Archive for Dezembro, 2013
Liga dos Campeões – 6ª Jornada – Resultados e Classificações
Grupo A
Real Sociedad – Bayer Leverkusen – 0-1
Manchester United – Shakhtar Donetsk – 1-0
1º Manchester United, 14; 2º Bayer Leverkusen, 10; 3º Shakhtar Donetsk, 8; 4º Real Sociedad, 1
Grupo B
København – Real Madrid – 0-2
Galatasaray – Juventus – 1-0
1º Real Madrid, 16; 2º Galatasaray, 7; 3º Juventus, 6; 4º København, 4
Grupo C
Olympiakos – Anderlecht – 3-1
Benfica – Paris St.-Germain – 2-1
1º Paris St.-Germain, 13, 2º Olympiakos, 10; 3º Benfica, 10; 4º Anderlecht, 1
Grupo D
Viktoria Plzeň – CSKA Moskva – 2-1
Bayern – Manchester City – 2-3
1º Bayern, 15; 2º Manchester City, 15; 3º Viktoria Plzeň, 3; 4º CSKA Moskva, 3
Grupo E
Chelsea – Steaua – 1-0
Schalke 04 – Basel – 2-0
1º Chelsea, 12; 2º Schalke 04, 10; 3º Basel, 8; 4º Steaua, 3
Grupo F
Napoli – Arsenal – 2-0
Marseille – B. Dortmund – 1-2
1º B. Dortmund, 12; 2º Arsenal, 12; 3º Napoli, 12; 4º Marseille, 0
Grupo G
At. Madrid – FC Porto – 2-0
Austria Wien – Zenit – 4-1
1º At. Madrid, 16; 2º Zenit, 6; 3º FC Porto, 5; 4º Austria Wien, 5
Grupo H
Barcelona – Celtic – 6-1
AC Milan – Ajax – 0-0
1º Barcelona, 13; 2º AC Milan, 9; 3º Ajax, 8; 4º Celtic, 3
Foram apuradas para os 1/8 Final da Liga dos Campeões dois quartetos, de Inglaterra (Manchester United, Manchester City, Chelsea e Arsenal) e Alemanha (Bayer Leverkusen, Bayern, Schalke 04 e B. Dortmund) – com ambos os países a fazerem o pleno -, um trio de Espanha (Real Madrid, At. Madrid e Barcelona – tendo perdido a Real Sociedad), e, por fim, mais cinco representantes de outros tantos países, AC Milan (de Itália, principal perdedora desta fase, em que foram eliminados a Juventus e o Napoli), Paris St.-Germain (França, tendo o outro representante do hexágono tido a pior prestação de todos os concorrentes, com derrotas em todos os seis jogos disputados), Galatasaray (Turquia), Olympiakos (Grécia) e Zenit (Rússia), estes dois a expensas dos clubes portugueses, que, sendo notoriamente superiores, ficam a dever a si próprios a eliminação da prova.
Transitam para a Liga Europa: Shakhtar Donetsk, Juventus, Benfica, Viktoria Plzeň, Basel, Napoli, FC Porto e Ajax.
Liga dos Campeões – 6ª Jornada – Benfica – Paris St.-Germain
Benfica – Artur Moraes, Maxi Pereira, Luisão, Ezequiel Garay, Sílvio, Ljubomir Fejsa, Nemanja Matić, Enzo Pérez (90m – André Gomes), Lazar Marković (69m – Ivan Cavaleiro), Nico Gaitán (77m – Miralem Sulejmani) e Lima
Paris St.-Germain – Salvatore Sirigu, Kalifa Traoré, Marquinhos, Zoumana Camara, Lucas Digne, Thiago Motta (61m – Blaise Matuidi), Adrien Rabiot, Lucas, Javier Pastore, Jérémy Ménez e Edinson Cavani (61m – Ezequiel Lavezzi)
0-1 – Edinson Cavani – 37m
1-1 – Lima (pen.) – 45m
2-1 – Nico Gaitán – 58m
Cartões amarelos – Maxi Pereira (30m) e Sílvio (87m); Thiago Motta (50m), Jérémy Ménez (70m) e Adrien Rabiot (77m)
Árbitro – Mark Clattenburg (Inglaterra)
Denotando uma atitude mental, competitiva e física que não tem tido a constância desejada, superando-se a esses vários níveis, a equipa do Benfica realizou esta noite uma excelente exibição, aproveitando também a menor aplicação de um adversário já qualificado e com algumas “poupanças” de jogadores, como foi o caso mais notável de Ibrahimovic, obtendo uma tão justa quão insuficiente vitória.
