Archive for Setembro, 2009

Hemeroteca digital do ABC

24 Setembro, 2009 at 1:00 pm Deixe um comentário

Eleições Assembleia da República – 2005 (I)

A 29 de Junho de 2004, o Primeiro-Ministro de Portugal, Durão Barroso, anunciava ao país a sua intenção de aceitar o convite para presidir à Comissão Europeia, substituindo o italiano Romano Prodi: «Nenhum líder se deve furtar a dar o seu contributo para uma União Europeia mais forte e mais justa», e, mais adiante, «Portugal deve muito à Europa e, quando esta pede o contributo do país, não se deve dizer não». Horas depois, era oficialmente indigitado pelos líderes europeus. Veria a sua eleição confirmada pelo Parlamento Europeu a 22 de Julho.

Em paralelo, com o abandono das suas funções de líder do Governo, abria-se automaticamente uma crise política em Portugal, colocando sobre o Presidente da República, Jorge Sampaio, a pressão da mais difícil decisão do seu consulado.

A 9 de Julho, depois de inúmeras audiências com os seus Conselheiros no Conselho de Estado, de alguma forma procurando preservar a sua isenção e imparcialidade – e isto numa fase em que se aproximava já do termo do seu segundo mandato, o que não lhe permitia equacionar a reeleição -, o Presidente da República, considerando que a maioria parlamentar (PSD / CDS) daria garantias de estabilidade e de manutenção das políticas até então seguidas pelo Executivo dirigido por Durão Barroso, acabaria por optar pelo convite ao PSD para formar novo Governo, com Pedro Santana Lopes (vice-presidente do PSD, eleito Presidente em Conselho Nacional, com 98 votos a favor e 3 contra) a assumir o cargo de Primeiro-Ministro. Por discordar desta opção, Ferro Rodrigues anunciava de imediato a sua demissão da liderança do PS.

Quatro dias depois, numa decisão «muito ponderada», o esperado sucessor de Ferro Rodrigues na direcção do PS, António Vitorino, justificava a sua renúncia a essa candidatura: «Há coisas que eu acho que sei fazer. Há coisas que com humildade reconheço que, ou não sei, ou não tenho a motivação para fazer».

Perfilar-se-iam então três candidatos à liderança do PS; a 25 de Setembro, José Sócrates era eleito secretáro-geral do Partido Socialista, com cerca de 80 % dos votos, vencendo Manuel Alegre (cerca de 16 %) e João Soares (apenas 4 %). No momento da sua eleição, José Sócrates anunciava o propósito de «liderar a mudança política em Portugal».

A 6 de Outubro,  na sequência de uma intervenção do Ministro Rui Gomes da Silva, contestando o perfil da intervenção televisiva semanal de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI (“sem contraditório”) e de uma reunião com o Presidente da televisão (Miguel Paes do Amaral), o Professor, alegando ter sofrido pressões, considerou que não estavam reunidas as condições para a continuidade do programa.

Santana Lopes seria quase unanimente aclamado líder do PSD, no Congresso do partido, realizado em Barcelos de 12 a 14 de Novembro.

Todavia, e contrariamente ao pressuposto por Jorge Sampaio, nomeadamente em termos de manutenção da estabilidade política, o novo Governo não escaparia ao condicionamento e espartilho da necessidade de “agradar” aos portugueses numa perspectiva de curto prazo; acabaria por não resistir à “espada de Dâmocles” que sobre ele impendia: a ameça da dissolução da Assembleia da República e da convocação de eleições concretizar-se-ia a 30 de Novembro, após um brevíssimo mandato de apenas 4 meses, com as eleições a serem agendadas para 20 de Fevereiro de 2005. Confirmava-se que, na conjuntura política e económica portuguesa da época, um Governo chefiado por um Primeiro-Ministro “indigitado” no seio de um partido, seria um Governo a (curto) prazo.

Com uma actuação errática, sem uma linha de rumo definida ou orientação estratégica, entrando em contradição com os seus ministros, Pedro Santana Lopes acabaria por provocar o afastamento das principais figuras do seu próprio partido. Ficaria célebre a afirmação de Cavaco Silva, recuperando a “Lei de Gresham”, referindo que «a má moeda expulsa a boa moeda», fazendo um paralelismo com a expulsão dos bons políticos de “circulação” (do sistema político-partidário) por parte dos maus políticos.

