Archive for Março, 2007

RALI DE PORTUGAL – S. BRÁS ALPORTEL 1 (4ª PEC)

Classificação geral do Rali de Portugal após a disputa da 4ª PEC – S. Brás de Alportel 1 (16,08 km):

1º Marcus Gronholm - Ford Focus RS ________11:35_44:20
2º Sebastien Loeb - Citroen C4 ____________11:24_44:23
3º Mikko Hirvonen - Ford Focus RS _________11:28_44:25
4º Petter Solberg - Subaru Impreza ________11:33_44:29
5º Daniel Sordo - Citroen C4 ______________11:40_44:54
6º Manfred Stohl - Citroen Xsara __________11:43_45:21
7º Daniel Carlsson - Citroen Xsara ________11:47_45:22
8º Chris Atkinson - Subaru Impreza ________11:43_45:29
9º Jari-Matti Latvala - Ford Focus RS _____11:33_45:31
10º Toni Gardemeister - Mitsubishi Lancer _11:59_45:40
___
13º Armindo Araújo - Mitsubishi ___________12:14_46:39

30 Março, 2007 at 1:31 pm Deixe um comentário

RALI DE PORTUGAL – SERRA DE TAVIRA 1 (3ª PEC)

Classificação geral do Rali de Portugal após a disputa da 3ª PEC – Serra de Tavira 1 (24,38 km):

1º Marcus Gronholm - Ford Focus RS ________16:30__32:45
2º Petter Solberg - Subaru Impreza ________16:35__32:55
3º Mikko Hirvonen - Ford Focus RS _________16:38__32:57
4º Sebastien Loeb - Citroen C4 ____________16:36__32:58
5º Daniel Sordo - Citroen C4 ______________16:52__33:14
6º Daniel Carlsson - Citroen Xsara ________16:58__33:35
7º Manfred Stohl - Citroen Xsara __________17:00__33:38
8º Toni Gardemeister - Mitsubishi Lancer __17:02__33:42
9º Gian Luigi Galli - Citroen Xsara _______17:02__33:42
10º Chris Atkinson - Subaru Impreza _______16:57__33:46
11º Jari-Matti Latvala - Ford Focus RS ____16:40__33:59
___
14º Armindo Araújo - Mitsubishi ___________17:16__34:25

30 Março, 2007 at 12:15 pm Deixe um comentário

RALI DE PORTUGAL – TAVIRA 1 (2ª PEC)

Classificação geral do Rali de Portugal após a disputa da 2ª PEC – Prova Especial de Classificação, Tavira 1 (19,92 km):

1º Marcus Gronholm - Ford Focus RS _______14:10__16:15
2º Mikko Hirvonen - Ford Focus RS ________14:08__16:18
3º Petter Solberg - Subaru Impreza _______14:12__16:21
4º Sebastien Loeb - Citroen C4 ___________14:13__16:22
5º Daniel Sordo - Citroen C4 _____________14:14__16:22
6º Daniel Carlsson - Citroen Xsara _______14:25__16:37
7º Manfred Stohl - Citroen Xsara _________14:25__16:38
8º Toni Gardemeister - Mitsubishi Lancer _14:28__16:40
9º Gian Luigi Galli - Citroen Xsara ______14:29__16:41
10º Guy Wilks - Ford Focus RS ____________14:30__16:42
___
14º Armindo Araújo - Mitsubishi __________14:55__17:09 

30 Março, 2007 at 11:25 am Deixe um comentário

10 ANOS DE WEBLOGS

Comemorando o 10º aniversário do Scripting News (blogue mais antigo em actividade) – a completar no próxima Domingo -, Dave Winer anuncia a disponibilização dos arquivos completos do blogue (uma década completa de artigos!), por via do download gratuito de um único ficheiro!

