Archive for Outubro, 2012
Reading, 5 – Arsenal, 7 (após prolongamento) – Taça da Liga de Inglaterra
Assistimos hoje a um dos mais loucos jogos da história do futebol, com o Reading a chegar aos 4-0, conseguindo o Arsenal (depois de começar por reduzir para 1-4 no último minuto da primeira parte) recuperar, obtendo, mesmo em cima dos 90 minutos, o empate a 4-4 (o 4º golo foi obtido efectivamente ao 96º minuto…), que lhe permitiu atingir o prolongamento, no qual acabaria por se impor por 7-5 (com mais dois golos obtidos mesmo a fechar)! Absolutamente inacreditável!
Eleições Presidenciais EUA – 2012 (III)
A uma semana das eleições Presidenciais nos EUA, é altura de começar a arriscar nestas actualizações do acompanhamento da evolução das tendências, que aqui tenho vindo a fazer, com o apoio de um grafismo disponibilizado pela CNN. Tendo por base as inúmeras sondagens realizadas até à data, preparei o seguinte mapa, por Estado:
A posição que é possível antecipar neste momento resume-se da seguinte forma:
Claro favoritismo de Barack Obama – 18 Estados (indicando-se também o correspondente número de “Grandes eleitores”): California (55), Connecticut (7), Delaware (3), Hawaii (4), Illinois (20), Maine (4), Maryland (10), Massachussetts (11), Michigan (16), Minnesota (10), New Jersey (14), New York (29), Novo México (5), Oregon (7), Pennsylvania (20), Rhode Island (4), Vermont (3) e Washington (12); para além do District of Columbia (3) – correspondendo a um total de 237 “Grandes Eleitores”.
Claro favoritismo de Mitt Romney – 24 Estados: Alabama (9), Alaska (3), Arizona (11), Arkansas (6), Carolina do Norte (15), Carolina do Sul (9), Dakota do Norte (3), Dakota do Sul (3), Georgia (16), Idaho (4), Indiana (11), Kansas (6), Kentucky (8), Lousiana (8), Mississippi (6), Missouri (10), Montana (3), Nebraska (5), Oklahoma (7), Tennessee (11), Texas (38), Utah (6), West Virginia (5) e Wyoming (3) – correspondendo a um total de 206 “Grandes Eleitores”.
Sendo a vitória nestas eleições alcançada com a obtenção de 270 “Grandes Eleitores”, tudo se deverá decidir nos restantes 8 Estados (os quais correspondem a um total de 95 “Grandes Eleitores”), apresentando as seguintes tendências:
- Ligeiro favoritismo de Barack Obama – Iowa (6), Nevada (6) e New Hampshire (4)
- Ligeiro favoritismo de Mitt Romney – N/A
- “Empate técnico” – Colorado (9), Florida (29), Ohio (18), Virgínia (13) e Wisconsin (10)
Considerando que as tendências se confirmarão nos casos de Iowa, Nevada e New Hampshire, a projecção de “Grandes Eleitores” passaria a totalizar 253 para Barack Obama, face a 206 para Mitt Romney – e a verdadeira grande disputa estaria reduzida a 5 Estados, onde estão em jogo 79″Grandes Eleitores” (nos quais, em 2008, Barack Obama venceu então em todos eles!)… e, em que, neste cenário, apenas necessitaria somar mais 17 “Grandes Eleitores”, podendo a “chave” decisiva estar no Ohio.
Salvo falhas significativas nas tendências apontadas pelas sondagens, depois do último debate entre os candidatos, Barack Obama parece agora bem mais seguro, posicionando-se como claro favorito à vitória, uma vez que surge também ligeiramente acima nas intenções de voto no Ohio e Wisconsin, enquanto Mitt Romney surge em posição ligeiramente favorável apenas na Florida, com Colorado e Virgínia absolutamente indefinidos.
Em resumo, se Barack Obama confirmar as vitórias no Iowa, Nevada, New Hampshire e Ohio (tendo ainda o Wisconsin de “reserva”, para poder substituir uma eventual falha num dos três primeiros Estados referidos), assegurará a reeleição.
