Archive for Dezembro, 2019
O Pulsar do Campeonato – 14ª Jornada
(“O Templário”, 19.12.2019)
Praticamente a chegar a meio do campeonato, contando por vitórias os 14 desafios já disputados – numa fantástica série de triunfos, a ameaçar seriamente o registo de 16 jogos ganhos pelo Fátima na segunda parte da edição de 2015-16 da prova –, o U. Almeirim apresenta-se com caminho aberto para a conquista do título de Campeão Distrital, tendo adquirido, em função dos deslizes dos adversários, uma importante “margem de erro” (no mínimo poderá perder dois encontros e empatar outro), o que o deixa em situação muito privilegiada para encarar a segunda volta.
Destaques – No “jogo grande” da 14.ª jornada, o Coruchense levou de vencida o U. Tomar, por 2-0, passando agora ambos os clubes a partilhar o 2.º posto, mas já a nove pontos do líder.
Tal como sucedera em Almeirim (e, antes, em Tomar, frente ao Abrantes e Benfica), o União foi deveras penalizado pela pecha evidenciada a nível de finalização. O domínio patenteado pelos unionistas na maior parte do tempo de jogo revelou-se improfícuo e, portanto, insuficiente para pontuar, perante um oponente que, ao invés, teve um muito bom nível de aproveitamento das oportunidades de que beneficiou.
Assumindo a iniciativa do jogo praticamente desde o seu início, os tomarenses tiveram, ainda no primeiro tempo, por duas ou três ocasiões, a baliza à sua mercê, mas, por falhas próprias e alguma infelicidade, a bola não “quis” entrar. Na segunda metade, mesmo em desvantagem, os nabantinos não deixaram de procurar inverter a situação, novamente sem êxito, desperdiçando outra soberana possibilidade, acabando por ter de conformar-se com o desfecho negativo após terem sofrido o segundo tento, também já próximo do termo da partida.
O resultado final – traduzindo-se no sexto triunfo consecutivo do Coruchense –, pese embora obtido “contra a corrente”, premeia a solidez defensiva do grupo do Sorraia e a sua organização nas transições rápidas para o contra-ataque, perante uma formação tomarense algo condicionada por problemas físicos (vários jogadores com lesões em fase de recuperação).
Por seu lado, o comandante, recebendo a frágil equipa do Moçarriense, não teve dificuldade em, não só somar mais um (expectável) triunfo, como, com alguma naturalidade, impor uma goleada, por expressiva marca de 7-1, com a particularidade de os golos terem sido repartidos entre os avançados Igor Costa “(poker”) e João Gomes (“hat-trick”), ascendendo aos dois primeiros lugares da lista de melhores marcadores, no segundo caso a par do anterior líder, Tiago Vieira.
Tendo sido invertida a ordem dos jogos que havia sido ditada pelo sorteio, o Samora Correia ganhou, no seu reduto, ao Cartaxo, por 2-1 – quinto desaire sofrido pelos cartaxeiros (terceiro nos últimos quatro jogos), cada vez mais afastados dos lugares cimeiros (agora já a nove pontos do… 4.º lugar); quanto aos samorenses, instalam-se em posição tranquila a meio da tabela, a par de Amiense e Ferreira do Zêzere, com mais do dobro dos pontos dos clubes na “linha de água”.
A realçar ainda o embate entre Amiense e Mação, com o desfecho da partida a ficar “selado” logo nos minutos iniciais, com um golo para cada lado, tendo os homens da casa travado uma equipa que vinha em crescendo, sendo que os maçaenses repartem agora o 6.º lugar com o Cartaxo.
Confirmações – Numa ronda sem grandes surpresas a assinalar, nos restantes encontros os favoritos confirmaram a sua condição, somando os três pontos em disputa.
Começando pelo Abrantes e Benfica (4.º classificado, agora somente a um ponto do duo do 2.º lugar), bateu, com alguma tranquilidade, a turma da Glória do Ribatejo, por 2-0.
Melhor fez o Ferreira do Zêzere, aplicando “chapa 3” ao Pego, voltando assim às vitórias, de que se encontrava arredado há três jornadas, consolidando a sua posição na pauta classificativa.
Num confronto mais equilibrado, o Torres Novas ganhou por tangencial 1-0 ao Rio Maior, tendo-se isolado no 8.º posto.
Por fim, o Fazendense prossegue a sua notável campanha (agora no 5.º lugar, de forma destacada), tendo ido vencer aos Riachos por 2-0, agravando ainda mais a periclitante situação do Riachense – somou a oitava derrota consecutiva –, pelo que continua como “lanterna vermelha” do campeonato, a par do Pego, pese embora apenas dois pontos abaixo de Rio Maior e Moçarriense.
