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Liga Europa – 1/8 Final (2ª mão)
2ª mão 1ª mão Total Anzhi - AZ 0-0 0-1 0-1 Valencia - Ludogorets 1-0 3-0 4-0 Napoli - FC Porto 2-2 0-1 3-2 Viktoria Plzen - Lyon 2-1 1-4 3-5 Betis - Sevilla (3-4 g.p.) 0-2 2-0 2-2 Benfica - Tottenham 2-2 3-1 5-3 Salzburg - Basel 1-2 0-0 1-2 Fiorentina - Juventus 0-1 1-1 1-2
Os clubes ibéricos continuam a “dar cartas” na Liga Europa, com um total de quatro das oito equipas apuradas para os 1/4 Final, equitativamente repartidas entre Portugal (Benfica e FC Porto – que, depois dos triunfos averbados na 1.ª mão, confirmaram o apuramento, curiosamente com duas igualdades pela mesma marca, a dois golos – num excelente resultado de conjunto para as equipas lusas) e Espanha (Valencia e Sevilla).
Itália (Juventus), França (Lyon), Holanda (AZ) e Suíça (Basel) são os outros países ainda com representação na prova, após uma eliminatória em que se destacam as perdas sofridas pela Itália (Napoli e Fiorentina), sendo também de notar que, nem Inglaterra, nem Alemanha, registam já qualquer representante na competição.
Para além do duelo fratricida entre Juventus e Fiorentina, destaque particular ainda para a acesa disputa entre os dois eternos rivais sevilhanos, com o Sevilla a responder na mesma moeda (vitória por 2-0 em terreno alheio, no Benito Villamarín, sob a arbitragem de Pedro Proença) à desfeita que sofrera no seu reduto, no Ramon Sanchez-Pizjuan, o que obrigou a um desempate da marca de grande penalidade, num particular duelo entre os guardiões Antonio Adán e o português Beto, em que o clube vermelho-e-branco acabaria por ser mais feliz, assim afastando da prova o destacado “lanterna vermelha” do campeonato espanhol.
Liga Europa – 1/8 Final (2ª mão) – Benfica – Tottenham
Benfica – Jan Oblak, Maxi Pereira, Luisão, Ezequiel Garay, Siqueira, Rúben Amorim, Filip Djuričić (71m – Enzo Pérez), Eduardo Salvio, André Gomes, Miralem Sulejmani (90m – Lazar Marković) e Óscar Cardozo (76m – Lima)
Tottenham – Brad Friedel, Kyle Naughton, Sandro, Zeki Fryers, Danny Rose, Aaron Lennon, Gylfi Sigurdsson, Nabil Bentaleb, Andros Townsend (76m – Christian Eriksen), Nacer Chadli e Roberto Soldado (71m – Harry Kane)
1-0 – Ezequiel Garay – 34m
1-1 – Chadli – 78m
1-2 – Chadli – 79m
2-2 – Lima (pen.) – 90m
Cartões amarelos – Luisão (10m) e Enzo Pérez (90m); Kyle Naughton (90m)
Árbitro – Damir Skomina (Eslovénia)
Excessivamente confiante na sequência do categórico triunfo alcançado na semana passada em Londres, em pleno White Hart Lane, a que se somou o golo obtido por Garay, culminando uma primeira meia-hora de superioridade benfiquista, frente a um Tottenham algo desfalcado, nomeadamente por lesões, a equipa do Benfica (também a prosseguir a política de rotação de jogadores, continuando a dar prioridade ao campeonato nacional), limitando-se, no segundo tempo, a deixar correr o tempo, segura de que a eliminatória estava absolutamente garantida, acabaria por sofrer um grande susto no derradeiro quarto de hora.
De facto, ao tento do empate da formação inglesa, seguiu-se, no minuto imediato, segundo golo, que deixava o Tottenham a apenas um golo de, sensacionalmente, poder igualar a eliminatória. E, aí, com cerca de dez minutos para jogar, o Benfica tremeu, com os londrinos a reclamar ainda um lance de grande penalidade, praticamente a findar o tempo regulamentar, e com o guardião Oblak, com uma defesa de belo efeito, a preservar a preciosa vantagem no conjunto das duas mãos, assim evitando um imprevisível prolongamento.
Já em período de descontos, o penalty surgiria, sim, mas a favor da turma portuguesa, num lance indiscutível, em que Lima foi grosseiramente derrubado na grande área; o mesmo Lima, com uma serena conversão, possibilitaria, finalmente, o “respirar de alívio” de todos os benfiquistas.
Mais uma lição que deverá ser retida, a de que os jogos duram até aos 90 minutos (na realidade, para lá deles, mesmo), e que, em alta competição, não há lugar a poupanças excessivas, e, muito menos, ao “desligar dos motores”; é que, depois de as coisas se complicarem, é, geralmente, muito mais difícil, retomar o ritmo perdido.
No conjunto das duas mãos o Benfica foi claramente superior, merecendo, com toda a justiça, o apuramento para os 1/4 Final da Liga Europa, fase que atinge, a nível das provas europeias, pela quinta vez consecutiva, portanto em todos os anos do consulado do técnico Jorge Jesus. Apenas por distracção, se viu hoje obrigado a sofrer, durante cerca de um quarto de hora, sem qualquer necessidade de ter passado por tal. Um importante aviso para este final de época, de modo a não repetir erros de um passado recente.