Em relação à projecção anterior, registo as seguintes alterações:
- passagem “firme”, para o lado de Barack Obama dos Estados do Michigan e Pennsylvania (mais 36 “Grandes eleitores”);
- passagem “firme”, para o lado de Mitt Romney dos Estados da Carolina do Sul e do Tennessee (mais 20 “Grandes eleitores”);
- passagem para “ligeiro favoritismo” de Barack Obama – Iowa, Nevada e New Hampshire (anteriormente em “empate técnico”)
- alteração de tendência nos Estados em situação de “empate técnico”, que estavam ligeiramente a favor de Mitt Romney, para tendência indefinida – Colorado e Virgínia.
Terra Nabantina – Tomar – A minha terra é linda!
Um blogue que vale a pena visitar, repleto de belas fotos de Tomar!
«Futilidade Estatista»
O texto de que junto cópia digitalizada, da autoria de Paula Blank, inserto na edição em papel no Público de hoje, é um dos melhores exemplos que conheço em que se ilustra, com a crueza da realidade, a inutilidade do exercício voluntarista que constitui o Acordo Ortográfico de 1990. Falo dos propósitos enunciados pelos seus adeptos, em defesa da língua portuguesa, de um património que o Estado, na sua insuportável e aliás ilegítima presunção, entende ser de sua conta – e monopólio – tratar.
Andar há mais de 20 anos preocupados com algo de acessório, cuja adopção desfigura a forma escrita do português europeu (e africano) escrito quando a evolução das variantes se vem realmente afirmando mas por uma cada vez maior dissemelhança vocabular e sobretudo sintáctica, é, também aqui, andarmos preocupados com o totalmente irrelevante e teimar em não querer ver a realidade. A tradução, de há muito, é uma das actividade em que a emergência das marcadas diferenças entre as variantes de português do Brasil e de Portugal é mais evidente. Trata-se de algo com que tenho lidado desde o tempo da faculdade e atravessou todo o meu percurso profissional. Hoje em dia, basta usar o Google (ou o Bing) para tentar traduzir um texto de uma qualquer língua que nos seja mais próxima. E retirar as devidas conclusões.
Maria Ana Bobone – Fado & Piano
Um projecto inovador em que, acompanhada ao piano, compõe as suas próprias canções e arranjos, dando uma cor diferente aos fados que interpreta. Maria Ana Bobone faz-se acompanhar pelo contrabaixista Rodrigo Serrão e à guitarra portuguesa por Bernardo Couto, para uma actuação ao vivo no Fórum FNAC.
Hoje, em sessão dupla, pelas 17h30, na FNAC de Alfragide, e, às 21h30, no C. C. Colombo; amanhã, pelas 18 horas, no Cascaishopping.
Referendar a manutenção no euro de Portugal?
Há uma semana a proposta do OE2013 previa que o subsídio de desemprego iria descer 6% (para um mínimo de €394) agora, volvida uma semana, o governo avança com uma proposta de corte sobre o valor mínimo do subsídio da ordem dos 10%. O que irá propor amanhã? E daqui a uma semana?
Como acreditar que há um rumo, um plano, um futuro com a política atual, seja pelos constrangimentos externos, seja pelo desatino político interno?
Que garantias temos que os sacrifícios de hoje não culminarão, a prazo, na inevitabilidade do destino que, para já, quase todos querem evitar, que é a saída do euro?
A sensação que tenho, pela irredutibilidade e insustentabilidade do plano de salvação é que estamos a adiar o inevitável acrescentando sacrifício à provação final que não conseguiremos evitar. Se assim for, estamos a perder tempo, energia vital (com a emigração a passar além do que seria razoável) e a cavar um buraco cada vez maior a somar à desonra de virmos a ter de pagar apenas parte e/ou a más horas. Apenas.
O tempo de falar claro e de decidir não pode ser daqui a um ano ou quando der jeito ao calendário eleitoral de algum soberano estrangeiro que há muito deixou de respeitar os princípios basilares que vinham enformando a construção europeia. Dos nossos parceiros pouco mais temos que uma sucessão de cimeiras, promessas vãs de evolução, adiamentos sucessivos e desmentidos em catadupa sempre que algo que se desvie do cânone comece a ganhar momento.