II Divisão Distrital – Na “Série A” os três primeiros venceram, reforçando as respectivas posições, perfilando-se como mais sérios candidatos ao apuramento para a fase final da prova, de apuramento de Campeão e de promoção: o Alcanenense, na Atalaia, por 2-0; o Tramagal, em casa, ante o Ferreira do Zêzere “B”, por 2-1; tendo o Entroncamento goleado o Aldeiense (6-1).
Na “Série B”, o embate entre os dois primeiros (Pontével e Marinhais), disputado no terreno deste último, saldou-se por um nulo, aproveitado pelo Benavente (ganhando, também com uma goleada por 6-1, frente ao Rebocho) para encurtar distâncias.
Campeonato de Portugal – O Fátima conseguiu uma muito boa vitória, por 3-1, ante o histórico Beira-Mar, ultrapassando na classificação, precisamente, esse adversário, ascendendo a um excelente 2.º lugar, instalando-se, pois, em posição de apuramento para o “play-off” final.
Quanto ao U. Santarém não conseguiu evitar a derrota caseira (1-2) ante o Oleiros, notável 4.º classificado, tendo baixado uma posição, ocupando agora o 13.º lugar, o último em zona de manutenção, somente um ponto acima do Oliveira do Hospital.
Antevisão – Neste fim-de-semana os campeonatos distritais fazem uma pausa por ocasião das festividades de Natal, regressando o futebol distrital, apenas a 29 de Dezembro, com a disputa de uma “pré-eliminatória” da Taça do Ribatejo, com as principais atenções focadas no Cartaxo-Coruchense, sendo de notar ainda o “derby” escalabitano entre Moçarriense e Amiense, com o U. Tomar a receber a visita do Marinhais, visando avançar para os 1/8 de final da competição.
No Campeonato de Portugal, o Fátima poderá ampliar o seu pecúlio pontual, em deslocação à Praia da Vitória (Açores), para defrontar o actual penúltimo classificado, Fontinhas. Já o U. Santarém, actuando também como visitante, defrontará precisamente o Oliveira do Hospital, numa partida que se afigura de grande relevância para o escalonamento da classificação.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 19 de Dezembro de 2019)
Liga Europa – Sorteio dos 1/16 de Final
Wolverhampton – Espanyol
Sporting – Istanbul Başakşehir
Getafe – Ajax
Bayer Leverkusen – FC Porto
København – Celtic
APOEL – Basel
CFR Cluj – Sevilla
Olympiakos – Arsenal
AZ Alkmaar – LASK Linz
Brugge – Manchester United
Ludogorets – Inter
E. Frankfurt – RB Salzburg
Shakhtar Donetsk – Benfica
Wolfsburg – Malmö
Roma – Gent
Rangers – Sp. Braga
Os jogos da primeira mão serão disputados a 20 de Fevereiro de 2020, estando a segunda mão agendada para 27 de Fevereiro.
Liga dos Campeões – Sorteio dos 1/8 de Final
B. Dortmund – Paris St.-Germain
Real Madrid – Manchester City
Atalanta – Valencia
At. Madrid – Liverpool
Chelsea – Bayern
Lyon – Juventus
Tottenham – RB Leipzig
Napoli – Barcelona
Os jogos da primeira mão serão disputados nas seguintes datas: 18, 19, 25 e 26 de Fevereiro de 2020. Por seu lado, as partidas da segunda mão estão agendadas para 10, 11, 17 e 18 de Março.
O Pulsar do Campeonato – 13ª Jornada
(“O Templário”, 12.12.2019)
Tendo os actuais cinco primeiros classificados vencido os respectivos desafios – acentuando ainda mais o fosso que os separa de praticamente todos os restantes concorrentes (à excepção de Cartaxo e Mação) –, precisamente, a derrota sofrida pelo Cartaxo em Tomar resulta no irremediável afastamento do lugar de topo da tabela de um clube que, à partida, se assumia como um dos principais candidatos ao título, isto numa ronda em que o Mação esteve em particular evidência, igualando a maior goleada do campeonato (8-1).
Destaques – O primeiro destaque da 13.ª jornada vai, uma vez mais, para o U. Tomar, que prossegue o seu notável percurso nesta temporada, tendo somado a 11.ª vitória (oitava sucessiva perante os clubes posicionados atrás de si), impondo-se, desta feita por tangencial 1-0, a uma valorosa equipa do Cartaxo, que jogava a sua derradeira “cartada” em ordem a poder manter ainda algumas aspirações.
