Archive for Setembro, 2009
Liga dos Campeões – 2ª Jornada
Grupo A
Bordeaux – Maccabi Haifa – 1-0
Bayern München – Juventus – 0-0
1º Bayern München e Bordeaux, 4; 3º Juventus, 2; 4º Maccabi Haifa, 0
Grupo B
CSKA Moscovo – Beşiktaş – 2-1
Manchester United – Wolfsburg – 2-1
1º Manchester United, 6; 2º Wolfsburg e CSKA Moscovo, 3; 4º Beşiktaş, 0
Grupo C
Real Madrid – Olympique de Marseille – 3-0
AC Milan – Zürich – 0-1
1º Real Madrid, 6; 2º AC Milan e Zürich, 3; 4º Olympique de Marseille, 0
Grupo D
FC Porto – Atlético Madrid – 2-0
APOEL – Chelsea – 0-1
1º Chelsea, 6; 2º FC Porto, 3; 3º Atlético Madrid e APOEL, 1
Grupo E
Debreceni – Olympique Lyonnais – 0-4
Fiorentina – Liverpool – 2-0
1º Olympique Lyonnais, 6; 2º Fiorentina e Liverpool, 3; 4º Debreceni, 0
Grupo F
Barcelona – Dynamo Kyiv – 2-0
Rubin Kazan – Inter – 1-1
1º Barcelona, 4; 2º Dynamo Kyiv, 3; 3º Inter, 2; 4º Rubin Kazan, 1
Grupo G
Glasgow Rangers – Sevilla – 1-4
Unirea Urziceni – Stuttgart – 1-1
1º Sevilla, 6; 2º Stuttgart, 2; 3º Unirea Urziceni e Glasgow Rangers, 1
Grupo H
AZ Alkmaar – Standard Liège – 1-1
Arsenal – Olympiakos – 2-0
1º Arsenal, 6; 2º Olympiakos, 3; 3º Standard Liège e AZ Alkmaar, 1
Vitórias e derrotas
Os resultados de eleições são inevitavelmente sujeitos a leituras sob uma pluridade de perspectivas de análise ou de observação, mais ou menos objectivas ou subjectivas, dependendo nomeadamente do grau de envolvimento ou reconhecimento face a cada uma das forças em compita.
No caso das eleições de ontem, temos – como vem sendo hábito – diversos partidos a reclamar vitória… quando, efectivamente, quase todos registam algum grau de derrota.
De uma coisa não subsistirão dúvidas: o Partido Socialista venceu as eleições; teve mais votos e mais deputados que os restantes concorrentes; assumirá a responsabilidade de formar Governo. Numa conjuntura particularmente adversa e desfavorável, desde logo a nível internacional e de envolvente macro-económica, mas também por todas as restantes questões e polémicas que enfrentou, o PS consegue revalidar a vitória.
Não obstante, perdeu – face a 2005 – mais de meio milhão de votos, correspondendo a cerca de 8,5 pontos percentuais, e, excluindo os resultados da emigração, dispondo de menos 24 deputados, o que lhe retira a maioria absoluta, colocando-o na dependência de outras forças políticas para levar a cabo a governação.
Uma vitória que, não sendo extraordinária (contrariamente ao reclamado por José Sócrates), requer que seja devidamente compreendida a mensagem transmitida pelos portugueses: confiança no Governo, mas com uma postura necessariamente diversa da adoptada em algumas das fases da legislatura anterior.
Extraordinária foi sim a derrota do PSD – o único dos principais partidos a não ter qualquer atenuante perante a dimensão dos resultados. Culminando uma paupérrima campanha, sem ideias, sem propostas, sem uma linha de rumo estratégico definida, pautada pela negativismo e pelo pessimismo, o PSD não teve a capacidade de compreender a vitória nas eleições europeias, porque vencera e como vencera, deixando-se induzir num crucial erro, o de que bastaria limitar-se a esperar a derrota adversária, acabando por ser natural e severamente penalizado pelo eleitorado.