O que fazer então? É tempo de clarificar exatamente o que nos pedem e aquilo que estamos dispostos a fazer. Será preciso referendar a manutenção no euro para que se fale claro e se analisem, confirmem ou desmintam os pavores que se agitam?
Liga Europa – 3ª Jornada – Resultados e Classificações
Grupo B
Happoel Tel-Aviv – Viktoria Plzen – 1-2
At. Madrid – Académica – 2-1
1º At. Madrid, 9; 2º Viktoria Plzen, 6; 3º Académica e Happoel Tel-Aviv, 1
Grupo D
Marítimo – Bordeaux – 1-1
Newcastle – Brugge – 1-0
1º Newcastle, 7; 2º Bordeaux, 4; 3º Brugge, 3; 4º Marítimo, 2
Grupo G
Genk – Sporting – 2-1
Videoton – Basel – 2-1
1º Genk, 7; 2º Videoton, 6; 3º Basel, 2; 4º Sporting, 1
«O monstro vai bem, obrigado»
A frase original e inteira de Vítor Gaspar, dita ontem no Parlamento, é esta: “existe aparentemente um enorme desvio entre aquilo que os portugueses acham que devem ter como funções sociais do Estado e os impostos que estão dispostos a pagar para assegurar essas mesmas funções”.
A palavra “aparentemente” está ali a mais. Todos queremos receber mais dando menos em troca. Isto é verdade para contribuintes, consumidores, investidores, patrões ou empregados. Para pais e filhos, namorados e casados. […]
É inegável que nas últimas décadas os governos acrescentaram sucessivas camadas de benefícios e subsídios, direitos e regalias que a nossa pobre economia jamais poderia pagar. A medíocre produtividade portuguesa nunca poderia suportar um Estado social “à nórdica”, ainda por cima gerido por uma máquina gorda e ineficaz. Alguma coisa teria de mudar. Aos anos que Medina Carreira e outros o diziam: ou abdicávamos de uma parte desses direitos ou teríamos que pagar mais impostos.
Incapazes de fazer a mudança, chegámos à ruptura: pagamos uma carga fiscal que nem nos piores pesadelos e temos uma protecção social em acelerada degradação.
Os cortes em subsídios e prestações sociais sucedem-se e chegam, escandalosamente, a quem deles precisa mesmo para sobreviver. Incapaz de fiscalizar, combater a fraude e ser mais selectivo, o Estado corta a eito. Os mais fracos são as primeiras vítimas da incompetência e ineficácia da máquina administrativa.
Paralelamente, esse mesmo Estado faz-se pagar cada vez mais pelos seus serviços. No ensino superior há propinas. Na saúde, as taxas moderadoras cada vez mais elevadas. A comparticipação dos medicamentos é cada vez menor. Todas as auto-estradas receberam portagens. As taxas de justiça sobem para valores surrealistas e os actos notariais também. […]
Vários aumentos de impostos depois, a frase de Vítor Gaspar só faz sentido assim: existe um enorme desvio entre aquilo que os portugueses devem ter como funções sociais do Estado e os impostos que estão a pagar.
Liga dos Campeões – 3ª Jornada – Resultados e Classificações
Grupo A
D. Zagreb – Paris St.-Germain – 0-2
FC Porto – D. Kyiv – 3-2
1º FC Porto, 9; 2º Paris St.-Germain, 6; 3º D. Kyiv, 3; 4º D. Zagreb, 0
Grupo B
Montpellier – Olympiakos – 1-2
Arsenal – Schalke – 0-2
1º Schalke, 7; 2º Arsenal, 6; 3º Olympiakos, 3; 4º Montpellier, 1
Grupo C
Málaga – AC Milan – 1-0
Zenit – Anderlecht – 1-0
1º Málaga, 9; 2º AC Milan, 4; 3º Zenit, 3; 4º Anderlecht, 1
Grupo D
B. Dortmund – Real Madrid – 2-1
Ajax – Manchester City – 3-1
1º B. Dortmund, 7; 2º Real Madrid, 6; 3º Ajax, 3; 4º Manchester City, 1
Grupo E
Shakhtar Donetsk – Chelsea – 2-1
Nordsjælland – Juventus – 1-1
1º Shakhtar Donetsk, 7, 2º Chelsea, 4; 3º Juventus, 3; 4º Nordsjælland, 1
Grupo F
Lille – Bayern – 0-1
BATE Borisov – Valencia – 0-3
1º Valencia, BATE Borisov e Bayern, 6; 4º Lille, 0
Grupo G
Barcelona – Celtic – 2-1
Spartak Moskva – Benfica – 2-1
1º Barcelona, 9; 2º Celtic, 4; 3º Spartak Moskva, 3; 4º Benfica, 1
Grupo H
Manchester United – Sp. Braga – 3-2
Galatasaray – CFR Cluj – 1-1
1º Manchester United, 9; 2º CFR Cluj, 4; 3º Sp. Braga, 3; 4º Galatasaray, 1
O Benfica fez um mau resultado em Moscovo, colocando-se na dependência do Barcelona (necessitando que este vença as suas partidas frente a Spartak Moscovo e Celtic)… desde que o Benfica consiga cumprir a sua “obrigação” de vencer também esses mesmos adversários.