Após uma primeira metade repartida, no recomeço da partida os unionistas surgiriam determinados a ir em busca dos três pontos, tendo porfiado na iniciativa atacante, mas, perante uma forte oposição, apenas ao cair do pano, e na conversão de uma grande penalidade, conseguiriam chegar ao tão almejado golo que lhes viria a proporcionar ter êxito nos seus intentos.
Foi o 23.º tento apontado pelo jovem Tiago Vieira ao serviço do clube – mantendo a liderança dos melhores marcadores do campeonato na presente temporada, somando já dez golos –, igualando assim o registo de nomes históricos, como Totói ou Tito – por curiosidade, ambos protagonistas em homenagem a este último (grande figura do futebol português, tendo-se notabilizado especialmente com a camisola do V. Guimarães), promovida pelos veteranos do União no passado fim-de-semana, num encontro com as “velhas guardas” do Vitória.
Uma equipa do Mação que se mostra agora bem mais consolidada – pese embora já sem possibilidades de almejar a reconquista do título – goleou o Ferreira do Zêzere por 8-1, uma marca improvável, que terá resultado de um “dia não” dos ferreirenses, em conjugação com um bom aproveitamento das oportunidades de golo por parte dos maçaenses.
Também o Coruchense segue a bom ritmo, averbando o seu quinto triunfo consecutivo, tendo ido ganhar a Rio Maior – agora a atravessar fase negativa – por categórico “placard” de 4-1, continuando, desta forma, a pressionar os dois da frente da pauta classificativa, reiterando as suas pretensões, fazendo notar de forma bem clara que não abdicou ainda de poder chegar mais acima.
Quem continua a merecer igualmente nota de particular realce é o Fazendense, a realizar excelente campanha, isolando-se no 5.º posto, afinal, apenas quatro pontos abaixo do emblema do Sorraia. Desta vez, actuando no seu reduto, impôs um convincente 3-0 ao Torres Novas.
Surpresa – Não se pode considerar que tenha sido uma grande surpresa – atendendo inclusivamente ao desempenho que tem tido, esta época, extra-muros –, mas não seria o desfecho mais previsível, a vitória averbada pelo Amiense em Samora Correia (1-0), a conseguir assim rectificar as perdas pontuais sofridas em casa, igualando o Torres Novas na 8.ª posição, ambos com o dobro dos pontos (16 face a 8) em relação à “linha de água”.
Confirmações – Nos restantes desafios, U. Almeirim e Abrantes e Benfica confirmaram o favoritismo que lhes era creditado, enfrentando os dois clubes que repartem agora a condição de “lanterna vermelha”, tendo vencido ambos por 2-0, respectivamente no Pego (no que constitui já a 13.ª vitória consecutiva dos almeirinenses, já a ameaçar o registo de 16 triunfos sucessivos do Fátima, obtido nas 16 últimas jornadas da época de 2015-16) e na recepção ao Riachense.
Quanto ao Moçarriense, defrontando um adversário directo na luta pela manutenção, não desperdiçou a oportunidade de estancar a negativa série de seis desaires, ganhando à formação da Glória do Ribatejo, mercê de um solitário tento, o suficiente para dar um pequeno pulo na pauta classificativa, superando aqueles dois concorrentes e igualando o Rio Maior no 13.º lugar.
II Divisão Distrital – A Norte, numa “cimeira de líderes”, o Alcanenense fez valer a sua posição de comandante, e a condição de visitante, batendo o Tramagal por 3-1, voltando a destacar-se. Por seu lado, o Entroncamento, ganhando em Tomar, à equipa “B” do União, por 4-2, fez uma boa operação no sentido de poder vir a ser, no final, um dos três clubes apurados para a fase final.
A Sul, o Pontével, ganhando por 1-0 ao Porto Alto, aproveitou a “folga” do Marinhais para se isolar na liderança, sendo de notar também o triunfo do Benavente (3-0) no Espinheiro.
Campeonato de Portugal – Fátima e U. Santarém voltaram a ter uma semana positiva, conquistando pontos em terreno alheio: os fatimenses, tendo ido ganhar a Anadia por 2-0, repartem agora a 3.ª posição com o Sertanense, continuando a dois pontos do Beira-Mar (2.º); os escalabitanos registaram um nulo na Marinha Grande, ante o Marinhense, mantendo o 12.º posto.
