Archive for Abril, 2020
Grandes clássicos das competições europeias – (2) Real Madrid – Juventus
Época Prova Ronda 1.ª Mão 2.ª mão 1961-62 TCE 1/4 Juventus-R.Madrid 0-1 R.Madrid-Juventus 0-1 1961-62 TCE 1/4 Juventus-R.Madrid 1-3 (Desempate - Paris) 1986-87 TCE 1/8 R.Madrid-Juventus 1-0 Juventus-R.Madrid 1-0 1995-96 LCE 1/4 R.Madrid-Juventus 1-0 Juventus-R.Madrid 2-0 1997-98 LCE Final R.Madrid-Juventus 1-0 (Amesterdão) 2002-03 LCE 1/2 R.Madrid-Juventus 2-1 Juventus-R.Madrid 3-1 2004-05 LCE 1/8 R.Madrid-Juventus 1-0 Juventus-R.Madrid 2-0 2008-09 LCE Grupo Juventus-R.Madrid 2-1 R.Madrid-Juventus 0-2 2013-14 LCE Grupo R.Madrid-Juventus 2-1 Juventus-R.Madrid 2-2 2014-15 LCE 1/2 Juventus-R.Madrid 2-1 R.Madrid-Juventus 1-1 2016-17 LCE Final R.Madrid-Juventus 4-1 (Milennium, Cardiff) 2017-18 LCE 1/4 Juventus-R.Madrid 0-3 R.Madrid-Juventus 1-3 Balanço global J V E D GM GS Real Madrid - Juventus 21 10 2 9 26 – 25
Num dos mais marcantes “clássicos” do futebol europeu, a estatística global de 21 duelos disputados – todos eles no âmbito da principal competição de clubes da Europa – é equilibrada, em termos de vitórias (dez a nove, a favor do Real).
Todavia, tal vantagem é mais vincada em termos de desfecho das “decisões”, com o Real Madrid a vencer as duas Finais da “Liga dos Campeões” disputadas entre ambos os clubes, em 1998 e 2017, enquanto a Juventus se impôs em duas meias-finais (em 2003 e 2015).
Em termos globais, nas sete ocasiões em que se defrontaram em eliminatórias, o Real Madrid garantiu o apuramento para a fase seguinte por três vezes (1962, 1987 e 2018), tendo a Juventus interrompido a campanha do rival nos restantes quatro casos (para além de 2003 e 2015, também em 1996 e em 2005).
Na primeira época em que se cruzaram (1961-62), após a decisão da eliminatória apenas num terceiro jogo (de desempate, realizado em Paris) – tendo cada equipa começado por vencer no terreno do adversário (com a curiosa história de a Juventus ter tido de mudar de equipamento na 2.ª mão) -, o Real Madrid (com Di Stéfano, Puskas e Gento) afastaria ainda, de seguida, o Standard de Liège, nas meias-finais, antes de ser derrotado pelo Benfica, na Final de Amesterdão.
Em 1987, enfrentando-se logo na 2.ª eliminatória (1/8 de final) – o que, a par do confronto entre Real e Napoli (de Maradona), na 1.ª eliminatória da edição imediata (1987-88) da Taça dos Campeões Europeus terá acelerado a criação da Liga dos Campeões -, tendo cada equipa vencido a partida disputada no respectivo terreno (em ambos os casos por tangencial 1-0), os merengues acabariam por ser mais eficazes no desempate da marca de grande penalidade, avançando para os 1/4 de final, fase em que eliminariam (agora com base na regra de desempate pelos golos marcados fora de casa) o Crvena Zvezda, antes de virem a ser afastados nas meias-finais pelo Bayern, a caminho da Final de Viena, na qual o FC Porto se sagrou pela primeira vez Campeão Europeu.
