncora maior de divulgação, da marca japonesa de roupa UNIQLO (acrónimo para a denominação inicial de Unique Clothing Warehouse), fundada em 1984 por Tadashi Yanai, no seu trilho para se tornar uma marca global – procurando desde já notabilizar-se, gerando “buzz” ainda antes que a maior montra desportiva do planeta, os Jogos Olímpicos de 2020, chegue ao Japão –, visando suplantar gigantes mundiais como a Inditex e a H&M, tendo como ambicioso objectivo atingir, já nesse ano de 2020, os 50.000 milhões de dólares de facturação!
Percebe-se, assim, como será possível pagar a Federer – o maior “avalista” de imagens de marca do mundo, representante, entre outras, das luxuosas Rolex, Mercedes-Benz ou Moët & Chandon (só Cristiano Ronaldo e LeBron James estarão, actualmente, na sua faixa de honorários) – cerca de 300 milhões de dólares, por um contrato de dez anos (independentemente do previsto termo de carreira a curto/médio prazo) – o qual, em termos comparativos, e para se percepcionar melhor o que está em causa, acumulou, ao longo de todo o seu trajecto profissional de mais de vinte anos, um montante global de cerca de 116 milhões de dólares em prémios.
Nas palavras de Tadashi Yanai, ao anunciar esta extraordinária parceria: «Compartilhamos uma meta de operar mudanças positivas no mundo, e espero que, juntos, possamos proporcionar a mais alta qualidade de vida para o maior número de pessoas».
Ao que o grande campeão retorquiu: «Estou profundamente implicado com o ténis e com o triunfo em competições. Mas, tal como a UNIQLO, também tenho grande amor pela vida, cultura e humanidade. Partilhamos uma forte paixão por ter um impacto positivo no mundo em nosso redor, ansiando por conjugar os nossos esforços criativos».
Sem ignorar que, para a empresa, antes de preocupações a nível da sua responsabilidade social, importará, em primeira instância, o lucro – aliás, como condição determinante para a sua própria perenidade –, quero crer que não terão sido em vão as palavras de Yanai, assim como, da parte de Federer – que nem sequer teria a possibilidade física de usar em “proveito próprio” o imenso pecúlio já antes angariado (estimado em mais de 500 milhões de dólares) –, os seus actos no passado constituirão um bom garante do compromisso agora novamente expresso.
Continuo optimista que, à nossa ínfima escala individual, procurando replicar o seu exemplo, seremos capazes, cada um, de dar também pequenos contributos para uma sociedade menos desequilibrada, e, principalmente, mais solidária.
(texto escrito para publicação no Delito de Opinião, acedendo ao gentil convite de Pedro Correia, a quem agradeço a oportunidade)
Mundial 2018 – 1/8 final
1/8 FINAL 1/4 FINAL 1/2 FINAIS FINAL
2-1
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4-3
---
2-0
-
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3-2
1-1
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1-1
-
1-0
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1-1
Marcadores (1/8 Final) – Antoine Griezmann (França); Ángel Di María e Gabriel Mercado (Argentina); Benjamin Pavard e Kylian Mbappé – 2 (França); Sergio Agüero (Argentina); Edinson Cavani – 2 (Uruguai); Pepe (Portugal); Sergey Ignashevich (Rússia – p.b. – Espanha); Artem Dzyuba (Rússia); Mathias Jørgensen (Dinamarca); Mario Mandžukić (Croácia); Neymar e Firmino (Brasil); Genki Haraguchi e Takashi Inui (Japão); Jan Vertonghen, Marouane Fellaini e Nacer Chadli (Bélgica); Emil Forsberg (Suécia); Harry Kane (Inglaterra); Yerry Mina (Colômbia)
Melhores marcadores:
6 golos – Harry Kane (Inglaterra)
4 golos – Cristiano Ronaldo (Portugal) e Romelu Lukaku (Bélgica)
3 golos – Denis Cheryshev (Rússia), Diego Costa (Espanha), Kylian Mbappé (França), Edinson Cavani (Uruguai), Artem Dzyuba (Rússia) e Yerry Mina (Colômbia)
2 golos – Mile Jedinak (Austrália), Luka Modrić (Croácia), Philippe Coutinho (Brasil), Ahmed Musa (Nigéria), Eden Hazard (Bélgica), John Stones (Inglaterra), Luis Suárez (Uruguai), Mohamed Salah (Egipto), Andreas Granqvist (Suécia), Heung-Min Son (Coreia Sul), Wahbi Khazri (Tunísia), Antoine Griezmann (França), Sergio Agüero (Argentina), Neymar (Brasil) e Takashi Inui (Japão)
Mundial 2018 – 1/8 de final – Colômbia – Inglaterra
1-1 (3-4 g.p.)