Antevisão – Na próxima jornada do escalão principal do futebol distrital – última do ano de 2019 – o jogo grande será o que opõe o 3.º e 2.º classificados, com o Coruchense a receber o U. Tomar, num embate de desfecho imprevisível, em que nenhuma das equipas poderá perder, sob pena de ver afastar-se definitivamente o líder, U. Almeirim, o qual beneficia de total favoritismo na partida que disputará, recebendo a visita do Moçarriense. Outras partidas de interesse serão, nomeadamente, o Amiense-Mação e o Riachense-Fazendense.
Na II Divisão, salientam-se os seguintes encontros: U. Atalaiense-Alcanenense, Ortiga-U. Tomar “B”, Goleganense-Forense e, em especial, o Marinhais-Pontével, que coloca frente-a-frente os dois primeiros classificados da “Série B”.
No Campeonato de Portugal, está também agendado um aliciante confronto entre Fátima e o histórico Beira-Mar, com os fatimenses, em caso de vitória, a poder “catapultar-se” para os lugares de acesso ao “play-off” de apuramento de Campeão. Por seu lado, o U. Santarém, jogando também em casa, recebe o Oleiros, um adversário difícil, que ocupa muito meritório 5.º lugar.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 12 de Dezembro de 2019)
Tiago Rodrigues – “Prémio Pessoa” 2019
Tiago Rodrigues, de 42 anos, actor, dramaturgo, encenador e produtor (actualmente director artístico do Teatro Nacional D. Maria II), foi hoje distinguido com a 33.ª edição do “Prémio Pessoa“, no valor de 60 mil euros.
Nas edições anteriores do “Prémio Pessoa”, foram distinguidos:
2018 – Miguel Bastos Araújo (geógrafo)
2017 – Manuel Aires Mateus (arquitecto)
2016 – Frederico Lourenço (escritor)
2015 – Rui Chafes (escultor)
2014 – Henrique Leitão (investigador)
2013 – Maria Manuel Mota (investigadora)
2012 – Richard Zenith (investigador, escritor e tradutor)
2011 – Eduardo Lourenço (ensaísta e filósofo)
2010 – Maria do Carmo Fonseca (cientista)
2009 – D. Manuel Clemente (bispo)
2008 – Carrilho da Graça (arquitecto)
2007 – Irene Pimentel (historiadora e investigadora)
2006 – António Câmara (professor catedrático, empresário e investigador)
2005 – Luís Miguel Cintra (actor e encenador)
2004 – Mário Cláudio (escritor)
2003 – José Gomes Canotilho (constitucionalista)
2002 – Manuel Sobrinho Simões (investigador)
2001 – João Bénard da Costa (crítico e historiador de cinema)
2000 – Emmanuel Nunes (compositor)
1999 – Manuel Alegre (poeta) e José Manuel Rodrigues (fotógrafo)
1998 – Eduardo Souto de Moura (arquitecto)
1997 – José Cardoso Pires (escritor)
1996 – João Lobo Antunes (neurocirurgião)
1995 – Vasco Graça Moura (ensaísta)
1994 – Herberto Hélder (poeta)
1993 – Fernando Gil (filósofo)
1992 – Hannah e António Damásio (neurocientistas)
1991 – Cláudio Torres (arqueólogo)
1990 – Menez (pintora)
1989 – Maria João Pires (pianista)
1988 – António Ramos Rosa (poeta)
1987 – José Mattoso (historiador)
Liga Europa – 6ª Jornada – Resultados e Classificações
Grupo D
LASK Linz – Sporting – 3-0
PSV Eindhoven – Rosenborg – 1-1
1º LASK Linz, 13; 2º Sporting, 12; 3º PSV Eindhoven, 8; 4º Rosenborg, 1
Grupo F
Standard Liège – Arsenal – 2-2
E. Frankfurt – V. Guimarães – 2-3
1º Arsenal, 11; 2º E. Frankfurt, 9; 3º Standard Liège, 8; 4º V. Guimarães, 5
Grupo G
Rangers – Young Boys – 1-1
FC Porto – Feyenoord – 3-2
1º FC Porto, 10; 2º Rangers, 9; 3º Young Boys, 8; 4º Feyenoord, 5
Grupo K
Wolverhampton – Beşiktaş – 4-0
Slovan Bratislava – Sp. Braga – 2-4
1º Sp. Braga, 14; 2º Wolverhampton, 13; 3º Slovan Bratislava, 4; 4º Beşiktaş, 3
Garantiram o apuramento para os 1/16 de final os seguintes clubes: Sevilla, APOEL, Malmö, København, Basel, Getafe, LASK Linz, Sporting, Celtic, CFR Cluj, Arsenal, E. Frankfurt, FC Porto, Rangers, Espanyol, Ludogorets, Gent, Wolfsburg, Istanbul Başakşehir, Roma, Sp. Braga, Wolverhampton, Manchester United e AZ Alkmaar.