Na temporada de 1995-96, sob o comando técnico de Marcelo Lippi (e contando com figuras como as de Del Piero, Deschamps, Vialli, Conte ou Paulo Sousa), após ter revertido uma desvantagem de 0-1 em Madrid, ganhando por 2-0 em Turim, a Juventus – tendo entretanto suplantado também o Nantes, nas meias-finais – conquistaria o seu segundo título de Campeão Europeu (último, até à data, tendo, desde então, perdido já cinco finais da “Champions”, totalizando sete finais perdidas na principal competição europeia de clubes), ao ganhar o desempate da marca de grande penalidade, no Estádio Olímpico de Roma, frente ao então detentor do título, Ajax.
Em 1998, o Real Madrid conquistava a sua sétima coroa de Campeão Europeu, batendo a Juventus (ainda com Zidane nas suas fileiras), na Final de Amesterdão, mercê de um contestado golo do montenegrino Predrag Mijatović (na pequena área, a contornar o guardião Peruzzi), no que constituía então a estreia do clube branco (dirigido por Jupp Heynckes, com Roberto Carlos, Seedorf ou Raul) como vencedor da Liga dos Campeões, colocando enfim termo a um longo jejum, de 32 anos – correspondendo precisamente a metade de todas as edições das competições europeias até agora disputadas – desde a última vitória na Taça dos Campeões, em 1966.
Já depois de o Real Madrid ter entretanto somado três títulos sob a égide da Liga dos Campeões (1998, 2000 e 2002), a Juventus impor-se-ia, nas meias-finais de 2003, superando a derrota de 1-2 no “Santiago Bernabéu” com um triunfo por 3-1 no “Stadio delle Alpi” (face a um adversário em que alinhavam os “galácticos” Roberto Carlos, Zidane, Ronaldo, Raúl González e Luís Figo – o qual possibilitaria a Buffon a defesa de uma grande penalidade). A “Vecchia Signora” viria, porém, a perder a Final de Manchester, no desempate da marca de grande penalidade, face ao AC Milan.
Nos 1/8 de final da época de 2004-05 operou-se quase como que um remake de 1995-96, outra vez com o Real a começar por ganhar em casa mercê de um solitário golo, vindo a Juventus a superar tal desvantagem, com o 2-0 averbado em Turim, pese embora, desta feita, apenas após prolongamento. O grupo italiano seria, contudo, afastado nas meias-finais pelo futuro Campeão Europeu, Liverpool.
Dez anos volvidos, em 2015, depois de se superiorizar novamente ao Real Madrid nas meias-finais (tal como sucedera em 2003), desta vez em função de um tangencial triunfo caseiro (2-1), que defendeu em Madrid, onde empatou a uma bola – com um jogador da formação do Real, Álvaro Morata, a marcar pela equipa transalpina nos dois jogos -, a Juventus voltaria a ser desfeiteada na Final, em Berlim, perdendo com o Barcelona.
Em 2017, no Millennium Stadium, em Cardiff, nova vitória do Real Madrid numa Final – conquistando o 12.º título de Campeão Europeu, coincidindo com o seu sexto troféu da Liga dos Campeões (e, em paralelo, a sétima Final perdida pelos italianos) -, ganhando à Juventus por categórica marca de 4-1, com Cristiano Ronaldo a bisar.
Por fim, em 2018 – quarto embate de gigantes em cinco épocas -, uma eliminatória ainda bem presente na nossa memória, com o soberbo golo de Cristiano Ronaldo em Turim (bisando de novo), num fantástico triunfo por 3-0 do Real; e a expulsão de Buffon em Madrid, com a formação espanhola a desempatar a eliminatória apenas já em tempo de compensação (ao minuto 98, na conversão de uma grande penalidade, outra vez por… Cristiano Ronaldo – no seu 10.º golo em sete jogos (!) ante aquele que viria a ser o novo clube do português), reduzindo a expressão da derrota dos merengues para 1-3, o suficiente para garantir a qualificação, impedindo o que prometia ser uma épica recuperação da Juventus. Depois de afastar o Bayern nas meias-finais, o Real Madrid conquistaria a principal competição da UEFA pela 13.ª vez, na Final de Kiev, frente ao Liverpool, na muito infeliz noite de Loris Karius.