David Ospina, Santiago Arias (116m – Cristian Zapata), Yerry Mina, Davinson Sánchez, Johan Mojica, Wilmar Barrios, Carlos Sánchez (79m – Mateus Uribe), Jefferson Lerma (61m – Carlos Bacca), Juan Cuadrado, Juan Quintero (88m – Luis Muriel) e Radamel Falcao
Jordan Pickford, Kyle Walker (113m – Marcus Rashford), John Stones, Harry Maguire, Kieran Trippier, Ashley Young (102m – Danny Rose), Jordan Henderson, Dele Alli (81m – Eric Dier), Jesse Lingard, Raheem Sterling (88m – Jamie Vardy) e Harry Kane
0-1 – Harry Kane (pen.) – 57m
1-1 – Yerry Mina – 90m
Desempate da marca de grande penalidade:
1-0 – Radamel Falcao
1-1 – Harry Kane
2-1 – Juan Cuadrado
2-2 – Marcus Rashford
3-2 – Luis Muriel
Jordan Henderson permitiu a defesa a David Ospina
Mateus Uribe rematou à trave
3-3 – Kieran Trippier
Carlos Bacca permitiu a defesa a Jordan Pickford
3-4 – Eric Dier
Cartões amarelos – Wilmar Barrios (41m), Santiago Arias (52m), Carlos Sánchez (54m), Radamel Falcao (63m), Carlos Bacca (64m) e Juan Cuadrado (118m); Jordan Henderson (56m) e Jesse Lingard (69m)
Árbitro – Mark Geiger (EUA)
Spartak Stadium – Moskva (19h00)
O último dos desafios dos 1/8 de final confirmou o equilíbrio que se antevia entre as duas equipas, pese embora a Inglaterra se tivesse colocado em vantagem, na conversão de uma grande penalidade (a terceira apontada por Harry Kane, que atinge já a marca de seis golos neste Mundial), apenas deixando escapar o triunfo já em período de compensação.
Efectivamente, a Colômbia apenas conseguiu criar lances de maior perigo já na fase derradeira da partida, acabando por ver a sua insistência recompensada, na sequência de um pontapé de canto, com o defesa Yerry Mina a notabilizar-se com a obtenção do seu terceiro tento – todos de cabeça – na competição, o único defesa a alcançar tal registo.
No desempate da marca de grande penalidade – sistema que, historicamente, tem penalizado a Inglaterra (seis eliminações em sete ocasiões anteriores, assim tendo sido afastada dos Mundiais de 1990, 1998 e 2006) -, os ingleses seriam, desta vez, mais eficazes, garantindo assim o apuramento para os 1/4 de final.
Mundial 2018 – 1/8 de final – Suécia – Suíça
1-0
Robin Olsen, Mikael Lustig (82m – Emil Krafth), Victor Lindelöf, Andreas Granqvist, Ludwig Augustinsson, Viktor Claesson, Gustav Svensson, Albin Ekdal, Emil Forsberg (82m – Martin Olsson), Marcus Berg (90m – Isaac Kiese Thelin) e Ola Toivonen
Yann Sommer, Michael Lang, Johan Djourou, Manuel Akanji, Ricardo Rodríguez, Valon Behrami, Granit Xhaka, Xherdan Shaqiri, Blerim Džemaili (73m – Haris Seferović), Steven Zuber (73m – Breel Embolo) e Josip Drmić
1-0 – Emil Forsberg – 66m
Cartões amarelos – Mikael Lustig (31m); Valon Behrami (61m) e Granit Xhaka (68m)
Cartão vermelho – Michael Lang (90m)
Árbitro – Damir Skomina (Eslovénia)
St. Petersburg Stadium – St. Petersburg (15h00)
O jogo que se antecipava como, possivelmente, o mais entediante destes 1/8 de final não fugiu às expectativas, com ambas as equipas muito “encaixadas”, sem grandes ocasiões de perigo.