Não obstante a dissolução do Parlamento, mantendo-se em funções, o Governo assistiria ainda a uma “estranha” aprovação de um Orçamento para o ano de 2005; acabaria por demitir-se poucos dias depois, a 11 de Dezembro… três dias antes de se anunciar uma inédita “coligação de partidos separados”, ou o primeiro “divórcio” em que os “divorciados” marcavam, desde logo, uma nova “data de casamento”; por razões de táctica eleitoral, o PSD e o CDS-PP entenderam apresentar-se às eleições em listas separadas, ao mesmo tempo que assinavam um putativo “protocolo de governo” para o dia imediato às eleições…

24 Setembro, 2009 at 8:37 am Deixe um comentário

Eleições Assembleia da República – 2002 (II)

A 17 de Março de 2002, numas eleições inesperadamente provocadas pela demissão de António Guterres, os portugueses hesitaram e – ainda que tenha havido uma natural “viragem política” – repartiram os seus votos de forma mais “equitativa” entre os dois maiores partidos.

O PSD, sob a liderança de Durão Barroso, alcançava 40 % dos votos, elegendo 105 deputados, a melhor votação do partido à excepção das maiorias absolutas de Cavaco de 1987 e 1991.

Ficando todavia aquém das expectativas próprias, não atingindo a maioria absoluta (a cerca de 5 % dos votos de “distância”) – e apesar de Durão Barroso tanto ter contestado a formação de uma coligação de direita, com um ataque persistente ao CDS e respectivo líder durante a campanha eleitoral – ver-se-ia, algo “ironicamente”, beneficiando da formação de uma maioria parlamentar de centro-direita, obrigado a ter de optar por essa fórmula governamental.

Aguardando pacientemente o desgaste do Governo e a degradação da popularidade de Guterres, cumpria finalmente a profecia de que “sabia que ia ser Primeiro-Ministro, só não sabia quando”, apesar de não ter sido capaz de transmitir uma imagem de confiança suficiente para uma vitória mais clara e inequívoca.

 O PS, agora dirigido por Ferro Rodrigues – não obstante ainda algo abalado por um súbito processo de transição de liderança – ficando próximo dos 38 % (obtendo uma percentagem similar à de 1975), conseguia um resultado que apenas António Guterres superara (em 1995 e 1999); passava a dispor de 96 deputados, a curta distância do PSD.

O CDS-PP, com uma muito ligeira evolução, de 8,3 % para 8,7 % – traduzindo-se mesmo num decréscimo de 15 para 14 deputados – beneficiava da configuração dos resultados (o facto de o PSD não alcançar a maioria absoluta) para se afirmar como o partido mais vitorioso, não só ultrapassando a CDU, mas também, e principalmente, porque o voto popular vinha “impor” uma “nova AD”: cerca de 20 anos depois, o CDS, pela mão de Paulo Portas – afirmando-se como parceiro imprescindível para uma maioria parlamentar – regressava ao Governo.

A CDU (PCP-PEV), sem capacidade interna de renovação, não conseguia travar a (aparentemente) irreversível tendência de queda, descendo de 9 % para (ligeiramente) menos de 7 %, no seu pior resultado de sempre; passava de 17 deputados para apenas 12; o PCP, com os seus 10 representantes – apenas conseguindo eleger deputados em 6 dos 22 círculos eleitorais, vendo a sua “influência” cada vez mais circunscrita –, passava a ter uma representação parlamentar pouco mais que “marginal”.

O Bloco de Esquerda, continuando a beneficiar do voto (sub)urbano, subia de 2,4 % para 2,7 %, somando aos 2 eleitos por Lisboa, 1 deputado no Porto.

Embora muitos vaticinassem uma vida curta à coligação governamental, ela foi sobrevivendo… até ao dia em que Durão Barroso decidiu aceitar o convite para “emigrar” de novo, designado para Presidente da Comissão Europeia.