Insuficiente nos números – à semelhança do que se passara em Atenas, na partida contra o Olympiakos, os dianteiros benfiquistas desperdiçaram inúmeras ocasiões de perigo, tanto procurando colocar a bola, subtraindo-a ao alcance do guardião contrário (depois de uma primeira defesa “afirmativa”), que ela acabava por sair invariavelmente ao lado, mesmo que muito próximo da baliza – e também amargamente insuficiente para o objectivo de apuramento para os 1/8 Final da Liga dos Campeões, numa edição tão mais especial dado o simbolismo de a Final ser disputada no Estádio da Luz.
De facto, procurando ignorar que o seu destino dependia do que o Olympiakos fizesse, o Benfica entrou determinado a fazer a sua parte do contrato, ou seja, garantir a vitória. Com grande intensidade, assumindo o jogo, correndo riscos, ostensivamente remetendo os parisienses à sua defesa, a equipa benfiquista acabaria por vir a ser penalizada num dos raros momentos de desconcentração, com Cavani, muito oportuno, a não desaproveitar a oportunidade que se lhe deparou para inaugurar o marcador.
As notícias que chegavam de Atenas também não eram nada animadoras – o Olympiakos já ganhava por 1-0 – mas nem assim o Benfica se desuniu, mantendo a sua toada de jogo, que seria recompensada, mesmo ao cair do pano do primeiro tempo, com o golo do empate, obtido por Lima, na conversão irrepreensível de uma grande penalidade, a sancionar uma falta grosseira (e perigosa, dado ter-se tratado de uma cabeçada no jogador português) cometida sobre Sílvio, após uma magnífica simulação, a procurar tirar o adversário do seu caminho.
Entretanto, o Anderlecht empatara o jogo em Atenas; porém, logo a abrir a segunda parte, ficava em desvantagem numérica, reduzido a dez elementos, por expulsão. Até que, aos 58 minutos, Saviola, que, depois de ter inaugurado o marcador, falhara já uma grande penalidade, recolocava o Olympiakos em vantagem.
Com a dificuldade acrescida de ter de “jogar simultaneamente em dois campos”, com os “pés” na Luz e a “cabeça” em Atenas, a equipa portuguesa, muito motivada e altamente envolvida no jogo, prosseguia a sua bela exibição, com elementos a atingir elevada craveira, como os casos particulares de Matić, Enzo Pérez ou Gaitán. E, praticamente ao mesmo tempo do segundo golo dos gregos, o Benfica replicava o resultado, fazendo também o 2-1 a seu favor.
Até final, a tendência do jogo não se alteraria significativamente (o Paris St.-Germain teria uma flagrante ocasião de golo, com a bola a cruzar toda a linha de baliza, e a sair rente ao poste mais distante, num grande calafrio), mas foi sempre o Benfica a dar sinal mais.
Entretanto, num jogo completamente atípico, em Atenas, o Olympiakos beneficiava – e desperdiçava – de uma segunda grande penalidade (aos 71 minutos). Já depois de uma fase de grande pressão do Anderlecht, com os gregos remetidos à defesa… e ao contra-ataque, aos 88 minutos, o Olympiakos ficaria a jogar contra nove, assim sentenciando as aspirações dos belgas (e dos portugueses). Mas a história não ficaria por aqui: já em período de descontos, e com as substituições já esgotadas, surgiria a terceira grande penalidade a favor da equipa grega, e a terceira expulsão, desta vez com o guarda-redes do Anderlecht (que defendera as duas anteriores), a ser substituído por um improvisado guardião, que não conseguiria evitar o 3-1 para o Olympiakos.
No Estádio da Luz, o Benfica despedia-se ingloriamente da Liga dos Campeões, severamente penalizado pela fraca exibição no jogo em casa com esta formação da Grécia, e pela infelicidade e falta de eficácia manifestadas em Atenas; numa cruel ironia, os seus antigos jogadores Roberto (em particular nesse jogo Olympiakos-Benfica) e Saviola (com os dois golos hoje apontados) teriam acção determinante nesta eliminação benfiquista, que, uma vez mais, terá de procurar alguma consolo na Liga Europa.
