U. Tomar – Centenário (XXIX)
20 Abril, 2014 at 11:00 am Deixe um comentário
(“O Templário”, 17.04.2014)
Regressado à II Divisão na época de 1973-74, o União de Tomar voltaria a viver uma grande festa – na penúltima de 38 jornadas, em jogo disputado a 13 de Junho de 1974, em Odivelas –, onde, vencendo por 3-2, garantia matematicamente (ainda a faltar disputar a derradeira ronda) a conquista do 1.º lugar da Zona Sul, e, desta forma, pela terceira vez sucessiva (depois dos feitos alcançados nas épocas de 1967-68 e 1970-71), a promoção à I Divisão Nacional!
Com dois golos de Camolas e um de Raul Águas, os unionistas haviam chegado mesmo aos 3-0, vindo depois a permitir aos odivelenses – que necessitavam de pontuar para evitar cair nos lugares que conduziam ao “Torneio de Competência” – reduzir para a diferença mínima já no derradeiro minuto, numa altura em que imperava já um completo ambiente festivo.
«Acabou por prevalecer a maior maturidade técnica dos tomarenses num desafio muito importante para as pretensões das duas equipas com a turma local a empreender (mesmo com a ajuda do árbitro!) um curioso «forcing» que lhe permitiu passar de 0-3 para 2-3, com Quim Pereira a executar a escassos segundos do fim a defesa da tarde e a evitar o empate..»(1)
Logo de seguida a este pequeno/grande susto, dar-se-ia a intensa explosão de alegria tomarense.
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Depois da épica caminhada da época de 1964-65 – com a memorável passagem por Vendas Novas (em que o clube garantira a tão ansiada promoção à II Divisão), e que culminara no velho Calhabé, em Coimbra, com a conquista do título de Campeão Nacional da III Divisão –, apenas nove anos decorridos (e já após duas promoções à I Divisão Nacional e quatro épocas no convívio dos “grandes” do futebol português), o União de Tomar voltaria a conquistar a glória no Estádio Municipal de Coimbra, verdadeiro “estádio-talismã” para os unionistas, local onde escreveria a mais brilhante página do seu centenário historial, sagrando-se Campeão Nacional da II Divisão.
O coroar desta epopeia, qual zénite de uma longa “maratona”, ocorreria a 23 de Junho de 1974, em desafio que opôs à turma de Tomar o grupo do Sporting de Espinho, vencedor da Zona Norte da II Divisão. Numa empolgante partida, em que resplandeceu a grande altura Bolota, autor de três tentos, a formação tomarense cedo começou por se colocar em vantagem, marcando logo no minuto inaugural; tendo a turma espinhense prontamente restabelecido a igualdade, os “rubro-negros” voltariam a superiorizar-se de forma notória, praticamente definindo o desfecho da Final ao terceiro minuto do segundo tempo, altura em que colocaram o marcador em 4-1 a seu favor. Já na fase derradeira do encontro, dois golos de Telé acabariam por fixar o marcador num tangencial 4-3, que, não obstante, não ofuscou o mérito do triunfo e da grande conquista nabantina
«O União de Tomar venceu o encontro com toda a justiça, sem qualquer margem para dúvidas no que se refere ao valor das equipas, mas acabou por não ganhar com o brilho que se chegou a desenhar, um tanto por culpa dos jogadores, outro tanto, pelas substituições feitas na equipa.
A ganharem por 4-1 e com a equipa do Espinho a cair nitidamente no aspecto físico, foi com grande surpresa que de um momento para o outro o União se deixou então dominar completamente, permitindo que o Espinho marcasse dois golos num minuto e terminasse os últimos momentos da partida em situação aflitiva com o jogo todo sobre a sua área. […](2)
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