30 Março, 2007 at 8:58 am Deixe um comentário

RALI DE PORTUGAL – ESTÁDIO ALGARVE

Resultados da “super-especial” de abertura da 41ª edição do Rali de Portugal – este ano de regresso ao calendário do Campeonato do Mundo de Ralis (após 6 anos de ausência) -, hoje disputada no Estádio do Algarve (2,03 km):

1º Marcus Gronholm - Ford Focus RS ___________ 2:05.8
2º Daniel Sordo - Citroen C4 _________________ 2:08.1
3º Sebastien Loeb - Citroen C4 _______________ 2:09.1
4º Petter Solberg - Subaru Impreza ___________ 2:09.1
5º Henning Solberg - Ford Focus RS ___________ 2:10.4
6º Mikko Hirvonen - Ford Focus RS ____________ 2:10.7
7º Chris Atkinson - Subaru Impreza ___________ 2:11.4
8º Daniel Carlsson - Citroen Xsara ___________ 2:11.5
9º Gian Luigi Galli - Citroen Xsara __________ 2:11.5
10º Toni Gardemeister - Mitsubishi Lancer ____ 2:11.9
___
17º Armindo Araújo - Mitsubishi ______________ 2:13.9

29 Março, 2007 at 6:47 pm Deixe um comentário

RALI DE PORTUGAL

O “regresso” das grandes estrelas (Sebastien Loeb e Daniel Sordo, ambos em Citroen C4 WRC; Petter Solberg e Chris Atkinson, em Subaru; e Marcus Gronholm e Mikko Hirvonen, em Ford), a partir de hoje, pelas 17h35m, com a “super-especial” do Estádio do Algarve (Markku Alen, Hannu Mikkola e Bjorn Waldegaard, entre outros, estarão também presentes para “abrilhantar” a festa, em carros da “sua época”, numa demonstração a ter lugar a partir das 16 horas!).

P. S. Infelizmente, as coisas começaram já a correr mal, ainda antes do início do rali; esta manhã, nos últimos testes, Armindo Araújo (vencedor da prova em 2003, 2004 e 2006) teve uma ligeira saída de estrada, provocando 4 feridos (dos quais 2 fotógrafos sofreram lesões de maior gravidade, com fracturas de perna e braço – para além de dois espectadores, um espanhol e um alemão, com ligeiras escoriações).

29 Março, 2007 at 12:34 pm 2 comentários

RALI DE PORTUGAL – 1986

A edição do Rali de Portugal de 1986 seria também marcante… pelos motivos errados.

Tudo aconteceu logo após a primeira ronda pelas classificativas de Sintra (aliás, seria mesmo na primeira prova classificativa…).

A abertura do rali (a 5 de Março de 1986), na Lagoa Azul, parecia indiciar uma competição disputada “ao rubro” – com uma lista de inscritos de nível extraordinário, a melhor de sempre -, com os 8 primeiros classificados separados por apenas 2 segundos: Henri Toivonen e Markku Alen (ambos em Lancia Delta) e Walter Rohrl (Audi Sport Quattro), com 2m15; Timo Salonen (Peugeot) e Kalle Grundel (Ford), 2m16; Massimo Biasion (Lancia), Juha Kankkunen (Peugeot) e Malcolm Wilson (MG Metro), 2m17!

Na 2ª prova especial (Peninha), Markku Alen triunfava e assumia a liderança, com 4 segundos de vantagem sobre Toivonen, Biasion e Salonen; Rohrl e Kankkunen registavam mais um segundo.

3ª troço classificativo (Sintra) e terceiro líder do rali: Biasion (vencedor desta prova especial) passava a comandar… com 1 segundo de vantagem sobre Alen, e 2 segundos sobre Toivonen! Tal como em 1984, a “esquadra” da Lancia dominava no asfalto de Sintra.

Até que…

A imensa multidão (estimada em cerca de meio milhão de pessoas!) que se aglomerava nas bermas da estrada, sem que os agentes de segurança fossem capazes de conter o ímpeto de procurar chegar o mais perto possível das máquinas, formava autênticos “muros”, numa espécie de “túnel humano” – invadindo e ocultando zonas de trajectória dos carros -, pelo meio do qual os pilotos procuravam conduzir à maior velocidade possível.

Logo no início da prova, Salonen – que, na condição de vencedor no ano anterior, “abria a estrada” – dera um toque de “raspão” num espectador; pouco depois, consumar-se-ia a tragédia.

Ainda na 1ª prova especial de classificação (Lagoa Azul), o português Joaquim Santos, ao volante de um Ford RS200, sofria um despiste, irrompendo pelo meio da multidão, provocando 33 feridos… e 2 mortes (uma mulher e o filho, de 9 anos).