U. Tomar – Centenário (X)
(“O Templário”, 05.12.2013)
Tendo regressado à I Divisão Distrital em 1958, o União de Tomar demoraria três anos até conseguir, pela primeira vez na sua história, apurar-se para o Campeonato Nacional da III Divisão, o que alcançaria na época de 1960-61, na sequência do 5.º lugar obtido no Distrital (atrás dos então “quatro grandes” do Distrito, Tramagal, Torres Novas, “Os Leões” de Santarém e Coruchense).
Tal como sucedera, vinte anos antes, na temporada de 1940-41 – então na estreia do clube no Campeonato Nacional da II Divisão –, o União teria uma excelente estreia no Nacional da III Divisão, a 15 de Janeiro de 1961, indo vencer a Coruche, por 4-3, num jogo frenético, alcançando o golo da vitória a dois minutos do fim, depois de a equipa Coruchense por três vezes ter estado em vantagem, com os dois últimos tentos a serem apontados por Eduardo Corona, antiga glória do Benfica, integrante da equipa que venceu a Taça Latina de 1949-50.
Mas, chegados a este patamar, seria necessário porfiar ainda, ao longo de cinco anos, para, enfim, a turma unionista conquistar um título de Campeão Nacional, matéria para uma próxima coluna. Antes disso, também na época de 1964-65, o União reconquistaria o título de Campeão Distrital. O calendário da prova ditara como adversário, para a antepenúltima ronda, o Alferrarede, que fora derrotado em Tomar com uma concludente goleada (8-1). E, naturalmente, com margem substancialmente mais reduzida, os “rubro-negros” voltariam a vencer:
«Dentro do critério que ultimamente vem utilizando, o União ganhou mais um encontro, fazendo uma exibição calma e sem preocupações no resultado.
O resultado de 2-0 é justo na medida em que o União, sem qualquer problema de classificação, se preocupou apenas com a vitória, actuando os jogadores em descontracção absoluta.»(1)
Em paralelo, a formação do Matrena era derrotada, em Santa Cita, pelo Tramagal, passando ambas estas equipas a registar um atraso de cinco pontos face ao guia. Assim, a 7 de Março de 1965, culminando uma bela campanha, o União de Tomar confirmava matematicamente a conquista do título – o terceiro do seu historial, no principal escalão do futebol distrital, depois dos títulos de Campeão Provincial alcançados nas já distantes épocas de 1941-42 e 1942-43:
«Se é certo que a vitória da equipa tomarense, mercê de uma carreira a todos os títulos brilhante no Campeonato Distrital era aguardada como consequência lógica de uma superioridade demonstrada em todo o Campeonato, a verdade é que beneficiando da derrota da Matrena, o União aumentou para cinco pontos o seu avanço sobre o segundo classificado, a duas jornadas do fim sagrando-se campeão mais cedo do que esperava.»(2)
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O pulsar do campeonato – Taça Ribatejo – 2ª jornada
(“O Templário”, 05.12.2013)
Os campeonatos distritais registaram mais um breve interregno, para disputa da segunda ronda da fase de grupos da Taça Ribatejo, em que os principais destaques vão para a goleada do Assentis frente ao Goleganense (6-0) e, uma vez mais, em “maré alta” goleadora, para o categórico triunfo do União de Tomar em Pernes, perante o Atlético local, por 5-0.
Curiosamente, os Empregados do Comércio, que haviam sido vítimas da turma unionista na derradeira jornada do campeonato, “desforraram-se”, num derby muito especial, na cidade de Santarém, goleando por 4-0 o U. Santarém! O que, paralelamente, proporciona desde já àquele grupo escalabitano, a par das formações do Amiense, At. Ouriense, Assentis e Mação, matematicamente, a garantia do apuramento para os 1/8 Final.
De facto, tendo o Amiense batido a U. Abrantina (no único confronto entre equipas primodivisionárias) por 4-2, o At. Ouriense vencido na Sabacheira por 3-0 e o Mação derrotado o Mindense (2-0), todas as equipas antes mencionadas – tendo registado duas vitórias nas duas jornadas iniciais, somando portanto os correspondentes seis pontos –, serão vencedoras das respectivas séries (situação já confirmada pelo Amiense e pelos Empregados do Comércio), ou, no pior dos cenários, serão sempre um dos seis melhores segundos classificados.
