Archive for 1 Outubro, 2011
Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins – Final
Final – Espanha – Argentina – 5-4
3º / 4º lugar – Portugal – Moçambique – 9-2
5º / 6º lugar – Itália – Chile – 4-0
7º / 8º lugar – França – Brasil – 5-4
9º / 10º lugar – Suíça – Alemanha – 3-3 (4-3 a.p.)
11º / 12º lugar – Angola – Colômbia – 3-1
13º / 14º lugar – EUA – Holanda – 5-0
15º / 16º lugar – Inglaterra – África Sul – 7-4
Num Mundial que se revelou bastante equilibrado entre as 3 selecções do pódio, a Espanha, vencendo na Final a equipa da casa, Argentina (numa partida em que esteve sempre à frente no marcador, tendo inclusivamente conseguido garantir uma margem confortável ainda no início da segunda parte), conquistou o seu 15º título de Campeã Mundial de Hóquei em Patins – quarto consecutivo e quinto nas últimas 6 edições da competição (apenas tendo cedido em 2003, ano da última vitória portuguesa) –, assim igualando Portugal no número de triunfos em Campeonatos do Mundo, passando a partilhar a supremacia histórica na modalidade, tendo portanto as duas selecções vencido um total de 30 das 40 edições da prova (Argentina e Itália somam 4 títulos cada; a Inglaterra venceu as duas primeiras edições).
Depois da boa exibição no jogo das 1/2 finais, de “amarga” memória, a selecção portuguesa cumpriu hoje a sua obrigação, vencendo com naturalidade uma já muito desgastada equipa de Moçambique. Portugal obteve assim, pela 13ª vez no seu historial, a 3ª posição na classificação final (para além de 15 títulos de Campeão do Mundo, 9 vice-campeonatos, 2 quartos lugares e 1 sexto lugar).
Ao invés da excelente classificação obtida por Moçambique, com um muito honroso 4º lugar, decepcionantes foram as prestações de Angola – país que será o organizador do próximo Mundial, em 2013 –, apenas 11º classificada, depois da proeza do 6º lugar alcançado há dois anos, assim como do Brasil, a cair do 4º lugar de 2009 para a 8ª posição.
Foram despromovidas ao Grupo B do Campeonato do Mundo, as selecções posicionadas nos 3 últimos lugares da tabela final: Holanda (um país com historial prestigiante na modalidade, já vice-campeã do Mundo), Inglaterra (que dominou os primórdios do hóquei em patins, conforme referido, bi-campeã mundial nas duas primeiras edições, no final da década de 30 do século passado) e África do Sul (que fez neste campeonato a sua estreia entre a elite mundial).
How to Prevent a Depression
[…] Sixth, even if Greece and other peripheral eurozone countries are given significant debt relief, economic growth will not resume until competitiveness is restored. And, without a rapid return to growth, more defaults – and social turmoil – cannot be avoided.
There are three options for restoring competitiveness within the eurozone, all requiring a real depreciation – and none of which is viable:
· A sharp weakening of the euro towards parity with the US dollar, which is unlikely, as the US is weak, too.
· A rapid reduction in unit labor costs, via acceleration of structural reform and productivity growth relative to wage growth, is also unlikely, as that process took 15 years to restore competitiveness to Germany.
· A five-year cumulative 30% deflation in prices and wages – in Greece, for example – which would mean five years of deepening and socially unacceptable depression; even if feasible, this amount of deflation would exacerbate insolvency, given a 30% increase in the real value of debt.
Because these options cannot work, the sole alternative is an exit from the eurozone by Greece and some other current members. Only a return to a national currency – and a sharp depreciation of that currency – can restore competitiveness and growth.
Leaving the common currency would, of course, threaten collateral damage for the exiting country and raise the risk of contagion for other weak eurozone members. The balance-sheet effects on euro debts caused by the depreciation of the new national currency would thus have to be handled through an orderly and negotiated conversion of euro liabilities into the new national currencies. Appropriate use of official resources, including for recapitalization of eurozone banks, would be needed to limit collateral damage and contagion. […]
(Nouriel Roubini – sublinhados meus)
Entrevista a António Guterres
«Porque é que não sente motivação para regressar à política? Foi uma má experiência?
Eu acho que na vida há diversos tempos, sabe… quando se escreve um livro, escrevem-se vários capítulos, e não se volta a escrever o primeiro capítulo, ou o segundo, e acho que, na nossa vida, nós temos várias coisas que são importantes. Eu comecei a minha actividade, e comecei-me a interessar pela política, por sentir que as acções como estudante, que desenvolvi, em bairros de lata de Lisboa, não, só por si, não eram resposta; que a resposta era uma resposta de natureza política…
Foi deputado muito cedo…
…mas depois também percebi… por causa da Revolução… mas depois também percebi que a política tem as suas limitações, e, de alguma forma, estou hoje a regressar à origem; mas penso que há uma linha, há um fio condutor nisso e acho que o que eu estou a fazer hoje é exactamente o que eu queria fazer nesta fase da minha vida. E acho que faz sentido, e acho que aquilo que aprendi na política é extremamente útil no contributo que hoje procuro dar, para que a minha organização seja tão eficaz quanto possível, para resolver os problemas das pessoas que… com que nos empenhamos.
Repare: embora nós tenhamos que manter uma estrita neutralidade, uma estrita imparcialidade – faz parte das nossas regras –, não podemos ter uma actividade política, a verdade é que ter uma experiência política ajuda muito. Até há bem pouco tempo, nós tínhamos elementos do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, nas nossas instalações na Síria, entrevistando iraquianos, para reinstalação, para poderem ir viver para os Estados Unidos, refugiados iraquianos.
Ora bem, a complexidade destas relações, como pode compreender – isto no tempo da Administração Bush –, exige uma experiência de natureza política; e, por isso, o facto de eu ter feito política como fiz na minha vida, nacional e internacional, acho que hoje me ajuda a, numa perspectiva de estrita imparcialidade, a resolver alguns problemas, e a criar condições, sobretudo, para que as pessoas com que nos empenhamos, aqueles que são os mais vulneráveis, dos mais vulneráveis, possam ter uma solução para o seu drama.
Por tudo isso que acaba de dizer, rejeita em absoluto uma candidatura presidencial?…
Eu não tenho, como já disse várias vezes, qualquer intenção de regressar à vida política portuguesa, acho que é um capítulo que fiz e que, hoje, está encerrado… Hoje estou noutro, e, neste momento, estou totalmente empenhado naquilo que estou a fazer…
Também já disse que acredita que o Secretário-geral da ONU vai ser reeleito… O que é que se imagina a fazer depois deste segundo mandato?
Não faço a mínima ideia, nem estou sequer preocupado… Bem, estando… também vai começar a ser tempo de pensar na reforma… mas, neste momento, não estou nada preocupado com isso; ainda tenho uma série de anos pela frente, e o que me preocupa é fazer o melhor possível o que estou a fazer.
Quando a gente começa a fazer grandes planos para o futuro, começa a atrapalhar aquilo que faz neste momento; e, neste momento, acho que aquilo que estou a fazer justifica que me dedique inteiramente a isso.»
(Entrevista de Sandra Sousa a António Guterres – Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados -, transmitida pela RTP, a 30.09.2011).
Para memória futura, aqui fica um excerto…
A forma, mais que sucinta (13 segundos!…), como respondeu à pergunta-chave não pode deixar de ser considerada reveladora.