A notícia correu de imediato, antecipando-se as graves consequências do acidente, ainda então desconhecidas em toda a sua amplitude; entretanto, os pilotos “de fábrica” haviam passado e disputavam já os troços seguintes (2ª e 3ª provas de classificação); foi no intervalo antes da 2ª ronda por Sintra – no reagrupamento no Autódromo do Estoril – que seriam informados do ocorrido. A excitação e nervosismo são intensos, com pilotos exaltados, a recusar-se a repetir as passagens em Sintra.

No início da tarde, os pilotos das equipas oficiais reunem-se no Hotel Estoril-Sol; já mais “a frio” – liderados por Walter Rohrl – acabam por decidir abandonar a prova, num gesto de protesto perante a impotência da organização; exararam em comunicado (lido por Henri Toivonen):

«As razões pelas quais os pilotos abaixo assinados não desejam prosseguir o Rali de Portugal são as seguintes:

1 – Como uma forma de respeito pelas famílias dos mortos e dos feridos;

2 – Trata-se de uma situação muito especial aqui em Portugal: sentimos que é impossível para nós garantir a segurança dos espectadores;

3 – O acidente no 1º troço cronometrado foi causado por um piloto que tentou evitar espectadores que estavam na estrada. Não se ficou a dever ao tipo de carro nem à sua velocidade;

4 – Esperamos que o nosso desporto possa beneficiar futuramente com esta decisão.»

Na verdade, constatava-se que era manifestamente impossível “domar” estes bólides de “Grupo B”, com potência desproporcionada face às condições da estrada. César Torres, director da prova – não podendo garantir as condições mínimas de segurança -, mais não podia fazer senão aceitar os motivos invocados pelas principais figuras, limitando-se a procurar fazer com que a prova pudesse prosseguir.

A partir daí, tivemos um “novo rali”: a segunda e terceira passagens pelos troços de Sintra eram anuladas; a competição só seria reatada no Gradil, com a disputa da vitória a resumir-se a dois pilotos, o português Joaquim Moutinho – que assumiria a liderança – e o italiano Giovanni Del Zoppo. As estradas despiram-se de público; o espectáculo estava diminuído; a festa terminara demasiado cedo; o luto ensombrava o “melhor rali do mundo”.

Com sucessivas vitórias nas provas especiais de classificação da fase inicial do rali, disputadas em asfalto, Joaquim Moutinho rapidamente consolidaria a sua posição, praticamente garantindo o triunfo final, logo na Serra da Lousã (apenas com 8 troços cronometrados disputados – de um total de 48 previstos), acumulando mais de 4 minutos de vantagem sobre Del Zoppo.

Nas etapas finais, Carlos Bica acabaria por se mostrar o piloto mais rápido na estrada, acabando por – depois de uma recuperação gradual – ultrapassar Del Zoppo na geral.

Na classificação final de uma prova tragicamente ensombrada, Joaquim Moutinho (ao volante de um Renault) tornava-se – de forma absolutamente inesperada… e indesejada – o primeiro piloto português (e único, até à data…) a vencer uma prova do Campeonato do Mundo, na categoria máxima da modalidade. A mais de 13 minutos, Carlos Bica (Lancia) garantia o segundo lugar; Del Zoppo (Fiat) terminava em terceiro, a quase 17 minutos de Moutinho; Jorge Ortigão (Toyota Corolla) concluia a prova em 4º lugar, a quase 20 minutos do primeiro.

Cerca de dois meses depois (a 2 de Maio de 1986), no Rali da Córsega, Henri Toivonen (com o seu navegador Sergio Cresto, ao volance de um Lancia Delta) era vítima de um acidente fatal (despiste numa ravina, com o carro a explodir de seguida), que levaria a que a FIA – Federação Internacional de Automobilismo colocasse termo aos carros de “Grupo B”, considerados demasiado rápidos e potentes, e consequentemente excessivamente perigosos, inadequados para provas de estrada (Toivonen fizera, pouco antes, um ensaio no Autódromo do Estoril, cumprindo uma volta à pista com um tempo que lhe daria o 6º lugar na grelha do Grande Prémio de Fórmula 1 disputado nesse ano!)…

29 Março, 2007 at 8:33 am 1 comentário

EURO-2008 (QUALIF.) – SÉRVIA – PORTUGAL

SérviaPortugal1-1

Com o regresso de Simão Sabrosa, a equipa portuguesa surgia com uma alteração em relação ao jogo com a Bélgica: ficava no banco aquele que havia sido o melhor em campo, Quaresma.

