Archive for 6 Março, 2007
LIGA DOS CAMPEÕES – 1/8 FINAL – CHELSEA – FC PORTO
AC Milan – Celtic – 7/3 / 0-0 (0-0)
Arsenal – PSV – 7/3 / 0-1 (0-1)
Manchester United – Lille – 7/3 / 1-0 (1-0)
Bayern – Real Madrid – 7/3 / 2-3 (2-3)
Lyon – Roma – 0-2 / 0-0 (0-2)
Liverpool – Barcelona – 0-1 / 2-1 (2-2)
Chelsea – FC Porto – 2-1 / 1-1 (3-2)
Valencia – Internazionale – 0-0 / 2-2 (2-2)
Reeditando um antigo duelo entre José Mourinho e Jesualdo Ferreira, o Chelsea recebeu hoje em Londres o FC Porto, numa partida decisiva para definir o apuramento para os 1/4 Final da Liga dos Campeões.
Entrando em vantagem (a que resultava do empate a um no Estádio do Dragão), a equipa inglesa pareceu começar o jogo – de forma pragmática – tacticamente na expectativa, concedendo espaços ao FC Porto… que aproveitou: logo aos 14 minutos, Lucho Gonzalez desmarcou Quaresma, que se isolou, não dando hipóteses ao guarda-redes Petr Cech.
O FC Porto passava (novamente) para a frente da eliminatória e colocava o Chelsea sob pressão.
Até à meia-hora de jogo, o FC Porto, personalizado, continuou a ser atrevido, a jogar o “jogo pelo jogo”. No quarto de hora final da primeira parte, a equipa portuguesa começou a ter mais cautelas e, em contrapartida, o Chelsea tornou-se mais ofensivo.
Ainda assim – com o FC Porto a conseguir segurar a vantagem até final do primeiro tempo – ao intervalo, notavam-se sinais de apreensão nos rostos dos responsáveis do Chelsea, com os adeptos também notoriamente insatisfeitos… até por que, um eventual segundo golo do FC Porto, obrigaria o Chelsea a ter de marcar 3!
Mas, as coisas rapidamente tomariam um rumo diferente; logo no segundo minuto da etapa complementar da partida, num remate forte de Robben, Helton – algo desatento – deixando a bola bater no terreno à sua frente, seria traído, sendo mal batido. Estava reposta a igualdade no jogo… e na eliminatória.
A partir daí o Chelsea exerceu mais pressão, com maior intensidade física, com um futebol “directo”, colocando – nos minutos imediatos – o FC Porto em apuros. Parecia estar eminente – no decorrer do primeiro quarto de hora – novo golo da equipa inglesa.
Gradualmente, o FC Porto foi-se reposicionando, procurando reequilibrar a tendência do jogo.
Já com 73 minutos, o FC Porto passaria por novo sobressalto, com Helton a defender mal, a bola a ressaltar e Drogba a rematar contra o corpo de um jogador portista, a evitar o golo.
…Era o aviso do que aconteceria 5 minutos depois: numa triangulação perfeita, de cabeça, entre Drogba e Shevchenko, a bola chegaria a Ballack (com todos estes jogadores do Chelsea sem a marcação adequada) que, em pleno centro da área, não teve dificuldade em bater Helton, concretizando a “reviravolta” no marcador e colocando o Chelsea – agora, de modo efectivo – novamente em vantagem na eliminatória.
Que se viria a revelar definitiva, dado que o FC Porto não conseguiria criar oportunidades de perigo para marcar novo golo, que lhe conferiria o apuramento.
O Chelsea (e José Mourinho) seguem em frente, para os 1/4 Final, juntamente com o Liverpool, a Roma e o Valencia.
O FC Porto fica pelo caminho, ao mesmo tempo que o Barcelona (o Campeão Europeu em título foi ganhar a Liverpool – Campeão de há 2 anos -, mas os ingleses vencem a eliminatória, graças ao triunfo em Camp Nou); e também, outros dois grandes da Europa, o Inter de Milan e o Lyon (uma vez mais a não conseguir demonstrar o seu efectivo poderio).
