Memória Virtual

"PELOS CAMINHOS DA BLOGOSFERA" (III)

30 Abril, 2004 at 8:30 am 5 comentários

(ou) QUANDO “SEM NADA” É TANTO…

A “sacana” da Catarina “foi-se embora” – ver entrada de 29.04.04… e deixa-nos apenas páginas em branco.
Chamo-lhe “sacana” afectuosamente… (“inspirado” no Ivan).

Fez precisamente ontem 10 meses que a “conheci”.

Tal como no “slogan” de Fernando Pessoa, “no princípio estranha-se, depois entranha-se”.

Passados 2 ou 3 dias de a “conhecer”, dei comigo a pensar: “como é possível que, escrevendo «sobre nada», se torne assim «irresistível»?”.

Até que, poucos dias depois (a 9 de Julho), a Catarina se “meteu comigo” – foi a primeira a dar pelo então “aaanumberone” (ao fim de 10 dias de “existência”) -, quando me atribuiu o “prémio actualizem os blogs, que não tenho o dia todo”.

E a Catarina avisava: “O primeiro palerma que linkar este blog por causa do prémio, fica logo sem ele. Aqui não se aplica a teoria do lava-costas a dois”. “Felizmente”, eu já o tinha linkado antes!

O 100nada já se tinha tornado uma visita diária obrigatória.

Depois, mais tarde, a seguir às férias de Verão, a Catarina deu-me o privilégio de começar a referir-se simpaticamente ao meu “blogue”. E, obviamente (o ego “fala mais alto”.), se já tinha uma admiração pela sua escrita, aumentou a empatia que viria a ser reforçada ao longo do tempo, tornando-se naturalmente na minha maior “amiga virtual” na blogosfera.

A Catarina já ameaçara parar por mais de uma vez; tinha mesmo chegado a apagar o “100nada” (a 7 de Novembro), para voltar novamente em “grande estilo”, cada vez mais “indispensável”.

Há coisas que não podemos deixar cair num qualquer “buraco negro etéreo”.

Por isso, a minha “homenagem” à Catarina aqui fica, através das suas próprias palavras, que diziam, no “primeiro dia“, a 19 de Maio:

“de nada, porque é de nada que se trata… que é como quem diz, tudo isto é treta. mas e o resto, não é treta, também? ah, claro, posso dizer, que giro tenho um blog. agora estou up-to-date, é bem. mando o link, venham aqui ver-me a bater punhetas de janela aberta. deixo o diário aberto, esqueci-me dele em cima da mesa do quarto, que maçada, toda a gente vai ler e agora? vão saber como é que eu sou, o que é que penso…

…o que vale é que toda a gente é ninguém (só tu, meu vento do sul, só escrevo para ti) e o que eu penso, o que eu penso vale tanto como tudo o resto: nada”.

“Tchau Catarina”.

“See you”.

Até breve, noutro “100nada” qualquer!

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