Mantendo praticamente a votação de 2005, consegue melhorar 0,3 % a sua percentagem; fica todavia muito aquém do PS, a mais de 400 000 votos. Recupera apenas 6 deputados, do total de 24 perdidos pelo rival.
O CDS é o outro principal vencedor deste acto eleitoral: com o melhor resultado dos últimos 26 anos, cresce perto de 180 000 votos, subindo de 7,2 % para cerca de 10,5 %, ampliando a sua representação parlamentar de 12 para 21 deputados.
Acima de tudo, passa a poder constituir-se em força de charneira no Parlamento; nas situações em que o PS não disponha do apoio da esquerda, competirá ao CDS decidir se contribui ou não para a obtenção de uma maioria parlamentar, que permita viabilizar algumas das medidas do Governo (nomeadamente o Orçamento…).
Conforme referiu na noite de ontem um eufórico Paulo Portas, o CDS alcançou todos os cinco objectivos que dependiam de si; falhou apenas um, o de chegar ao Governo, expectativa que mantinha, caso o PSD não tivesse registado um descalabro tão grande. A grande questão para o CDS será: o que fazer com esta representação parlamentar? Paulo Portas deu o mote: o CDS continuará a ser a principal força de oposição ao Governo.
O Bloco de Esquerda tem uma tão extraordinária… como inesperadamente agridoce vitória. Duplica o seu número de deputados, passando de 8 a 16, resultado de um crescimento de mais de 190 000 votos, reforçando a sua percentagem de votação, de 6,35 % para 9,85 %.
Todavia, fica aquém do que algumas sondagens pareciam antecipar; não consegue atingir o objectivo de ser a terceira força política… e, sobretudo, não garantindo ao PS a maioria absoluta parlamentar, vê decisivamente limitada a sua acção de condicionamento das políticas governativas. Tal como em relação ao CDS, adquire crecente acuidade a questão: o que fazer com estes votos, numa altura em que, paradoxalmente, o Bloco poderá porventura ter atingido a sua expressão eleitoral máxima, dado o contexto especial em que decorreram estas eleições.
Jerónimo de Sousa procurava ontem disfarçar o sentimento de desilusão, reclamando para a CDU um crescimento sustentado (sob um slogan dos apoiantes que, mais do que nunca, pareceu inadaptado à realidade: «Com toda a confiança, a CDU avança»).
É bem verdade que a coligação PCP-PEV cresce cerca de 13 000 votos, passando de 7,5 % a 7,9 %, ao mesmo tempo que ganha um deputado (de 14 para 15). Não obstante, é ultrapassado por todas as forças políticas com representação parlamentar, passando a uma inédita quinta posição, o que não deixa de constituir um enfranquecimento do seu enquadramento institucional. Tendo dado o seu pequeno contributo para retirar a maioria absoluta ao PS, os seus deputados só serão decisivos para apoiar o Governo desde que em articulação com o Bloco de Esquerda; para o contrariar, necessitarão ainda da colaboração do CDS-PP…
Os “pequenos partidos” – uma vez mais algo maltratados pela comunicação social – não tiveram a mínima possibilidade de fazer passar a sua mensagem, acabando por ficar muito distantes de qualquer veleidade de eleição de um representante no Parlamento. Destaque para os muito insatisfatórios resultados obtidos pelo MEP e… por Manuel Monteiro (PND), com uma campanha personalizada no distrito de Braga, sem efeitos práticos…
As sondagens, com bastante melhor desempenho que nas eleições europeias, não deixaram de registar alguns “tiros ao lado”: mesmo as sondagens “à boca da urna” revelaram uma sobreavaliação das estimativas de votação no PS e no Bloco de Esquerda (que acabariam por se aproximar dos limites mínimos dos intervalos), ao mesmo tempo que subestimavam a votação do PSD. Antes, tinham sobrestimado as percentagens do Bloco de Esquerda e do PSD, e, como acontece desde há alguns anos, pecado por defeito na projecção dos resultados do CDS.