PPD/PSD – 2.200.765 (40,21%) – 105 deputados
PS – 2.068.584 (37,79%) – 96 deputados
CDS-PP – 477.350 (8,72%) – 14 deputados
PCP-PEV-CDU – 379.870 (6,94%) – 12 deputados
B.E. – 149.966 (2,74%) – 3 deputados
PCTP/MRPP – 36.193 (0,66%)
MPT – 15.540 (0,28%)
PPM – 12.398 (0,23%)
PH – 11.472 (0,21%)
PNR – 4.712 (0,09%)
POUS – 4.316 (0,08%)
B.E.-UDP – 3.911 (0,07%)

Inscritos – 8.902.713
Votantes – 5.473.655 – 61,48%
Abstenções – 3.429.058 – 38,52%

Fonte: CNE

(também publicado no blogue “Eleições 2009“, do Público)

23 Setembro, 2009 at 12:49 pm Deixe um comentário

Eleições Assembleia da República – 2002 (I)

O empate que resultara das eleições de 1999 (PS, 115 deputados; partidos da oposição, 115 deputados) – com os deputados da oposição a votarem em bloco –, colocara o Governo numa situação de grande instabilidade. Ao recorrer, para aprovação do Orçamento, ao voto de um deputado do CDS-PP, associado a defesa dos interesses da região produtora do “Queijo Limiano”, o Governo socialista – assumindo a sua posição de fraqueza e dependência – começava a ditar o seu próprio fim.

Em Dezembro de 2001, as eleições autárquicas – sempre com características particulares, associadas aos “microclimas regionais”, mas também, tradicionalmente, funcionando de alguma forma como “voto de protesto” (oportunidade para os eleitores mostrarem um “cartão amarelo” às políticas governamentais) – acabariam por se tornar num imprevisto “terramoto”…

O PS perdia para o PSD as principais cidades do país, algumas delas de forma absolutamente imprevisível, como o Porto ou Sintra, por exemplo. Mas “a gota de água” seria o resultado em Lisboa: João Soares, líder da coligação de esquerda era derrotado (pese embora por uma muito reduzida margem de votos) por Pedro Santana Lopes (concorrendo isoladamente pelo PSD – não obstante a dispersão de votos à direita, provocada pela candidatura de Paulo Portas pelo CDS-PP).

 Depois de tantas surpresas, a maior estava ainda para vir, já a noite eleitoral ia avançada: António Guterres, assumindo uma inesperada e estrondosa derrota socialista, pedia a demissão, para evitar que o país caísse no “pântano”.

O PS via-se, de um dia para o outro, fora do Governo, sem líder e com pouco tempo (menos de 3 meses) para preparar o acto eleitoral. Ferro Rodrigues seria o escolhido para uma verdadeira missão impossível; viria a ter a “mais honrosa das derrotas” socialistas.

(também publicado no blogue “Eleições 2009“, do Público)

22 Setembro, 2009 at 12:48 pm Deixe um comentário

Eleições Assembleia da República – 1999

Após quatro anos de “tranquila” governação, sem grandes rasgos, que teve como pontos altos a organização da EXPO’98 e a construção e inauguração da Ponte Vasco da Gama (a maior da Europa), as eleições de 10 de Outubro de 1999 não trariam grandes novidades, mas antes uma quase perfeita “evolução na continuidade”…

O mais inesperado viria a ser a “irónica” (e inédita) situação de empate parlamentar, com o PS a não conseguir alcançar a maioria absoluta, somando exactamente o mesmo número de deputados que o conjunto de todos os partidos da oposição.

O PS acrescia muito ligeiramente o seu peso eleitoral, conquistando o seu melhor resultado de sempre: passava de 43,8 % para 44,1 % dos votos; subindo de 112 para 115 deputados, a 1 da ambicionada maioria absoluta!

Em contraponto, o PSD baixava, também ligeiramente, a sua percentagem, de 34,1 % para 32,3 %, reduzindo a sua representação parlamentar de 88 para 81 deputados.

A CDU (PCP-PEV) conseguia colocar um “travão” na sua tendência decrescente, subindo… também muito ligeiramente, de 8,6 % para praticamente 9 %, aumentando o seu grupo parlamentar de 15 para 17 deputados.

Na lógica dos “vasos comunicantes” (ainda que por via indirecta), o CDS-PP baixava, igualmente de forma muito ligeira, de 9 % para 8,3 %, conseguindo porém conservar os seus 15 deputados.