A estes juntam-se as oito equipas que transitam da Liga dos Campeões: Brugge, Olympiakos, Shakhtar Donetsk, Bayer Leverkusen, RB Salzburg, Inter, Benfica e Ajax.
Em termos gerais, temos os seguintes contingentes principais, por países: Portugal, único país com 4 representantes; Alemanha, Espanha e Inglaterra (3 clubes cada), Áustria, Bélgica, Escócia, Holanda e Itália (2).
(mais…)
Liga dos Campeões – 6ª Jornada – Resultados e Classificações
Grupo A
Paris St.-Germain – Galatasaray – 5-0
Brugge – Real Madrid – 1-3
1º Paris St.-Germain, 16; 2º Real Madrid, 11; 3º Brugge, 3; 4º Galatasaray, 2
Grupo B
Bayern – Tottenham – 3-1
Olympiakos – Crvena Zvezda – 1-0
1º Bayern, 18; 2º Tottenham, 10; 3º Olympiakos, 4; 4º Crvena Zvezda, 3
Grupo C
D. Zagreb – Manchester City – 1-4
Shakhtar Donetsk – Atalanta – 0-3
1º Manchester City, 14; 2º Atalanta, 7; 3º Shakhtar Donetsk, 6; 4º D. Zagreb, 5
Grupo D
Bayer Leverkusen – Juventus – 0-2
At. Madrid – Lokomotiv Moskva – 2-0
1º Juventus, 16; 2º At. Madrid, 10; 3º Bayer Leverkusen, 6; 4º Lokomotiv Moskva, 3
Grupo E
Napoli – Genk – 4-0
RB Salzburg – Liverpool – 0-2
1º Liverpool, 13; 2º Napoli, 12; 3º RB Salzburg, 7; 4º Genk, 1
Grupo F
B. Dortmund – Slavia Praha – 2-1
Inter – Barcelona – 1-2
1º Barcelona, 14; 2º B. Dortmund, 10; 3º Inter, 7; 4º Slavia Praha, 2
Grupo G
Lyon – RB Leipzig – 2-2
Benfica – Zenit – 3-0
1º RB Leipzig, 11; 2º Lyon, 8; 3º Benfica, 7; 4º Zenit, 7
Grupo H
Chelsea – Lille – 2-1
Ajax – Valencia – 0-1
1º Valencia, 11; 2º Chelsea, 11; 3º Ajax, 10; 4º Lille, 1
Garantiram o apuramento para os 1/8 de final da Liga dos Campeões os seguintes clubes: Paris St.-Germain, Real Madrid, Bayern, Tottenham, Manchester City, Atalanta, Juventus, At. Madrid, Liverpool, Napoli, Barcelona, B. Dortmund, RB Leipzig, Lyon, Valencia e Chelsea.
Limitam-se, pois, somente a cinco os países que subsistem com representação na prova: Espanha e Inglaterra, cada qual com quatro clubes; Alemanha e Itália, com três; e França, com dois representantes.
Por seu lado, transitam para a Liga Europa: Brugge, Olympiakos, Shakhtar Donetsk, Bayer Leverkusen, RB Salzburg, Inter, Benfica e Ajax.
Grandes clássicos das competições europeias – (13) Barcelona – Inter
Época Prova Ronda 1.ª Mão 2.ª mão 1958-60 TCF 1/4 Barcelona-Inter 4-0 Inter-Barcelona 2-4 1969-70 TCF 1/8 Barcelona-Inter 1-2 Inter-Barcelona 1-1 2002-03 LCE Grupo Barcelona-Inter 3-0 Inter-Barcelona 0-0 2009-10 LCE Grupo Inter-Barcelona 0-0 Barcelona-Inter 2-0 2009-10 LCE 1/2 Inter-Barcelona 3-1 Barcelona-Inter 1-0 2018-19 LCE Grupo Barcelona-Inter 2-0 Inter-Barcelona 1-1 2019-20 LCE Grupo Barcelona-Inter 2-1 Inter-Barcelona 1-2 Balanço global J V E D GM GS Barcelona - Internazionale 14 8 4 2 24 – 11
É uma história longa, já de 60 anos – tendo-se disputado, em Maio e em Setembro de 1959, os primeiros jogos entre ambos -, a da rivalidade entre entre estes dois colossos do futebol europeu, com o Barcelona, com dois triunfos (goleando na Catalunha, e somando um agregado de 8-2 na eliminatória), a avançar então para as meias-finais da segunda edição (1958-60) da Taça das Cidades com Feiras, troféu que viria a revalidar, após a vitória na estreia desta competição (1955-58).