Uma (quase) última palavra para a abstenção, que se aproxima dos 40 %. Perfeitamente natural, dado o desencanto e cansaço dos portugueses com a política, as campanhas eleitorais, e, por outro lado, pelo manifesto excesso de eleitores inscritos, que não poderá corresponder à efectiva realidade.
A vitória final é para a Democracia. Contrariando a tese da «asfixia democrática», os portugueses – como tem sido seu timbre – demonstraram uma vez mais saber fazer as escolhas mais adequadas no momento oportuno, sabendo distinguir com clara nitidez a natureza e responsabilidade de cada acto eleitoral. Descontentes com um estilo de governação, mas não se revendo nas alternativas disponíveis, transmitiram esse claro sinal: aos eleitos compete o difícil papel de criar as indispensáveis condições para a governabilidade do país.
Discurso de vitória de José Sócrates
«O PS teve uma extraordinária vitória eleitoral… O povo falou e falou bem claro. O PS foi de novo escolhido para governar Portugal. E foi escolhido sem nenhuma ambiguidade. A vontade do povo é que o PS continue a governar Portugal. Esta é uma grande vitória do PS.
Quero em meu nome pessoal e em nome de todos os socialistas agradecer a todos os portugueses que confiaram, uma vez mais, no PS. E quero dizer que tudo farei, que tudo faremos, para estar à altura dessa confiança. Esta confiança foi uma confiança renovada, e em circunstâncias muito difíceis e muito exigentes.
Agradeço a todos os militantes, que por todo o país se envolveram e fizeram desta campanha uma campanha vibrante, com alegria, com muita mobilização. Esta vitória é uma vitória de todos. Quero saudar especialmente os jovens da JS, que se bateram pelo futuro do país. Quero também saudar os voluntários do PS, independentes, e que com exemplar empenhamento cívico se juntaram a nós. Muito obrigado!
Quero saudar também os muitos cidadãos independentes que ajudaram a fazer do PS e do seu projecto um grande espaço de cidadania. A abertura do PS não foi nunca uma simples estratégia eleitoral. Ela veio para ficar. Continuaremos a contar com o vosso contributo.
O povo português valorizou esta atitude, de quem não se candidatou contra ninguém… e de quem se empenhou em mobilizar os portugueses.
Esta vitória foi também a vitória da decência e da elevação na política.
Foi a vitória de um programa político de reformas, de quem quer construir um futuro melhor para o país.
Quero saudar democraticamente os líderes dos outros partidos concorrentes e quero saudar os deputados eleitos para a nova Assembleia da República.
Quero também saudar todos os portugueses que votaram noutros partidos, e a esses, garantir que o PS governará para todos. O PS governará em nome do interesse geral e do interesse do país. Os resultados são também uma importante vitória da nossa democracia.
A participação eleitoral mostra que a democracia portuguesa respira bem e dá sinais de vitalidade.
O PS assumirá democraticamente a responsabilidade que o povo lhe atribuiu; com base no nosso programa eleitoral, que foi aprovado pelos portugueses.»