Os dois emblemas integraram ainda o mesmo grupo da “Champions” em duas ocasiões, em 2008-09 e em 2013-14, tendo o Real Madrid alcançado a qualificação de ambas as vezes – não obstante tenha perdido as duas partidas de 2008, por 1-2 em Turim e 0-2 em Madrid (bis de Del Piero) -, enquanto a Juventus sairia afastada em 2013 (3.ª classificada do grupo).
Em 2008-09, o Real Madrid cairia logo nos 1/8 de final, aos pés do Liverpool, perdendo os dois jogos, com um score agregado de 5-0, quedando-se a Juventus na mesma fase, afastada pelo Chelsea.
Em 2014 – tendo começado, nessa fase de grupos, por vencer a Juventus, em casa, por 2-1 e empatado em Turim a dois golos -, depois de afastar, nas sucessivas eliminatórias, nada menos do que três clubes alemães (Schalke 04, Borussia Dortmund e Bayern), o Real conquistaria enfim a tão almejada “10.ª” – após um interregno de doze anos, desde a última vitória anterior -, na Final em Lisboa, no Estádio da Luz, derrotando o At. Madrid, por 4-1, no prolongamento (tendo-se salvado da derrota, com um golo de Sergio Ramos já em período de compensação do tempo regulamentar).
Grandes clássicos das competições europeias – (3) Barcelona – AC Milan
Época Prova Ronda 1.ª Mão 2.ª mão 1959-60 TCE 1/8 Milan-Barcelona 0-2 Barcelona-Milan 5-1 1988-89 STE Final Barcelona-Milan 1-1 Milan-Barcelona 1-0 1993-94 LCE Final Milan-Barcelona 4-0 (Spyros Louis,Atenas) 2000-01 LCE Grupo Barcelona-Milan 0-2 Milan-Barcelona 3-3 2004-05 LCE Grupo Milan-Barcelona 1-0 Barcelona-Milan 2-1 2005-06 LCE 1/2 Milan-Barcelona 0-1 Barcelona-Milan 0-0 2011-12 LCE Grupo Barcelona-Milan 2-2 Milan-Barcelona 2-3 2011-12 LCE 1/4 Milan-Barcelona 0-0 Barcelona-Milan 3-1 2012-13 LCE 1/8 Milan-Barcelona 2-0 Barcelona-Milan 4-0 2013-14 LCE Grupo Milan-Barcelona 1-1 Barcelona-Milan 3-1 Balanço global J V E D GM GS Barcelona - AC Milan 19 8 6 5 30 – 23
Num clássico rico, envolvendo uma Final da Liga dos Campeões, para além de uma Supertaça Europeia, assinalam-se, em especial, as (três) goleadas registadas nos confrontos entre estes dois históricos do futebol mundial.
Logo em 1959, o Barcelona derrotou o AC Milan por 5-1; em 1994, na referida Final da Liga dos Campeões, foi a vez de os italianos golearem por inequívoco marcador de 4-0; um desfecho do qual o Barcelona, de alguma forma, se desforrou, nos 1/8 de final da época de 2012-13.
Na primeira daquelas épocas, após ter afastado o clube italiano nos 1/8 de final da Taça dos Campeões Europeus, a formação catalã superaria o Wolverhampton (com duas goleadas), antes de sucumbir nas meias-finais, ante o Real Madrid (perdendo por duplo 1-3).
Na Supertaça Europeia de 1988-89, o Campeão Europeu AC Milan – com Gullit, Rijkaard e Van Basten – levaria a melhor frente ao Barcelona (vencedor da Taça das Taças), ganhando por tangencial 1-0 em “San Siro”.
Em 1994, o “dream team” do Barcelona (liderado por Cruijff, contando com Koeman, Guardiola, Romário ou Stoitchkov, tetra-campeão de Espanha) assumia, em teoria, claro favoritismo, perante um adversário que não conseguia vencer há seis jogos no campeonato de Itália, e que se apresentava privado de nomes como Baresi, Costacurta ou Marco van Basten.