Para além do claro domínio do Barcelona (oito vitórias a duas e um “score” global de 24-11), ressalta ainda o relativamente escasso número de golos marcados pelo Inter – tendo ficado “em branco” em metade dos 14 jogos realizados.
Anota-se também a particularidade de os dois clubes se terem enfrentado por quatro vezes na época de 2009-10, com o Inter – então sob o comando técnico de José Mourinho – a “rectificar” o balanço da fase de grupos, vencendo a eliminatória correspondente às meias-finais, antes de bater, na Final, no “Santiago Bernabéu”, em Madrid, o Bayern, para se sagrar Campeão Europeu pela 3.ª vez no seu historial.
Nessa eliminatória de boa memória para os nerazzurri, depois de vencer, em Milão, por 3-1 (numa partida arbitrada por Olegário Benquerença), tendo inclusivamente operado reviravolta no marcador, o Inter conseguiu, na 2.ª mão – reduzido a dez elementos durante mais de uma hora, por expulsão de Thiago Motta – aguentar o nulo em “Camp Nou” praticamente até aos cinco minutos finais, vindo a consentir um único golo, insuficiente para que o Barcelona (liderado por Pep Guardiola) evitasse ser afastado da prova.
Nas outras ocasiões em que se haviam encontrado na fase de grupos da Liga dos Campeões – em 2002-03 e, precisamente, na época passada -, o Inter alcançou as meias-finais no primeiro caso (eliminado pelo AC Milan, que viria a conquistar o troféu), quedando-se o Barcelona pelos 1/4 de final (superado pelo outro finalista, Juventus); na última temporada, o Inter não foi além dessa fase de grupos (3.º classificado, atrás do Barcelona e do Tottenham), enquanto os catalães veriam o seu percurso interrompido nas meias-finais (com a incrível goleada de 4-0 sofrida ante o actual Campeão Europeu, Liverpool, depois da vitória por 3-0, averbada na 1.ª mão).
Por capricho do sorteio, Barcelona e Inter reencontraram-se já na fase de grupos da presente época – a última vez, ontem mesmo -, repetindo os duelos do ano passado. O Inter praticamente entrou a ganhar em Camp Nou, onde, ao 5.º jogo aí disputado no âmbito da Liga dos Campeões, marcou pela primeira vez, mas não conseguiria evitar a reviravolta no marcador por parte do Barcelona. A repetição da vitória do Barcelona, em Milão, traduziu-se no afastamento do clube italiano da Liga dos Campeões, superado pelos catalães e pelo Borussia Dortmund.
Liga dos Campeões – 6ª jornada – Benfica – Zenit
Benfica – Odysseas Vlachodimos, Tomás Tavares, Rúben Dias, Francisco Ferreira “Ferro”, Alejandro “Álex” Grimaldo, Luís Fernandes “Pizzi”, Adel Taarabt, Gabriel Pires (81m – Andreas Samaris), Franco Cervi (81m – Haris Seferović), Francisco “Chiquinho” Machado e Carlos Vinícius (89m – Caio Lucas)
Zenit S. Petersburgo – Mikhail Kerzhakov, Yordan Osorio, Branislav Ivanović, Douglas Santos, Vyacheslav Karavaev, Aleksandr Erokhin (66m – Aleksei Sutormin), Wílmar Barrios, Magomed Ozdoev (60m – Igor Smolnikov), Oleg Shatov (89m – Róbert Mak), Sardar Azmoun e Artem Dzyuba
1-0 – Franco Cervi – 47m
2-0 – Luís Fernandes “Pizzi” (pen.) – 60m
3-0 – Sardar Azmoun (p.b.) – 79m
Cartões amarelos – Gabriel Pires (19m); Douglas Santos (17m), Magomed Ozdoev (43m) e Aleksandr Erokhin (55m)
Cartão vermelho – Douglas Santos (56m)
Árbitro – Antonio Mateu Lahoz (Espanha)
Não se afigurava linear o apuramento do Benfica para a Liga Europa, uma vez que pressupunha uma vitória por 2-0, ou, alternativamente, por três (ou mais) golos de diferença, de modo a não ficar dependente de uma derrota caseira do Lyon (caso em que bastaria o triunfo benfiquista, por qualquer margem).
E, não obstante, até começaram cedo a chegar boas notícias de Lyon, com o RB Leipzig a inaugurar o marcador logo aos 9 minutos, vantagem que viria a consolidar pouco depois da meia hora… O caminho da formação portuguesa parecia, por essa via, “atapetado”: um golo prometia, então, poder chegar para garantir o objectivo.