Logo aos 4 minutos, Nuno Gomes em cima da linha de área atrasou para Tiago que, com uma óptima perspectiva, antevendo o ligeiro adiantamento do guarda-redes sérvio, rematou de longe, ligeiramente em arco, com a bola a passar por cima de Stojkovic e a anichar-se junto ao canto da baliza. Estava feito o que parecia ser o mais difícil: Portugal inaugurava o marcador, adquirindo uma preciosa vantagem.

Nos minutos imediatos, com uma forte reacção, a Sérvia ameaçou a baliza portuguesa, com sucessivas jogadas de perigo, com Ricardo a ser chamado a intervir amiúde.

Só por volta dos 20 minutos Portugal conseguiu reequilibrar o jogo, começando a procurar explorar o contra-ataque. E, aos 27 minutos, na sequência de um pontapé de canto apontado por Simão, numa jogada de combinação, surgiu João Moutinho a rematar do “meio da rua”, bastante forte, obrigando Stojkovic a uma defesa “apertada”.

Para, pouco depois, Ricardo falhar a intercepção, perante a antecipação de cabeça de Vidic, com a bola a não entrar na baliza de Portugal… por acaso. Golo que surgiria aos 37 minutos, após um pontapé de canto, com Ricardo a ficar a “meio da viagem”, surgindo Jankovic, também de cabeça, a empatar o jogo.

No minuto seguinte, Portugal poderia ter reposto a vantagem, com Nuno Gomes a desperdiçar a oportunidade.

Aos 51 minutos, num remate quase à “queima-roupa”, Stojkovic defendia praticamente por “instinto”, impedindo o que parecia inevitável: o que seria o segundo golo de Portugal. Para, no minuto imediato, em mais uma “meia-distância” de João Moutinho, Stojkovic ser novamente chamado a intervir.

Aos 63 minutos, Tiago repetia o remate forte… e Stojkovic correspondia com nova excelente defesa. Portugal justificava amplamente a vantagem!

… Que não chegaria, até porque, na fase final da partida, ambas as equipas pareciam mais preocupadas em manter o resultado do que em tentar a vitória.

Portugal (que já jogou fora na Polónia, Sérvia e Finlândia, principais adversários na disputa da qualificação) ascende ao 2º lugar – posição que conferirá, no final, o apuramento para o “EURO 2008” -, não obstante empatado pontualmente com a Sérvia e a Finlândia.

Sérvia – Stojkovic, Duljaj, Tosic (84m – Lazovic), Vidic, Dragutinovic, Krstajic, Jankovic (68m – Koroman), Kovacevic, Krasic, Stankovic (78m – Markovic) e Pantelic

Portugal – Ricardo; Miguel (72m – Marco Caneira), Ricardo Carvalho, Jorge Andrade e Paulo Ferreira; Petit, Tiago, Cristiano Ronaldo, João Moutinho (77m – Raúl Meireles) e Simão Sabrosa; Nuno Gomes (82m – Quaresma)

0-1 – Tiago – 4m
1-1 – Jankovic – 37m

Cartões amarelos – Cristiano Ronaldo (36m), Paulo Ferreira (50m) e Ricardo Carvalho (60m); Stankovic (6m), Pantelic (34m), Jankovic (38m) e Dragutinovic (62m)

Árbitro – Bertrand Layec (França)

Na jornada de hoje da Fase de Qualificação para o “EURO 2008″, destaque para as surpreendentes vitórias do Liechtenstein sobre a Letónia e do Azerbaijão sobre a Finlândia, para além do empate da Albânia na Bulgária; a Irlanda do Norte bateu a Suécia, enquanto a Holanda venceu na Eslovénia; os campeões europeus em título (Grécia) apenas de grande penalidade conseguiram quebrar a resistência da selecção de Malta.