O único dado verdadeiramente novo seria a promoção do Bloco de Esquerda à categoria de força parlamentar, e logo com 2 deputados, eleitos em Lisboa, ascendendo a sua votação nacional a 2,4 %.

PS – 2.385.922 (44,06%) – 115 deputados
PPD/PSD – 1.750.158 (32,32%) – 81 deputados
PCP-PEV – 487.058 (8,99%) – 17 deputados
CDS-PP – 451.643 (8,34%) – 15 deputados
B.E. – 132.333 (2,44%) – 2 deputados
PCTP/MRPP – 40.006 (0,74%)
MPT – 19.938 (0,37%)
PPM – 16.522 (0,31%)
PSN – 11.488 (0,21%)
P.H. – 7.346 (0,14%)
POUS – 4.104 (0,08%)
PDA – 438 (0,01%)

Inscritos – 8.864.604
Votantes – 5.415.102 – 61,09%
Abstenções – 3.449.502 – 38,91%

Fonte: CNE

(também publicado no blogue “Eleições 2009“, do Público)

21 Setembro, 2009 at 9:23 am Deixe um comentário

Eleições Assembleia da República – 1995 (II)

Ausente do governo desde 1985, foram necessários 10 anos de “travessia do deserto” na oposição, para que, nas eleições de 1 de Outubro de 1995, o PS voltasse a assumir o papel de maior partido nacional, conquistando uma “nova maioria” (relativa…), com a sua mais expressiva votação de sempre, superando o fundador Mário Soares.

O PS registaria (algo inesperadamente) um crescimento “estrondoso” (praticamente mais um milhão de votos), de 29 % para cerca de 44 %, que se pensava poderia ser suficiente para lhe proporcionar a ambicionada maioria absoluta, o que contudo não se verificou, aumentando o seu número de deputados, de 72 para 112 (a 4 do objectivo), no que foi então interpretado como a vontade dos portugueses de evitar “abusos de poder” associados à governação da anterior maioria.

O PPD/PSD, “órfão” de Cavaco Silva, sob a (efémera) liderança de Fernando Nogueira (que, na sequência dos resultados eleitorais, logo apresentaria a sua demissão), caía de 50,6 % para 34 %, reduzindo a sua representação parlamentar, de 135 para apenas 88 deputados.

 Beneficiando da queda do PPD/PSD, o “novo” CDS-PP, liderado por Manuel Monteiro (tendo Paulo Portas como “inspirador”, com uma política assumidamente de direita) conseguia, invertendo a tendência dos últimos anos, voltar a “recolocar-se no mapa”, somando 9 % dos votos (contra os 4,4 % das duas anteriores eleições legislativas), crescendo de 5 para 15 deputados.

A coligação PCP-PEV continuava a sua luta na tentativa de resistência ao declínio, baixando ligeiramente, de 8,8 % para 8,6 %, o que se traduzia numa diminuição de eleitos, de 17 para 15 deputados.

O “voto útil” no PS retirara aos pequenos partidos de esquerda qualquer possibilidade de representação parlamentar. Na sequência de repetidos insucessos (desde as eleições de 1980), a histórica UDP e o mais recente PSR acabariam por compreender a necessidade de unir esforços, o que viria a levar à formação do Bloco de Esquerda.

PS – 2.583.755 (43,76%) – 112 deputados
PPD/PSD – 2.014.589 (34,12%) – 88 deputados
CDS/PP – 534.470 (9,05%) – 15 deputados
PCP/PEV – 506.157 (8,57%) – 15 deputados
PCTP/MRPP – 41.137 (0,70%)
PSR – 37.638 (0,64%)
UDP – 33.876 (0,57%)
PSN – 12.613 (0,21%)
PG – 8.279 (0,14%)
MPT – 8.235 (0,14%)
PPM-MPT – 5.932 (0,10%)
MUT – 2.544 (0,04%)
PDA – 2.536 (0,04%)

Inscritos – 8.906.608
Votantes – 5.904.854 – 66,30%
Abstenções – 3.001.754 – 33,70%

Fonte: CNE

(também publicado no blogue “Eleições 2009“, do Público)

