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Grandes clássicos das competições europeias – (8) Real Madrid – Borussia Dortmund
Época Prova Ronda 1.ª Mão 2.ª mão 1997-98 LCE 1/2 R.Madrid-B.Dortm. 2-0 B.Dortm.-R.Madrid 0-0 2002-03 LCE Grupo R.Madrid-B.Dortm. 2-1 B.Dortm.-R.Madrid 1-1 2012-13 LCE Grupo B.Dortm.-R.Madrid 2-1 R.Madrid-B.Dortm. 2-2 2012-13 LCE 1/2 B.Dortm.-R.Madrid 4-1 R.Madrid-B.Dortm. 2-0 2013-14 LCE 1/4 R.Madrid-B.Dortm. 3-0 B.Dortm.-R.Madrid 2-0 2016-17 LCE Grupo B.Dortm.-R.Madrid 2-2 R.Madrid-B.Dortm. 2-2 2017-18 LCE Grupo B.Dortm.-R.Madrid 1-3 R.Madrid-B.Dortm. 3-2 Balanço global J V E D GM GS Real Madrid - Borussia Dortmund 14 6 5 3 24 – 19
Real Madrid e Borussia Dortmund apenas há pouco mais de vinte anos se cruzaram pela primeira vez nas competições europeias, tendo todos os 14 jogos que disputaram sido realizados já no âmbito da Liga dos Campeões.
Tal como registado entre Barcelona e Celtic, também neste caso os dois clubes se cruzaram em eliminatórias por três ocasiões (duas delas nas meias-finais), tendo integrado o mesmo grupo da Liga dos Campeões em quatro temporadas, com a particularidade de se terem defrontado por quatro vezes na época de 2012-13.
O balanço global é claramente favorável ao Real Madrid (seis vitórias a três), tendo, paralelamente, ganho duas das três eliminatórias entre ambos.
Em 1997-98, a meia-final ante o então Campeão Europeu em título, B. Dortmund, foi o passaporte do Real – ganhando 2-0 em casa (com uma história caricata pelo meio) e empatando na Alemanha – para a Final de Amesterdão, na qual (batendo a Juventus por 1-0) conquistaria (então sob o comando técnico de Jupp Heynckes, contando com nomes como os de Roberto Carlos, Seedorf e Morientes) a sua primeira “Liga dos Campeões”, sagrando-se Campeão Europeu pela 7.ª vez, assim colocando, enfim, termo a um prolongado jejum, que perdurava há 32 anos.
Na temporada de 2012-13 – já depois de se terem cruzado na fase de Grupos, com triunfo caseiro do Borussia e empate em Madrid, tendo seguido ambos os clubes em frente, para a fase a eliminar -, a formação de Dortmund impôs-se nas meias-finais, após uma goleada por 4-1 no Westfalenstadion, assinalada com um magnífico “poker” de Robert Lewandowski, com Jürgen Klopp a bater José Mourinho e… Cristiano Ronaldo (autor do “tento de honra” dos merengues). O emblema germânico viria, contudo, a perder a Final, no Estádio de Wembely, ante a também equipa alemã do Bayern.
O Real Madrid (agora liderado por Carlo Ancelotti, com Pepe, Fábio Coentrão e Cristiano Ronaldo na equipa) voltaria a ter sucesso após eliminar o B. Dortmund, em 2013-14 (vitória por 3-0 em casa, tendo sofrido em Dortmund, onde perdeu 0-2, com Iker Casillas a “salvar” a eliminatória) – desforrando-se assim da desfeita da edição precedente -, numa época em que tornou a afastar nas meias-finais o então detentor do título, neste caso o Bayern, com um categórico 4-0 em Munique, antes de conquistar a “10.ª”, na Final de Lisboa (Estádio da Luz), batendo o At. Madrid por 4-1 (depois de ter chegado ao empate já em tempo de compensação, marcando mais três golos no prolongamento).
Antes, em 2002-03, Real e Borussia tinham-se encontrado na segunda fase de Grupos, com uma vitória dos espanhóis (2-1) e uma igualdade (1-1), o que ditaria o apuramento do conjunto de Madrid, em detrimento do de Dortmund (3.º classificado, num grupo vencido pelo AC Milan). O Real Madrid afastaria, nos 1/4 de final, o Manchester United, vindo, todavia, interrompida a sua campanha nas meias-finais, eliminado pela Juventus.
Em anos mais recentes, registam-se dois empates a duas bolas, em 2016-17, e duas vitórias do Real Madrid, na edição imediata da “Champions”.
Na primeira destas duas temporadas, o Borussia Dortmund afastaria o Benfica (1/8 de final), antes de ser eliminado pelo Monaco, tendo, surpreendentemente, perdido os jogos das duas mãos. Por seu lado, o Real Madrid daria seguimento a mais uma campanha de êxito, coroada com a conquista do seu 12.º título de Campeão Europeu, tendo suplantado, sucessivamente: Napoli (dois triunfos, nos 1/8 de final), Bayern (ganhando também os dois desafios, o segundo após prolongamento) e At. Madrid (batido por 3-0 no “Santiago Bernabéu”), goleando a Juventus, na Final de Cardiff, por convicente marca de 4-1.
Em 2017-18, os dois desaires sofridos pela turma alemã custar-lhe-iam a eliminação na fase de Grupos (3.º lugar, num grupo vencido pelo Tottenham). O Real Madrid voltaria a ter um percurso triunfal, que lhe proporcionaria sagrar-se vencedor da “Liga dos Campeões” pela 7.ª vez (passando a somar um fantástico total de 13 títulos de Campeão Europeu!), tendo afastado o Paris Saint-Germain (2 vitórias nos 1/8 de final), a Juventus (com um 3-0 em Turim, com um assombroso golo de Cristiano Ronaldo, tendo sofrido em Madrid, onde somente ao 98.º minuto, conseguiu desempatar a eliminatória, outra vez por Cristiano) e o Bayern (ganhando em Munique e empatando em casa), culminando na vitória na Final, em Kiev, ante o Liverpool (3-1), no jogo de despedida do português do clube branco, assim como do treinador Zinédine Zidane (entretanto já regressado), ambos também aureolados com a conquista de três títulos europeus consecutivos.