Archive for Setembro, 2012
Liga dos Campeões – 1ª Jornada – Resultados e Classificações
Grupo A
Paris St.-Germain – D. Kyiv – 4-1
D. Zagreb – FC Porto – 0-2
1º Paris St.-Germain e FC Porto, 3; 3º D. Zagreb e D. Kyiv, 0
Grupo B
Olympiakos – Schalke – 1-2
Montpellier – Arsenal – 1-2
1º Arsenal e Schalke, 3; 3º Montpellier e Olympiakos, 0
Grupo C
AC Milan – Anderlecht – 0-0
Málaga – Zenit – 3-0
1º Málaga, 3; 2º AC Milan e Anderlecht, 1; 4º Zenit, 0
Grupo D
Real Madrid – Manchester City – 3-2
B. Dortmund – Ajax – 1-0
1º Real Madrid e B. Dortmund, 3; 3º Manchester City e Ajax, 0
Grupo E
Chelsea – Juventus – 2-2
Shakhtar Donetsk – Nordsjælland – 2-0
1º Shakhtar Donetsk, 3; 2º Chelsea e Juventus, 1; 4º Nordsjælland, 0
Grupo F
Bayern – Valencia – 2-1
Lille – BATE Borisov – 1-3
1º BATE Borisov e Bayern, 3; 3º Valencia e Lille, 0
Grupo G
Celtic – Benfica – 0-0
Barcelona – Spartak Moskva – 3-2
1º Barcelona, 3; 2º Benfica e Celtic, 1; 4º Spartak Moskva, 0
Grupo H
Sp. Braga – CFR Cluj – 0-2
Manchester United – Galatasaray – 1-0
1º CFR Cluj e Manchester United, 3; 3º Galatasaray e Sp. Braga, 0
No regresso da Liga dos Campeões, uma boa operação do FC Porto, vencendo fora, em Zagreb, podendo ainda vir a beneficiar da goleada sofrida pelo D. Kyiv, numa ronda inaugural em que se destaca o trepidante jogo de Madrid, com uma primeira parte em que o Manchester City se remeteu à defesa, para, no segundo tempo, o jogo ser “dinamitado”, com o aliciante extra de três golos nos derradeiros cinco minutos (todos os cinco golos foram marcados nos últimos 22 minutos), tendo o Real Madrid conseguido, “in-extremis”, inverter a posição de desvantagem (1-2) em que se encontrava a 3 minutos do termo da partida. Decepcionante foi a estreia do Zenit, goleado em Málaga.
Em Glasgow, não foi ainda desta vez que o Benfica quebrou o enguiço, não conseguindo marcar golos, frente a um Celtic actualmente mais débil do que o seu nível histórico. Muito mau foi o arranque do Sp. Braga, perdendo em casa com o CFR Cluj. Surpreendente também a derrota caseira do Lille, por números inequívocos, assim como as dificuldades que Barcelona e Manchester United experimentaram para levar de vencida os seus adversários nesta primeira jornada.
Liga dos Campeões – 1ª Jornada – Celtic – Benfica
Celtic – Fraser Forster, Adam Matthews, Kelvin Wilson, Charlie Mulgrew, Mikael Lustig (63m – Thomas Rogne), Kris Commons, Victor Wanyama, Scott Brown, Emilio Izaguirre (66m – Gary Hooper), James Forrest e Miku Fedor
Benfica – Artur Moraes, André Almeida, Ezequiel Garay, Jardel, Melgarejo, Nemanja Matić, Pablo Aimar (63m – Óscar Cardozo), Enzo Peréz, Nico Gaitán (83m – Nolito), Eduardo Salvio e Rodrigo (70m – Bruno César)
Cartões amarelos – Victor Wanyama (21m), Emilio Izaguirre (34m) e Scott Brown (89m); Nemanja Matić (47m), Pablo Aimar (57m) e Bruno César (90m)
Árbitro – Nicola Rizzoli (Itália)
Com uma verdadeira “revolução” no onze escalado para iniciar esta partida em Glasgow (na sequência da venda dos passes de Javi García e Witsel e dos castigos de Maxi Pereira e Luisão), e ainda com um lateral esquerdo tentativo, o Benfica começou por enfrentar um determinado e agressivo Celtic, demorando a conseguir encaixar no estilo de jogo adoptado pelos escoceses, que criaram, desde logo, alguns desequilíbrios, obtendo dois pontapés de canto nos minutos iniciais.
A partir do quarto de hora, o Benfica começou, gradualmente, a equilibrar o jogo, por via de um melhor controlo da posse de bola. Faltar-lhe-ia contudo, à medida que o tempo ia avançando, a confiança necessária para assumir o risco de procurar ganhar.
No segundo tempo, o jogo foi bastante mais animado, com sucessivas alternâncias de pendor ofensivo, ora com o Celtic na mó de cima, ora com o Benfica a responder afirmativamente, numa partida aberta, como o traduz o elevado número de cantos, repartidos praticamente de forma equitativa (10-9, para o Benfica).
Porém, ambas as equipas continuariam a ser bastante inconsequentes, não conseguindo criar efectivas ocasiões de golo. O nulo no marcador final acaba por ser o resultado mais ajustado, num encontro em que o Benfica – a disputar o seu 200º jogo na competição (Taça / Liga dos Campeões Europeus) – deveria ter sido mais ousado.