Defrontando-se duas equipas muito compactas e sólidas em termos defensivos, o colectivo sueco acabaria por se impor, com o tangencial desequilíbrio no marcador a surgir mercê de um remate de longe, que contou ainda com um involuntário desvio de um defesa suíço, traindo o seu guarda-redes.
Depois de ter contribuído para afastar a Holanda (ainda na fase de qualificação), a Itália (no “play-off” de apuramento) e a Alemanha (na fase de grupos, a Suécia avança na competição, já para os 1/4 de final.
Mundial 2018 – 1/8 de final – Bélgica – Japão
3-2
Thibaut Courtois, Toby Alderweireld, Vincent Kompany, Jan Vertonghen, Thomas Meunier, Axel Witsel, Kevin De Bruyne, Yannick Ferreira-Carrasco (65m – Nacer Chadli), Dries Mertens (65m – Marouane Fellaini), Eden Hazard e Romelu Lukaku
Eiji Kawashima, Hiroki Sakai, Maya Yoshida, Gen Shoji, Yuto Nagatomo, Makoto Hasebe, Gaku Shibasaki (81m – Hotaru Yamaguchi), Genki Haraguchi (81m – Keisuke Honda), Shinji Kagawa, Takashi Inui e Yuya Osako
0-1 – Genki Haraguchi – 48m
0-2 – Takashi Inui – 52m
1-2 – Jan Vertonghen – 69m
2-2 – Marouane Fellaini – 74m
3-2 – Nacer Chadli – 90m
Cartões amarelos – Gaku Shibasaki (40m)
Árbitro – Malang Diedhiou (Senegal)
Rostov Arena – Rostov (19h00)
No jogo mais empolgante do Mundial, até agora, uma surpreendentemente dessasombrada equipa do Japão – em perfeito contraste com a lamentável atitude do último jogo da fase de Grupos, em que, a perder por 0-1 com a Polónia, simplesmente abdicou de correr quaisquer riscos em busca do golo do empate – desde cedo “pôs em sentido” a favorita selecção da Bélgica, com uma linha defensiva a denotar grandes dificuldades.
Depois de uma primeira parte bastante mais “taco a taco” que expectável, logo no arranque do segundo tempo os japoneses, em lances de contra-ataque, marcariam por duas vezes, no curto espaço de quatro minutos – no entretanto haveria ainda espaço para um remate ao poste da baliza de Kawashima -, deixando os belgas “à beira de um ataque de nervos”.
Porventura algo “inebriada”, a turma nipónica manteve a sua toada de jogo, com transições rápidas, não se remetendo, desta feita, à defesa, acabando por vir a ser severamente penalizada por isso.
Teria então alguma felicidade a Bélgica, no golo que lhe permitiu “reentrar” no jogo. De forma similar ao que sucedera antes com o Japão, em menos de cinco minutos, o grupo belga igualaria a contenda, forçando ainda o guardião japonês a um par de vistosas intervenções.
Já no final do período de compensação, o Japão beneficiou de um livre, apontado por Honda, que levou muito perigo à baliza contrária, com Courtois, com uma defesa atenta, a “salvar” a sua equipa, repelindo a bola pela linha de fundo. Na sequência do respectivo pontapé de canto, o guardião recuperou a bola e, vendo o espaço livre à sua frente, lançou, de imediato, um veloz contra-ataque, praticamente de “baliza a baliza”, que proporcionaria à Bélgica um justo mas muito sofrido triunfo, alcançado no derradeiro lance da partida!
Mundial 2018 – 1/8 de final – Brasil – México
2-0
Alisson, Fagner, Thiago Silva, Miranda, Filipe Luís, Willian (90m – Marquinhos), Paulinho (80m – Fernandinho), Philippe Coutinho (86m – Firmino), Casemiro, Neymar e Gabriel Jesus
Guillermo Ochoa, Edson Álvarez (55m – Jonathan dos Santos), Hugo Ayala, Carlos Salcedo, Jesus Gallardo, Hector Herrera, Rafael Marquez (45m – Miguel Layún), Andrés Guardado, Carlos Vela, Hirving Lozano e Javier Hernández (60m – Raúl Jiménez )
1-0 – Neymar – 51m
2-0 – Firmino – 88m
Cartões amarelos – Filipe Luís (43m) e Casemiro (59m); Edson Álvarez (38m), Hector Herrera (55m), Carlos Salcedo (77m) e Andrés Guardado (90m)
Árbitro – Gianluca Rocchi (Itália)
Samara Arena – Samara (15h00)
A equipa do México, procurando surpreender o Brasil – tal como fizer já, antes, na fase de Grupos, frente à Alemanha – teve uma boa entrada em jogo, com uns vinte minutos iniciais em que teve alguma preponderância.
