Archive for 26 Abril, 2004
EURO 2004 (XXI) – 1980
Pela primeira vez, o país organizador (Itália) passou a estar apurado de “ofício” para a fase final – a partir da VI Edição do Campeonato da Europa -, com novo formato, com 8 “finalistas”, repartidos em 2 grupos, com os vencedores de cada grupo a disputar a Final.
Tal implicou um “rearranjo” dos grupos da fase de qualificação (reduzidos de 8 para 7, apurando-se o vencedor de cada grupo); com 32 participantes (apenas 31 sujeitos a disputar a qualificação), foram divididos em 3 grupos de 5 países e 4 grupos de 4 equipas.
A RFA tornou-se o primeiro país a bisar a conquista do Campeonato da Europa, tendo, para tal, de vingar a derrota frente à Checoslováquia na edição anterior.
A equipa “da casa”, a Itália, seria novamente afastada por uma surpreendente Bélgica, vencedora do grupo na fase final, também à frente da Inglaterra e Espanha, acabando por baquear na final contra a “técnica da força” de Hrubesch, Kaltz, Rummenigge “e companhia”.
Portugal voltou a primar pela irregularidade, sendo novamente eliminado na fase de qualificação, pela Bélgica, ficando ainda atrás da Áustria, terminando portanto em 3º lugar no grupo. Depois do empate inicial em casa com a Bélgica, conseguiria uma importante vitória na Áustria, para além de duas vitórias sobre a Noruega, mas deitaria tudo a perder nos dois últimos jogos, com a derrota caseira com a Áustria e uma “mini-goleada” sofrida na Escócia (1-4).
“Goleadas” que ficaram, desta vez, “a cargo” de Malta (0-8 com a RFA e 0-7 com o P. Gales) e do Chipre (0-5 com a Espanha e Jugoslávia), tendo ainda a Grécia (que venceria um grupo muito equilibrado – em que a URSS seria última classificada -, apurando-se para a fase final) derrotado a Finlândia por 8-1.
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CONSTRUIR ABRIL
Esta era a .última grande oportunidade. para comemorar o .25 de Abril..
30 anos são já .uma vida.!
Mas é um decurso de tempo que permitiu que a generalidade dos participantes naquele histórico dia de 1974 (com as grandes excepções de Salgueiro Maia e de Melo Antunes) pudessem trazer-nos ainda as suas .memórias vivas..
Os portugueses (de praticamente .todos os quadrantes.) souberam aproveitar essa .última grande oportunidade., conseguindo unir-se e associar-se à comemoração da liberdade e da abertura à democracia.
Tal como nestes 30 anos, mas, a partir de agora cada vez com mais pertinência, mais do que recordar o passado, será necessário .construir. Abril no .dia a dia., nos seus significados essenciais, o do reforço da democracia e o do desenvolvimento de Portugal.
Uma nota final para sublinhar – como refere Paulo Querido -, o activo papel da .blogosfera. nestas comemorações, acabando por contribuir para despoletar o debate .lá fora, no mundo real. . é de elementar justiça destacar o seu próprio contributo, assim como o de Zé Nuno e André Luz (Grão de Areia), José Mário Silva (Blogue de Esquerda), Daniel Oliveira (Barnabé) e “Dona Vi” (A Internet Para as Domésticas) que, com o .blogue. .Aqui Posto de Comando., possibilitaram agregar mais de 500 textos evocativos da data.
Finalmente, a referência a alguns artigos publicados nos .media tradicionais.: de Vital Moreira, no Público; de Nuno Severiano Teixeira, no Diário de Notícias; de António Barreto e de Mário Mesquita, também ambos no Público… e, a fechar, noutra perspectiva, Vasco Pulido Valente (também no Diário de Notícias).
P. S. Devo também um agradecimento especial a todos aqueles que proporcionaram que, ontem . o dia .D. ., o Memória Virtual fosse o segundo .blogue. mais visitado no sistema Weblog.com.pt (logo após o .imbatível. Barnabé, que abriu também as suas .portas. aos textos dos leitores). Obrigado!
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UMBERTO ECO – O PÊNDULO DE FOUCAULT (VIII)
Se não podes vencê-los, junta-te a eles. Filipe pediu para ser nomeado Templário honorário. Resposta negativa. Ofensa que um rei não pode esquecer.
HÁ 30 ANOS, A ESTA HORA (XVI)
Cerca da 01h25, Spínola, acompanhado pelos restantes membros da formada .Junta de Salvação Nacional. (Rosa Coutinho, Pinheiro de Azevedo, Costa Gomes, Jaime Silvério Marques e Galvão de Melo . sendo que Diogo Neto se encontrava em Moçambique), procede a comunicação ao país do programa da “Junta” (ver em “entrada estendida”).
Pelas 6 horas da manhã, o almirante Américo Thomaz, o prof. Marcello Caetano, os ex-ministros Moreira Baptista e Silva Cunha, eram conduzidos, sob escolta militar, para o Aeródromo Base 1, tendo embarcado num avião da Força Aérea, que os transportou para a ilha da Madeira.
Ao som de uma marcha militar americana, da autoria de John Philipp De Souza (que pode ouvir aqui), a Revolução triunfara, abrindo portas à democracia (que viria ainda a ser necessário consolidar no termo do processo revolucionário), condição indispensável para que, alguns anos mais tarde, fosse possível a integração plena de Portugal na Comunidade Económica Europeia, entretanto fortalecida com a transformação em União Europeia, um dos factores decisivos na Evolução que o país viria a registar.
P. S. Ao longo dos últimos dias, aqui foram sendo divulgados um conjunto de elementos históricos, essencialmente recolhidos na excelente página do Instituto Camões, que procurei ir fazendo “reviver”, celebrando e transmitindo a “memória viva” de um período-chave da nossa história colectiva.
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