Archive for 20 Abril, 2014
Campeão
Palmarés – Campeões:
Benfica (33) – 1935-36; 1936-37; 1937-38; 1941-42; 1942-43; 1944-45; 1949-50; 1954-55; 1956-57; 1959-60; 1960-61; 1962-63; 1963-64; 1964-65; 1966-67; 1967-68; 1968-69; 1970-71; 1971-72; 1972-73; 1974-75; 1975-76; 1976-77; 1980-81; 1982-83; 1983-84; 1986-87; 1988-89; 1990-91; 1993-94; 2004-05; 2009-10; 2013-14
FC Porto (27) – 1934-35; 1938-39; 1939-40; 1955-56; 1958-59; 1977-78; 1978-79; 1984-85; 1985-86; 1987-88; 1989-90; 1991-92; 1992-93; 1994-95; 1995-96; 1996-97; 1997-98; 1998-99; 2002-03; 2003-04; 2005-06; 2006-07; 2007-08; 2008-09; 2010-11; 2011-12; 2012-13
Sporting (18) – 1940-41; 1943-44; 1946-47; 1947-48; 1948-49; 1950-51; 1951-52; 1952-53; 1953-54; 1957-58; 1961-62; 1965-66; 1969-70; 1973-74; 1979-80; 1981-82; 1999-00; 2001-02
Belenenses (1) – 1945-46
Boavista (1) – 2000-01
U. Tomar – Centenário (XXIX)
(“O Templário”, 17.04.2014)
Regressado à II Divisão na época de 1973-74, o União de Tomar voltaria a viver uma grande festa – na penúltima de 38 jornadas, em jogo disputado a 13 de Junho de 1974, em Odivelas –, onde, vencendo por 3-2, garantia matematicamente (ainda a faltar disputar a derradeira ronda) a conquista do 1.º lugar da Zona Sul, e, desta forma, pela terceira vez sucessiva (depois dos feitos alcançados nas épocas de 1967-68 e 1970-71), a promoção à I Divisão Nacional!
Com dois golos de Camolas e um de Raul Águas, os unionistas haviam chegado mesmo aos 3-0, vindo depois a permitir aos odivelenses – que necessitavam de pontuar para evitar cair nos lugares que conduziam ao “Torneio de Competência” – reduzir para a diferença mínima já no derradeiro minuto, numa altura em que imperava já um completo ambiente festivo.
«Acabou por prevalecer a maior maturidade técnica dos tomarenses num desafio muito importante para as pretensões das duas equipas com a turma local a empreender (mesmo com a ajuda do árbitro!) um curioso «forcing» que lhe permitiu passar de 0-3 para 2-3, com Quim Pereira a executar a escassos segundos do fim a defesa da tarde e a evitar o empate..»(1)
Logo de seguida a este pequeno/grande susto, dar-se-ia a intensa explosão de alegria tomarense.
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Depois da épica caminhada da época de 1964-65 – com a memorável passagem por Vendas Novas (em que o clube garantira a tão ansiada promoção à II Divisão), e que culminara no velho Calhabé, em Coimbra, com a conquista do título de Campeão Nacional da III Divisão –, apenas nove anos decorridos (e já após duas promoções à I Divisão Nacional e quatro épocas no convívio dos “grandes” do futebol português), o União de Tomar voltaria a conquistar a glória no Estádio Municipal de Coimbra, verdadeiro “estádio-talismã” para os unionistas, local onde escreveria a mais brilhante página do seu centenário historial, sagrando-se Campeão Nacional da II Divisão.
O coroar desta epopeia, qual zénite de uma longa “maratona”, ocorreria a 23 de Junho de 1974, em desafio que opôs à turma de Tomar o grupo do Sporting de Espinho, vencedor da Zona Norte da II Divisão. Numa empolgante partida, em que resplandeceu a grande altura Bolota, autor de três tentos, a formação tomarense cedo começou por se colocar em vantagem, marcando logo no minuto inaugural; tendo a turma espinhense prontamente restabelecido a igualdade, os “rubro-negros” voltariam a superiorizar-se de forma notória, praticamente definindo o desfecho da Final ao terceiro minuto do segundo tempo, altura em que colocaram o marcador em 4-1 a seu favor. Já na fase derradeira do encontro, dois golos de Telé acabariam por fixar o marcador num tangencial 4-3, que, não obstante, não ofuscou o mérito do triunfo e da grande conquista nabantina
«O União de Tomar venceu o encontro com toda a justiça, sem qualquer margem para dúvidas no que se refere ao valor das equipas, mas acabou por não ganhar com o brilho que se chegou a desenhar, um tanto por culpa dos jogadores, outro tanto, pelas substituições feitas na equipa.
A ganharem por 4-1 e com a equipa do Espinho a cair nitidamente no aspecto físico, foi com grande surpresa que de um momento para o outro o União se deixou então dominar completamente, permitindo que o Espinho marcasse dois golos num minuto e terminasse os últimos momentos da partida em situação aflitiva com o jogo todo sobre a sua área. […](2)
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