GANA – 50 ANOS DE INDEPENDÊNCIA
O continente africano comemora hoje o 50º aniversário da independência da antiga Costa do Ouro, actual Gana – a 6 de Março de 1957 -, o primeiro país da África negra a conquistar a independência nacional – face ao Reino Unido – (Etiópia e Libéria nunca chegaram a ser efectivamente colónias), num movimento imparável que, germinando, rapidamente alastraria ao resto do continente, com uma grande “explosão” no início da década de 60, culminando com a descolonização portuguesa do pós-25 de Abril – assim colocando termo a décadas (nalguns casos, séculos) de colonialismo.
Pouco antes, alguns países do norte de África haviam desempenhado papel precursor: a Líbia, em 1951; e, em 1956, o Sudão, Marrocos e a Tunísia (já antes, a África do Sul havia alcançado a independência em 1910; e, o Egipto, em 1922).
Seguir-se-iam:
– 1958 – Guiné-Conacry
– 1960 – Camarões, Togo, Senegal, Madagáscar, Benin, Níger, Burkina Faso, Costa do Marfim, Chade, Congo, Gabão, Mali, Nigéria e Mauritânia
– 1961 – Serra Leoa, Somália e Tanzânia
– 1962 – Burundi, Ruanda, Argélia e Uganda
– 1964 – Malawi e Zâmbia
– 1965 – Gâmbia
– 1966 – Botswana e Lesotho
– 1968 – I. Maurícias, Suazilândia e Guiné Equatorial
– 1973/74 – Guiné-Bissau (declaração unilateral a 24.09.73; reconhecimento por Portugal em 10.09.74)
– 1975 – I. Comores, Moçambique (25 de Junho), Cabo Verde (5 de Julho), S. Tomé e Príncipe (12 de Julho) e Angola (11 de Novembro)
– 1976 – I. Seychelles
– 1977 – Djibouti
– 1980 – Zimbabwe (a Rodésia declarara unilateralmente a independência em 1965)
– 1990 – Namíbia
– 1993 – Eritreia
A CAIXA QUE MUDOU O MUNDO – 50 ANOS EM PORTUGAL (XVII)
O ano de 1994 assinala o início das emissões experimentais da televisão por cabo em Portugal, que incluiria um pacote de canais falados ou legendados em português, como o Odisseia ou o Discovery.
Em Setembro de 1997, iniciavam-se as emissões da SIC Internacional, visando abranger a vasta comunidade internacional dispersa pelo mundo, com particular incidência nos países de língua oficial portuguesa.
Em 7 de Janeiro de 1998, a RTP lançava um novo canal, RTP África, transmitindo para Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Ainda no ano de 1998, a 16 de Setembro, surgia o primeiro canal temático em Portugal, via TV CABO, a Sport TV, dedicado ao desporto, que viria a revolucionar as transmissões de jogos de futebol – que passariam a ser apresentados quase diariamente, com as partidas do Campeonato Nacional a espraiar-se por Sexta, Sábado, Domingo e Segunda.
Um ano depois, a 15 de Setembro de 1999, nascia o CNL – Canal de Notícias de Lisboa, um projecto que não vingaria, vindo a ser sucedido pela SIC Notícias. Era também criado, via cabo, o Canal Parlamento; a TV Medicina / TV Saúde iniciaria as suas emissões a 11 de Agosto de 2000.
Ainda em 2000, também via cabo, surgia a SIC Gold (a 28 de Junho – espécie de canal de “memórias, repondo grandes êxitos), para, no ano seguinte, nascerem novos canais temáticos: SIC Notícias (início a 8 de Janeiro de 2001) e SIC Radical (em 23 de Abril de 2001); a par da presença na Internet, por via da SIC Online.
Entretanto, em Setembro de 2000, por via de uma nova produtora algum tempo antes surgida no mercado televisivo português (inicialmente, em associação com a SIC), a Endemol (liderada em Portugal por Piet-Hein Bakker), tinha início um novo marco, que viria a provocar grande turbulência a nível da relação de forças das audiências: o Big Brother, veículo decisivo para a escalada da TVI nos shares televisivos nacionais, acabando mesmo por – também alicerçada na produção nacional de telenovelas – conquistar a liderança.