Archive for 14 Outubro, 2012
Resultados das Eleições nos Açores
(via)
Depois de cerca de 20 anos de consulado de Mota Amaral, e de 16 anos de mandatos de Carlos César, Vasco Cordeiro foi hoje eleito para Presidente do Governo Regional dos Açores.
Comparativamente com as eleições de 2008, o PS, reforça a sua maioria absoluta, contando com mais um deputado eleito; enquanto o PSD elege mais dois deputados. Ao invés, o CDS perde dois eleitos, e o BE perde um deputado.
A abstenção caiu ligeiramente, de 53,2% para 52,1%. Destaque ainda para o significativo acréscimo dos votos brancos, passando de 1,9% para 3,2%.
Plano B que devia ter sido Plano A
A vedeta dos tempos de hoje: o Plano B. Nada mau para um povo acusado de só ter olhos para o passado. Mudámos, agora é: ai, o que vai ser a seguir… Aquele “ai” é que está a mais mas não se pode ter tudo. O futuro, pois. Pacheco Pereira, o pessimista lúcido, já disse, esta semana, na Quadratura do Círculo, que não gosta dos termos “Governo de Salvação Nacional”, nem de “Governo de Iniciativa Presidencial”, mas que lá vai ter de ser, vai. Como diria uma das suas expressões favoritas, “está escrito nas estrelas”. Por acaso também está escrito numa crónica minha, aqui, no dia seguinte às últimas legislativas. Ao governo que devia ser chamei, simplesmente, “Governo”. O programa era o assinado com a troika e a composição era o que tinha de ser: sob a liderança do PSD, o partido mais votado, a aliança com o PS e o CDS. Os três juntos permitiam convencer melhor os portugueses sobre os sacrifícios. E os três juntos permitiam que esses sacrifícios não fossem canalizados para experiências particulares (na altura eu não sabia mas hoje pode explicar-se melhor do que devíamos fugir: chamemos-lhe maluquices do Gaspar). O Plano B apresentei-o como Plano A. Mau analista político que eu sabia ser, refugiei-me no bom senso e escrevi a crónica a 6 de junho de 2011. Errei foi na última frase: “Pensem nisso, antes que os factos obriguem a pensá-lo daqui a seis meses.” Fui tolamente otimista. Precisámos de um ano e quatro meses.