MOVIMENTO INFORMAÇÃO É LIBERDADE
4 Julho, 2007 at 8:57 am 2 comentários
Trata-se de um movimento promovido por um grupo de jornalistas – que recorreram também à criação de um blogue – que, “constatando que se encontra em marcha o mais violento ataque à liberdade de Imprensa em 33 anos de democracia, decidiu juntar a sua voz à de todos os cidadãos e entidades que se têm pronunciado sobre a matéria e manifestam publicamente o seu repúdio por todo o edifício jurídico aprovado pela Assembleia da República, ou à espera de aprovação, referente à sua actividade profissional, que consideram limitativo do direito Constitucional de informar e ser informado“.
“Em causa estão, designadamente, os poderes e a prática da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, as novas leis da Rádio e Televisão, o recentemente aprovado Estatuto do Jornalista e o anteprojecto de lei contra a concentração da titularidade, ainda em fase de discussão pública e ironicamente apresentado pelo legislador como de promoção do pluralismo e da transparência e “independência perante o poder político e económico”. Acresce ainda o futuro Código Penal – negociado entre PS e PSD no Pacto da Justiça – na parte que se refere à Violação do Segredo de Justiça.”
A lista de subscritores tem vindo a crescer, atingindo já cerca de uma centena de jornalistas, de diversos órgãos e meios de comunicação social.
Entry filed under: Blogosfera, Media e Comunicação.
2 comentários Add your own
Deixe um comentário
Trackback this post | Subscribe to the comments via RSS Feed




1.
Pedro Pinheiro | 5 Julho, 2007 às 3:09 pm
Associo-me tb ao abaixo assinado:
Pedro Pinheiro
Cart Prof nº 2226
2.
hernani carvalho | 7 Julho, 2007 às 3:44 pm
De repente, acordo e vejo José Eduardo Moniz na TV afirmando que os polÃticos têm de fazer uma reciclagem e uma aprendizagem da cidadania. Mudo de canal e dou com Francisco Pinto Balsemão fortes crÃticas ao governo sobre a forma como está a ser tratada a comunicação social. Torno a mudar de canal, mas não encontro qualquer comentário de Almerindo Marques. O que é natural já que é nomeado pelo governo.
Aqui chegado, de duas uma. Ou acordei em mau dia ou a coisa está pela hora da morte. Da liberdade, está claro.
Deixo a TV e vou para o computador. Recebo a mensagem de um camarada de profissão que me aconselha a leitura urgente do http://www.movimentoinformacaoliberdade.blogspot.com. Clico no acesso ao dito e descubro um movimento de jornalistas preocupados com a liberdade. O novo estatuto da profissão de jornalista vem de negro. A preocupação já assaltou a mente de mais de 400 profissionais, agora subscritores de um protesto . Na lista, encontro alguns dos mais sonantes nomes do Jornalismo português, a par de outros tantos que, não sendo conhecidos do grande público, alimentam diarimente o exercÃcio da liberdade. Aquela âcoisaâ? a que os menores de quarenta anos dão pouco valor, apenas porque não imaginam ser possÃvel viver sem ela.
A Liberdade, é como a electricidade. Já nem imaginamos a vida sem ela. Só quando falha nos damos conta do quão espartilhados ficamos com a sua ausência. Há tantos anos que a temos que a damos por adquirida. E não está.
Já tinha visto uma secretária de estado a ensinar como e onde se podem fazer crÃticas ao governo. Já lera que um professor fora saneado e outro obrigado a trabalhar doente até à morte. E sabia da outra funcionária, exilada por não apagar umas crÃticas feitas a um ministro em tempo útil. E agora, o novo estatuto de jornalista que parece querer afinar pelo mesmo diapasão. Fico com o estômago aos saltos quando me lembro das pessoas que o cozinharam. Antigos arautos da Liberdade. Melhor dizendo, ex-arautos. âexâ? porque já não o são. O pudor e a vergonha inibem-me de plasmar aqui o nome desses deputados. Já não defendem incondicionalmente a liberdade. Aprovam uma âcoisaâ? que lhes aconchegue melhor o lugar.
Não estou a favor nem contra o governo (este ou outro), nem quero saber das divisões ou manipulações em curso no seio dos profissionais do Jornalismo.
Sou a favor da Liberdade. Por isso, vou aderir ao protesto e agradecer ao meu camarada de profissão ter-me avisado que a luz pode faltar a qualquer momento.
Hernâni Carvalho
CP 2371