Archive for 24 Novembro, 2022
Mundial 2022 – Resultados e Classificações – 1ª jornada
GRUPO A Jg V E D G Pt Qatar-Equador.........0-2 P. Baixos1 1 - - 2-0 3 Senegal-Países Baixos.0-2 Equador
1 1 - - 2-0 3 Catar-Senegal.........--- Qatar
1 - - 1 0-2 - Países Baixos-Equador.--- Senegal
1 - - 1 0-2 - Países Baixos-Catar...--- Equador-Senegal.......---
GRUPO B Jg V E D G Pt Inglaterra-Irão.......6-2 Inglaterra1 1 - - 6-2 3 EUA-País Gales........1-1 EUA
1 - 1 - 1-1 1 Inglaterra-EUA........--- País Gales
1 - 1 - 1-1 1 País Gales-Irão.......--- Irão
1 - - 1 2-6 - País Gales-Inglaterra.--- Irão-EUA..............---
GRUPO C Jg V E D G Pt Argentina-A. Saudita..1-2 A. Saudita1 1 - - 2-1 3 México-Polónia........0-0 México
1 - 1 - 0-0 1 Argentina-México......--- Polónia
1 - 1 - 0-0 1 Polónia-A. Saudita....--- Argentina
1 - - 1 1-2 - Polónia-Argentina.....--- A. Saudita-México.....---
GRUPO D Jg V E D G Pt França-Austrália......4-1 França1 1 - - 4-1 3 Dinamarca-Tunísia.....0-0 Dinamarca
1 - 1 - 0-0 1 França-Dinamarca......--- Tunísia
1 - 1 - 0-0 1 Tunísia-Austrália.....--- Austrália
1 - - 1 1-4 - Tunísia-França........--- Austrália-Dinamarca...---
GRUPO E Jg V E D G Pt Espanha-Costa Rica....7-0 Espanha1 1 - - 7-0 3 Alemanha-Japão........1-2 Japão
1 1 - - 2-1 3 Espanha-Alemanha......--- Alemanha
1 - - 1 1-2 - Japão-Costa Rica......--- Costa Rica
1 - - 1 0-7 - Japão-Espanha.........--- Costa Rica-Alemanha...---
GRUPO F Jg V E D G Pt Bélgica-Canadá........1-0 Bélgica1 1 - - 1-0 3 Marrocos-Croácia......0-0 Croácia
1 - 1 - 0-0 1 Bélgica-Marrocos......--- Marrocos
1 - 1 - 0-0 1 Croácia-Canadá........--- Canadá
1 - - 1 0-1 - Croácia-Bélgica.......--- Canadá-Marrocos.......---
GRUPO G Jg V E D G Pt Brasil-Sérvia.........2-0 Brasil1 1 - - 2-0 3 Suíça-Camarões........1-0 Suíça
1 1 - - 1-0 3 Brasil-Suíça..........--- Camarões
1 - - 1 0-1 - Camarões-Sérvia.......--- Sérvia
1 - - 1 0-2 - Camarões-Brasil.......--- Sérvia-Suíça..........---
GRUPO H Jg V E D G Pt Portugal-Ghana........3-2 Portugal1 1 - - 3-2 3 Uruguai-Coreia Sul....0-0 Uruguai
1 - 1 - 0-0 1 Portugal-Uruguai......--- Coreia Sul
1 - 1 - 0-0 1 Coreia Sul-Ghana......--- Ghana
1 - - 1 2-3 - Coreia Sul-Portugal...--- Ghana-Uruguai.........---
Melhores Marcadores:
- 2 golos – Bukayo Saka (Inglaterra), Enner Valencia (Equador), Ferrán Torres (Espanha), Mehdi Taremi (Irão), Olivier Giroud (França) e Richarlison (Brasil)
Mundial 2022 – Portugal – Ghana
3-2
Diogo Costa, João Cancelo, Rúben Dias, Danilo Pereira, Raphaël Guerreiro, Rúben Neves (77m – Rafael Leão), Bruno Fernandes, Bernardo Silva (88m – João Palhinha), Otávio Monteiro (56m – William Carvalho), João Félix (88m – João Mário) e Cristiano Ronaldo (88m – Gonçalo Ramos)
Lawrence Ati-Zigi, Alidu Seidu (66m – Tariq Lamptey), Mohammed Salisu, Daniel Amartey, Alexander Djiku (90m – Antoine Semenyo), Abdul Rahman Baba, André Ayew (77m – Jordan Ayew), Thomas Partey, Salis Abdul Samed (90m – Daniel-Kofi Kyereh), Mohammed Kudus (77m – Osman Bukari) e Iñaki Williams
1-0 – Cristiano Ronaldo (pen.) – 65m
1-1 – André Ayew – 73m
2-1 – João Félix – 78m
3-1 – Rafael Leão – 80m
3-2 – Osman Bukari – 89m
Cartões amarelos – Danilo Pereira (90m) e Bruno Fernandes (90m); Mohammed Kudus (45m), André Ayew (49m), Alidu Seidu (57m) e Iñaki Williams (90m)
Árbitro – Ismail Elfath (EUA)
Stadium 974 – Ras Abu Aboud, Doha (19h00 / 16h00)
