Archive for Julho, 2021
EURO 2020 – 1/4 de final – R. Checa – Dinamarca

1-2
Tomáš Vaclík, Vladimír Coufal, Ondřej Čelůstka (65m – Jakub Brabec), Tomáš Kalas, Jan Bořil, Tomáš Holeš (45m – Jakub Jankto), Tomáš Souček, Lukáš Masopust (45m – Michael Krmenčík), Antonín Barák, Petr Ševčík (79m – Vladimír Darida) e Patrik Schick (79m – Matěj Vydra)
Kasper Schmeichel, Andreas Christensen (81m – Joachim Andersen), Simon Kjær, Jannik Vestergaard, Jens Stryger (70m – Daniel Wass), Pierre-Emile Højbjerg, Thomas Delaney (81m – Mathias Jensen), Joakim Mæhle, Martin Braithwaite, Mikkel Damsgaard (59m – Christian Nørgaard) e Kasper Dolberg (59m – Yussuf Poulsen)
0-1 – Thomas Delaney – 5m
0-2 – Kasper Dolberg – 42m
1-2 – Patrik Schick – 49m
“Melhor em campo” – Thomas Delaney
Amarelos – Michael Krmenčík (84m) e Tomáš Kalas (86m)
Árbitro – Björn Kuipers (Países Baixos)
Bakı Olimpiya Stadionu – Baku (17h00)
Entrando praticamente a ganhar, a Dinamarca soube tirar partido dessa vantagem precocemente alcançada para controlar o jogo, vindo mesmo a ampliar o marcador à beira do intervalo.
Na segunda parte, foi a R. Checa a marcar logo a abrir, reduzindo para a diferença mínima, o que motivou a equipa na procura do golo do empate. Porém, o conjunto dinamarquês conseguiria sempre anular as ofensivas contrárias, tendo, aliás, disposto de um par de ocasiões para poder chegar ao terceiro golo.
O desfecho desta eliminatória poderá ser considerado surpreendente, em função do que as duas equipas tinham exibido na fase de grupos, mas reflecte o que se passou esta tarde em campo.
EURO 2020 – 1/4 de final – Bélgica – Itália

1-2
Thibaut Courtois, Toby Alderweireld, Thomas Vermaelen, Jan Vertonghen, Thomas Meunier (69m – Nacer Chadli) (73m – Dennis Praet), Axel Witsel, Youri Tielemans (69m – Dries Mertens), Thorgan Hazard, Kevin De Bruyne, Jeremy Doku e Romelu Lukaku
Gianluigi Donnarumma, Giovanni Di Lorenzo, Leonardo Bonucci, Giorgio Chiellini, Leonardo Spinazzola (79m – Emerson dos Santos), Nicolò Barella, Jorge Frello Filho “Jorginho”, Marco Verratti (74m – Bryan Cristante), Federico Chiesa (90m – Rafael Tolói), Lorenzo Insigne (79m – Domenico Berardi) e Ciro Immobile (74m – Andrea Belotti)
0-1 – Nicolò Barella – 31m
0-2 – Lorenzo Insigne – 44m
1-2 – Romelu Lukaku (pen.) – 45m
“Melhor em campo” – Lorenzo Insigne
Amarelos – Marco Verratti (20m) e Domenico Berardi (90m); Youri Tielemans (21m)
Árbitro – Slavko Vinčić (Eslovénia)
Fußball Arena München – Munique (20h00)
A série de 14 vitórias consecutivas da Bélgica neste Campeonato da Europa (dez na fase de qualificação e quatro na fase final) foi interrompida por uma superior Itália, que – contando com o desfecho do prolongamento da eliminatória precedente – avançou para o 15.º triunfo nesta competição, em outros tantos desafios disputados (em paralelo, alcançando a 13.ª vitória sucessiva nos seus últimos 13 jogos)!
Na intensa partida desta noite, em Munique, os transalpinos, com uma excelente primeira parte, adquiriram vantagem que se revelaria intransponível – tendo ainda desperdiçado, pelo menos, uma outra soberana ocasião de golo -, mesmo que os belgas tivessem reduzido para a diferença mínima no minuto imediato ao segundo tento italiano (resultado de uma magnífica execução de Insigne).
Na segunda metade a equipa da Bélgica – ainda que condicionada pela ausência de Eden Hazard, e com De Bruyne a “meio gás” – porfiou, chegando mesmo a empurrar o adversário para a sua zona defensiva, nos minutos finais, procurando criar oportunidades, mas que acabariam por se revelar infrutíferas.
Uma Itália, a dar prova de saber gerir os vários momentos do jogo, quer a criar e a atacar, como, quando necessário, a defender (e, solidária, a “sofrer”), confirmando-se como um grupo muito consistente – apesar de, provavelmente, ter ficado privada de Spinazzola, por lesão – perfila-se como um dos principais candidatos ao título, tendo, agora, encontro marcado com a Espanha, em Wembley.
EURO 2020 – 1/4 de final – Suíça – Espanha

1-1 (1-3 g.p.)
