Grandes clássicos das competições europeias – (5) Real Madrid – AC Milan
18 Março, 2020 at 7:00 pm Deixe um comentário
Época Prova Ronda 1.ª Mão 2.ª mão 1955-56 TCE 1/2 Real Madrid-Milan 4-2 Milan-Real Madrid 2-1 1957-58 TCE Final Real Madrid-Milan 3-2 (Est.Heysel,Bruxelas) 1963-64 TCE 1/4 Real Madrid-Milan 4-1 Milan-Real Madrid 2-0 1988-89 TCE 1/2 Real Madrid-Milan 1-1 Milan-Real Madrid 5-0 1989-90 TCE 1/8 Milan-Real Madrid 2-0 Real Madrid-Milan 1-0 2002-03 LCE Grupo Milan-Real Madrid 1-0 Real Madrid-Milan 3-1 2009-10 LCE Grupo Real Madrid-Milan 2-3 Milan-Real Madrid 1-1 2010-11 LCE Grupo Real Madrid-Milan 2-0 Milan-Real Madrid 2-2 Balanço global J V E D GM GS Real Madrid - AC Milan 15 6 3 6 24 – 25
Real Madrid e AC Milan são “apenas” os dois clubes com maior número de galardões a nível das competições europeias, ostentando nas respectivas vitrines um total acumulado de 33 troféus, conquistados em 64 anos de provas da UEFA, dos quais 20 títulos de Campeão Europeu (ocupando, também, nesse particular, os dois primeiros postos da hierarquia)!
Não surpreende, pois, o (quase) absoluto equilíbrio nas partidas que entre si disputaram (seis vitórias para cada lado e três empates), com os italianos com uma ligeiríssima vantagem de um golo no “score global”.
Por curiosidade – como que a fazer antecipar as históricas carreiras de ambos os emblemas -, encontraram-se logo na edição inaugural da Taça dos Clubes Campeões Europeus, nas meias-finais, com o Real a levar a melhor, com um triunfo por 4-2 em Madrid a não dar hipótese de recuperação ao adversário, que não foi além de um escasso 2-1 em Milão. A turma espanhola venceria, na primeira Final da prova, disputada em Paris, no Parque dos Príncipes, o Stade de Reims, por 4-3.
Apenas dois anos volvidos, na época de 1957-58, Real Madrid e AC Milan disputaram a única Final em que “coabitaram” ao longo de todo o historial das provas da UEFA, com os “merengues” a conquistarem então o seu terceiro título sucessivo de Campeões da Europa, ganhando por tangencial 3-2 (com o tento decisivo, apontado por Francisco “Paco” Gento, já no prolongamento) no Estádio do Heysel.
Tendo todos os 15 desafios entre ambos sido realizados no âmbito da principal competição europeia, cruzaram-se quatro vezes em eliminatórias, sendo que cada uma das equipas seguiu em frente em duas ocasiões.
Para além do(s) confronto(s) de estreia (em 1955-56), o Real Madrid foi mais forte, de novo, agora nos 1/4 de final da temporada de 1963-64, goleando o então Campeão Europeu em título por 4-1 no “Santiago Bernabeu”, vantagem suficiente para encaixar a desfeita por 0-2 de “San Siro”. O Real golearia ainda o Zurich (6-0), nas meias-finais (depois de ter já vencido na Suíça), vindo, todavia, a perder a Final (a sua 7.ª, na Taça dos Campeões), ante o arqui-rival do AC Milan (o Inter).
Já no final da década de 80 – e após um interregno de cerca de 25 anos nos encontros entre ambos – o “dream team” do AC Milan (dirigido por Arrigo Sacchi) superiorizou-se também por duas vezes: nas meias-finais de 1988-89, após o empate a um golo na partida da 1.ª mão, goleando por 5-0 (golos de Ancelotti, Rijkaard, Gullit, Van Basten e Donadoni) – no que constitui a maior derrota de sempre do Real (então com Leo Beenhaker no banco) nas competições europeias, apenas igualada em jogo ante o Kaiserslautern, na Taça UEFA de 1982; e, de imediato, na época de 1989-90, nos 1/8 de final, defendendo com sucesso, em Espanha (derrota por 0-1), a preciosa vantagem de 2-0 averbada em casa.
Na primeira destas temporadas, um imbatível AC Milan sagrar-se-ia, de forma categórica, Campeão Europeu – obtendo o seu terceiro título, após um “jejum” de vinte anos -, goleando, na Final de Camp Nou, o Steaua, por 4-0, com Ruud Gullit e Marco van Basten ambos a bisar.
Em 1990, depois de afastar ainda o Mechelen (1/4 de final) e o Bayern (em ambos os casos, apenas após prolongamento), o AC Milan bisaria tal sucesso, conquistando o quarto troféu na prova, mercê de um tangencial triunfo face ao Benfica, por via de um solitário golo, apontado por Frank Rijkaard.
No século XXI, agora sob a égide da Liga dos Campeões, espanhóis e italianos cruzaram-se noutras três oportunidades, sempre integrando o mesmo grupo de qualificação, também aqui sob o signo do equilíbrio: duas vitórias para cada e duas igualdades.
Em 2002-03, já na segunda fase de grupos, cada equipa venceu o desafio realizado no respectivo terreno (1-0 em Milão, com uma fantástica assistência de Rui Costa para o golo de Shevchenko; e 3-1 em Madrid), avançando ambas na prova. O então Campeão em título, Real Madrid, suplantaria, de seguida, o Manchester United (nos 1/4 de final), antes de ver o seu percurso interrompido pela Juventus; quando ao AC Milan, depois de eliminar o Ajax e o rival Inter, alcançaria o seu sexto título de Campeão Europeu, ganhando na Final, em Old Trafford, à Juventus, no desempate da marca de grande penalidade.
Na temporada de 2009-10, os “rossoneri” foram vencer ao “Santiago Bernabeu” (3-2), empatando depois, no seu estádio, a uma bola. Os dois conjuntos voltaram a averbar as duas primeiras posições do respectivo grupo, mas não iriam muito mais além: o AC Milan, goleado pelo Manchester United por 4-0 (score agregado de 7-2) e o Real Madrid, batido pelo Olympique de Lyon, quedavam-se ambos pelos 1/8 de final.
Por fim, na(s) última(s) vez(es) em que se confrontaram até à data, logo no ano seguinte (2010-11), outra igualdade (arrancada “a ferros”) em Itália, desta feita 2-2, tendo o Real (orientado por José Mourinho, e com Pepe, Ricardo Carvalho e Cristiano Ronaldo no “onze”) vencido no seu reduto, por 2-0. Pela terceira vez em outras tantas ocasiões, ambos os clubes obtinham a qualificação para a fase a eliminar.
O AC Milan seria afastado logo nos 1/8 de final, pelo Tottenham; por seu lado, o Real começaria por se desforrar do Olympique de Lyon, tendo, por coincidência, afastado de seguida o Tottenham (ganhando os dois jogos, goleando por 4-0 em casa), antes de vir a cair, nas meias-finais, aos pés do futuro Campeão, Barcelona (0-2 no “Santiago Bernabeu” e 1-1 em “Camp Nou”).
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