Ao invés, estão já virtualmente eliminadas as formações da Sabacheira, Mindense, Goleganense, Atalaiense, At. Pernes, Rio Maior e Vale da Pedra, pelo que os restantes 22 clubes disputarão na última ronda desta fase inicial, a 29 de Dezembro, as onze vagas ainda em aberto.
Dos jogos disputados no passado fim-de-semana, saliência ainda para a dificuldade com que o líder da I Divisão Distrital, Torres Novas, venceu frente ao Atalaiense, por tangencial margem de 2-1, tendo de discutir com o Pego, na derradeira jornada, o apuramento (sendo que o empate deverá permitir a qualificação de ambas as equipas); assim como para a vitória pela diferença mínima (1-0) do Fazendense sobre o Barrosense; para além do triunfo, também por 2-1, da U. Chamusca sobre o Moçarriense; com o Cartaxo a não ir além do empate a duas bolas no Porto Alto. Os restantes encontros tiveram os seguintes desfechos: Ferreira Zêzere-Caxarias, 0-0; Samora Correia-Rio Maior, 2-0; U. Almeirim-Pontével, 0-0; e Muge-Vale da Pedra, 3-2.
Em relação ao União de Tomar, com a concludente vitória averbada, encontra-se em posição privilegiada para alcançar o apuramento para os 1/8 Final, para o que lhe deverá bastar o empate em casa com o Alferrarede, na partida que resta disputar na respectiva série de qualificação.
O Campeonato Nacional de Seniores não teve, ao contrário, qualquer pausa, tendo-se realizado já a 11.ª jornada, uma ronda muito negativa para as equipas do Distrito de Santarém, acumulando três desaires: o Alcanenense, perdendo 0-1 na Lourinhã; o Fátima, batido em casa, no derradeiro minuto, pelo Torreense, por 2-3; e, o Riachense, pese embora a “chicotada psicológica”, com Paulo Costa a substituir Pedro Monserrate no comando técnico da equipa, não evitou nova derrota (a nona, em onze jogos), perdendo em casa, com o Carregado, por 0-2.
A formação de Alcanena, apesar deste resultado (apenas a segunda derrota sofrida) mantém-se no 2.º posto, que continua a partilhar com o U. Leiria (também derrotado nesta jornada, em casa, pelo Portomosense, num desfecho surpreendente), mas agora ambos a seis pontos do guia, Mafra. O Fátima continua a ser 4.º, mas agora com apenas sete pontos de vantagem sobre o antepenúltimo; enquanto o grupo de Riachos está mais distante do penúltimo (a turma de Porto de Mós), já a seis pontos.
Antes de perspectivar a próxima jornada do Distrital, e tendo por mote as goleadas do União de Tomar nas suas duas últimas partidas, aqui fica o registo da memória dos mais volumosos resultados obtidos em todo o historial unionista: 13-1 frente ao Alcanenense (1942); 11-1 com o Tramagal (Taça de Honra de 1971); 10-0 perante o Operário de Tomar (Liga Tomarense, em 1925); 10-0 ao Vitória de Lisboa (1965); 9-0 com a Ac. Santarém (1942); 10-2 ante o Sporting de Tomar (1943); 9-1 face ao Condestável (Taça de Portugal, em 1977); 8-0 contra o Operário Vilafranquense (1943); 8-0 ao U. Almeirim (1963); 8-0 perante o Atouguiense (1982); 8-0 aos Empregados do Comércio (na semana passada, na tal maior goleada fora de casa); 8-1 ao Alferrarede (1964); 8-1 frente ao Beira-Mar (1973, na maior goleada obtida na I Divisão Nacional); e 8-1 com o At. Ouriense (Taça Ribatejo, em 1986).
Neste fim-de-semana, na retoma dos campeonatos distritais, as equipas do topo da classificação enfrentam tarefas árduas, com destaque para as duas partidas em que se defrontam quatro dos actuais cinco primeiros classificados (Torres Novas-At. Ouriense e Pontével-Fazendense); mas também o Amiense terá um difícil teste, na deslocação a Benavente.