Em Manchester, o Braga causou grande surpresa durante larga parte do tempo, tendo chegado a estar em vantagem por 2-0; ainda na primeira parte permitiria à equipa inglesa reduzir a desvantagem, para, na fase complementar, não resistir à reviravolta do United.
Por seu lado, o FC Porto, embora não isento de dificuldades – tendo permitido, por duas vezes, que o D. Kiev empatasse o jogo -, acabando por conseguir garantir o pleno de vitórias, perfila-se em posição privilegiada para garantir o apuramento para os 1/8 Final da competição.
Liga dos Campeões – 3ª Jornada – Spartak Moscovo – Benfica
Spartak Moscovo – Artem Rebrov, Evgeni Makeev, Nicolás Pareja, Marek Suchý, Dmitri Kombarov, Rafael Carioca, Kim Källström (79m – Sergei Bryzgalov), José Manuel Jurado, Jano Ananidze (58m – Kirill Kombarov), Diniyar Bilyaletdinov (73m – Welliton) e Ari
Benfica – Artur Moraes, Maxi Pereira, Jardel, Ezequiel Garay, Melgarejo, Nemanja Matić (89m – Ola John), Eduardo Salvio, Enzo Peréz, Bruno César (65m – Nico Gaitán), Rodrigo (65m – Óscar Cardozo) e Lima
1-0 – Rafael Carioca – 3m
1-1 – Lima – 33m
2-1 – Jardel (p.b.) – 43m
Cartões amarelos – Suchý (45m), Welliton (90m) e Ari (90m); Óscar Cardozo (72m) e Nemanja Matić (75m)
Árbitro – Mark Clattenburg (Inglaterra)
Um sério aviso logo no primeiro minuto do jogo, e um golo sofrido ao terceiro minuto traduzem a forma desastrada como o Benfica entrou neste jogo…
E o desacerto na zona defensiva e de meio-campo prosseguiria nessa fase inicial da partida (o Spartak remataria ainda à trave, numa oportunidade de “golo feito”, inacreditavelmente desperdiçada), até que, ainda sem ter feito muito por isso, Lima, sempre oportuno, conseguisse alcançar o empate.
O Benfica pareceu então acalmar, e começar a construir jogo, mas, em mais uma desconcentração, permitindo a um homem do Spartak estar perfeitamente preparado para receber a bola, vindo de um cruzamento, para concretizar, Jardel, em último recurso, procurando antecipar-se, seria infeliz, introduzido a bola na sua própria baliza.
Na segunda parte, o Benfica continuaria, durante largo tempo, alheado do jogo; apenas no último quarto de hora conseguiria, embora já com “pouca cabeça”, empurrar a equipa russa para a sua área, conseguindo uma sucessão de cantos a seu favor, mas sem conseguir obter pelo menos o golo do empate.
As contas continuam mais ou menos “na mesma” (isto é, difíceis), agora ainda mais claramente definidas: necessidade imperiosa de vencer as duas partidas em casa, frente ao Spartak e ao Celtic, portanto, sem qualquer margem de erro, e dependência de terceiros, isto é, que o Barcelona vença todos os seus jogos…