Contrariando as expectativas gerais, a turma dirigida por Fabio Capello resolveria a contenda em pouco mais de 45 minutos (ao marcar, logo a abrir o segundo tempo, o seu terceiro tento). O AC Milan, com uma equipa alicerçada em Maldini, Desailly e Dejan Savićević, superiorizava-se de novo – de forma inequívoca, como que um “passeio”, dominando de princípio a fim, goleando por 4-0 – ao Barcelona, numa célebre Final, disputada em Atenas, assim conquistando o seu primeiro troféu da “Liga dos Campeões”, sagrando-se Campeão Europeu pela 5.ª vez (de um total de sete títulos conquistados).
Os dois clubes cruzaram-se, depois, em três eliminatórias, todas elas na principal prova da UEFA, sempre com o Barcelona a sair vencedor, eliminando, nessas três ocasiões, o AC Milan.
Em 2005-06, nas meias-finais, os catalães – orientados por Frank Rijkaard, com Ronaldinho Gaúcho em destaque, numa equipa em que alinhavam também Deco e Samuel Eto’o (ainda antes do apogeu de Xavi e Iniesta) – ganharam em Itália por tangencial 1-0, vantagem que preservaram com um nulo em Camp Nou – numa rara eliminatória em que os italianos ficaram em branco no cômputo dos dois jogos – o suficiente para garantir ao Barcelona a sua quinta presença na Final, conquistando o título de Campeão Europeu pela segunda vez (primeira sob o formato de Liga dos Campeões), ao bater, no Stade de France, em Paris, o Arsenal.
Em 2011-12, depois de terem partilhado o mesmo grupo – tendo o Barcelona vencido outra vez em Milão (3-2) -, apurando-se ambos para a fase a eliminar, reencontraram-se nos 1/4 de final: após o nulo em San Siro, os blaugrana impuseram-se por 3-1 em casa; viriam, contudo, a ceder nas meias-finais, ante o Chelsea.
Na temporada imediata, novo embate, desta feita nos 1/8 de final, com o Barcelona – com a tal goleada de 4-0 – a reverter o desaire (0-2) averbado em Itália, na 1.ª mão. O emblema catalão superaria ainda o Paris Saint-Germain (mercê de dois empates), antes de cair com estrondo, outra vez nas meias-finais, com duas goleadas sofridas ante o Bayern (0-4 e 0-3).
Para além da época de 2011-12, catalães e milaneses integraram o mesmo Grupo da Liga dos Campeões noutras três temporadas.
Logo em 2000-01, ainda na fase inicial de grupos, tinha sido a vez de o AC Milan ganhar na Catalunha, a que se seguiu uma recheada igualdade (3-3) em Itália (com hat-trick de Rivaldo – que, dois anos depois, se transferiria para “San Siro” -, numa equipa em que alinhava Simão Sabrosa), o que resultou, então, na eliminação do Barcelona (3.º classificado no grupo, também atrás do Leeds United). Quanto aos rossoneri, quedar-se-iam pela segunda fase de grupos, suplantados por Deportivo Coruña e Galatasaray.
Na temporada de 2004-05, cada um dos clubes venceu as respectivas partidas disputadas em casa: 1-0 em Milão; 2-1 em Espanha – tendo avançado ambos na competição. O Barcelona seria depois suplantado, nos 1/8 de final, pelo Chelsea; por seu lado, o AC Milan começaria por afastar o Manchester United (com dois empates); o arqui-rival Inter, nos 1/4 de final, com vitórias nos jogos das duas mãos, e o PSV Eindhoven, nas meias-finais, apurando-se assim para a sua 10.ª Final da Taça/Liga dos Campeões.
Tratou-se da também histórica Final de Istambul, frente ao Liverpool, na qual, depois de chegar ao intervalo a ganhar por 3-0, o AC Milan consentiria três golos ao adversário no curto intervalo de seis minutos (entre os 54 e os 60 minutos), para acabar por ser batido no desempate da marca de grande penalidade, perdendo pela quarta vez no jogo decisivo.