Deputados eleitos por círculo eleitoral
2009 2005
PS PSD CDS BE CDU PS PSD CDS BE CDU Lisboa 19 13 5 5 5 23 12 4 4 5 Porto 18 12 4 3 2 20 12 2 2 2 Braga 9 6 2 1 1 9 7 1 - 1 Setúbal 7 3 1 2 4 8 3 1 2 3 Aveiro 6 7 2 1 - 8 6 1 - - Leiria 4 4 1 1 - 4 5 1 - - Santarém 4 3 1 1 1 6 3 - - 1 Coimbra 4 4 1 1 - 6 4 - - - Viseu 4 4 1 - - 4 4 1 - - Faro 3 3 1 1 - 6 2 - - - V. Castelo 3 2 1 - - 3 2 1 - - Madeira 1 4 1 - - 3 3 - - - Vila Real 2 3 - - - 3 2 - - - Açores 3 2 - - - 3 2 - - - C. Branco 2 2 - - - 4 1 - - - Guarda 2 2 - - - 2 2 - - - Bragança 1 2 - - - 2 2 - - - Évora 1 1 - - 1 2 - - - 1 Beja 2 - - - 1 2 - - - 1 Portalegre 1 1 - - - 2 - - - - F. Europa - - - - - - 2 - - - Europa - - - - - 1 1 - - - 96 78 21 16 15 121 75 12 8 14
Sondagens às 20h00
20h00 – Projecções de resultados, de acordo com as sondagens:
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RTP (%) 36,0-40,0 25,0-29,0 9,0-12,0 8,5-11,5 7,0-10,0 RTP (Dep.) 102-106 69-73 20-23 18-21 14-16 SIC (%) 36,2-40,4 26,9-30,7 9,0-11,2 7,7-9,9 6,5-8,7 SIC (Dep.) 99-103 74-77 18-20 15-17 13-15 TVI (%) 36,0-40,0 26,3-30,3 8,5-11,5 8,6-11,6 6,0-9,0 TVI (Dep.) 97-111 69-80 18-22 16-22 10-15
Eu votei no Luís Monteiro
Pouco depois do início desta “corrida à Antárctida” (em Junho), votei no Luís Monteiro, dando o meu pequeno contributo para que possa realizar este seu sonho.
Liderando destacadamente esta competição desde o seu começo, Luís Monteiro vê-se – quando faltam apenas 3 dias para o termo desta “maratona” de quase 4 meses – ameaçado por uma concorrente estado-unidense (que conseguiu angariar cerca de 4 000 votos nos últimos dois dias!).
Vamos ajudar o Luís a chegar à Antárctida! Não custa nada: basta apenas seguir as instruções (1 mail = 1 voto) e confiar-lhe o seu voto…
Declaração de voto
Não sendo este um espaço de cariz eminentemente político (longe disso!), não é contudo apolítico.
Desde a criação deste blogue, há mais de 6 anos, aqui tenho deixado expressas as minhas ideias, convicções e opções. Faço-o agora uma vez mais.
Escrevi hoje, em resenha a propósito das eleições de 2005, sobre uma “campanha (pouco) alegre”, naturalmente pouco clarificadora e do crescente desencanto generalizado perante a “política” e os políticos.
A campanha eleitoral para as eleições de Domingo – sistematicamente pela negativa, repleta de casos e questiúnculas – terá contribuído, infelizmente, para um acentuar de tal desencanto. Em consequência, uma significativa taxa de abstenção, a par de um forte crescendo de votos nulos e brancos, são mais que esperados.
Ao longo dos seus cerca de 4 anos e meio de mandato, nunca antes um Governo (e, em especial, o seu Primeiro-Ministro) tinha sido – na era da Democracia – alvo de tanto escrutínio, de tanta acrimónia, de tanta difamação, de tantos ataques ao carácter de uma pessoa.
Justos ou injustos – talvez (provavelmente…) nunca o venhamos a saber cabalmente -, a verdade é que foi confrangedora a incapacidade da oposição, e em especial, de quem mais responsabilidades tinha, o PSD e a sua liderança, em apresentar alternativas, opções, muito menos um leve sinal de qualquer rumo estratégico, que não o mero desfazer em tudo o que de bom ou menos bom fora feito.
Perante esta conjuntura, é difícil compreender a inépcia da oposição em – como tudo parece indiciar – ser capaz de vencer estas eleições.
Entre o conhecido – com os seus defeitos e virtudes, com inegáveis resultados práticos, mensuráveis, “para o bem e para o mal” – e o desconhecido, não poderia nunca, muito menos nas actuais circunstâncias, optar por uma aposta no (neste) desconhecido.
