PORTUGAL – NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO (IV)
“A ocupação romana não se fez à boa paz. Os historiadores referem em especial a resistência dos Lusitanos. Nenhum dos caudilhos da resistência indígena que às legiões se depararam por toda a Europa impressionou tanto os historiadores romanos como Viriato, o chefe dos Lusitanos que, entre os anos de 147-139 a. C. conseguiu conglobar sob o seu comando grandes regiões do Centro da Península e impor cruéis reveses às tropas de Roma.
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Plínio, o Antigo, escritor romano que desempenhou um cargo administrativo na Península entre os anos de 69 a 73, resume nestas poucas linhas a situação das cidades lusitanas: «Toda a província está dividida em três conventos: o emeritense, o pacense e o escalabitano. O total dos povos é de quarenta e cinco: cinco colónias, um município de cidadãos romanos, três cidades do Lácio antigo, trinta e seis cidades estipendiárias.»
Os conventos eram divisões administrativas e judiciais. No nosso território ficavam dois conventos da Lusitânia (o pacense, com sede em Beja, e o escalabitano, com sede em Santarém) e um convento da Tarraconense (o brácaro, com sede em Braga).
O único município de cidadãos romanos era Lisboa, que por essa altura se tornou uma grande cidade portuária, por onde saía a produção local para a Itália. À produção cerealífera se atribui o desenvolvimento de Santarém e de Beja e o das cidades do antigo Lácio, que eram Évora, Beja, Alcácer do Sal.”
“História concisa de Portugal”, José Hermano Saraiva
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