Não obstante, a formação brasileira, tendo conseguido assentar o seu jogo – com Willian e Neymar a notabilizarem-se -, assumiria a iniciativa, que não mais perderia até final, vindo, já no segundo tempo, a chegar aos golos que lhe proporcionaram uma vitória segura.
Numa série absolutamente incrível, pela sétima vez consecutiva em Campeonatos do Mundo (desde a edição de 1994, nos EUA) o México é eliminado nos 1/8 de final da prova (sendo que, curiosamente, em todas as ocasiões anteriores, nunca a selecção vencedora atingiu a final do torneio)!
Mundial 2018 – 1/8 de final – Croácia – Dinamarca
1-1 (3-2 g.p.)
Danijel Subašić, Šime Vrsaljko, Dejan Lovren, Domagoj Vida, Ivan Strinić (81m – Josip Pivarić), Ante Rebić, Ivan Rakitić, Marcelo Brozović (71m – Mateo Kovačić), Ivan Perišić (97m – Andrej Kramarić), Luka Modrić e Mario Mandžukić (108m – Milan Badelj)
Kasper Schmeichel, Jonas Knudsen, Simon Kjær, Mathias Jørgensen, Henrik Dalsgaard, Andreas Christensen (45m – Lasse Schöne), Thomas Delaney (98m – Michael Krohn-Dehli), Christian Eriksen, Yussuf Poulsen, Andreas Cornelius (66m – Nicolai Jørgensen) e Martin Braithwaite (106m – Pione Sisto)
0-1 – Mathias Jørgensen – 1m
1-1 – Mario Mandžukić – 4m
Desempate da marca de grande penalidade:
Christian Eriksen permitiu a defesa a Danijel Subašić
Milan Badelj permitiu a defesa a Kasper Schmeichel
0-1 – Simon Kjær
1-1 – Andrej Kramarić
1-2 – Michael Krohn-Dehli
2-2 – Luka Modrić
Lasse Schöne permitiu a defesa a Danijel Subašić
Josip Pivarić permitiu a defesa a Kasper Schmeichel
Nicolai Jørgensen permitiu a defesa a Danijel Subašić
3-2 – Ivan Rakitić
Cartões amarelos – Mathias Jørgensen (115m)
Árbitro – Néstor Pitana (Argentina)
Nizhny Novgorod Stadium – Nizhny Novgorod (19h00)
Um jogo em que se marcam dois golos nos quatro minutos iniciais deixava a expectativa de se poder assistir a um belo espectáculo, até por envolver uma das mais promissoras selecções em presença neste Mundial, a da Croácia.
Porém, a Dinamarca – que não hesitara já em fazer “anti-jogo”, perdendo tempo, na última partida da fase de grupos, ante a França (sem qualquer ambição de, vencendo esse encontro, alcançar o 1.º lugar) – acabaria, pelo tempo fora, por demonstrar que não é apenas nos jogos de Portugal que se joga muitas vezes para o empate, à espera de prolongamentos e desempates da marca de grande penalidade.
Num desafio menos exuberante dos croatas, teriam ainda a oportunidade de vencer o jogo no prolongamento, tendo, todavia, Modrić possibilitado a Kasper Schmeichel a defesa de uma grande penalidade, quando restavam apenas cerca de cinco minutos para jogar.
Assim, o ponto alto deste desafio seria mesmo a exibição protagonizada por ambos os guardiões, com soberbas defesas (fruto de grande concentração e excelentes gestos técnicos), a impedir o golo; no total, cada um deles (Schmeichel e Subašić) defendeu três remates da marca de grande penalidade (seis em onze tentativas!), com a diferença de os três do croata terem sido no desempate final, o que proporcionou à Croácia – após Modrić se ter também conseguido “redimir” da falha anterior – uma justa qualificação para a fase seguinte da competição.