Dentro de campo, algo alheia ao que se ia passando em Lyon, a equipa do Benfica – personalizada e confiante como ainda não se tinha visto na presente edição da prova – assumiu, logo desde início, a iniciativa do jogo, que viria a dominar, de princípio a fim.
O primeiro sinal de inconformismo seria dado, apenas com três minutos jogados, por Taarabt, rematando ainda fora da área. Mas, com a equipa do Zenit aglomerada no seu meio-campo, na expectativa do erro do adversário, o golo tardava em chegar, apesar dos esforços benfiquistas, na tentativa de desbloquear o marcador.
Sem se deixar abater animicamente, o Benfica regressou para a segunda parte a grande ritmo, tendo então a felicidade de chegar ao golo logo aos dois minutos, com um oportuno Cervi, sem dificuldade, a empurrar a bola para a baliza, a solicitação de Pizzi.
Mantendo-se o resultado de Lyon, o Zenit continuava em posição de apuramento para a fase seguinte da “Liga dos Campeões”, com o clube francês a cair para o último posto do grupo, por troca com o Benfica.
Pelo que se torna algo difícil compreender o desnorte então evidenciado pela equipa russa, primeiro, com Erokhin, depois de ludibriado por Taarabt, a recorrer a uma “placagem”, para, no minuto imediato, ser Douglas Santos a interceptar a bola com o braço, na sua grande área, o que lhe valeu segundo amarelo e consequente expulsão, a par da grande penalidade, de que resultou o segundo golo benfiquista, numa boa conversão de Pizzi, a enganar Kerzhakov.
Tudo corria “sobre rodas”, pese embora o Lyon tivesse já, entretanto, reduzido a desvantagem ante o RB Leipzig para 1-2.
O Benfica aproveitava a desorientação do Zenit para ir em busca de um terceiro golo, tendo mesmo desperdiçado um par de flagrantes oportunidades, mas, num lance de contra-ataque, viria ainda a sofrer um calafrio, quando Azmoun, com um remate muito perigoso, proporcionou a Vlachodimos a defesa da noite, com uma excelente estirada.
No lance imediato, Carlos Vinícius, isolado frente ao guardião contrário, não foi eficaz, permitindo a defesa para canto, de cuja conversão, surgiria, num corte desastrado, também de Azmoun, o terceiro golo benfiquista.
Faltavam pouco mais de dez minutos e a missão do Benfica parecia cumprida na perfeição. Mas tal sentimento de tranquilidade não duraria cinco minutos, altura em que o Lyon empatava o seu jogo com o RB Leipzig (entrando assim em posição de apuramento, trocando com o Zenit, então relegado para o 4.º lugar do grupo); um golo sofrido poderia significar a eliminação do Benfica…
No entretanto – entre o terceiro golo benfiquista e o segundo do Lyon -, Bruno Lage optara já por reforçar o meio-campo, com a entrada de Samaris, trocando, em paralelo, Cervi por Seferović, procurando, desta forma, explorar a (que passava a ser necessária) assumpção de risco por parte dos russos.
Porém, reduzida a dez elementos, algo atordoada pelo que se estava a passar (quer na Luz, quer em Lyon), a turma do Zenit não conseguiria, nesses dez minutos finais, provocar qualquer efectivo perigo para a baliza portuguesa.
Mesmo acabando por ter de sofrer nesses minutos derradeiros – perante a ameaça que subsistia de poder eventualmente sofrer um golo nalgum lance de bola parada, ou ressalto fortuito -, o Benfica fecharia a sua presença nesta edição da “Liga dos Campeões” com a sua melhor exibição e um categórico triunfo por 3-0 sobre o líder destacado do campeonato russo (dez pontos de vantagem sobre o 2.º classificado, Krasnodar, a onze jornadas do fim), garantindo assim, por mérito próprio, não dependente de terceiros, a qualificação para a Liga Europa.
