Grandes clássicos das competições europeias – (6) Real Madrid – Inter
17 Março, 2020 at 7:00 pm Deixe um comentário
Época Prova Ronda 1.ª Mão 2.ª mão 1963-64 TCE Final Inter-Real Madrid 3-1 (Est. Prater, Viena) 1965-66 TCE 1/2 Real Madrid-Inter 1-0 Inter-Real Madrid 1-1 1966-67 TCE 1/4 Inter-Real Madrid 1-0 Real Madrid-Inter 0-2 1980-81 TCE 1/2 Real Madrid-Inter 2-0 Inter-Real Madrid 1-0 1982-83 TVT 1/4 Inter-Real Madrid 1-1 Real Madrid-Inter 2-1 1984-85 UEFA 1/2 Inter-Real Madrid 2-0 Real Madrid-Inter 3-0 1985-86 UEFA 1/2 Inter-Real Madrid 3-1 Real Madrid-Inter 5-1 1998-99 LCE Grupo Real Madrid-Inter 2-0 Inter-Real Madrid 3-1 Balanço global J V E D GM GS Real Madrid - Internazionale 15 6 2 7 20 – 19
Sem se defrontarem já há mais de vinte anos, Real Madrid e Inter pontuam um dos duelos mais empolgantes do historial das competições europeias, com uma Final e quatro meias-finais (para além de outros dois embates, nos 1/4 de final) entre estes dois emblemas, com tendência indefinida, pese embora a ligeiríssima vantagem italiana em número de vitórias.
Tendo começado por se sagrar Campeão Europeu em 1963-64 – batendo o Real Madrid, em Viena, por 3-1 (com bis de Sandro Mazzola) -, o Inter (então orientado por Helenio Herrera) viria, contudo, a ser afastado em todas as quatro meias-finais disputadas (as duas últimas, em 1985 e 1986, após notáveis “remontadas” do Real), apenas tendo superado uma das seis eliminatórias em que se cruzou com este adversário (na já distante temporada de 1966-67).
Em 1966, perante o então bi-Campeão da Europa (o Inter revalidara o título, em 1964-65, em casa, frente ao Benfica), o Real Madrid averbava – mercê de uma tangencial vitória caseira (1-0) e de uma igualdade a um golo em Milão – a sua oitava presença na Final da Taça dos Campeões Europeus (em onze edições da prova), para conquistar pela sexta vez o troféu, ao ganhar ao Partizan de Belgrado por 2-1.
No ano seguinte, o Inter (ainda com o “feiticeiro” Herrera “ao leme”) seria mais efectivo, triunfando nos jogos das duas mãos dos 1/4 de final, confirmando o 1-0 registado em casa com uma mais afirmativa vitória em Madrid, por 2-0. Acabaria, porém, por perder a Final da edição de 1966-67 da Taça dos Campeões Europeus, disputada no Estádio Nacional, em Lisboa, ante o Celtic.
Já na década de 80, logo na temporada de 1980-81, o Real Madrid (em cujo “onze” alinhavam Camacho e Del Bosque) como que “devolveria” o 2-0 com que fora batido em 1967, o suficiente para acomodar o efeito da derrota por 1-0 em Milão, proporcionando-lhe – após um interregno de 15 anos – regressar à Final da principal competição europeia de clubes, a qual, contudo, viria a perder, no Parque dos Príncipes, em Paris, ante o Liverpool.
Dois anos volvidos, Inter e Real Madrid voltavam a “medir forças”, desta vez na Taça dos Vencedores das Taças (1/4 de final), com os espanhóis quase a replicar o desfecho da eliminatória de 1966, empatando outra vez em Milão (1-1), ganhando em Madrid, na 2.ª mão, por tangencial 2-1. O Real afastaria de seguida (nas meias-finais) o Austria de Viena, tendo marcado presença na Final, em Gotemburgo, acabando, porém, por ser novamente desfeiteado, agora pelo sensacional Aberdeen, de Alex Ferguson.
Outros dois anos decorridos e espanhóis e italianos tornavam a cruzar-se, agora nas meias-finais da Taça UEFA da época de 1984-85, com o Real Madrid (tendo então por núcleo a “Quinta del Buitre”, com Butragueño, Martín Vázquez, Míchel ou Sanchís), depois de ter perdido em Milão por 2-0, a obter um convincente triunfo por 3-0 na 2.ª mão, o que lhe conferiu direito a mais uma Final, a qual os “merengues” – ganhando igualmente por categórico 3-0 na Hungria (golos de Michel, Santillana e Valdano), ante o Videoton – logo deixaram definida a seu favor (permitindo-se inclusivamente perder a 2.ª mão, no “Santiago Bernabeu”, por 0-1), conquistando o primeiro troféu nessa competição. Já antes, nos 1/8 de final, o Real Madrid invertera um 0-3 face ao Anderlecht com uma fantástica goleada por 6-1 em Madrid…
Culminando uma fase de frequentes embates, Real Madrid e Inter voltariam a encontrar-se logo na temporada imediata, de 1985-86, outra vez nas meias-finais da Taça UEFA. De facto, no decurso de um período de cinco anos, entre 1981 e 1986, defrontaram-se por oito vezes, em quatro eliminatórias.
Os “nerazzurri” venceriam, outra vez, a partida da 1.ª mão (por 3-1), desvantagem a que o Real daria, de novo, cabal resposta, goleando por 5-1… após prolongamento (com Hugo Sánchez e Santillana ambos a bisar no marcador). Uma recuperação que se seguia a uma outra fabulosa “remontada” do Real Madrid, também nos 1/8 de final, anulando uma desvantagem de 1-5 perante o Borussia Mönchengladbach, mercê de um impressionante 4-0 em Madrid.
Por curiosidade, tal como sucedera no ano anterior, a formação espanhola repetiria aquele mesmo “placard” (5-1) na 1.ª mão da Final, frente ao Köln, pelo que a vitória (2-0) dos alemães, em desafio disputado em Berlim, mais não seria que o atenuar da expressão do triunfo do Real Madrid, bisando assim a conquista da Taça UEFA, em dois anos consecutivos.
A última vez que Inter e Real se reencontraram foi já em 1998 – poucos meses depois de o emblema espanhol ter conquistado a sua primeira “Liga dos Campeões”, sagrando-se Campeão Europeu pela sétima vez -, integrando o mesmo grupo da “Champions”, tendo cada clube vencido o jogo disputado no respectivo reduto: 2-0 em Madrid; 3-1 em Milão.
Ambas as equipas seguiriam em frente (o Real como um dos dois melhores segundos classificados de entre os seis grupos), vindo, todavia, a quedar-se logo na primeira ronda a eliminar (1/4 de final): os “merengues”, batidos pelo Dínamo de Kiev; o Inter, suplantado pelo Manchester United (que acabaria por vencer a épica final de Camp Nou, em Maio de 1999, ante o Bayern).
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