Archive for 10 Julho, 2018
Mundial 2018 – 1/2 finais – França – Bélgica
1-0
Hugo Lloris, Benjamin Pavard, Raphaël Varane, Samuel Umtiti, Lucas Hernández, Kylian Mbappé, Paul Pogba, N’Golo Kanté, Blaise Matuidi (86m – Corentin Tolisso), Antoine Griezmann e Olivier Giroud (85m – Steven Nzonzi)
Thibaut Courtois, Toby Alderweireld, Vincent Kompany, Jan Vertonghen, Nacer Chadli (90m – Michy Batshuayi), Moussa Dembélé (60m – Dries Mertens), Axel Witsel, Marouane Fellaini (80m – Yannick Ferreira-Carrasco), Kevin De Bruyne, Eden Hazard e Romelu Lukaku
1-0 – Samuel Umtiti – 51m
Cartões amarelos – N’Golo Kanté (87m) e Kylian Mbappé (90m); Eden Hazard (63m), Toby Alderweireld (71m) e Jan Vertonghen (90m)
Árbitro – Andrés Cunha (Uruguai)
St. Petersburg Stadium – St. Petersburg (19h00)
Este primeiro desafio das meias-finais confirmou o que dele se esperava: uma selecção da Bélgica mais afoita, mais explosiva, a jogar mais com o coração, frente a uma equipa da França com uma sólida organização, a controlar os tempos e os espaços de forma muito cerebral.
Os belgas tiveram uma entrada dominadora, assumindo a iniciativa do ataque, empurrando os franceses para a sua zona defensiva. Apenas por volta dos vinte minutos de jogo os gauleses conseguiriam começar a libertar-se das investidas contrárias, passando a dispor da bola, alcançando então algum conforto na forma como o encontro se ia desenrolando.
Numa boa primeira parte, bastante intensa – em que esteve em particular evidência o “duelo” que ia sendo travado entre Hazard e Mbappé -, ambos os guardiões seriam colocados à prova, demonstrando a sua concentração e ágeis reflexos.
A segunda metade teria um cariz necessariamente diferente, a partir do momento em que, apenas com os cinco minutos iniciais decorridos, a França – na sequência de um pontapé de canto apontado por Griezmann, com Umtiti, a surgir fulgurante, a antecipar-se a toda a defesa contrária, desviando de forma subtil a bola para a baliza belga – se colocou em vantagem.
Outros cinco minutos volvidos, num lance de grande classe de Mbappé, a desmarcar Giroud, a França poderia mesmo ter marcado de novo, não fora a intercepção de Moussa Dembélé, a opor-se, no momento certo, ao remate do avançado contrário.
A partir daí, à semelhança do que se já se verificara no encontro ante o Uruguai, os franceses revelariam uma notável capacidade para preservar a sua defesa de maiores perigos; ao invés, com o tempo a começar a correr vertiginosamente, a Bélgica viria a precipitar-se mais, proporcionando, inclusivamente, outras ocasiões para que a França pudesse ter ampliado o marcador e selado, antecipadamente, a vitória, não fora um par de excelentes intervenções de Courtois.
No final, os belgas saíram do Mundial com compreensível “azia”, criticando a forma de jogar do adversário e clamando por injustiça face à iniciativa que tinham assumido. Porém, o veredicto é que, uma vez mais, o colectivo francês foi superior, assim justificando o apuramento para a final, perfilando-se como o mais forte candidato ao título.