GRUPO A             Jg  V  E  D   G   Pt
1º Polónia      Polónia   7  5  1  1 12-5  16
2º Portugal     Portugal   6  3  2  1 13-4  11
3º Sérvia       Sérvia   6  3  2  1  8-4  11
4º Finlândia    Finlândia   6  3  2  1  7-3  11
5º Bélgica      Bélgica   6  2  1  3  4-6   7
6º Cazaquistão   Cazaquistão   6  1  2  3  3-8   5
7º Azerbaijão   Azerbaijão   6  1  1  4  2-13  4
8º Arménia      Arménia   5  -  1  4  0-6   1

7ª jornada
28.03.07 – Azerbaijão – Finlândia – 1-0
28.03.07 – Polónia – Arménia – 1-0
28.03.07 – Sérvia – Portugal – 1-1

(mais…)

28 Março, 2007 at 8:36 pm Deixe um comentário

RALI DE PORTUGAL – 1984

É uma prova que perdura na minha memória: o Rali de Portugal de 1984.

Ainda adolescente, o fascínio das máquinas e pilotos era absolutamente incontornável. A possibilidade de ver os carros ao vivo deveras entusiasmante.

E havia um ídolo chamado Markku Alen. Que, numa prova disputada ao segundo, acabaria por ter de se inclinar perante o poderio de uma máquina que era então verdadeira coqueluche, o Audi Quattro, superiormente conduzido por Hannu Mikkola.

A tradicional ronda de Sintra – com as três passagens pelas provas especiais da Lagoa Azul, Peninha e Sintra colocara já na frente do rali – depois do domínio inicial do “jovem lobo” Henri Toivonen (conseguindo vitórias sucessivas nos 5 primeiros troços, batendo exuberantemente os records dessas provas, nomeadamente com 2m10s na Lagoa Azul, voando com uma média de 127 km/hora! – uma promessa e um “ídolo nascente”… que viria a ter um destino fatal dois anos depois, como tantas vezes acontece com alguns dos mais predestinados) – Markku Alen, comandando a armada dos Lancia Rally (com Attilio Bettega e Massimo Biasion a ocuparem as posições imediatas), posição que “herdara” de Toivonen, na sequência do seu despiste e desistência na 2ª passagem por Sintra, na descida da rampa da Pena. Alen tinha então, no final das primeiras 9 “especiais”, cerca de 1 minuto e 10 segundos sobre o melhor Audi, de Mikkola.

No restante da 1ª etapa, também com troços em asfalto, até à Póvoa de Varzim, os Lancia continuaram a dominar, com vitórias repartidas de Bettega e Biasion. E, no final do primeiro dia – após 15 troços de classificação -, Biasion liderava a geral, seguido por Bettega… a 2 segundos, e por Markku Alen, a 1 minuto e 40 (todos em Lancia Martini – que contava ainda com a excelente prestação do português António Rodrigues, em 7º, a cerca de 4 minutos). Mikkola, em 4º, continuava a ser o melhor da Audi, a 2 minutos e 25 segundos de Biasion, com Stig Blomqvist em 6º (Jean Ragnotti, em Renault, era então o 5º classificado).

Mas, logo no início da segunda etapa, as coisas começavam a mudar de figura: Walter Rohrl, Blomqvist e Mikkola passavam a registar os melhores tempos nas provas especiais de classificação, com Alen, “cerrando os dentes”, a intrometer-se com dificuldade entre a esquadra da Audi, que entrara de rompante no segundo dia de prova, ao mesmo tempo que ganhava tempo aos seus colegas de equipa. Na geral, Attilio Bettega passara entretanto para a frente, até à 2ª passagem por Arcos-Portela, em que Markku Alen assumiu novamente a liderança. 

Nos troços de terra do Minho – em particular com uma melhoria na segunda passagem -, a Lancia ia resistindo, procurando manter a vantagem: no final da segunda etapa (após 25 troços), Alen era o primeiro, com 40 segundos de vantagem sobre Bettega e 55 segundos sobre Biasion; o primeiro Audi, de Mikkola, estava a apenas 5 segundos do 3º lugar! Os outros dois Audi, de Rohrl e Blomqvist ocupavam as 5ª e 6ª posições, embora distantes (respectivamente mais de 7 minutos e mais de 10 minutos de Alen).