Para a iconografia da manifestação

(foto de José Manuel Ribeiro, para a Reuters)
«Este é, sem equívocos, um silêncio patriótico» – Fernando Alves, Sinais, TSF

(via Facebook)
Crise crónica
Uma crónica da crise, por Luciano Amaral.
Mais um novo blogue, a dar razão a Paulo Gorjão.
«Esta história não acaba assim»
“E agora?” é uma das perguntas que os cépticos das manifestações, e alguns amnésicos sobre o que é a sociedade, costumam perguntar no fim. Como se uma manifestação tivesse apenas dois propósitos: enrolar as bandeiras ou usá-las para partir montras. Errado. Os manifestantes é que perguntam, exigem, “e agora?”. É Passos Coelho quem tem agora de responder.
O Governo responde com ameaça de cisão. Paulo Portas respondeu com cinismo a Passos Coelho, dando sequência ao processo de autodestruição da coligação. O pior cenário que temos pela frente é o de eleições, mas deixar apodrecer um Governo de traidores é como usar uma máscara de farinha ao vento. É altura de Cavaco Silva intervir. E resolver.
«Eu tive um sonho»
Primeiro celebre-se a democracia e a cidadania. Independentemente da avaliação que cada um faz do governo, da austeridade, da troika ou do que se queira, o protesto de sábado foi histórico. Pela dimensão, pela diversidade social, política ou etária, pela resposta dos cidadãos num país onde a participação cívica é pobre e demasiadas vezes motivada por meras razões corporativas.
Nenhum governo pode, em momento algum, deixar de tomar nota do que lhe diz a rua quando a rua fala desta maneira. […]
O meu sonho é que a memória não se perca durante muito tempo. Que se aprenda que a melhor forma de evitar a cura é prevenir a doença. Que os encargos se evitam recusando a dívida para lá de limites razoáveis. Que não devemos viver acima do que podemos pagar – e isto é válido para as famílias, empresas e Estado.
No futuro devemos vir para a rua muito mais cedo. […]
Campeonato da Europa de Hóquei em Patins – 7ª Jornada
7ª jornada – 15.09.2012
19:00 – Alemanha – França – 3-4
20:45 – Suíça – Itália – 1-4
22:30 – Espanha – Portugal – 5-4
Tendo chegado a uma vantagem de 2-0 nos primeiros 10 minutos da partida, a equipa portuguesa permitiu à Espanha igualar, marcando novamente, conseguindo ainda chegar ao intervalo na posição de vencedora. Na segunda parte, a Espanha, mais forte, deu a volta ao marcador, chegando aos 4-3 a cerca de dois minutos e meio do final. Portugal ainda empatou, com dois minutos por jogar… acabando por sofrer o golo decisivo, após uma perda de bola, a 6 segundos do fim!
A Espanha conquista o seu 16º título de Campeã da Europa, 7º consecutivo (desde a última vitória portuguesa em 1998). Campeão da Europa já por 20 vezes, Portugal é vice-campeão pela 13ª vez.
Jg V E D G Pt 1º Espanha 6 6 - - 45- 6 18 2º Portugal 6 5 - 1 49-11 15 3º Itália 6 4 - 2 25-12 12 4º França 6 3 - 3 22-23 9 5º Suíça 6 2 - 4 19-16 6 6º Alemanha 6 1 - 5 12-29 3 7º Inglaterra 6 - - 6 4-79 -
Campeonato da Europa de Hóquei em Patins – 6ª Jornada
6ª jornada – 14.09.2012
19:00 – França – Inglaterra – 7-1
20:45 – Suíça – Espanha – 0-6
22:30 – Portugal – Alemanha – 9-1
Jg V E D G Pt 1º Portugal 5 5 - - 45- 6 15 2º Espanha 5 5 - - 40- 2 15 3º Itália 5 3 - 2 21-11 9 4º Suíça 5 2 - 3 18-12 6 5º França 5 2 - 3 18-20 6 6º Alemanha 5 1 - 4 9-25 3 7º Inglaterra 6 - - 6 4-79 -
«A importância do consenso social»
Ao contrário do que muitos parecem acreditar, essa contestação, com uma amplitude social, profissional e política invulgar, não surge porque as medidas são impopulares ou porque implicam sacrifícios. Surge, isso sim, porque sendo impopulares e implicarem sacrifícios, não foram percebidas por quase ninguém.
Não estou a falar de um erro de comunicação, que existiu mas que poderia ser corrigido. Estou a falar de um divórcio entre as medidas, o seu contexto e a sua urgência, e a percepção que os portugueses têm, ou foram levados a ter, da crise que atravessamos.
Pensar que a reacção dos portugueses se deve ao facto de as medidas implicarem sacrifícios é um erro. Estou certo de que os portugueses esperam, e aceitam, sacrifícios, desde que os percebam e consigam contextualizar. E desde que conheçam as devidas contrapartidas por parte do Estado e percebam o esforço que o Estado está, por sua vez, a desenvolver.
Não perceber isto é, de certa forma, ignorar o comportamento de quem, mesmo discordando, se dispôs a dar o litro, e é, pior ainda, uma má desculpa para persistir num caminho, prescindindo de um consenso essencial para as duríssimas reformas que há a fazer.
Se fossem garantidos os resultados das medidas apresentadas pelo primeiro-ministro, e não são, o tempo sedimentaria a convicção de que estas, apesar de impopulares, se justificam. Mas havendo fundadas dúvidas quanto aos seus resultados, o risco que se corre, e é grave, é o de desbaratar o maior activo nacional em nome de uma medida que não prova por si mesma. […]