Por fim, em 2013-14 – no(s) último(s) confronto(s) até à data -, após a igualdade a um golo em Milão, o Barcelona venceu, na 2.ª volta, por 3-1, tendo ambos os clubes avançado novamente para a fase eliminar (suplantando o Ajax e o Celtic). O AC Milan seria afastado logo nos 1/8 de final, com dois desaires sofridos ante o At. Madrid (1-4 no “Vicente Calderón”). Um destino comum ao que o Barcelona viria a ter, o qual, após superar o Manchester City com dois triunfos, acabou por ser também eliminado pelos colchoneros, nos 1/4 de final.
Grandes clássicos das competições europeias – (4) Barcelona – Chelsea
Época Prova Ronda 1.ª Mão 2.ª mão 1965-66 TCF 1/2 Barcelona-Chelsea 2-0 Chelsea-Barcelona 2-0 1965-66 TCF 1/2 Barcelona-Chelsea 5-0 (Desempate-Barcelona) 1999-00 LCE 1/4 Chelsea-Barcelona 3-1 Barcelona-Chelsea 5-1 2004-05 LCE 1/8 Barcelona-Chelsea 2-1 Chelsea-Barcelona 4-2 2005-06 LCE 1/8 Chelsea-Barcelona 1-2 Barcelona-Chelsea 1-1 2006-07 LCE Grupo Chelsea-Barcelona 1-0 Barcelona-Chelsea 2-2 2008-09 LCE 1/2 Barcelona-Chelsea 0-0 Chelsea-Barcelona 1-1 2011-12 LCE 1/2 Chelsea-Barcelona 1-0 Barcelona-Chelsea 2-2 2017-18 LCE 1/8 Chelsea-Barcelona 1-1 Barcelona-Chelsea 3-0 Balanço global J V E D GM GS Barcelona - Chelsea 17 6 6 5 29 – 21
Este “clássico” Barcelona-Chelsea é uma rivalidade dos “tempos modernos”, já na era da Liga dos Campeões, com um “aperitivo” na época de 1965-66, na Taça das Cidades com Feiras (prova não organizada pela UEFA).
De facto – após tal confronto inaugural, favorável ao Barcelona, decidido apenas num terceiro jogo -, os dois clubes cruzaram-se, no decurso de um período de 18 anos (de 2000 a 2018), nada menos que 14 vezes, disputando seis eliminatórias (duas delas meias-finais da “Champions League”)… mas nenhuma Final, com a turma catalã a levar a melhor em quatro dessas ocasiões – a que acrescem os dois jogos realizados na fase de grupos de 2006-07.
Pelo que o aparente equilíbrio a nível de vitórias, empates e derrotas é desfeito, se tivermos em consideração o desfecho das eliminatórias, com o Barcelona a seguir em frente por cinco vezes, face a apenas dois casos (2005 e 2012) em que foi o Chelsea a levar a melhor.
Na estreia dos duelos entre ambos, na referida temporada de 1965-66, depois de triunfos caseiros por 2-0 em ambas as mãos das meias-finais da Taça das Cidades com Feiras, apenas num terceiro jogo, de desempate, disputado na cidade condal (local definido por “moeda ao ar”), a eliminatória ficou decidida, com um categórico 5-0 para a equipa “blaugrana”. Na Final, a duas mãos, o Barcelona, batendo o Zaragoza, conquistaria o seu terceiro troféu na competição.
Após um interregno de 34 anos, os dois emblemas voltaram a encontrar-se, na época de 1999-00, com o Chelsea a vencer em Londres por 3-1, vantagem que se revelaria insuficiente, face à goleada sofrida em Barcelona, perdendo por 5-1, números alcançados, não obstante, apenas após prolongamento. Todavia, o conjunto catalão (onde alinhavam Luís Figo e Simão Sabrosa) viria a ser afastado logo de seguida, perdendo as meias-finais ante o Valencia.
De 2004-05 a 2008-09, apenas na temporada de 2007-08 não tivemos direito a reedição deste “clássico”.
