Portugal – França (Liga das Nações – 5.ª Jornada)
14 Novembro, 2020 at 10:36 pm Deixe um comentário
Portugal – Rui Patrício, João Cancelo, José Fonte, Rúben Dias, Raphaël Guerreiro, William Carvalho (56m – Diogo Jota), Danilo Pereira (84m – Sérgio Oliveira), Bruno Fernandes (72m – João Moutinho), João Félix (84m – Paulinho), Bernardo Silva (71m – Francisco Trincão) e Cristiano Ronaldo
França – Hugo Lloris, Benjamin Pavard, Raphaël Varane, Presnel Kimpembe, Lucas Hernández, Adrien Rabiot, N’Golo Kanté, Paul Pogba, Kingsley Coman (59m – Marcus Thuram), Anthony Martial (78m – Olivier Giroud) e Antoine Griezmann
0-1 – N’Golo Kanté – 54m
Cartões amarelos – Danilo Pereira (31m); Hugo Lloris (62m), N’Golo Kanté (79m) e Lucas Hernández (82m)
Árbitro – Tobias Stieler (Alemanha)
Num grupo com a concorrência do Campeão do Mundo, e após um desempenho quase perfeito até à data, bastou um único jogo para – ainda antes da derradeira ronda – confirmar o afastamento de Portugal da fase final desta segunda edição da Liga da Nações, prova da qual conquistara o troféu inaugural, há dois anos.
Porventura excessivamente concentrada na missão de procurar evitar sofrer golos, e ao invés do que tinha sucedido há cerca de um mês em Paris, a equipa portuguesa sentiu-se, desde início, manietada pela organização francesa, com o meio-campo gaulês a impor-se, a não dar a possibilidade aos jogadores adversários de ter a bola, vendo-se forçados a, em vão, correr atrás dela.
Algo paradoxalmente, a tais preocupações defensivas acabou por estar associada uma notória falta de agressividade na procura da recuperação da bola, pelo que não surpreendeu o caudal ofensivo da selecção francesa, com Kanté a pautar o jogo na zona intermediária – perante a passividade da dupla William Carvalho e Danilo Pereira -, ao mesmo tempo que Griezmann gozava de ampla liberdade de manobra.
Assim, coube a Rui Patrício, com um par de intervenções apertadas, a salvaguarda do nulo na nossa baliza, negando o golo aos avançados Coman e Martial, este último particularmente “desinspirado”, incapaz de levar a melhor sobre o guardião nacional.
Quando se ansiaria por uma resposta mais assertiva no início da segunda parte, Portugal cede se veria em desvantagem no marcador, curiosamente, na sequência de uma defesa incompleta de Rui Patrício a remate de Rabiot, a deixar fugir a bola para a recarga, sem apelo, de N’Golo Kanté.
O seleccionador, Fernando Santos, reagiria de pronto, mas talvez tardiamente, fazendo entrar Diogo Jota para o lugar de William Carvalho. Também já com João Moutinho e Francisco Trincão em campo, a equipa portuguesa teria ainda uma fase promissora, culminando num remate de José Fonte ao poste, para além de uma atenta defesa de Lloris a remate de João Moutinho.
Mas, como tantas vezes sucede nestas ocasiões, o tempo corria contra nós, e a equipa acabou por não ter a capacidade de quebrar a barreira francesa, pelo que, mantendo-se inalterado o resultado – e sendo um eventual empate pontual no final desta fase de grupos decidido em função do confronto directo – a selecção Campeã do Mundo garantia automaticamente o apuramento para a “Final Four” da Liga das Nações.
No final, o treinador português não conseguia encontrar explicações para a forma algo amorfa como a sua equipa actuara, restando render-se à evidência de ter defrontado um adversário que – após uma derrota (0-1) na Final do “EURO 2106” e um nulo registado na primeira volta, em dois jogos realizados em França – se superiorizou, marcando pela primeira (e única) vez, ao terceiro jogo…
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