Depois de ter votado MEP nas eleições europeias (e, já agora, Manuel Alegre, nas presidenciais) – e não obstante considerar que o MEP é composto por pessoas com muito valor e que merece a oportunidade de se fazer representar no Parlamento, de dispor de uma voz que possa trazer algo de novo à (forma de estar na) política portuguesa -, porque o que está em causa nestas eleições é muito importante, de forma a proporcionar a formação de um Governo que possa exercer o seu mandato com um mínimo de estabilidade, e de evitar a ingovernabilidade que faria com que Portugal ficasse em suspenso até novas eleições, o meu voto no Domingo é no PS.
Eleições Assembleia da República – 2005 (II)
Apesar da “campanha (pouco) alegre” a que então se assistiu – centrada em rumores sobre a vida privada de José Sócrates, que a classificaria mesmo de «campanha indigna» -, naturalmente pouco clarificadora; não obstante o desencanto generalizado perante a “política” e os políticos, os portugueses mobilizaram-se, votaram e decidiram conferir uma maioria absoluta ao Partido Socialista.
A maior vitória de sempre do partido (com 45 % dos votos e um total de 121 deputados), alcançando finalmente (após 30 anos de democracia!) a maioria absoluta, coincidindo igualmente com a maior votação dos partidos de esquerda (cerca de 60 %) e, paralelamente, a mais severa derrota eleitoral dos partidos de direita e centro-direita (com um total de apenas cerca de 37 % dos votos), capitalizando os anseios dos portugueses de esperança e de abandono do pessimismo, tirando partido das palavras de ordem da campanha de José Sócrates: “Mudança / Confiança / Estabilidade”.
No rescaldo da própria noite eleitoral, Paulo Portas anunciava a sua demissão de líder do CDS-PP, não só por ter ficado aquém do seu objectivo declarado (uma percentagem expressa por via de “dois dígitos”, ou seja, um mínimo de 10 % – atingiria apenas 7,2 %, perdendo dois eleitos, ficando reduzido a 12 deputados), mas também como “protesto” pela “ameaça” traduzida pelo significativo crescimento do Bloco de Esquerda (ultrapassando os 6 % e ampliando a sua representação parlamentar, de 2 para 8 deputados).
Também Santana Lopes viria a ser – pouco tempo depois (a 10 de Abril de 2005) – substituído na liderança do PSD, assumida por Luís Marques Mendes, vencedor das eleições internas, face a Luís Filipe Menezes.
A CDU, com 7,5 %, elegendo 14 representantes parlamentares, subia ligeiramente, face aos 6,9 % alcançados em 2002, ocasião em que elegera apenas 12 deputados; trocando de posições com o CDS-PP, não deixaria de “reclamar vitória”.
No imediato, as intervenções de responsáveis da CDU, do Bloco de Esquerda e de comentadores como Marcelo Rebelo de Sousa ou António Barreto, não deixavam grandes margens para dúvidas… o “estado de graça” do novo Governo seria muito limitado…
PS – 2.588.312 (45,03%) – 121 deputados
PPD/PSD – 1.653.425 (28,77%) – 75 deputados
PCP-PEV-CDU – 433.369 (7,54%) – 14 deputados
CDS-PP – 416.415 (7,24%) – 12 deputados
B.E. – 364.971 (6,35%) – 8 deputados
PCTP/MRPP – 48.186 (0,84%)
PND – 40.358 (0,70%)
PH – 17.056 (0,30%)
PNR – 9.374 (0,16%)
POUS – 5.535 (0,10%)
PDA – 1.618 (0,03%)
Inscritos – 8.944.508
Votantes – 5.747.834 – 64,26%
Abstenções – 3.196.674 – 35,74%
Fonte: CNE
(também publicado no blogue “Eleições 2009“, do Público)