Yann Sommer, Nico Elvedi, Manuel Akanji, Ricardo Rodríguez, Silvan Widmer (100m – Kevin Mbabu), Denis Zakaria (100m – Fabian Schär), Remo Freuler, Steven Zuber (90m – Christian Fassnacht), Xherdan Shaqiri (81m – Djibril Sow), Breel Embolo (23m – Ruben Vargas) e Haris Seferović (81m – Mario Gavranović)
Unai Simón, César Azpilicueta, Aymeric Laporte, Pau Torres (113m – Thiago Alcântara), Jordi Alba, Jorge Merodio “Koke” (90m – Marcos Llorente), Sergio Busquets, Pedro “Pedri” González (119m – Rodrigo “Rodri” Hernández), Ferran Torres (91m – Mikel Oyarzabal), Pablo Sarabia (45m – Dani Olmo) e Álvaro Morata (54m – Gerard Moreno)
0-1 – Denis Zakaria (p.b.) – 8m
1-1 – Xherdan Shaqiri – 68m
Desempate da marca de grande penalidade:
Sergio Busquets rematou ao poste
1-0 – Mario Gavranović
1-1 – Dani Olmo
Fabian Schär permitiu a defesa a Unai Simón
Rodrigo “Rodri” Hernández permitiu a defesa a Yann Sommer
Manuel Akanji permitiu a defesa a Unai Simón
1-2 – Gerard Moreno
Ruben Vargas rematou por alto
1-3 – Mikel Oyarzabal
“Melhor em campo” – Unai Simón
Amarelos – Silvan Widmer (67m) e Mario Gavranović (120m); Aymeric Laporte (90m)
Vermelho – Remo Freuler (77m)
Árbitro – Michael Oliver (Inglaterra)
Krestovsky Stadium – S. Petersburgo (17h00)
A Espanha esteve quase sempre “por cima” no jogo, mas, tendo deixado baixar o ritmo, permitiu que a Suíça pudesse ameaçar, e, inclusivamente, chegar mesmo ao golo. Sendo que, nos minutos imediatos, a formação espanhola, acusando o toque, como que “abanou”, galvanizando os helvéticos.
Porém, as circunstâncias do encontro alterar-se-iam substancialmente com a expulsão de Freuler, sancionado na sequência de uma entrada imprudente e perigosa sobre um adversário. Ainda assim, mesmo em superioridade numérica, a Espanha optou por não arriscar nos cerca de 15 minutos que se jogaram ainda no tempo regulamentar, preferindo levar a decisão para o prolongamento.
Nesse período extra – o segundo sucessivo para ambas as selecções -, os espanhóis foram, então, claramente dominadores, criando várias situações de perigo, todavia sem conseguir concretizar. Por seu lado, a equipa suíça – que, entretanto, fizera substituir todos os (seis) jogadores de campo, à excepção do trio defensivo – remetia-se à sua zona mais recuada, defendendo praticamente em cima da baliza.
Com o tempo a correr, a Espanha não teria contudo o discernimento para chegar ao golo, pelo que acabou por ter de se recorrer, outra vez, ao desempate da marca de grande penalidade, afinal o que os suíços agora tanto desejavam e em que tanto confiavam – em especial no desempenho do seu guardião – para poder superar o adversário.
Só que, desta vez – e mesmo tendo repetido o alinhamento dos jogadores chamados a tentar converter tais pontapés, face ao que tinha registado contra a França -, ao invés do pleno antes alcançado, somente conseguiriam converter uma das quatro tentativas de que dispuseram. A Espanha até tinha entrado muito mal, falhando logo na sua primeira tentativa (numa incrível série de “grandes penalidades” desperdiçadas), vindo ainda a permitir uma defesa a Sommer, mas, depois, marcaria nos outros três remates, com Unai Simón, com dois remates defendidos, a sair como “herói” deste apuramento para as meias-finais.
O Pulsar do Campeonato – Taça do Ribatejo – Final

(“O Templário”, 01.07.2021)
Culminando uma época memorável, que entra para a história da colectividade, o Sport Clube Desportos Glória do Ribatejo, fundado em 21 de Agosto de 1975, sagrou-se vencedor da edição de 2020-21 da Taça do Ribatejo, conquistando o mais importante troféu do seu palmarés, que junta aos títulos de Campeão Distrital averbados nas temporadas de 1976-77 e 1995-96 (II Divisão Distrital) e 2008-09 (3.º escalão).
Destaque – Glória do Ribatejo (que alcançara já um notável 7.º lugar no campeonato da I Divisão Distrital da presente época, aliás, em igualdade pontual com o 6.º classificado, U. Tomar) e Rio Maior SC (10.º no campeonato) disputaram uma inédita Final da 44.ª edição da Taça do Ribatejo, prova instituída pela Associação de Futebol de Santarém em 1976-77 (competição apenas interrompida logo na época imediata, de 1977-78 – sendo que em 2019-20 a prova fora suspensa, devido à pandemia, após a realização da 1.ª mão das meias-finais).
Na partida disputada no passado Domingo no Estádio Municipal do Cartaxo, com transmissão televisiva em directo no “Canal 11”, em paralelo com o regresso do público aos campos do Distrito (pese embora ainda sujeito a lotação limitada), repetiu-se o desfecho dos jogos das meias-finais (igualdade), implicando, portanto, novo desempate da marca de grande penalidade.
