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Liga dos Campeões – 1/2 Finais (2ª mão)
2ª mão 1ª mão Total Chelsea - At. Madrid 1-3 0-0 1-3 Bayern - Real Madrid 0-4 0-1 0-5
Numa noite de luxo do Real Madrid, exponenciando a força do seu contra-ataque, em flagrante contraste com o tão estranho como total descontrolo do Bayern (e ainda mesmo antes de ter sofrido o segundo golo) – com uma atitude extremamente agressiva da parte dos seus jogadores, num comportamento deplorável do ainda Campeão Europeu em título, parecendo desconhecer por completo o conceito de fair-play, com uma entrada assassina de Dante sobre Cristiano Ronaldo, a justificar vermelho directo (que ficou por mostrar por parte de Pedro Proença) e uma severa sanção disciplinar, assim como a atitude inaceitável de Ribéry (agressão a um adversário), que devia ter sido também expulso – a equipa de Carlo Ancelotti deu uma lição táctica à de Pep Guardiola.
Cristiano Ronaldo, com dois golos (os dois primeiros do jogo tinham sido apontados por Sergio Ramos), culminou, no momento do primeiro tento, o seu 15.º nesta edição da Liga dos Campeões (record absoluto), uma magnífica campanha na prova – traduzida pela imagem de felicidade pura estampada no rosto na sua comemoração -, com o seu segundo golo (quarto do Real), a constituir-se verdadeiramente na “cereja no topo do bolo”, num lance de magnífica execução, a fazer passar a bola por baixo da barreira, com Manuel Neuer pregado ao relvado, sem sequer esboçar reacção.
O árbitro, Pedro Proença, teve muitas dificuldades em lidar com o jogo (a atitude dos jogadores do Bayern, em particular) durante a primeira parte, tendo falhado na cor do cartão exibido a Dante, e na falta de sanção (também expulsão) a Ribéry, e tendo sido excessivamente tolerante – corria o risco de o jogo não ter chegado ao fim, se tivesse mostrasse os cartões amarelos devidos, mas a culpa seria exclusivamente do Bayern, que não dignificou o estatuto que ostenta. O amarelo que retira Xabi Alonso da Final de Lisboa acabou por tornar-se notoriamente desproporcionado em relação à tolerância revelada perante as atitudes dos jogadores da equipa alemã (que pareceu não ser também capaz de colocar à distância regulamentar na formação da barreira, nomeadamente em dois livres perigosos, já no final da partida, o segundo dos quais acabaria por resultar no quarto golo da equipa espanhola). A segunda parte acabaria por ser bem mais tranquila e pacífica, contando com a colaboração dos jogadores, depois de terem serenado, também em função do facto de Pep Guardiola ter assumido, ao intervalo, que o jogo (e a eliminatória) tinham sido já perdidos na meia-hora inicial…
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Depois de na, primeira mão, em Madrid, ter conseguido manietar as jogadas ofensivas do At. Madrid e de ter inclusivamente inaugurado o marcador na partida disputada em Londres, o Chelsea acabaria por ser incapaz de travar a sensacional reacção dos colchoneros, que, a partir do momento em que alcançaram o golo do empate, adquiriram níveis de confiança que os tornaram insuperáveis, sem que a formação inglesa tivesse, a partir daí, a capacidade de voltar a assumir o domínio do jogo.
Teremos assim, no próximo dia 24 de Maio, no Estádio da Luz, uma fantástica Final da Liga dos Campeões Europeus, com uma invasão espanhola, para o derby de Madrid, entre Real e Atlético, com os primeiros em busca da 10.ª Taça dos Campeões, e os segundos, no regresso a uma Final, 40 anos depois, à procura do primeiro título máximo a nível europeu. Uma Final, em Lisboa, com a presença de quatro portugueses: de um lado, Cristiano Ronaldo, Pepe e Fábio Coentrão; do outro, Tiago, com os dois últimos a “regressar a casa”.
Lançamento do livro “União de Tomar – 100 Anos de História [1914-2014]“