A estreia da selecção nacional na fase final do Campeonato do Mundo teve “quase de tudo”: um domínio tão absoluto como estéril ao longo da primeira parte (a equipa portuguesa chegou a ter “posse de bola” na ordem dos 80%), com o Ghana perfeitamente inofensivo; um golo algo fortuito, a fixar mais um “record” de Cristiano Ronaldo, o único a marcar em cinco “Mundiais” (desde 2006); uma primeira falha defensiva a proporcionar o empate; Portugal a tirar partido das armas com que a formação africana pretenderia surpreender, marcando dois golos em rápidas transições, “virando-se o feitiço contra o feiticeiro”; outro erro a fazer com que o desfecho se mantivesse incerto até ao minuto 100 (!), altura em que uma incrível e caricata desconcentração poderia ter resultado no 3-3!
Ainda na fase inicial da partida, logo aos dez minutos, a equipa portuguesa tivera ocasião soberana para inaugurar o marcador, quando Cristiano Ronaldo, isolado por Bruno Fernandes, não conseguiu dominar a bola da melhor forma, gorando-se tal oportunidade, devido à intervenção de Lawrence Ati-Zigi.
De resto, assistiu-se a uma (excessivamente) paciente troca de bola, entre os vários jogadores da equipa nacional, com os adversários literalmente a “assistir”, mas, quase sempre, de forma denunciada e lenta, sem alterações de ritmo que pudessem desmontar a estratégia defensiva delineada pelo Ghana. Apenas de grande penalidade Portugal viria a chegar ao golo.
Só após o tento do empate – dando a ideia de que Fernando Santos terá protelado em demasia as substituições (à parte a saída “forçada” de Otávio) – a turma nacional se viu compelida a alterar o seu esquema táctico, com a entrada de Rafael Leão, uma opção que logo se revelou ganhadora – beneficiando também do facto de, enfim, a selecção africana ter abdicado da concentração de quase todos os elementos no seu sector defensivo, abrindo mais o jogo.
Bruno Fernandes assumiu a batuta, e foi protagonista, com duas notáveis assistências para outros tantos golos, intervalados por escassos dois minutos, primeiro por João Félix, a isolar-se e a “picar” a bola sobre o guardião contrário, e, quase de imediato, pelo próprio Leão, a surgir também desmarcado, pela esquerda, com um toque subtil a desviar a bola do alcance de Ati-Zigi.
Sem saber muito bem como, ou, pelo menos, sem ter feito grande coisa por isso, o Ghana reduziria ainda para a diferença tangencial, aproveitando um erro da defesa, lançando a dúvida, e fazendo com que Portugal tivesse de sofrer ainda durante os cerca de dez minutos de tempo de compensação, mesmo que tenha, nesse período, controlado bem o jogo, quase sempre em zona ofensiva do terreno.
Faltariam cerca de trinta segundos para o apito final quando, numa reposição de bola, o matreiro Iñaki Williams, sorrateiramente colocado, expectante, atrás de Diogo Costa – praticamente em cima da linha de baliza portuguesa, e sem que o guarda-redes se tivesse apercebido da sua presença ali – rapidamente se esgueirou para lhe roubar a bola, mal ela tinha sido colocada a rolar no chão, valendo ter escorregado, para que não tivesse havido mal maior, com dois defesas a acorrer em socorro do “keeper” português, a interceptar o remate que tinha saído frouxo.
Num balanço final, houve coisas boas, a dar sinais de esperança e a mostrar que há soluções e opções para além do “onze base”, mas também indícios preocupantes, no que respeita às fragilidades defensivas demonstradas, assim como a sensação de que há trabalho por fazer, a nível, por exemplo, de lances de bola parada.