U. Tomar – Centenário (XXXVIII)
22 Junho, 2014 at 11:00 am Deixe um comentário
(“O Templário”, 19.06.2014)
Dando sequência a um trabalho de base que vinha desenvolvendo desde há três anos, o União de Tomar havia já intercalado – entre duas temporadas como que de “lançamento” (as de 1986-87 e de 1988-89, em que obtivera por duas vezes, respectivamente no Campeonato Distrital e no Nacional da III Divisão, o 3.º lugar na classificação final) –, a conquista (em 1987-88) do título de Campeão Distrital, à qual se seguiria, na época de 1989-90, mais um êxito para o seu palmarés.
A 25 de Abril de 1990, recebendo a equipa do Nazarenos, em partida a contar para a 30.ª jornada do Campeonato Nacional da III Divisão, e vencendo categoricamente, por 3-0, o União garantia – ainda com quatro jornadas por disputar – a promoção à II Divisão B, novo escalão que se estrearia precisamente na temporada seguinte, em função da introdução da então denominada II Divisão de Honra, interposta logo abaixo da I Divisão.
«Em tarde bastante perdulária, a turma tomarense, não só deixou fugir uma soberana oportunidade para golear o seu adversário, como também e apenas confirmou a vitória nos derradeiros minutos da contenda.»(1)
A 13 de Maio, com a disputa da 33.ª e penúltima ronda, vencendo em Ferrel por 1-0, os “rubro-negros” confirmavam enfim a conquista de mais um título – o segundo em três anos, ambos sob a direcção técnica de Vítor Esmoriz –, sagrando-se antecipadamente vencedores da Série D da III Divisão, um desfecho que vinham prometendo há já largos meses.
«O União já garantiu a vitória na Série D do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão.
Na verdade, em jogo realizado no passado domingo com o Ferrel, os nabantinos ao vencerem por uma bola a zero desfizeram todas as dúvidas (se ainda as havia) acerca de quem seria o campeão da série D na época 89/90.»(2)
«Na parte complementar da contenda, a turma anfitriã, moralizada com o empate ao intervalo e com o forte vento pelas costas, tentou obter dividendos deste facto, só que o conjunto de Vítor Esmoriz, argumentando um futebol de outro gabarito, um futebol tecnicista e rente ao solo, não deu qualquer hipótese aos seus adversários e se o árbitro não anulasse aos 66 minutos de jogo, um golo a Dinis por pretenso fora de jogo, após grande confusão na área da turma da casa, o União de Tomar passaria nessa altura para o comando da partida, no entanto e com a paciência inerente a um campeão, chegou à vitória, quando faltavam 14 minutos para o final contenda, através de um golo de Bernardino, que acabado de entrar na equipa, por troca com Luís Alves, efectuou um primoroso chapéu a Damas.»(3)
Culminando mais uma brilhante temporada – em que liderou, de forma isolada, desde a 10.ª jornada, durante intermináveis seis meses (depois de ter já comandado a prova noutras quatro rondas), lutando principalmente “contra si próprio”, procurando bater, semana a semana, o seu record de invencibilidade, que perduraria durante 25 jornadas – o União,com os 54 pontos obtidos, foi a equipa mais pontuada da III Divisão; sofrendo apenas 14 golos (em 34 jornadas, tendo mantido a inviolabilidade da sua baliza em 22 dessas rondas), a turma unionista registava a defesa menos batida de entre todos os 180 clubes integrantes da I, II e III Divisões Nacionais!
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