A terceira etapa, começando a inflectir para sul, em direcção ao centro do país, viria a revelar-se decisiva. Alen “abria a estrada” e beneficiava de tal facto para poder correr com a pista livre das nuvens de pó levantadas pelos carros. Recorrendo a um “truque estratégico”, a Audi fez Rohrl avançar na “fila de partida” para cada troço (ele que, pela classificação, deveria seguir-se a Mikkola), o qual, logo depois de partir, esperava que Mikkola o ultrapassasse, usufruindo este de um intervalo de dois minutos desde que o terceiro Lancia passava pelos troços, pelo que conseguia também conduzir “a fundo”, sem ser limitado pela poeira da estrada.

Rapidamente (logo na 28ª prova de classificação, em Cabreira) Mikkola assumiria o comando da prova… com 1 segundo de vantagem sobre Alen. No final da 3ª etapa, após a segunda passagem em Viseu, com 37 provas especiais disputadas, Mikkola liderava – sempre seguido pelos 3 Lancia – tendo então a diferença para Alen aumentado para 43 segundos.

A abrir a 4ª etapa, na primeira passagem em Arganil, Markku Alen entrava novamente “a fundo”, recuperando 33 segundos, colocando-se apenas a 10 segundos de Mikkola. Estava dado o mote para um despique cerrado… quase até ao último metro! Nos troços imediatos, a diferença entre os dois primeiros na geral – ambos arriscando tudo – oscilou da seguinte forma: 9 segundos na Candosa 1; 11 segundos na Lousã 1; 15 segundos após a segunda passagem por Arganil (uma diferença de 4 segundos numa prova especial de 57 km!); 19 segundos na Candosa 2 e também após a segunda passagem na Lousã; no termo de 43 provas especiais de classificação, com mais de 650 km, percorridos em cerca de 7 horas e 19 minutos.

Tudo parecia estar em aberto para os dois últimos troços: Martinchel e Coruche, respectivamente com 9 km e 20 km. Mikkola e Alen recuperavam um duelo particular que haviam protagonizado já em 1978 (então, em Sintra, com vantagem para Alen).

Era então a vez de a Lancia replicar a táctica da Audi: fazia sair antecipadamente Bettega e Biasion, que esperavam depois por Alen, passando este nos troços – desta forma – 6 minutos depois de Mikkola.

No entretanto, ambos os pilotos haviam tido tempo para sobrevoar os troços, de helicóptero, procurando fazer um último reconhecimento do percurso! Contudo, todos os esforços de Alen se viriam a revelar infrutíferos: em Martinchel perdia mais 5 segundos, saindo para a derradeira prova de classificação com um atraso acumulado de 24 segundos, necessitando recuperar um pouco mais que 1 segundo por km em Coruche; acabaria por ceder mais 3 segundos.

O rali chegava ao termo, com a vitória de Hannu Mikkola com 27 segundos de vantagem sobre Markku Alen, comumando assim a “desforra”. Attilio Bettega seria 3º (a quase 23 minutos de Mikkola!); Massimo Biasion o 4º; Jean Ragnotti garantia o 5º lugar; Walter Rohrl terminava em 6º, a quase 46 minutos do seu companheiro de equipa. Jorge Ortigão, em 8º, seria o melhor português, a 1 hora e 44 minutos do primeiro. Terminariam a prova apenas 20 dos 66 pilotos que haviam comparecido à partida.