18 Setembro, 2009 at 9:57 am Deixe um comentário

Liga Europa – 1ª Jornada

BenficaBenfica – Júlio César, Maxi Pereira, Luisão, David Luiz, César Peixoto, Javi García, Ramires, Di María (77m – Ruben Amorim), Felipe Menezes (59m – Fábio Coentrão), Cardozo e Nuno Gomes (65m – Saviola)

BATE Borisov – Veremko, Yurevich, Rzhevski, Sosnovski, Bordachov, Likhtarovich (63m – Volodko), Pavlov, Krivets, Rodionov (81m – Alumona), Nekhaychik e Skavysh (55m – Goaryan)

1-0 – Nuno Gomes – 36m
2-0 – Óscar Cardozo – 41m

Cartões amarelos – Yurevich (32m) e Volodko (90m)

Árbitro – Knut Kircher (Alemanha)

Na estreia da Fase Grupos da nova Liga Europa, o Benfica recebia o BATE Borisov, prestes a sagrar-se tetra-campeão da Bielorússia, e que, na época passada, somara três empates na Liga dos Campeões (dois com a Juventus e em S. Petersburgo, frente ao Zenit)

Não obstante uma primeira meia hora de jogo em que a equipa bielorrussa menteve o nulo, sem que tivessem sido criadas efectivas ocasiões de perigo junto à grande área, o Benfica conseguiria tranquilizar-se, obtendo dois golos em apenas 5 minutos, expondo as fragilidades do adversário.

Na segunda parte, o Benfica, mantendo o controlo do jogo, optaria por uma toada de contenção, fazendo a “gestão de esforço”, poupando alguns jogadores. Não obstante, Nuno Gomes desperdiçaria ainda uma clara oportunidade para ampliar o marcador, enquanto a equipa adversária apenas cerca dos 70 minutos, por duas vezes, chegou à área defensiva do Benfica com maior acuidade, porém sem constituir uma real ameaça.

Grupo D
Hertha Berlin – Ventspils – 1-1
Heerenveen – Sporting – 2-3

1º Sporting, 3; 2º Hertha Berlin e Ventspils, 1; 4º Heerenveen, 0

Grupo I
Benfica – BATE Borisov – 2-0
Everton – AEK Athens – 4-0

1º Everton e Benfica, 3; 3º BATE Borisov e AEK Athens, 0

Grupo L
Athletic Bilbao – Austria Wien – 3-0
Nacional – Werder Bremen – 2-3

1º Athletic Bilbao e Werder Bremen, 3; 3º Nacional e Austria Wien, 0

(mais…)

17 Setembro, 2009 at 10:15 pm Deixe um comentário

Eleições Assembleia da República – 1995 (I)

Depois de alguns episódios aparentemente anódinos, mas que deixariam marcas profundas, como a ideia de retirar o feriado de Carnaval e, mais sério, o “bloqueio da Ponte 25 de Abril”, surgira então o tabu de Cavaco, que, “cansado” do partido e do governo, se preparava para um retiro prévio à candidatura presidencial.

Cavaco decidira não se recandidatar à liderança do PSD; depois de uma luta “fratricida” entre Fernando Nogueira e Durão Barroso, seria o primeiro a “carregar o pesado fardo” de ir a votos, num contexto adverso.

Era o final de um ciclo, em que os números, estatísticas e índices haviam sido privilegiados, nem sempre com contrapartida nas preocupações sociais dos portugueses, com os dois últimos anos de governação a serem já bastante penosos.

O PS, mais uma vez, fora obrigado a mudar de liderança; depois da surpreendente candidatura de Jorge Sampaio à Câmara Municipal de Lisboa, servindo como “trampolim” para a candidatura à Presidência da República, António Guterres passara a ser o novo responsável máximo do partido, lançando a célebre iniciativa dos “Estados gerais”.

Era, finalmente, chegada a hora da “nova maioria”…

 E, num inequívoco sinal de maturidade política – depois de 20 anos de governos “transitórios” e maiorias personalizadas numa figura “providencial” como a de Cavaco Silva –, uma consciente opção pela alternância democrática, sem receio de que tal pudesse colocar em causa a estabilidade política no país, “temperada” pela simbólica recusa da outorga de uma maioria absoluta.

