Liga dos Campeões – 6ª Jornada – Benfica – Paris St.-Germain
10 Dezembro, 2013 at 10:06 pm Deixe um comentário
Benfica – Artur Moraes, Maxi Pereira, Luisão, Ezequiel Garay, Sílvio, Ljubomir Fejsa, Nemanja Matić, Enzo Pérez (90m – André Gomes), Lazar Marković (69m – Ivan Cavaleiro), Nico Gaitán (77m – Miralem Sulejmani) e Lima
Paris St.-Germain – Salvatore Sirigu, Kalifa Traoré, Marquinhos, Zoumana Camara, Lucas Digne, Thiago Motta (61m – Blaise Matuidi), Adrien Rabiot, Lucas, Javier Pastore, Jérémy Ménez e Edinson Cavani (61m – Ezequiel Lavezzi)
0-1 – Edinson Cavani – 37m
1-1 – Lima (pen.) – 45m
2-1 – Nico Gaitán – 58m
Cartões amarelos – Maxi Pereira (30m) e Sílvio (87m); Thiago Motta (50m), Jérémy Ménez (70m) e Adrien Rabiot (77m)
Árbitro – Mark Clattenburg (Inglaterra)
Denotando uma atitude mental, competitiva e física que não tem tido a constância desejada, superando-se a esses vários níveis, a equipa do Benfica realizou esta noite uma excelente exibição, aproveitando também a menor aplicação de um adversário já qualificado e com algumas “poupanças” de jogadores, como foi o caso mais notável de Ibrahimovic, obtendo uma tão justa quão insuficiente vitória.
Insuficiente nos números – à semelhança do que se passara em Atenas, na partida contra o Olympiakos, os dianteiros benfiquistas desperdiçaram inúmeras ocasiões de perigo, tanto procurando colocar a bola, subtraindo-a ao alcance do guardião contrário (depois de uma primeira defesa “afirmativa”), que ela acabava por sair invariavelmente ao lado, mesmo que muito próximo da baliza – e também amargamente insuficiente para o objectivo de apuramento para os 1/8 Final da Liga dos Campeões, numa edição tão mais especial dado o simbolismo de a Final ser disputada no Estádio da Luz.
De facto, procurando ignorar que o seu destino dependia do que o Olympiakos fizesse, o Benfica entrou determinado a fazer a sua parte do contrato, ou seja, garantir a vitória. Com grande intensidade, assumindo o jogo, correndo riscos, ostensivamente remetendo os parisienses à sua defesa, a equipa benfiquista acabaria por vir a ser penalizada num dos raros momentos de desconcentração, com Cavani, muito oportuno, a não desaproveitar a oportunidade que se lhe deparou para inaugurar o marcador.
As notícias que chegavam de Atenas também não eram nada animadoras – o Olympiakos já ganhava por 1-0 – mas nem assim o Benfica se desuniu, mantendo a sua toada de jogo, que seria recompensada, mesmo ao cair do pano do primeiro tempo, com o golo do empate, obtido por Lima, na conversão irrepreensível de uma grande penalidade, a sancionar uma falta grosseira (e perigosa, dado ter-se tratado de uma cabeçada no jogador português) cometida sobre Sílvio, após uma magnífica simulação, a procurar tirar o adversário do seu caminho.
Entretanto, o Anderlecht empatara o jogo em Atenas; porém, logo a abrir a segunda parte, ficava em desvantagem numérica, reduzido a dez elementos, por expulsão. Até que, aos 58 minutos, Saviola, que, depois de ter inaugurado o marcador, falhara já uma grande penalidade, recolocava o Olympiakos em vantagem.
Com a dificuldade acrescida de ter de “jogar simultaneamente em dois campos”, com os “pés” na Luz e a “cabeça” em Atenas, a equipa portuguesa, muito motivada e altamente envolvida no jogo, prosseguia a sua bela exibição, com elementos a atingir elevada craveira, como os casos particulares de Matić, Enzo Pérez ou Gaitán. E, praticamente ao mesmo tempo do segundo golo dos gregos, o Benfica replicava o resultado, fazendo também o 2-1 a seu favor.
Até final, a tendência do jogo não se alteraria significativamente (o Paris St.-Germain teria uma flagrante ocasião de golo, com a bola a cruzar toda a linha de baliza, e a sair rente ao poste mais distante, num grande calafrio), mas foi sempre o Benfica a dar sinal mais.
Entretanto, num jogo completamente atípico, em Atenas, o Olympiakos beneficiava – e desperdiçava – de uma segunda grande penalidade (aos 71 minutos). Já depois de uma fase de grande pressão do Anderlecht, com os gregos remetidos à defesa… e ao contra-ataque, aos 88 minutos, o Olympiakos ficaria a jogar contra nove, assim sentenciando as aspirações dos belgas (e dos portugueses). Mas a história não ficaria por aqui: já em período de descontos, e com as substituições já esgotadas, surgiria a terceira grande penalidade a favor da equipa grega, e a terceira expulsão, desta vez com o guarda-redes do Anderlecht (que defendera as duas anteriores), a ser substituído por um improvisado guardião, que não conseguiria evitar o 3-1 para o Olympiakos.
No Estádio da Luz, o Benfica despedia-se ingloriamente da Liga dos Campeões, severamente penalizado pela fraca exibição no jogo em casa com esta formação da Grécia, e pela infelicidade e falta de eficácia manifestadas em Atenas; numa cruel ironia, os seus antigos jogadores Roberto (em particular nesse jogo Olympiakos-Benfica) e Saviola (com os dois golos hoje apontados) teriam acção determinante nesta eliminação benfiquista, que, uma vez mais, terá de procurar alguma consolo na Liga Europa.
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