28 Março, 2007 at 12:55 pm Deixe um comentário

CAMPEONATO MUNDIAL DE RALIS

1977 – 1º Sandro Munari (Troféu FIA)
1978 – 1º Markku Alen (Troféu FIA)
1979 – 1º Bjorn Waldegaard / 2º Hannu Mikkola / 3º Markku Alen – Ford
1980 – 1º Walter Rohrl / 2º Hannu Mikkola / 3º Bjorn Waldegaard – Fiat
1981 – 1º Ari Vatanen / 2º Guy Fréquelin / 3º Hannu Mikkola – Talbot
1982 – 1º Walter Rohrl / 2º Michèle Mouton / 3º Hannu Mikkola – Audi
1983 – 1º Hannu Mikkola / 2º Walter Rohrl / 3º Markku Alen – Lancia
1984 – 1º Stig Blomqvist / 2º Hannu Mikkola / 3º Markku Alen – Audi
1985 – 1º Timo Salonen / 2º Stig Blomqvist / 3º Walter Rohrl – Peugeot
1986 – 1º Juha Kankkunen / 2º Markku Alen / 3º Timo Salonen – Peugeot
1987 – 1º Juha Kankkunen / 2º Massimo Biasion / 3º Markku Alen – Lancia
1988 – 1º Massimo Biasion / 2º Alessandro Fiorio / 3º Markku Alen – Lancia
1989 – 1º Massimo Biasion / 2º Alessandro Fiorio / 3º Mikael Ericsson – Lancia
1990 – 1º Carlos Sainz / 2º Didier Auriol / 3º Juha Kankkunen – Lancia
1991 – 1º Carlos Sainz / 2º Juha Kankkunen / 3º Didier Auriol – Lancia
1992 – 1º Didier Auriol / 2º Juha Kankkunen / 3º Carlos Sainz – Lancia
1993 – 1º Juha Kankkunen / 2º François Delecour / 3º Didier Auriol – Toyota
1994 – 1º Didier Auriol / 2º Carlos Sainz / 3º Juha Kankkunen – Toyota
1995 – 1º Colin McRae / 2º Carlos Sainz / 3º Kenneth Eriksson – Mitsubishi
1996 – 1º Tommi Makinen / 2º Colin McRae / 3º Carlos Sainz – Mitsubishi
1997 – 1º Tommi Makinen / 2º Colin McRae / 3º Carlos Sainz – Subaru
1998 – 1º Tommi Makinen / 2º Carlos Sainz / 3º Colin McRae – Mitsubishi
1999 – 1º Tommi Makinen / 2º Richard Burns / 3º Didier Auriol – Toyota
2000 – 1º Marcus Gronholm / 2º Richard Burns / 3º Carlos Sainz – Peugeot
2001 – 1º Richard Burns / Colin McRae / 3º Tommi Makinen – Peugeot
2002 – 1º Marcus Gronholm / 2º Petter Solberg / 3º Carlos Sainz – Peugeot
2003 – 1º Petter Solberg / 2º Sébastien Loeb / 3º Carlos Sainz – Citroen
2004 – 1º Sébastien Loeb / 2º Petter Solberg / 3º Markko Martin – Citroen
2005 – 1º Sébastien Loeb / 2º Petter Solberg / 3º Marcus Gronholm – Citroen
2006 – 1º Sébastien Loeb / 2º Marcus Gronholm / 3º Mikko Hirvonen – Ford

28 Março, 2007 at 11:40 am Deixe um comentário

Older Posts Newer Posts


Autor – Contacto

Destaques


Literatura de Viagens e os Descobrimentos Tomar - História e Actualidade
União de Tomar - Recolha de dados históricosSporting de Tomar - Recolha de dados históricos

Calendário

Março 2007
S T Q Q S S D
 1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031  

Arquivos

Pulsar dos Diários Virtuais

O Pulsar dos Diários Virtuais em Portugal

O que é a memória?

Memória - TagCloud

Jogos Olímpicos

Categorias

Notas importantes

1. Este “blogue" tem por objectivo prioritário a divulgação do que de melhor vai acontecendo em Portugal e no mundo, compreendendo nomeadamente a apresentação de algumas imagens, textos, compilações / resumos com origem ou preparados com base em diversas fontes, em particular páginas na Internet e motores de busca, publicações literárias ou de órgãos de comunicação social, que nem sempre será viável citar ou referenciar.

Convicto da compreensão da inexistência de intenção de prejudicar terceiros, não obstante, agradeço antecipadamente a qualquer entidade que se sinta lesada pela apresentação de algum conteúdo o favor de me contactar via e-mail (ver no topo desta coluna), na sequência do que procederei à sua imediata remoção.

2. Os comentários expressos neste "blogue" vinculam exclusivamente os seus autores, não reflectindo necessariamente a opinião nem a concordância face aos mesmos do autor deste "blogue", pelo que publicamente aqui declino qualquer responsabilidade sobre o respectivo conteúdo.

Reservo-me também o direito de eliminar comentários que possa considerar difamatórios, ofensivos, caluniosos ou prejudiciais a terceiros; textos de carácter promocional poderão ser também excluídos.