Num balanço final, num grupo equilibrado como se antevia que este seria, o que se veio a confirmar, é inevitável a sensação de que o apuramento para os 1/8 de final da “Champions” estava perfeitamente ao alcance, tendo acabado por ficar à “mão de semear”, não fossem, em última instância, os dois golos consentidos na fase final do jogo de Leipzig…
Grandes clássicos das competições europeias – (14) Barcelona – Juventus
Época Prova Ronda 1.ª Mão 2.ª mão 1970-71 TCF 1/16 Barcelona-Juvent. 1-2 Juvent.-Barcelona 2-1 1985-86 TCE 1/4 Barcelona-Juvent. 1-0 Juvent.-Barcelona 1-1 1990-91 TVT 1/2 Barcelona-Juvent. 3-1 Juvent.-Barcelona 1-0 2002-03 LCE 1/4 Juvent.-Barcelona 1-1 Barcelona-Juvent. 1-2 2014-15 LCE Final Barcelona-Juvent. 3-1 (Est. Olímp. Berlim) 2016-17 LCE 1/4 Juvent.-Barcelona 3-0 Barcelona-Juvent. 0-0 2017-18 LCE Grupo Barcelona-Juvent. 3-0 Juvent.-Barcelona 0-0 Balanço global J V E D GM GS Barcelona - Juventus 13 4 4 5 15 – 14
Num confronto de extremo equilíbrio, regista-se uma ligeira superioridade da Juventus em termos de vitórias, pese embora o “score” global lhe seja desfavorável.
Os dois clubes defrontaram-se na Final da Liga dos Campeões de 2014-15, com triunfo do Barcelona, que conquistou então o seu 5.º título de Campeão Europeu (último, até à data), culminando a época de estreia de Luís Enrique no banco, coincidindo igualmente com o último jogo do “maestro”, Xavi, pela equipa catalã.
Nos embates a eliminar, a Juventus seguiu em frente por três vezes (tendo inclusivamente ganho os jogos das duas mãos na Taça das Cidades com Feiras, em 1970-71), face a apenas duas eliminatórias ganhas pelo Barcelona (em 1985-86 e em 1990-91).
Naquela que foi a derradeira edição da Taça das Cidades com Feiras (1970-71), a formação italiana superaria ainda os húngaros do Pécsi, o Twente e o Köln, vindo contudo a perder a Final, ante o Leeds United (com duas igualdades, a dois golos em Turim, e 1-1 em Leeds).
Em 1986, o Barcelona eliminaria, nas meias-finais da Taça dos Campeões Europeus, o Göteborg (no desempate da marca de grande penalidade, após duas vitórias caseiras por 3-0), acabando por ter uma das maiores desilusões da sua história (tendo adiado, ainda por mais alguns anos, a conquista do seu primeiro título de Campeão europeu) ao perder a Final, disputada em Sevilha, ante o Steaua… no desempate da marca de grande penalidade (não tendo conseguido bater o guardião Helmuth Ducadam uma única vez!).
Melhor não seria a sorte dos catalães em 1991, tendo perdido também a Final da Taça das Taças, ante o Manchester United.
Em 2002-03, nos 1/4 de final da Liga dos Campeões, o empate averbado em Turim (golo de Saviola) parecia conferir vantagem aos catalães; porém, na 2.ª mão, depois de ter começado por inaugurar o marcador, e apesar de se ter visto reduzida a dez unidades (por expulsão de Edgar Davids), a “Vecchia Signora” forçaria ainda o prolongamento, período no qual viria mesmo a superiorizar-se, com Buffon em grande evidência. O grupo então comandado por Marcello Lippi viria contudo a perder igualmente a Final, ante o AC Milan… no desempate da marca de grande penalidade.
Em 2016-17, o triunfo dos transalpinos seria ainda mais concludente, ganhando por 3-0 em Turim, o que, praticamente, definiu o desfecho da eliminatória. Porém, como que numa espécie de “maldição” associada aos embates entre Barcelona e Juventus – e depois de terem ultrapassado o Monaco nas 1/2 finais -, os italianos voltariam a ser batidos na Final, derrotados pelo Real Madrid por categórica marca de 4-1, no que corresponde já à sétima final da Taça / Liga dos Campeões perdida pela Juventus, um “record” destacado (face a cinco finais perdidas por Bayern e Benfica).
Registe-se ainda a curiosidade de o Barcelona nunca ter conseguido ganhar na 2.ª mão / 2.ª volta (sendo que jogou quatro vezes em terreno alheio e apenas duas em casa).
Por uma única vez estes dois emblemas integraram o mesmo grupo da Liga dos Campeões, há duas temporadas. Nessa ocasião, a turma da Catalunha “retribuiria” o 3-0 com que fora brindada na época imediatamente precedente, em partida disputada apenas cinco meses antes.
Os dois clubes prosseguiriam para a fase a eliminar (à frente do Sporting, 3.º classificado do grupo): a Juventus eliminaria ainda o Tottenham, antes de ser afastada nos 1/4 de final pelo Real Madrid, futuro vencedor da prova; quanto ao Barcelona, depois de ultrapassar o Chelsea, permitiria à Roma uma inesperada reviravolta (perdendo 0-3 em Itália, desperdiçando a vantagem de 4-1 obtida em Camp Nou), caindo, pois, naquela mesma eliminatória.