Após um primeiro tempo em branco, muito repartido, sem flagrantes oportunidades de golo, a formação da Glória começou por inaugurar o marcador aos 52 minutos, por via de um lance infeliz de um jogador riomaiorense, a introduzir a bola na sua própria baliza, quando procurava aliviar um lançamento em profundidade para a área. Ainda assim, a turma de Rio Maior, reagindo bem, criaria duas ocasiões de algum perigo antes de, aos 70 minutos, conseguir restabelecer o empate (1-1), o qual subsistiria até final do tempo regulamentar.
Passando-se de imediato ao desempate – não estando previsto, no regulamento da competição, a disputa de prolongamento –, o grupo da Glória voltou a ser mais eficaz (tal como sucedera nas meias-finais), com o pleno de cinco tentativas concretizadas, tendo a equipa de Rio Maior falhado uma das suas tentativas, com um remate bastante por alto.
Após cinco presenças nos 1/4 de final e três nas meias-finais, nos últimos oito anos, o clube da Glória do Ribatejo sagrou-se vencedor da Taça, logo na sua estreia na Final.
No palmarés da prova, após as 43 edições concluídas, o Fazendense é o único emblema com quatro títulos conquistados, seguido por um quarteto (formado por Tramagal, Riachense, Amiense e Coruchense), cada um com três Taças, e um pequeno “pelotão” de sete clubes, cada qual com dois títulos na “prova rainha”; o Glória do Ribatejo passou, agora, a ser o 25.º detentor do troféu.
II Divisão Distrital – Na última jornada da série Norte, tendo sido antecipado, já para o passado dia 5 de Junho, o jogo entre o Caxarias e o Abrantes e Benfica “B”, então vencido pelos visitados por 1-0, apenas foi realizado, no passado fim-de-semana, um único encontro, com o Vasco da Gama a receber e a bater o Espinheirense por 2-1, trespassando, assim, a posição de “lanterna vermelha” (6.º classificado, de entre os clubes que finalizaram a prova) à jovem equipa abrantina.
A Sul, o Salvaterrense confirmara já, a meio da semana passada, o objectivo crucial, a subida ao principal escalão, ao empatar (1-1) em Alpiarça, em partida que se encontrava em atraso da 14.ª jornada – o que, em paralelo, proporcionou ao Benavente, ganhando, no Sábado, em Fazendas de Almeirim, por 4-1, confirmar o 1.º lugar final nesta série.
A formação de Salvaterra de Magos, que venceu também, igualmente no Sábado, na derradeira ronda do campeonato, o Forense, em terreno alheio, por 3-2, beneficiou de, enquanto 2.º classificado, ter registado melhor média pontual (43 pontos em 18 jogos disputados) que o 2.º da série Norte, Fátima (28 pontos em 13 jogos), para garantir a promoção, a par dos vencedores das duas séries, At. Ouriense e Benavente – com este trio a substituir, na próxima época, na I Divisão, os clubes entretanto despromovidos: Entroncamento AC, Moçarriense e Riachense.
Torneio “Sub-21” – Não tendo sido possível realizar, na temporada agora finda, os Campeonatos Distritais de Juniores e de Juvenis – tal como os dos restantes escalões de formação –, a Associação de Futebol de Santarém promoveu a disputa, nos meses de Maio e Junho, de um Torneio “Sub-21”, no qual se inscreveram, de início, 19 equipas (antes, ainda em Janeiro, tinha já procurado arrancar-se com a realização desta prova, então com um total de 27 equipas inscritas; contudo, não fora sequer possível concluir-se, então, a jornada inaugural, pelo que teve de ser remodelada a estrutura do torneio).
Após a disputa de duas fases de grupos (na segunda dessas fases, os dois grupos principais integraram os dois primeiros classificados de cada um dos quatro grupos da 1.ª fase), realizaram-se no passado fim-de-semana, os jogos decisivos, para estabelecimento da classificação final.
Em Tomar, na Final do Torneio, o U. Tomar (vencedor dos seus grupos de qualificação, quer na 1.ª, como na 2.ª fase), recebeu a Ac. Santarém (vencedora do outro grupo principal da 2.ª fase). Alinhando com sete jogadores que, nesta época, chegaram a integrar, pontualmente, a equipa principal do clube, o U. Tomar teria, porém, uma má entrada em jogo, sofrendo um golo logo aos 3 minutos; depois, tendo restabelecido a igualdade já próximo do final da primeira parte, viria a sofrer novo tento mesmo em cima do intervalo, fixando o que viria a ser o desfecho: 1-2.
A jovem formação escalabitana sagrou-se, assim, vencedora deste Torneio, tendo o U. Tomar, com uma participação muito meritória, terminado no 2.º lugar. No jogo de apuramento de 3.º e 4.º classificados (entre as equipas que tinham terminado na 2.ª posição dos grupos principais da 2.ª fase da prova), o Entroncamento AC ganhou, igualmente por 2-1, ao Salvaterrense.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 1 de Julho de 2021)



