Archive for 5 Setembro, 2009
Dinamarca – Portugal (Mundial 2010 – Qualif.)
Numa partida em que a vitória poderia ser crucial para a obtenção do apuramento para a Fase Final do Campeonato do Mundo, a equipa portuguesa entrou em campo sem qualquer avançado, apostando no controlo do meio-campo, que lhe permitiria, ao longo de cerca de meia hora – entre os 10 e os 40 minutos – um notório domínio do encontro, contudo sem materialização em golos.
Depois de uma fase inicial, nos primeiros 5 minutos, em que os jogadores da selecção nacional tiveram dificuldade em “encaixar-se” na forma como a equipa dinamarquesa se movimentava, fazendo circular a bola, com duas ou três acções de desequilíbrio no flanco direito do ataque, Portugal “pegou na bola”, avançando no terreno, empurrando os adversários para as imediações da sua área de baliza.
Teve, nesse período, pelo menos três oportunidades de golo, com Cristiano Ronaldo e Simão Sabrosa (por duas vezes) a não conseguirem ser eficazes. Procurando, muito a espaços, o contra-ataque, a Dinamarca apenas disporia de uma ocasião de perigo.
Porém, prestes a findar a primeira parte, sem que o guarda-redes português tivesse efectuado qualquer defesa, no primeiro remate à baliza, a Dinamarca inaugurou o marcador.
No início da segunda parte, com a entrada de Liedson para o lugar de Tiago, a equipa nacional alterou o seu esquema táctico em campo, o que acabaria por permitir à Dinamarca recuperar o controlo do jogo, sem que Portugal tivesse conseguido construído qualquer jogada ofensiva no primeiro quarto de hora.
Depois de, num lance algo fortuito, com o guarda-redes dinamarquês a não segurar a bola, ter desperdiçado mais uma soberana oportunidade de golo, o jogo como que ficou “partido”, jogando-se aos repelões e de forma algo precipitada. Não obstante, Portugal criaria ainda nova ocasião de perigo antes de, a quatro minutos do fim, Liedson conseguir finalmente o golo – no seu jogo de estreia na selecção nacional -, empatando o jogo.
Até final, a equipa portuguesa empurrou novamente a Dinamarca para a defesa, com Nuno Gomes e Liedson, já em período de descontos, a obrigarem Andersen a intervir para salvaguardar a sua baliza, mas o resultado não se alteraria.
Continuamos de “calculadora na mão”…
Dinamarca – Stephan Andersen, Christian Poulsen, Simon Kjaer, Anders Moller-Christensen, Michael Silberbauer (66m – William Kvist), Lars Jacobsen, Jakob Poulsen (90m – Jesper Gronkjaer), Dennis Rommedahl, Jon Dahl Tomasson, Martin Jorgensen (61m – Hjalte Norregaard) e Nicklas Bendtner
Portugal – Eduardo; Bosingwa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Duda; Pepe, Raul Meireles (81m – Nuno Gomes), Tiago (45m – Liedson) e Deco; Cristiano Ronaldo e Simão Sabrosa (71m – Nani)
1-0 – Nicklas Bendtner – 43m
1-1 – Liedson – 86m
Cartões amarelos – Simon Kjaer (60m) e Stephan Andersen (87m); Liedson (48m)
Árbitro – Massimo Busacca (Suíça)
GRUPO 1
Jg V E D G Pt 1º Dinamarca 7 5 2 - 14 - 3 17 2º Hungria 7 4 1 2 9 - 4 13 3º Suécia 7 3 3 1 8 - 3 12 4º Portugal 7 2 4 1 9 - 5 10 5º Albânia 8 1 3 4 4 - 8 6 6º Malta 8 - 1 7 0 - 21 1
8ª jornada
05.09.09 – Dinamarca – Portugal – 1-1
05.09.09 – Hungria – Suécia – 1-2
«TVI: menos conjecturas e mais factos»
A tempestade levantada a propósito da suspensão do Jornal Nacional de Manuela Moura Guedes tem produzido muito ruído e não tem tido muita substância. Não faria mal algum esforço de reflexão (se é que isso interessa a alguém).
[…]
Dito isto, ocorrem-me perguntas sobre as quais gostaria de ver mais análise e, sobretudo, mais factos:
- A quem interessa uma decisão como aquela que foi tomada, no momento em que foi tomada? Ao PS? Ao PSD? À TVI? A outros partidos? A outros canais? Aos cidadãos, em geral?
- A avaliar pelos elementos disponíveis, que objectivos procurou atingir, para além do óbvio de liquidar o programa semanal?
- Como se explica que se continue a insistir com a colagem da PRISA ao governo socialista espanhol e, por essa via, ao português, quando é conhecido, há largos meses, que a situação se alterou profundamente e que se criou um fosso entre as duas partes?
- Existem sinais de que os jornalistas da TVI sejam constrangidos para não continuarem a fazer o seu trabalho, de acordo com o profissionalismo que lhes é exigido, nos vários jornais de que dispõem diariamente?
- Quais são os actos que podem ser invocados para comprovar a imputada pressão governamental para calar aquele Jornal Nacional? […]
(Manuel Pinto, no Jornalismo & Comunicação)