No primeiro dessas edições da Liga dos Campeões, o Chelsea (dirigido por José Mourinho – que, logo na sua época de estreia no clube, reconquistaria, após um longo jejum de 50 anos, o título de Campeão de Inglaterra -, contando com Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira e Tiago) reverteria o 1-2 sofrido em Barcelona, com um 4-2 em Londres (tendo chegado a 3-0 ainda antes dos vinte minutos). A formação inglesa ultrapassaria ainda o Bayern, vindo contudo a ser batida nas meias-finais pelo Liverpool (devido a um único tento sofrido, nos 180 minutos da eliminatória).
Em 2005-06, novo reencontro, outra vez nos 1/8 de final, desta feita com o Barcelona a ir vencer a “Stamford Bridge” por 2-1, preciosa vantagem que conservou, em casa, com um empate a uma bola. Na sua caminhada triunfal para a conquista da primeira “Liga dos Campeões” (segundo título de Campeão Europeu) o Barcelona (dirigido por Frank Rijkaard) superiorizar-se-ia ainda ao Benfica (1/4 de final) e AC Milan, antes de bater, na Final no “Stade de France”, o Arsenal.
Confirmando “que não há duas sem três”, os dois clubes defrontaram-se, uma vez mais, em 2006-07, agora na fase de grupos, cabendo então ao Chelsea ganhar em casa (1-0), tendo ido empatar 2-2 a “Camp Nou”, apurando-se ambos para a fase a eliminar. O então Campeão em título, Barcelona, cairia logo nos 1/8 de final, ante o Liverpool; quanto ao Chelsea, depois de afastar o FC Porto e o Valencia, acabaria por ter a “mesma sorte”, sendo – novamente, tal como sucedera em 2004-05 – afastado nas meias-finais pelo Liverpool, desta vez no desempate da marca de grande penalidade.
Após um ano de intervalo, Barcelona e Chelsea voltaram a cruzar-se em 2008-09, nas meias-finais, com o desfecho a saldar-se por dois empates, mas a favorecer o Barcelona (na época de estreia de Pep Guardiola), que, após o nulo registado em “Camp Nou”, conseguiria, na 2.ª mão, já em período de compensação, marcar um golo em Londres (por Andrés Iniesta) que lhe proporcionaria o apuramento, numa partida marcada por uma muito “infeliz” arbitragem, extremamente contestada pelos ingleses (isto depois de o Chelsea ter deixado antes pelo caminho a Juventus e o… Liverpool). Vencendo a Final, disputada em Roma, frente ao detentor do título, Manchester United, o Barcelona sagrar-se-ia então Campeão Europeu pela terceira vez no seu historial.
A disputa das meias-finais da Liga dos Campeões teria uma reedição três anos volvidos, em 2011-12, desta vez com o Chelsea a ser mais bem sucedido, ganhando em casa por 1-0 e forçando um empate a dois golos em Barcelona, tal como fizera cinco anos (desta vez, recuperando de uma desvantagem de 0-2, em inferioridade numérica, por expulsão de Terry, com o tento decisivo, de Fernando Torres, a surgir também em tempo de compensação).
Os “blues” garantiam a presença na Final de Munique (arbitrada por Pedro Proença), na qual, mais “felizes” nas grandes penalidades, bateriam o anfitrião Bayern, assim conquistando para o Chelsea o primeiro troféu de Campeão da Europa, sob a direcção de Roberto Di Matteo (após ter substituído André Villas-Boas, no período entre os jogos da 1.ª e da 2.ª mão dos 1/8 de final).
Por fim, as duas equipas tornaram a confrontar-se nos 1/8 de final, há duas épocas (2017-18), com o Barcelona a ser, outra vez, mais forte: após a igualdade a um golo averbada em Londres, os catalães venceram por categórico 3-0 em casa. Todavia, o Barcelona veria a sua campanha findar logo de seguida, nos 1/4 de final, ao perder, de forma absolutamente imprevista, também por 3-0, em Roma (desperdiçando assim a aparentemente “confortável” vantagem de 4-1 obtida na 1.ª mão).