Mundial de Râguebi – 1/4 Final
9 Outubro, 2011 at 10:23 am Deixe um comentário
08.10.11 – Irlanda – País Gales – 10-22
08.10.11 – Inglaterra – França – 12-19
09.10.11 – África Sul – Austrália – 9-11
09.10.11 – N. Zelândia – Argentina – 33-10
E, nos dois primeiros jogos dos 1/4 Final, aí estão duas grandes surpresas, com as vitórias do País de Gales (que, não obstante, já tivera um bastante bom desempenho na fase de grupos, apenas tendo cedido pela margem mínima de 1 ponto face à África do Sul), derrotando a Irlanda (sensacional vencedora da Austrália); e, principalmente, da França sobre a Inglaterra, assim limpando a péssima imagem do jogo frente a Tonga, ao mesmo tempo que tem a sua doce desforra das eliminações infligidas pelos ingleses, nas 1/2 Finais da competição, nas duas anteriores edições do Mundial.
Galeses ou gauleses? Quem disputará a Final com o representante do hemisfério Sul?
Na primeira partida, o País de Gales começou muito bem, conseguindo um ensaio logo ao terceiro minuto, colocando-se em vantagem por 7-0. Até final do primeiro tempo, apenas dois pontapés de penalidade convertidos, um para cada equipa, colocaram o marcador em 10-3. No segundo tempo, seriam os irlandeses a entrar melhor, ripostando com um ensaio logo aos 4 minutos, empatando o jogo a 10-10. Contudo, afirmando-se na fase decisiva do encontro, com mais dois ensaios, aos 51 e 64 minutos (não tendo o primeiro deles sido convertido) – e tendo ainda cometido a proeza de acertar ora num, ora noutro poste, noutros dois pontapés de penalidade -, os galeses colocavam o marcador final numa expressão impressiva, de 22-10, sem que os irlandeses revelassem então já capacidade de reacção.
No encontro entre França e Inglaterra, os franceses começariam por ganhar confiança, com duas penalidades convertidas no primeiro quarto de hora, colocando o marcador em 6-0 (tendo ainda, entretanto, já ameaçado o ensaio), o que os impulsionaria então para dois ensaios que acabariam por se revelar decisivos, aos 22 minutos, e à passagem da meia hora de jogo, ampliando a marca para uns esmagadores 16-0 ao intervalo (sem que nenhum dos ensaios tivesse sido convertido). A reacção inglesa seria tardia e insuficiente: conseguiriam ainda, também, dois ensaios, aos 54 e aos 77 minutos (num lance controverso, decidido pela arbitragem após consulta das imagens), alcançando um total de 12 pontos (não convertendo o segundo dos ensaios); contudo, os franceses, já aos 72 minutos, noutra penalidade, haviam novamente dilatado a sua vantagem, para uma diferença que lhes garantia tranquilidade quanto à vitória final (tendo ainda, já na fase derradeira do jogo, acertado no poste, em mais uma penalidade), fixando-se a contagem final em 19-12.
Para o segundo dia dos 1/4 Final, em função dos alinhamentos decorrentes das classificações da fase de grupos – em particular na sequência da derrota dos australianos frente a irlandeses -, ficou desde logo agendado um encontro de titãs, com uma das equipas candidatas ao título (África do Sul ou Austrália) a ter de quedar-se por esta fase, ainda algo prematura, da competição… Do último jogo, e pese embora a Argentina ter afastado a Escócia, ninguém esperaria que a Nova Zelândia enfrentasse, nesta eliminatória, uma efectiva oposição na sua caminhada que visa a conquista do título.
E, numa partida muito disputada, um único ensaio, logo aos 11 minutos, algo “contra a corrente do jogo” desses minutos iniciais, acabaria por proporcionar à equipa australiana uma vantagem (5-0) que, no final do encontro, se viria a revelar determinante, ainda para mais, quando, pouco depois do quarto de hora, na conversão de uma penalidade, a contagem aumentou para 8-0. Porém, o jogo não estava ainda decidido: encetando uma boa reacção, os sul-africanos começariam por reduzir para 3-8, em cima do intervalo, para – depois de, logo no recomeço, terem visto um ensaio não validado, devido a um passe para a frente, por uma “unha negra” -, no espaço de 5 minutos, entre os 55 e os 60 minutos, com mais dois pontapés bem direccionados, passarem mesmo para a frente do marcador, com 9-8! A apenas 8 minutos do fim, e apesar da superioridade territorial da África do Sul ao longo do tempo, o “golpe de teatro” definitivo, com uma nova penalidade, a permitir à Austrália fixar o resultado em 11-9, assim eliminando os Campeões do Mundo em título.
No derradeiro encontro, a equipa da casa confirmaria amplamente o seu favoritismo, vencendo por margem dilatada, de 33-10. Mas o desenrolar do jogo não seria tão fácil quanto o resultado final parece indicar. Apesar de a Nova Zelândia ter começado por pontuar, com duas penalidades, aos 13 e 26 minutos, colocando o marcador em 6-0, seriam mesmo os argentinos a conseguir o primeiro ensaio, à passagem da meia hora, passando então a liderar por 7-6… Até final do primeiro tempo, os neo-zelandeses mais não conseguiriam que outros dois pontapés convertidos, chegando assim ao intervalo em vantagem, por 12-7. O jogo voltaria a animar, aos 6 minutos da segunda parte, com a Argentina a reduzir para 10-12. Duas novas penalidades, aos 50 e 59 minutos, permitiriam à Nova Zelândia dilatar a vantagem para 18-10; mas só próximo do termo do encontro o marcador se desnivelaria de forma decisiva, com o primeiro ensaio da selecção da casa a surgir apenas aos 67 minutos, dando então (23-10), finalmente, a certeza da vitória, que seria confirmada ainda com mais um pontapé certeiro aos 73 minutos, e, por fim, um segundo e derradeiro ensaio, a 3 minutos do final.
Depois destes 4 emocionantes jogos, a competição avança, no próximo fim-se-semana, agora para as 1/2 Finais (já sem o Campeão do Mundo em título, África do Sul), com o seguinte alinhamento:
15.10.2011 – País Gales – França
16.10.2011 – Austrália – Nova Zelândia
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