Nos restantes desafios, o União de Tomar, em fase muito afirmativa a nível de golos – e registando, por outro lado, três encontros sucessivos sem sofrer qualquer tento –, recebe a visita do Cartaxo, esperando-se que, serenamente, possa confirmar o favoritismo que no momento actual se lhe reconhece. O Mação é também favorito na recepção à formação da U. Chamusca; de tendência mais repartida poderão ser os prélios entre U. Abrantina e Coruchense, por um lado, e, por outro, entre Assentiz e Empregados do Comércio, pressupondo que a turma da capital do Distrito terá já recuperado do desaire frente aos tomarenses, como parece decorrer da categórica vitória obtida na Taça do Ribatejo.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 5 de Dezembro de 2013)
Sorteio – Mundial 2014

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Coreia Sul
Portugal jogará a sua partida de estreia na Fase Final do Mundial, a 16 de Junho, em Salvador, frente à Alemanha (13 horas locais, 17 horas em Portugal); defrontará de seguida, a 22 de Junho, em Manaus, a selecção dos EUA (18 horas locais, 23 horas em Portugal); e, a concluir o grupo de apuramento, a 26 de Junho, em Brasília, jogará com o Ghana (13 horas locais, 17 horas em Portugal continental).
O jogo de abertura do Mundial, a 12 de Junho, disputa-se entre o país anfitrião, Brasil, e a Croácia, em São Paulo (17 horas locais, 21 horas em Portugal).
Nelson Mandela (1918-2013)

It was 25 years they take that man away
Now the freedom moves in closer every day
Wipe the tears down from your saddened eyes
They say Mandela’s free so step outside
Oh oh oh oh Mandela day
Oh oh oh oh Mandela’s free
U. Tomar – Centenário (IX)
(“O Templário”, 28.11.2013)
O título de Campeão Distrital da II Divisão da época de 1955-56 não teria contudo associada a promoção directa à I Divisão Distrital, por via de uma famigerada “liguilha” disputada com o último classificado desse escalão (Alcanenense), pelo que o União de Tomar se veria forçado a nova tentativa de subida… que falharia por pouco, na temporada imediata. Pelo que, uma vez mais, pelo terceiro ano consecutivo, militaria na II Divisão Distrital na época de 1957-58.
Desta forma, a 27 de Abril de 1958, disputando com o Ouriquense o seu penúltimo encontro desse campeonato, o União tinha, em caso de vitória, a possibilidade de conquistar novo título:
«O nosso representante, nesta difícil deslocação a Chã de Ourique (difícil, mais pela categoria técnica do adversário, pela deslocação em si, tratando-se de adversário aguerrido, e pela responsabilidade do resultado, de que podia depender o 1.º lugar da competição), venceu claramente o seu adversário pelo amplo resultado de 3-0, que, ao que nos dizem, podia ainda ser mais desnivelado.»(1)
«Atendendo ao facto de o jogo ter bastante importância para a classificação, deslocou-se à pitoresca vila Chã de Ourique a acompanhar a equipa, numerosa assistência de Tomar. […].
O resultado indica o suficiente para que se veja que o União nunca esteve em dificuldade.
A equipa a jogar com a táctica adequada às necessidades desorientou por completo a equipa local. […]
Devia ter sido a melhor exibição feita esta época; já na segunda parte e com o resultado feito, a equipa jogava inteligentemente fazendo com que a bola girasse de uns para os outros sem precipitações.»(2)
Nesta partida que se viria a revelar decisiva, a turma unionista alinhou da seguinte forma: Tónito; Confraria e Henrique; Lino, Pereira e Nelson; Vítor Lopes, Carvalho, Ernesto, Amílcar e Bengala. Os golos do União foram apontados por Amílcar e Ernesto (que bisou) – com a particularidade de este último ser o jogador, natural de Santa Cita, que viria posteriormente (a partir da época de 1960-61) a militar no Sporting, clube onde ficaria conhecido pelo seu apelido, Figueiredo, e, também, pela alcunha de “Altafini de Cernache” (sagrando-se por duas vezes Campeão Nacional e tendo participado também na conquista da Taça das Taças, em 1964).
Repetindo o título conquistado dois anos antes, ainda a uma jornada do fim, o União de Tomar sagrava-se novamente Campeão da II Divisão Distrital, garantindo assim o regresso, nove anos depois da última participação, à I Divisão Distrital.
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