Grandes clássicos das competições europeias – (4) Barcelona – Chelsea
8 Abril, 2020 at 7:00 pm Deixe um comentário
Época Prova Ronda 1.ª Mão 2.ª mão 1965-66 TCF 1/2 Barcelona-Chelsea 2-0 Chelsea-Barcelona 2-0 1965-66 TCF 1/2 Barcelona-Chelsea 5-0 (Desempate-Barcelona) 1999-00 LCE 1/4 Chelsea-Barcelona 3-1 Barcelona-Chelsea 5-1 2004-05 LCE 1/8 Barcelona-Chelsea 2-1 Chelsea-Barcelona 4-2 2005-06 LCE 1/8 Chelsea-Barcelona 1-2 Barcelona-Chelsea 1-1 2006-07 LCE Grupo Chelsea-Barcelona 1-0 Barcelona-Chelsea 2-2 2008-09 LCE 1/2 Barcelona-Chelsea 0-0 Chelsea-Barcelona 1-1 2011-12 LCE 1/2 Chelsea-Barcelona 1-0 Barcelona-Chelsea 2-2 2017-18 LCE 1/8 Chelsea-Barcelona 1-1 Barcelona-Chelsea 3-0 Balanço global J V E D GM GS Barcelona - Chelsea 17 6 6 5 29 – 21
Este “clássico” Barcelona-Chelsea é uma rivalidade dos “tempos modernos”, já na era da Liga dos Campeões, com um “aperitivo” na época de 1965-66, na Taça das Cidades com Feiras (prova não organizada pela UEFA).
De facto – após tal confronto inaugural, favorável ao Barcelona, decidido apenas num terceiro jogo -, os dois clubes cruzaram-se, no decurso de um período de 18 anos (de 2000 a 2018), nada menos que 14 vezes, disputando seis eliminatórias (duas delas meias-finais da “Champions League”)… mas nenhuma Final, com a turma catalã a levar a melhor em quatro dessas ocasiões – a que acrescem os dois jogos realizados na fase de grupos de 2006-07.
Pelo que o aparente equilíbrio a nível de vitórias, empates e derrotas é desfeito, se tivermos em consideração o desfecho das eliminatórias, com o Barcelona a seguir em frente por cinco vezes, face a apenas dois casos (2005 e 2012) em que foi o Chelsea a levar a melhor.
Na estreia dos duelos entre ambos, na referida temporada de 1965-66, depois de triunfos caseiros por 2-0 em ambas as mãos das meias-finais da Taça das Cidades com Feiras, apenas num terceiro jogo, de desempate, disputado na cidade condal (local definido por “moeda ao ar”), a eliminatória ficou decidida, com um categórico 5-0 para a equipa “blaugrana”. Na Final, a duas mãos, o Barcelona, batendo o Zaragoza, conquistaria o seu terceiro troféu na competição.
Após um interregno de 34 anos, os dois emblemas voltaram a encontrar-se, na época de 1999-00, com o Chelsea a vencer em Londres por 3-1, vantagem que se revelaria insuficiente, face à goleada sofrida em Barcelona, perdendo por 5-1, números alcançados, não obstante, apenas após prolongamento. Todavia, o conjunto catalão (onde alinhavam Luís Figo e Simão Sabrosa) viria a ser afastado logo de seguida, perdendo as meias-finais ante o Valencia.
De 2004-05 a 2008-09, apenas na temporada de 2007-08 não tivemos direito a reedição deste “clássico”.
No primeiro dessas edições da Liga dos Campeões, o Chelsea (dirigido por José Mourinho – que, logo na sua época de estreia no clube, reconquistaria, após um longo jejum de 50 anos, o título de Campeão de Inglaterra -, contando com Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira e Tiago) reverteria o 1-2 sofrido em Barcelona, com um 4-2 em Londres (tendo chegado a 3-0 ainda antes dos vinte minutos). A formação inglesa ultrapassaria ainda o Bayern, vindo contudo a ser batida nas meias-finais pelo Liverpool (devido a um único tento sofrido, nos 180 minutos da eliminatória).
Em 2005-06, novo reencontro, outra vez nos 1/8 de final, desta feita com o Barcelona a ir vencer a “Stamford Bridge” por 2-1, preciosa vantagem que conservou, em casa, com um empate a uma bola. Na sua caminhada triunfal para a conquista da primeira “Liga dos Campeões” (segundo título de Campeão Europeu) o Barcelona (dirigido por Frank Rijkaard) superiorizar-se-ia ainda ao Benfica (1/4 de final) e AC Milan, antes de bater, na Final no “Stade de France”, o Arsenal.
Confirmando “que não há duas sem três”, os dois clubes defrontaram-se, uma vez mais, em 2006-07, agora na fase de grupos, cabendo então ao Chelsea ganhar em casa (1-0), tendo ido empatar 2-2 a “Camp Nou”, apurando-se ambos para a fase a eliminar. O então Campeão em título, Barcelona, cairia logo nos 1/8 de final, ante o Liverpool; quanto ao Chelsea, depois de afastar o FC Porto e o Valencia, acabaria por ter a “mesma sorte”, sendo – novamente, tal como sucedera em 2004-05 – afastado nas meias-finais pelo Liverpool, desta vez no desempate da marca de grande penalidade.
Após um ano de intervalo, Barcelona e Chelsea voltaram a cruzar-se em 2008-09, nas meias-finais, com o desfecho a saldar-se por dois empates, mas a favorecer o Barcelona (na época de estreia de Pep Guardiola), que, após o nulo registado em “Camp Nou”, conseguiria, na 2.ª mão, já em período de compensação, marcar um golo em Londres (por Andrés Iniesta) que lhe proporcionaria o apuramento, numa partida marcada por uma muito “infeliz” arbitragem, extremamente contestada pelos ingleses (isto depois de o Chelsea ter deixado antes pelo caminho a Juventus e o… Liverpool). Vencendo a Final, disputada em Roma, frente ao detentor do título, Manchester United, o Barcelona sagrar-se-ia então Campeão Europeu pela terceira vez no seu historial.
A disputa das meias-finais da Liga dos Campeões teria uma reedição três anos volvidos, em 2011-12, desta vez com o Chelsea a ser mais bem sucedido, ganhando em casa por 1-0 e forçando um empate a dois golos em Barcelona, tal como fizera cinco anos (desta vez, recuperando de uma desvantagem de 0-2, em inferioridade numérica, por expulsão de Terry, com o tento decisivo, de Fernando Torres, a surgir também em tempo de compensação).
Os “blues” garantiam a presença na Final de Munique (arbitrada por Pedro Proença), na qual, mais “felizes” nas grandes penalidades, bateriam o anfitrião Bayern, assim conquistando para o Chelsea o primeiro troféu de Campeão da Europa, sob a direcção de Roberto Di Matteo (após ter substituído André Villas-Boas, no período entre os jogos da 1.ª e da 2.ª mão dos 1/8 de final).
Por fim, as duas equipas tornaram a confrontar-se nos 1/8 de final, há duas épocas (2017-18), com o Barcelona a ser, outra vez, mais forte: após a igualdade a um golo averbada em Londres, os catalães venceram por categórico 3-0 em casa. Todavia, o Barcelona veria a sua campanha findar logo de seguida, nos 1/4 de final, ao perder, de forma absolutamente imprevista, também por 3-0, em Roma (desperdiçando assim a aparentemente “confortável” vantagem de 4-1 obtida na 1.ª mão).
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