António Guterres (o político da “razão e coração”, com algumas “paixões”) iniciaria então a sua política de moderação, diálogo e busca de consensos, que, nesse contexto, não lhe permitiriam contudo prosseguir as reformas estruturais de que o país carecia.

(também publicado no blogue “Eleições 2009“, do Público)

17 Setembro, 2009 at 12:44 pm Deixe um comentário

Millennium 1 – Os Homens Que Odeiam As Mulheres

http://rd3.videos.sapo.pt/play?file=http://rd3.videos.sapo.pt/dV7Zj8j3i0IIZfQriiJV/mov/1

17 Setembro, 2009 at 12:43 am Deixe um comentário

Liga dos Campeões – 1ª Jornada

Grupo A
Juventus – Bordeaux – 1-1
Maccabi Haifa – Bayern München – 0-3

1º Bayern München, 3; 2º Juventus e Bordeaux, 1; 4º Maccabi Haifa, 0

Grupo B
Wolfsburg – CSKA Moscovo – 3-1
Beşiktaş – Manchester United – 0-1

1º Wolfsburg e Manchester United, 3; 3º Beşiktaş e CSKA Moscovo, 0

Grupo C
Zürich – Real Madrid – 2-5
Olympique de Marseille – AC Milan – 1-2

1º Real Madrid e AC Milan, 3; 3º Olympique de Marseille e Zürich, 0

Grupo D
Chelsea – FC Porto – 1-0
Atlético Madrid – APOEL –  0-0

1º Chelsea, 3; 2º Atlético Madrid e APOEL, 1; 4º FC Porto, 0

Grupo E
Liverpool – Debreceni – 1-0
Olympique Lyonnais – Fiorentina – 1-0

1º Liverpool e Olympique Lyonnais, 3; 3º Debreceni e Fiorentina, 0

Grupo F
Inter – Barcelona – 0-0
Dynamo Kyiv – Rubin Kazan – 3-1

1º Dynamo Kyiv, 3; 2º Inter e Barcelona, 1; 4º Rubin Kazan, 0

Grupo G
Stuttgart – Glasgow Rangers – 1-1
Sevilla – Unirea Urziceni – 2-0

1º Sevilla, 3; 2º Stuttgart e Glasgow Rangers, 1; 4º Unirea Urziceni, 0

Grupo H
Olympiakos – AZ Alkmaar – 1-0
Standard Liège – Arsenal – 2-3

1º Arsenal e Olympiakos, 3; 3º Standard Liège e AZ Alkmaar, 0

16 Setembro, 2009 at 9:35 pm Deixe um comentário

Older Posts Newer Posts


Autor – Contacto

Destaques


Literatura de Viagens e os Descobrimentos Tomar - História e Actualidade
União de Tomar - Recolha de dados históricosSporting de Tomar - Recolha de dados históricos

Calendário

Setembro 2009
S T Q Q S S D
 123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
282930  

Arquivos

Pulsar dos Diários Virtuais

O Pulsar dos Diários Virtuais em Portugal

O que é a memória?

Memória - TagCloud

Jogos Olímpicos

Categorias

Notas importantes

1. Este “blogue" tem por objectivo prioritário a divulgação do que de melhor vai acontecendo em Portugal e no mundo, compreendendo nomeadamente a apresentação de algumas imagens, textos, compilações / resumos com origem ou preparados com base em diversas fontes, em particular páginas na Internet e motores de busca, publicações literárias ou de órgãos de comunicação social, que nem sempre será viável citar ou referenciar.

Convicto da compreensão da inexistência de intenção de prejudicar terceiros, não obstante, agradeço antecipadamente a qualquer entidade que se sinta lesada pela apresentação de algum conteúdo o favor de me contactar via e-mail (ver no topo desta coluna), na sequência do que procederei à sua imediata remoção.

2. Os comentários expressos neste "blogue" vinculam exclusivamente os seus autores, não reflectindo necessariamente a opinião nem a concordância face aos mesmos do autor deste "blogue", pelo que publicamente aqui declino qualquer responsabilidade sobre o respectivo conteúdo.

Reservo-me também o direito de eliminar comentários que possa considerar difamatórios, ofensivos, caluniosos ou prejudiciais a terceiros; textos de carácter promocional poderão ser também excluídos.